Livro aborda construção e história da obra-prima de Vilanova Artigas

Série de artigos estruturada em 3 partes: “Arquitetura e construção”; “Arquiteto e contexto” e “Presente e futuro”

“O edifício da FAU-USP de Vilanova Artigas”, com organização de Antonio Carlos Barossi, tem lançamento marcado para o próximo dia 28/11, na capital paulista. O livro recebeu patrocínio do CAU/SP.

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Corredor do prédio da FAU-USP, na capital paulista. Imagem: Fernando Stankuns/FlickrCC.

A obra é composta de uma série de artigos estruturada em 3 partes: “Arquitetura e construção”; “Arquiteto e contexto” e “Presente e futuro”. Além de Barossi, os historiadores Carlos Guilherme Mota e Rosa Artigas, e os professores e arquitetos Beatriz Kühl, Dalva Thomaz, Rodrigo Vergili, entre vários outros, assinam contribuições para o livro, que também traz plantas detalhadas e fotos históricas do edifício.

“Projetado no início da década de 1960, o prédio congrega em sua espacialidade aspectos singulares da visão de seu autor, o arquiteto, educador e militante de esquerda Vilanova Artigas”, comenta Fábio Valentim no texto de apresentação.

Quartel-general da Disney América Latina contrata projeto de acústica de escritório brasileiro

A Giner, empresa de áudio e acústica de São Paulo associada ProAcústica, entregou, em outubro, 1.800 m2 de área construída divididos em 44 espaços, localizado na Argentina, a 47 quilômetros de Buenos Aires. O projeto abrange 23 ilhas de edição de vídeo, dez estúdios Pro Tools para dublagem e voz em off, uma rádio com dois estúdios e nove salas técnicas. Mas a joia da coroa é a sala de projeções para exibir os novos filmes e desenhos à mídia especializada e parceiros de negócios com a nova tecnologia de exibição Dolby Atmo.


Em quase um século, a The Walt Disney Company - o conglomerado de entretenimento e mídia de massa fundado em 1923, em Burbank, Califórnia, para produzir curtas de animação e quadrinhos - viu crescer as indústrias de filmes de longa-metragem, séries de TV, parques temáticos, hotéis e resorts, teatro, rádio, música, editoração, mídia online e produtos de consumo. Hoje, planeja construir postos avançados do estado-maior do comandante Mickey em todos os continentes do planeta, a começar pela América Latina. E o primeiro local escolhido foi Pilar a 47 quilômetros de Buenos Aires, na Argentina. Quando começaram as negociações para a contratação da engenharia eletroacústica, em novembro de 2014, às margens do acesso norte da Ruta 8, a estrutura do prédio já estava pronta. E esse foi o primeiro fator de complicação.
“A sala de projeções não era simétrica, não havia altura recomendada e grandes vigas invertidas obstruíam a visão”, comenta José Carlos Giner, engenheiro acústico da Giner de São Paulo, ao lembrar do espaço onde seria o futuro cinema da Disney Latin America, na Argentina. A Giner foi contratada para executar o projeto e a obra por indicação do diretor de facilities da Latam, satisfeito com a obra para a rádio Disney no World Trade Center, que a equipe de José Carlos, havia executado em 2009. O programa do quartel-general para a América Latina da Disney previa o uso de 24.000 m2 de área para 950 funcionários. Desse total, a Giner foi responsável por 1.800 m2 divididos em 44 espaços.


Curvas, vãos livres e pitadas de obra de arte

Com formas ousadas e o modo como dava vida às suas obras, Oscar Niemeyer faz parte da alma da arquitetura brasileira, seja em vida ou não. Transformar as paisagens de cidades no Brasil e no mundo fez seu nome ser um dos mais famosos; e seus projetos, os mais audaciosos.
Oscar Niemeyer
Carioca nascido no dia 15 de dezembro de 1907, o arquiteto ficou conhecido pela projeção dos edifícios cívicos para Brasília, uma cidade planejada que se tornou a capital do Brasil em 1960. Também é reconhecido por causa de sua participação no grupo de arquitetos que projetou a sede das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos.
Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho inovou e radicalizou os conceitos modernistas, com seus grandes vãos livres sustentados pela robustez do concreto. Ele conseguiu a proeza de suavizar o material apostando no traçado curvo, que para ele era uma solução natural em espaços grandes.
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.”
Niemeyer, Oscar, 2000, As Curvas do Tempo: as memórias de Oscar Niemeyer (London: Phaidon), pp. 62 and 169-70
Ao longo dos anos de 1940 e 1950, Niemeyer se tornou um dos arquitetos mais famosos do Brasil, projetando uma série de projetos, no país e no exterior. Só que em 1964 sua preferência pelo sistema comunista lhe custou caro, rendendo-lhe o exílio em Paris, após o golpe militar desse. Na nova cidade, ele começou uma nova fase em sua vida e suas obras. Ao retornar ao Brasil em 1985 o arquiteto recebeu o Prêmio Pritzker de arquitetura, em 1988.
Foi elogiado e criticado por ser um “escultor de monumentos”, mas sedimentou-se como um grande artista e um dos maiores arquitetos de sua geração por seus partidários. Obras como o edifício Copan (São Paulo), Conjunto Juscelino Kubitschek (Minas Gerias), Edifício Manchete (Rio de Janeiro) e Museu Oscar Niemeyer (Paraná) também fazem parte do rico e imensurável arquivo de projetos realizados do arquiteto.
Copan
Copan

Como escolher pisos de concreto intertravados

Redação Portal AECweb
Créditos: anmbph/Shutterstock
Créditos: anmbph/Shutterstock
Você certamente já andou sobre uma calçada feita com aqueles bloquinhos de concreto, em diferentes formatos e cores. Seja em uma praça, pátio ou área externa de condomínio, este tipo depavimento – também conhecido como piso de concreto intertravado ou pavers – é uma boa alternativa. Primeiro pela estética, pois é fornecido em diversos modelos. Segundo pela funcionalidade, porque tem capacidade de escoar a água da chuva e evitar alagamentos. Soma-se a isso a fácil manutenção, já que o bloco pode ser retirado ou substituído por outro sem quebra-quebra para consertar tubulações enterradas.
Instalado diretamente sobre uma superfície compactada de areia (sem necessidade de rejunte), o piso de concreto intertravado é comercializado em diversas geometrias e cores. O segmentado (ou retangular) é assentado em fileiras ou de modo a formar o desenho de uma espinha de peixe, entrelaçando-se entre si nos quatro lados. O piso em L também é instalado em fileiras, porém entrelaça-se somente nos dois lados. Já as opções geométricas (trapézio, hexágono, triedo etc.) são colocadas sempre no mesmo padrão.
Créditos: stocksolutions/Shuttestock
Créditos: stocksolutions/Shuttestock

II SAMA - Resumos Aprovados na Primeira Etapa

Os Comitês Científico e Organizador do II SAMA tornam público em sua Página Oficial e Facebook, os resumos aprovados na primeira etapa de avaliação.
Atenciosamente,
Comitês Científico e Organizador do II SAMA.

Nova sede CAU/BR+IAB/DF: equipe paulista vence concurso de Arquitetura

Vencedores serão contratados para realizar projeto executivo e complementares da obra

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Perspectiva do projeto vencedor do concurso para a nova sede do CAU/BR+IAB/DF

A equipe liderada pela arquiteta e urbanista Taís Cristina da Silva foi a grande vencedora do Concurso Público de Arquitetura da Nova Sede do CAU/BR e do IAB/DF, em Brasília. Segundo a comissão julgadora, o projeto de estudo preliminar destacou-se pela sua “imagem forte e austera”, com uma grande praça lateral de transição e convívio, e pela clareza na espacialização do programa. A equipe vencedora receberá um prêmio de R$ 70.000 a título de premiação e remuneração pelos estudos preliminares e um contrato no valor de R$ 1,4 milhão para realizar o projeto executivo e complementares da obra. 

Taís, 36 anos,  é sócia do escritório São Paulo Arquitetos, junto com o arquiteto e urbanista Paulo Roberto Barbosa, de 38 anos. Ela formou-se Universidade Mackenzie, em 2004, e ele pela Universidade Santa Cecília (Santos) em 2005. O escritório vai fazer quatro anos de existência, mas ambos já tem uma grande experiência em concursos, acumulada desde a época em que atuaram no escritório Biselli+Katchborian Arquitetos. Nesse período,  a arquiteta  participou das equipes que venceram os concursos do  Centro Judiciário de Curitiba,  do Aeroporto de Florianópolis e do Teatro de Natal. Já em seu escritório,  ficou com o 3º lugar no concurso para a Casa da Sustentabilidade de Campinas e, junto com Paulo Roberto, recebeu menção honrosa no concurso para a Estação Almirante Ferraz na Antártida. Para o concurso da nova sede do CAU/BR e do IAB/DF, eles se associaram ao escritório Coa Arquitetos, de Cássio Oba, também de São Paulo, 33 anos de idade, e igualmente participante de diversos concursos. Seus sócios são Gabriel Cesar, de 34 anos, e Eugenio Conti, de 33 anos. Todos formados pelo Mackenzie. 

O concurso recebeu 328 inscrições. Dos inscritos, 218 enviaram o estudo preliminar no prazo. “Nunca vi um concurso com tantas colaborações como este. Quero agradecer a todos os concorrentes por terem se disposto a oferecer essa contribuição para a primeira sede do CAU/BR e nova sede do IAB/DF. É importante sublinhar essa contribuição que cada colega dá ao debate sobre Arquitetura”, afirmou o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro. Para o presidente do IAB/DF, Matheus Seco, trata-se de um momento histórico. “Esse edital foi muito bem-sucedido.  É uma evolução na garantia da contratação do projeto completo, permitindo manter o projetista do início ao fim do processo”, disse. “Esse concurso, além de ter o simbolismo da sede e da união CAU e IAB, também é um exemplo em questão de concurso público de projetos”, completou.

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Aleixo Furtado falou em nome da comissão julgadora no evento de anúncio do resultado do concurso, na última terça-feira (14/11), em Brasília (DF)

Projeto acadêmico é reconhecido como um dos melhores do mundo em concurso internacional



O trabalho de conclusão de curso (TCC) do arquiteto Eduardo Belusso Cecco, da Universidade Positivo (UP), de Curitiba (PR), foi reconhecido como um dos melhores trabalhos de graduação do mundo em 2015. Ele foi escolhido como um dos vencedores do concurso Archiprix, escolhido em meio a quase 400 trabalhos de estudantes de várias partes do mundo. No projeto, Cecco propôs a criação de um conservatório de música no Centro Histórico de Curitiba. O trabalho que garantiu a conclusão da graduação já tinha sido premiado aqui no Brasil, com o Prêmio Especial da 25ª edição do concurso Opera Prima
Para Cecco a música é um instrumento de grande potencial para reunir pessoas e garantir socialização. Por isso ele decidiu propor a criação do conservatório, que garantiria a ocupação e a requalificação de uma área subutilizada na região central da capital paranaense. 

Claudio Furtado lança o primeiro livro: “Em Torno da Arquitetura”



Com uma carreira de mais de 40 anos na arquitetura, o professor Cláudio Furtado, doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), acaba de lançar seu primeiro livro, “Em Torno da Arquitetura”. Sua proposta é colocar a arquitetura no nível de outras artes, como cinema, literatura e artes plásticas.
“O livro vem com esse objetivo porque a arquitetura foi transformada em uma questão de oferecimento de conforto ou status ou até de grande espetáculo. Ela perdeu a capacidade de gerar conhecimento, de gerar polêmica”, aponta o autor, que pretende lançar questionamentos sobre o momento atual da arquitetura. Qual a arquitetura que nos cabe fazer em um momento como o atual, de crise econômica no Brasil? Esta é apenas uma das questões que a obra apresenta.
“O livro foi feito pensando em arquitetos como público-alvo, mas não é uma obra técnica, por isso é uma opção também para o público leigo, o público que quer entender o que é a arquitetura e, claro, os estudantes. É um trabalho de divulgação de nossa arquitetura contemporânea”, complementa.

Cidades de pedestres são o futuro, mostra estudo da Arup

Trabalho da empresa internacional de engenharia procura convencer os céticos sobre as vantagens de tornar as cidades mais caminháveis. De Los Angeles a Carapicuíba

Indianapolis Cultural Trail is an eight mile urban
"Passeio Cultural" em Indianápolis, EUA: 13 km para andar
créditos: Reprodução Arup
Cidades Vivas: rumo a um mundo caminhável é uma surpreendente publicação da empresa de engenharia e planejamento urbano Arup que discute e aprofunda as possibilidades do andar a pé como ato transformador das cidades.

O relatório da Arup foi publicado em junho passado e sinaliza o rompimento com o velho modelo urbano baseado no uso exclusivo do automóvel: depois de quase cem anos de construção de mais e mais avenidas, túneis, viadutos e locais para estacionamento, agora as cidades mais avançadas do mundo trabalham para estimular as formas de transporte ativo, especialmente a caminhada e o uso da bicicleta. 

A empresa, que tem sede em Londres, começou o estudo identificando as ações que têm sido implementadas em oitenta cidades tão diferentes como Los Angeles, onde apenas 4% de viagens são feitas em pé, e Istambul, na Turquia, onde 48% da população caminha diariamente.

Alejandro Aravena expõe suas ideias para a implementação da Nova Agenda Urbana

O processo construtivo de habitações sociais faz a diferença entre a cidade informal e a cidade planejada

imagem-destacada-habitatA Nova Agenda Urbana proposta pela Habitat III sugere uma importante mudança de paradigma das relações entre desenvolvimento e boas cidades.

O entendimento tradicional é que o desenvolvimento econômico precede o projeto de boas cidades, que se alcança só por meio da riqueza e da prosperidade.  O documento final da 3ª. Conferência sobre Habitação e Desenvolvimento Sustentável realizada em Quito, no Equador, em meados de outubro de 2016, propõe o inverso. Ou seja, se projetarmos boas cidades, elas funcionarão como motores do desenvolvimento, na opinião de Joan Clos, secretário-executivo da conferência.

A forma de mudar a ordem das coisas é, segundo ele, uma tríade englobando  plano financeiro adequado, legislação adequada e projeto adequado.

Foi a partir desses conceitos que o arquiteto chileno Alejandro Aravena –  Prêmio Pritzkler de 2016 e curador da Bienal de Arquitetura de Veneza do mesmo ano  –  estruturou a palestra que proferiu na noite de abertura da Habitat III.  


Alejandro Aravena no Habitat III Conference on Housing and Sustainable Urban Development taken place in Quito, Ecuador.
Alejandro Aravena no Habitat III Conference on Housing and Sustainable Urban Development taken place in Quito, Ecuador.


Tradicionalmente, lembra ele, o plano financeiro que sustenta a construção de uma cidade envolve o Estado e o mercado. Ocorre que nem um nem outro atende a uma vasta camada da população  que autoconstrói uma cidade informal, sem projeto,  sem orientação técnica e sem infraestrutura adequada.

A saída, diz o Prêmio Pritzkler 2016, é a adição de uma terceira fonte de financiamento: os próprios cidadãos que sempre gastam quantidades significativas de suas poupanças em suas próprias casas. “A diferença é que o processo construtivo destas casas ocorreria graças ao projeto da cidade e não a despeito dele”, diz Alejandro Aravena. Ou seja, amparado por uma legislação urbana que ensejaria igualmente bons projetos..

PROJETO INCREMENTAL – Este cenário, reconhece Alejandro Aravena, é bastante instigante e desafiador para que seja traduzido em esquemas concretos. No entanto, seu escritório, o Elemental, tem exemplos reais de ganhos de valor social e financeiro na implementação de programas habitacionais sociais.

Até 2001,  a política habitacional no Chile oferecia um vaucher de US$ 10 mil para a construção, correspondendo a um subsidio governamental de US$ 3.700, além da poupança familiar e empréstimo bancário privado.  Devido à baixa qualidade das unidades, 70% das pessoas não estavam pagando o empréstimo bancário, algo insustentável para as finanças e a economia do pais. Além disso, era um processo que não focava nos mais pobres, pois estes eram invisíveis ao sistema bancário.

Em 2001 foi criada uma nova política habitacional onde o subsidio direto do governo quase dobrou para US$ 7 mil, a poupança familiar ficou em 300 dólares e não havia empréstimo bancário privado. Com isso, no final das contas,  o vaucher final ficou menor que o anterior – US$ 7.500.


Um dos exemplos mais conhecidos é a habitação social Quinta Monroy, em Iquique, Chile
Um dos exemplos mais conhecidos é a habitação social Quinta Monroy, em Iquique, Chile

Mudanças transformadoras para proteger os recursos do planeta


                                                                                                                                                                      O Forte Lauderdale, na Flórida, está em risco com o aumento do nível dos oceanos (Foto: Dave/Flickr)

Este artigo foi escrito por Andrew Steer, Presidente e CEO do WRI, e publicado no site da UNEP e no WRI Insights.
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“O futuro não é mais o que costumava ser.” O grande jogador de baseball e filósofo amador Yogi Berra infelizmente faleceu no ano passado, mas sua famosa frase sobre o futuro está mais viva do que nunca. Nosso futuro definitivamente não é mais o que costumava ser. E nem poderia ser.
Pense na expansão da pegada econômica deixada no mundo pela humanidade. O PIB mundial aumentou mais de 20 vezes no século XX e, mantendo um modesto crescimento anual de 3%, aumentará outras 20 vezes no século XXI. Se o crescimento por ano for de 4%, o aumento será de 50 vezes, implicando uma economia mil vezes maior do que tínhamos em 1900. Diante disso, não espanta que estejamos entrando em uma nova era geológica: do Holoceno para o Antropoceno.
Esse surpreendente crescimento econômico permitiu a maior redução da pobreza já vista na história – e, para que essa curva continue ascendente, é essencial que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) sejam atingidos. No entanto, a magnitude desse salto na economia ameaça nosso futuro no planeta de muitas maneiras – e muitas delas ainda não foram totalmente compreendidas.
Assim, a questão que precisamos enfrentar é: a economia global pode continuar crescendo ao mesmo tempo em que reduzimos nossa pegada ecológica? Os últimos cinco anos trouxeram aprendizados notáveis nesse quesito. Importantes pesquisas, como as realizadas pela Comissão Global de Economia e Clima, mostraram que em quase todas as esferas da vida econômica e social há caminhos realistas que podem levar à prosperidade e a uma melhor qualidade de vida e reduzir os danos ambientais ao mesmo tempo. A má notícia é que, devido a uma inércia política, financeira e psicológica, essas transformações não estão acontecendo em uma escala nem remotamente próxima à necessária.

Quatro evoluções

Se quisermos sair do século XXI melhor do que entramos, precisamos de transformações radicais em pelo menos quatro grandes sistemas econômicos e sociais.

Construir as cidades de amanhã

Ao longo do último século, as cidades foram planejadas para os carros mais do que para as pessoas. O espraiamento urbano custa aos Estados Unidos mais de US$ 1 trilhão de dólares por ano, além de dezenas de bilhões de horas perdidas em congestionamentos. Muitas cidades perdem pelo menos 10% de seus recursos em engarrafamentos e outros 10% com a poluição atmosférica. Porém, cidades compactas, conectadas e coordenadas são mais eficientes, inclusivas e podem reduzir as emissões de carbono em até 90%. A mudança do modelo de cidades visto hoje para aquelas que desejamos para o futuro não precisa custar caro.
Os próximos quinze anos terão mais infraestrutura construída do que toda a já existente hoje, e o design sustentável poderia gerar uma economia de US$ 3 trilhões na construção de infraestrutura urbana em todo o mundo. Mas isso exige algo ainda mais escasso do que dinheiro: liderança política e social; vontade de realmente refletir sobre onde as pessoas vão viver no futuro e como irão se deslocar; e que tipo de edificações darão forma às cidades. Ainda temos tempo de acertar o passo – mas não muito.

Especial: Como a Pampulha se tornou Patrimônio Cultural da Humanidade

Arquitetos e urbanistas contam os procedimentos adotados junto à Unesco

Croqui do Conjunto da Pampulha, feito por Oscar Niemeyer
Croqui do Conjunto da Pampulha, feito por Oscar Niemeyer

O Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, ganhou da Organização das Nações Unidas em 2016 o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Essa conquista só foi possível ao trabalho dedicado e meticuloso de arquitetos e urbanistas de várias instituições brasileira, que planejaram uma série de reformas e a gestão do principal ponto turístico da capital mineira. “Desde a decisão, já sentimos uma incrementação da visita ao Conjunto, tanto de habitantes de Belo Horizonte como de turistas. Despertou o interesse da população de BH para o Conjunto. Mesmo moradores de municípios próximos começaram a visitar. Houve uma redescoberta desse lugar, de sua importância para a cidade no Brasil e do Mundo. A manutenção desse interesse depende de ações do poder público e da sociedade também”, afirma Luciana Féres, arquiteta e urbanista que coordenou o Conjunto da Pampulha, de 2013 a 2016, pela Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

O Conjunto é formado pelos edifícios e jardins do Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha), da Casa do Baile (atual Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design), do Iate Golfe Clube (atual Iate Tênis Clube), da Igreja de S. Francisco de Assis, o espelho d´água e a orla da Lagoa no trecho que os articula. Segundo Luciana, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) já tinha indicado o Conjunto da Pampulha como candidato à Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1996. O espaço já era protegido como patrimônio histórico nacional, estadual e municipal e estava inserido em zonas de proteção especial da capital mineira. Porém, as ações efetivas da Prefeitura de Belo Horizonte nesse sentido só começaram em 2012.

Inicialmente, foram formadas dois grupos de trabalho: a Comissão Executiva do Programa e a Comissão de Gestão e Acompanhamento. ambas com representantes da Prefeitura e de todos os órgãos de preservação do patrimônio. Durante o processo de elaboração da candidatura, algumas obras já foram feitas, como a restauração da Casa do Baile e dos seus jardins. “Em termos urbanísticos, melhoramos a iluminação pública da Orla da Lagoa, instalamos ciclovias e fizemos melhorias urbanas de requalificação da orla”, afirma Luciana.

Casa do Baile, em Belo Horizonte. Projeto de Oscar Niemeyer. Foto de Clarice Muhlbauer/IPHAN
Casa do Baile, em Belo Horizonte. Projeto de Oscar Niemeyer. Foto de Clarice Muhlbauer/IPHAN


O Invisível Respeito à Bicicleta nas ruas

faixa de bicicleta no canadá

por Germano Johansson Neto e João Pedro Maciente Rocha
Pedalando pela cidade é possível perceber, cada vez mais, que embora nós tenhamos muito a evoluir como sociedade ainda, as pessoas se respeitam mais do que a gente pensa. Na maioria das vezes, nós, ciclistas, acabamos nos apegando a uma ou duas buzinadas que recebemos de motoristas impacientes. No entanto, muitas vezes não lembramos das centenas de veículos que cruzam nossos caminhos de forma respeitosa, ultrapassando a bicicleta com distância segura, reduzindo a velocidade, ou pacientemente seguindo-nos até o próximo semáforo.
É natural que as buzinas e os xingamentos sejam frustrantes, visto que a agressividade sempre é mais marcante do que o respeito. Mas diariamente, observando a vida urbana, sentimos que o respeito está vencendo essa batalha. De lavada!

Desafogando a cidade

A importância da bicicleta nos deslocamentos urbanos vem crescendo exponencialmente. Segundo dados da ANTPentre 2003 e 2013 a ciclomobilidade no Brasil cresceu mais de 50%. Grande parte desse aumento ocorre porque diversos s agentes envolvidos nos processos urbanos tem abraçado a causa, tais como: associações locais, grupos de ciclismo, universidades e até mesmo órgãos públicos.
Outro fator importante é a própria mobilidade das cidades, principalmente brasileiras, cujas capacidades viárias estão praticamente esgotadas, fazendo com que carros e transporte público fiquem cada vez mais tempos parados no trânsito, aumentando muito a conveniência do transporte de bicicleta.
Essa ascensão da bicicleta também possui um papel importantíssimo no aumento do respeito ao ciclista, afinal, quem não possui um amigo que se transporta na magrela? Esse respeito existe sim, e já faz parte do nosso subconsciente.

Políticas Públicas que ajudam a promover o respeito

Ainda assim é difícil para nós, enquanto sociedade, enxergamos esse progresso. Como já mencionamos, é mais fácil a gente guardar os desrespeitos do que lembrar dos avanços. Mas não é difícil encontrar a evolução no respeito advindo da interação entre os diferentes modais. A redução de mortes e atropelamentos é um ponto importante. Segundo o DATASUS, reduzimos entre 2010 e 2014 aproximadamente 20% o número de mortes de ciclistas no Brasil.
Neste sentido, o papel das políticas públicas tem sido extremamente relevante. Através de intervenções urbanas, como compartilhamento de vias, e da adoção de ações educativas, sociedade civil e governo tem unido forças em prol do despertar da conscientização da bicicleta. Confira alguns exemplos de políticas bem sucedidas:

Manual gratuito mostra como utilizar blocos de concreto em alvenaria atendendo à Norma de Desempenho

Publicação da BlocoBrasil trata de aspectos como desempenho estrutural, térmico e acústico, resistência ao fogo, segurança, durabilidade e manutenibilidade

Luísa Cortés, do Portal PINIweb
Reprodução


Já está disponível para download a segunda edição do Manual de Desempenho da Alvenaria com Blocos de Concreto, lançada pela Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto (BlocoBrasil). O material mostra que os blocos de concreto atendem aos requisitos da Norma de Desempenho NBR 15.575, por meio de ensaios, realizado principalmente pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) e por demais universidades e laboratórios brasileiros.

A publicação serve como guia, com todas as informações sobre o desempenho da alvenaria com blocos de concreto, e trata de aspectos como desempenho estrutural, resistência ao fogo, segurança de uso e operação, estanqueidade, desempenho térmico e acústico, além de especificações de durabilidade e manutenibilidade (relacionadas à manutenção) e impacto ambiental das paredes construídas com blocos de concreto.
 Baixe o manual gratuitamente clicando aqui. 

Projetos selecionados para Mostra de Urbanismo Colaborativo



A construção das cidades como iniciativa dos próprios cidadãos é, cada vez mais, uma realidade em diversos centros urbanos. Se por um lado esse cenário revela o distanciamento entre o planejamento urbano tradicional, governo local e reais necessidades da população, ele também representa  o empoderamento cidadão na transformação social e urbana.
Modos alternativos, inclusivos e espontâneos de construirmos nossas cidades surgem quando os próprios habitantes protagonizam as ações de adaptação do entorno urbano as suas necessidades. Neste contexto, o aumento do acesso à informação facilita a aproximação e auto-organização dos indivíduos, que juntos são capazes de resolver diversos desafios urbanos. Com distintas causas e escalas, as práticas urbanas colaborativas nos trazem a oportunidade de refletir sobre uma sociedade verdadeiramente participativa, de recuperar identidades coletivas e observar um urbanismo mais humano e democrático.
Atento à todo esse movimento e visando reconhecer essas práticas no território brasileiro, foram selecionadas 15 iniciativas para compor a Mostra de Projetos do I Encontro de Urbanismo Colaborativo, a ser realizada em novembro de 2016. A chamada foi aberta a equipes compostas por moradores, associações, coletivos, estudantes, professores, ONGs, dentre outros, e busca destacar os projetos em duas categorias:  
I – Ação Urbana Colaborativa: intervenções físicas que tenham sido desenvolvidas com direto envolvimento de atores locais.
II – Conscientização e Formação Cidadã: programas que investem na capacitação da população para a promoção do desenvolvimento social.

Três projetos brasileiros estão entre os finalistas do Prêmio Oscar Niemeyer

Iniciativa busca reconhecer o melhor da produção arquitetônica da América Latina e do Caribe

Luísa Cortés, do Portal PINIwebLeonardo Finotti                                                         SLIDE SHOW http://www.au.pini.com.br/au/solucoes/galeria.aspx?gid=16817
Foram divulgados os finalistas da primeira edição do Prêmio Oscar Niemeyer, que busca reconhecer o melhor da produção arquitetônica da América Latina e do Caribe, em um momento de grande presença internacional. A iniciativa é promovida pela Rede de Bienais de Arquitetura da América Latina (REDBAAL) e a Fundação Oscar Niemeyer.
Entre os finalistas, estão três projetos brasileiros: a Biblioteca Brasiliana, de Eduardo de Almeida, Mindlin Loeb e Dotto Arquitetos; o Edifício na Vila Mariana, da UNA Arquitetos, e a Praça das Artes, do Brasil Arquitetura. 

O objetivo da premiação é criar um arquivo digital atualizado das Bienais de Arquitetura da América Latina, com projetos apresentados e premiados, conferências e exposições realizadas. O previsto é que ele seja realizado a cada dois anos.

Concurso de ideias vai premiar o melhor projeto de estudantes para um "eletroposto"

Propostas deverão criar uma estação de abastecimento de carros elétricos sustentada por painéis fotovoltaicos

Luísa Cortés, do Portal PINIweb
O portal Projetar.org lançou na última segunda-feira (7) seu novo concurso de ideias, que vai premiar as melhores propostas de estudantes de arquitetura para um “eletroposto” – estação de abastecimento de carros elétricos sustentada por painéis fotovoltaicos. Segundo a organização da competição, a tecnologia é uma tendência cada vez mais popular no contexto urbano, devido às suas vantagens em relação ao motor à combustão.

O edital de lançamento do concurso, entretanto, deve ser divulgado apenas na próxima segunda-feira (14), mesmo dia em que abrem as inscrições. Os estudantes interessados em participar poderão manifestar-se até o dia 12 de dezembro e entregar as suas propostas até o dia 19 do mesmo mês. O resultado do concurso será divulgado no dia 23 de janeiro, no site do Projetar.org.
Mais informações podem ser obtidas no site do Projetar.org clicando aqui. 

Estudantes da UFRJ projetam abrigo de emergência para vítimas de desastres naturais

Com trabalho eficiente e solidário, equipe ganhou concurso do Projetar.org

Luísa Cortés, do Portal PINIweb

O grupo de estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é o vencedor do Concurso 018 – Abrigo de Emergência da Projetar.org. Desafiados a projetar um abrigo temporário para vítimas de emergências como desastres naturais, Vitor Alcânatara, William dos Santos e Kathelyn Souza desenvolveram um local eficiente de acordo com as diretrizes determinadas pela competição.
O projeto dos alunos considerou dificuldades como o tempo de demora do governo em prover a realocação das vítimas e o clima do local em que o projeto será implementado (no caso, a Região Sudeste do Brasil).
Para isso, foram considerados materiais leves (o que facilita o transporte), resistentes estruturalmente, duráveis, sustentáveis e eficientes do ponto de vista acústico e térmico. O design desenvolvido inclui ventilação cruzada e colchão de ar na cobertura, contribuindo para o conforto térmico dos residentes.
A privacidade do ambiente também é garantida, devido à distribuição espacial interna e às aberturas independentes. Já a facilidade do transporte, está relacionada a um sistema de articulação que permite que todo o volume seja dobrado e compactado.

A lona usada como proteção para a cobertura, pode adquirir diferentes formas de combinação, rompendo com a monotonia visual do espaço. A flexibilidade do módulo garante que diversos equipamentos sejam combinados, auxiliando o atendimento às vítimas de forma digna e humana.

4º Prêmio Saint-Gobain da Arquitetura tem inscrições prorrogadas até 11 de novembro

Primeiro colocado receberá R$ 20 mil na categoria profissional. Estudantes também podem participar com seus projetos acadêmicos

Luísa Cortés, do Portal PINIwebDivulgação: Saint-GobainEstão prorrogadas até o dia 11 de novembro as inscrições para o 4º Prêmio Saint Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável, que vai reconhecer projetos que apresentem soluções para o conforto de pessoas, de forma inovadora e sustentável. Após a inscrição, os estudantes e profissionais terão até o dia 25 de novembro para enviar os seus projetos.
A premiação busca projetos que ofereçam uma melhor qualidade de vida e bem-estar aos seus usuários, por meio de especificações corretas de produtos, sistemas e soluções construtivas aliadas ao uso racional dos recursos disponíveis.

Os profissionais podem participar nas modalidades residencial, comercial e institucional. Já os estudantes podem concorrer individualmente ou em equipe com trabalhos acadêmicos que estejam de acordo com o regulamento e que sigam uma dessas modalidades.
As inscrições podem ser realizadas clicando aqui. 

Estudante de arquitetura faz maquetes com lixo eletrônico

Estudante de arquitetura preocupado com o problema global dos resíduos, decide fazer algo inovador,e cria maquetes com lixo eletrônico.

Estudante de arquitetura mineiro preocupado com o problema global dos resíduos, decide fazer algo inovador, e cria maquetes com lixo eletrônico. 

Apesar de estudar arquitetura, Rafael dos Santos Silva também tem conhecimento na área da informatica e gosta de tecnologia. Ele acredita que todo esse avanço tecnológico veio para nos auxiliar, mas também, com isso, cresce os riscos ambientais.  
O lixo eletrônico quando descartado incorretamente, traz diversos problemas a saúde e ao meio ambiente, tais como: Contaminação do lençol freático e das plantas, consequentemente dos animais e ser humano, uma verdadeira cadeia, pois estes contém diversos metais pesados, como chumbo, mercúrio, zinco, cobre, carbono e etc, que podem desenvolver diversos problemas a saúde.

Estudante de arquitetura preocupado com o problema global dos resíduos, decide fazer algo inovador,e cria maquetes com lixo eletrônico.

Fonte e artigo completo : http://sustentarqui.com.br/noticias/maquetes-com-lixo-eletronico/

Editora PINI lança 5º volume da coleção Construção Passo a Passo

A compilação de quarenta reportagens aborda diversas técnicas construtivas

Dellana WolneyPINI

A Editora PINI acaba de publicar o novo volume da coleção Construção Passo a Passo, que compila quarenta reportagens técnicas publicadas entre julho de 2013 e março de 2016 na Revista Equipe de Obra. Assim como nos volumes anteriores, a publicação apresenta detalhadamente as etapas de uma construção que vão desde a escolha das ferramentas até a limpeza pós-obra.

Com uma linguagem didática e objetiva, os conteúdos são direcionados para ajudar a realizar serviços considerados simples e outros menos usuais. Nesta edição fartamente ilustrada são abordadas diversas técnicas construtivas como drywall, revestimento e serviços de instalação.
Para adquirir o livro, clique aqui. 
 
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