Encontro sobre acústica na arquitetura reúne especialistas em São Paulo

O II Encontro Nacional de Sustentabilidade Acústica na Arquitetura acontece nos dias 16 e 17 de maio de 2012 no auditório do Hotel Bourbon, no Ibirapuera, em São Paulo/SP.

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O evento  é dirigido para arquitetos, projetistas, especificadores, construtores, incorporadores, empresários, profissionais de acústica, técnicos e estudantes de arquitetura e engenharia e apresentará os fundamentos para o desenvolvimento de projetos e obras com qualidade acústica baseados na sustentabillidade.
Coordenação técnica de Marcos Holtz e Davi Akkerman e destaque para as palestras: engenheiro Juan Frias (consultor técnico da Espanha); engenheiros Davi Akkerman e Maria Angélica Covelo; Stelamaris Rolla Bertoli, professora da Unicamp; arquiteto Nélson Solano, FAU/USP; Moysés Zindeluk, professor UFRJ; entre outros.


Mais informações:  www.arqustica2012.com.br

Fonte: http://www.arcoweb.com.br/agenda/encontro-sobre-acustica-na-arquitetura-reune-especialistas-em-sao-paulo.html

Que cidade/sociedade estamos construindo?

A cidade é a criação mais apaixonante, complexa e contraditória do homem vivendo em sociedade. Ela é um espelho fiel dos valores, ambições, misérias e grandezas dos seus habitantes. A estrutura histórica da cidade permite entender as ideologias dos seus moradores nos diferentes tempos da sua história e a construção da cidade contemporânea será a testemunha pela qual seremos julgados pelas gerações vindouras. Os valores e fetiches de uma sociedade são construídos e representados nos seus edifícios e espaços públicos.

Cidade e sociedade formam uma unidade indissolúvel. A primeira é material e a segunda existencial. Edifícios e espaços públicos/privados constituem a primeira; sistemas de relações e intercâmbio de energia vital dão sentido à segunda. Os valores de uma sociedade refletem-se na imagem da cidade que a contém, ao mesmo tempo em que a estrutura urbana condiciona o comportamento social.

Fragmentada e excludente

A cidade contemporânea, no nosso contexto de país emergente, manifesta as virtudes e os vícios da sua sociedade. Duas características marcam nossas grandes cidades: elas são fragmentadas e excludentes. São fragmentadas no sentido de refletir a própria fragmentação da nossa sociedade em diferentes tipos sociais que se agrupam pelo poder econômico, modos de usar os espaços, adição a determinados gostos e expressões sociais etc. Uma consequência evidente dessa fragmentação são os edifícios e condomínios residenciais autossuficientes e antissociais, plenos de "itens de lazer" promovidos pelo mercado imobiliário, que aglutinam membros de interesses semelhantes. Em nome da segurança, se fecham ao espaço público e resolvem suas necessidades de integração social intramuros. O ponto de contato entre o condomínio e a cidade é o portão, convenientemente vigiado, de entrada e saída de carros, muitos deles de vidros escuros que tornam invisíveis seus moradores aos cidadãos da rua.

A arquitetura desses edifícios e condomínios é o agente de transformação da cidade contemporânea. Muros, cercas, guaritas e portões são os elementos de contato entre a rua e o domínio privado. Sem pontos de encontros sociais, o espaço público torna-se desabitado e perigoso. Em nome da segurança cria-se mais insegurança. Os conceitos de urbanidade e civilidade são questionados pela antissociabilidade destes projetos. A desumanização do espaço público e o predomínio de automóveis que expulsam as pessoas são as marcas de um urbanismo tecnocrático e interesseiro, que transforma as cidades em âmbitos de discórdia e violência e acaba de inaugurar o mais recente problema: a imobilidade urbana.

Jan Gehl (1) em Cities for people, considera que edifícios em altura são contraditórios com a vivência do espaço urbano. Segundo ele, até o quinto andar é possível ter contato com a rua e com a vivência urbana. Esse conceito é contrário ao urbanismo comercial e especulativo da maioria das cidades brasileiras. O individualismo e o hedonismo da nossa sociedade levam a uma valorização inversa: o m² de maior valor é o que mais se afasta da rua e os apartamentos de cobertura estão entre os mais apetecíveis objetos de consumo da nossa sociedade.

A fragmentação, o individualismo e a antissociabilidade desta arquitetura que desfigura a cidade contemporânea tem outra consequência nefasta: ela só é possível com a utilização do automóvel. O espaço público perde sua conotação existencial como lugar de encontro e de relacionamento social, e passa a ser local de passagem em automóvel de uma unidade autossuficiente para outra (do condomínio residencial ao empresarial, deste ao shopping, á academia, etc.). A estrutura urbana reproduz o modelo de zonificação, tão questionado no urbanismo moderno, encaixado numa quadrícula urbana. Os elementos da paisagem urbana (calçadas, mobiliário, arborização etc.) sofrem uma permanente degradação por não existir o natural controle que fornece o uso e apropriação pelos habitantes da cidade.

A paisagem urbana torna-se caótica e imprevista. Os critérios que a definem são abstratos: indicadores de edificação, taxas de ocupação, afastamentos e gabaritos são instrumentos necessários, porém não suficientes para configurar a cidade. Utilizam-se elementos abstratos para definir uma realidade concreta. O resultado é a "cidade de objetos" que caracteriza as urbanizações do último meio século, diferente da "cidade de espaços", que define as estruturações urbanas até a primeira metade do século passado. Os conceitos de design urbano, espacialidade, sociabilidade, integração, inclusão, permeabilidade, qualidade urbana e tantos outros que definem objetivos e premissas das operações de urbanização contemporâneas pelo mundo afora, parecem passarem inadvertidas no Brasil, impactando na sociedade local, que determina seus comportamentos sociais em função do medo e da insegurança. O urbanismo tecnocrático e com visões fragmentadas, questionado durante os últimos 40 anos, continua implementando-se no Brasil e o resultado são cidades sem alma e sociedades mergulhadas no hedonismo, na individualidade e na violência, marcas profundas do mundo subdesenvolvido.

As leis que regulam o desenvolvimento urbano atendem preferentemente a interesses setoriais e individuais e postergam o benefício público. Neste contexto, grupos empresariais utilizam a cidade como mercancia para resolver suas ânsias de lucro, enquanto arquitetos ficam reféns deles projetando arquitetura imobiliária e equipamentos que pouco contribuem com a integração social e a promoção de uso dos espaços da cidade. Tudo isso devidamente enquadrado em leis que pouco priorizam o interesse da comunidade e determinam o predomínio de um modelo convenientemente midiatizado, que privilegia determinados setores e conduzem o restante da sociedade ao caos e à desintegração.

A mistura de usos não está contemplada nas leis de uso e ocupação do solo, nem parece ser conveniente aos interesses de empresários do mercado imobiliário. O edifício residencial de uso exclusivo provoca a degradação e a morte do espaço urbano. Jane Jacobs alertava, já nos anos '50, acerca dessa prática urbanística (2). Ela fomentava a "promiscuidade urbana", a convivência de todos os usos que permitem vivenciar os espaços públicos e integrar seus habitantes. Seu célebre livro "Morte e vida das grandes cidades americanas" foi editado em 1961, mas dá a sensação que suas lições e outras de inúmeros autores ao longo dos últimos 50 anos ainda não foram aprendidas ou não interessam às pessoas que tomam conta do urbanismo das nossas cidades.

A exclusão social é motivo e consequência da fragmentação. Quem não tem condição de pertencer a determinado grupo é excluído. A persistente injustiça social torna-se mais evidente em contextos urbanos excludentes. O simples fato de pertencer a um grupo determinado, nos faz cúmplices das desigualdades e da dor de nossos semelhantes. Os cidadãos mais vulneráveis sentem-se ignorados e humilhados, alimentando a espiral de segregação social e de violência.

A recreação e o lazer encontra no shopping center o local mais representativo do modelo de cidade que estamos gestando. O grupo que o usufrui goza de todos os privilégios da sua condição: encontro social, segurança, status, consumo. Assim como o teatro exibia a sociedade do Século XIX, o shopping exibe a sociedade contemporânea. As outras tribos, as que não podem, vão para o centro da cidade, num ambiente degradado e desvalorizado.

Dos inúmeros problemas da cidade contemporânea, dois são extremamente preocupantes, ao ponto de afetar cotidianamente a todos seus habitantes: segurança e mobilidade. Nas origens de ambos, o tipo "edifício residencial de uso exclusivo" possui grande parte da responsabilidade por fomentar precisamente a antissociabilidade, a antiurbanidade e a anticivilidade e pertencer a um modelo de cidade que precisa do automóvel para resolver todos os requerimentos urbanos dos seus moradores.

Periferias

As periferias das nossas cidades experimentam processos contraditórios. Como extensão da cidade fragmentada e excludente elas abrigam condomínios fechados, verdadeiras cidades dentro da cidade, com rigorosos controles de acesso e leis próprias, onde os moradores constroem o sonho de morar em contato com a natureza domesticada em recuos e quintais de casas e em áreas verdes de domínio dos condôminos. Nestas urbanizações o transporte público não é considerado e o automóvel é o meio de contato com a cidade e complicador da mobilidade urbana.

A outra versão da periferia é a mais triste e conhecida: a ocupação informal de áreas carentes de serviços urbanos adequados, confinando grandes setores da população a uma moradia sem as qualidades urbanas necessárias para fomentar o desenvolvimento de uma sociedade sadia e civilizada. A resposta oficial a esse problema vem dos planos de moradia popular que pouco oferecem ao desenvolvimento social desses grupos. Unidades repetitivas, planejamento burocrático e soluções padronizadas só contribuem com a alienação e a marginalidade, transformando novos bairros em caldo de cultivo de delinquência e violência que afeta à toda sociedade. Sem idéias de cidade e sem aprofundamento nas condições sociais e culturais da habitação popular, perdem-se inúmeras oportunidades de desenvolver uma cidade integrada social e urbanisticamente, intensificando, por outro lado, a fragmentação e a exclusão.

Urbanidade e civilidade são objetivos supremos da atuação na cidade: o estímulo do convívio entre diferentes grupos sociais; a integração e respeito pelas diferenças sociais, políticas e culturais; o predomínio dos valores da ética e da democracia nas grandes decisões que afetam à cidade como bem coletivo são instrumentos essenciais para obter edifícios e espaços urbanos qualificados e que dignifiquem o habitar na cidade. Sem esses princípios, a sociedade caminha para a fragmentação e exclusão, e a cidade para a morte dos seus espaços urbanos.

As diferenças e as desigualdades são próprias da natureza humana e, como tais, são retratadas pelas cidades. Pensar outra coisa é utopia. Mas não custa sonhar e imaginar um mundo melhor, sabendo que sonho e imaginação são os primeiros passos para mudar uma realidade.

Notas

(1) GEHL, Jan, Cities for people, Editora Island Press, 2010

(2) JACOBS, Jane, Morte e vida de grandes cidades, Ed. Martins Fontes, 2009

Roberto Ghione                                                                                                                     Roberto Ghione é arquiteto e urbanista

Sesc Amazônia das Artes tem entrada franca e os ingressos já podem ser retirados

O projeto será lançado em maio no Tocantins com o melhor da cultura amazônica

Da Redação

Foto:Bayard de Oliveira

foto-amazonia-das-artes---620                                                                                                      O grupo In Bust Teatro Com Bonecos é do Para e apresentou na edição 2011 do projeto Amazônia das Artes em Palmas

Os ingressos para conferir as atrações Sesc Amazônia das Artes edição 2012 já estão disponíveis e podem ser trocados por um quilo de alimento não perecível. O projeto será lançado no Teatro SESC Palmas na sexta-feira, 4 de maio, às 19h30. O Projeto Amazônia das Artes promove a circulação e o intercâmbio de espetáculos da Amazônia Legal de dança, teatro, shows musicais e exposição de obras de artes.
O objetivo segundo a assessoria de comunicação é criar um espaço de intercâmbio do patrimônio cultural brasileiro, em sua diversidade de manifestações, voltada para a prática da cidadania e para a preservação da cultura amazônica, proporcionando, assim, o estabelecimento de um diálogo constante entre os responsáveis pela produção e pelo consumo de bens culturais.
De acordo com a coordenadora de cultura do SESC, Ana Friedlander, o projeto pretende apresentar a Amazônia por meio da Arte. "O SESC Amazônia das Artes é um evento multicultural que estimula o intercâmbio artístico e proporciona o acesso do público a bens culturais produzidos na região da Amazônia Legal. O público poderá conferir apresentações artísticas como exposições, teatro e música durante dez dias", destaca a coordenadora de cultura.
Após o lançamento o projeto percorrerá os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rondônia e Roraima. O lançamento do SESC Amazônia das Artes vai contar com a presença de diretores de regionais do SESC além de coordenadores de cultura dos estados participantes.


SESC Amazônia das Artes
O projeto Amazônia das Artes irá realizar em 2012 a quinta edição, o que confirma seu caráter permanente no cenário amazônico. Entre os seus propósitos estão o estímulo e a difusão da produção artístico-cultural dos Estados abrangidos pela Amazônia Legal e por outros Estados que possuem características semelhantes devido a sua proximidade com a realidade da região.
Seu principal alvo é a circulação de obras nas linguagens de Artes Plásticas, Dança, Música e Teatro oriundos dessa região, atendendo às necessidades específicas para um melhor desenvolvimento, além de integrar os departamentos regionais do SESC nos Estados que formam a Amazônia Legal.
Atualmente, o projeto conta com a participação de onze Estados, sendo eles Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Serviço
Data:
de 04 a 13 de maio
Local: Centro de Atividades de Palmas
Entrada: 1 Kg de alimento não perecível que pode ser trocado por ingresso de 23 de abril a 13 de maio no Teatro SESC Palmas em horário comercial ou na entrada de cada espetáculo
Informações: (63) 3212-9954-3219-9900

                                 Programação
4 de maio –18 horas - Luê (PA) – Música
4 de maio – 21 horas – Exposição Caóticos (AC) – Exposição de Artes
5 de maio – 20 horas – Pionices (AM) – Dança
6 de maio – 17 horas – O Auto da Folia de Reis (PI) – Teatro de Rua
7 de maio – 20 horas – A Serpente (MS) – Teatro Adulto
8 de maio – 18 horas – Corda com Corda (RR) – Música
9 de maio – 20 horas – Expiação (MA) – Dança
10 de maio – 18 horas – São Batuques (AP) – Música
11 de maio – 20 horas – Plagium? (MS) – Dança
12 de maio – 17 horas – O Menino e o Céu (MT) – Teatro Infantil
13 de maio – 17 horas – O Menor Espetáculo da Terra (PA) – Teatro

Fonte: http://www.portalct.com.br/viver-tocantins/2012/04/27/43283-sesc-amazonia-das-artes-tem-entrada-franca-e-os-ingressos-ja-podem-ser-retirados

Cinema e Arquitetura: “The Architect”

architect0-530x387 Cartaz

Esta semana queremos apresentar “The Architect“, um filme que não aparece em nenhum outdoor nem ganhou nenhum Oscar, mas isso é irrelevante. A responsabilidade dos arquitetos nas construções de edifícios e  na composição do entorno urbano resultante da interação dos objetos construídos  e seus usuários é uma problemática que hoje em dia ganha mais  importância do que nunca. SINOPSE
A trama possuí como protagonistas: Leo (Anthony LaPaglia), um  famoso arquiteto, que em sua juventude projetou  um conjunto habitacional de baixo orçamento. O filme na atualidade,mostra o conjunto habitacional deteriorado, sendo o lugar perfeito para elevados índices de criminalidade. A outra protagonista é Tonya (Viola Davis), uma mulher que vive no complexo de apartamentos e lidera uma campanha para que ele  seja demolido. Tonya  procura a Leo para que ele apoie a sua petição para  a demolição  do conjunto, mas Leo não vê nenhuma razão para que sua obra seja destruída.
Enquanto isso,  a  vida familiar de Leo, casado com Julia (Isabella Rossellini) está também caindo aos pedaços como a sua grande obra ele projetou vinte anos atrás. Tonya luta sozinha para que sua solicitude seja aceitada; ela que já perdeu um filho, possuí outras duas filhas  que parecem não estar identificadas com ela nem com sua luta.
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“The Architect” é um filme que aparentemente é simples e direto, um drama cotidiano. Mas, em realidade  nos apresenta um olhar profundo da psique humana. De como as pessoas buscam conexão com os outros e constantemente falham na tentativa, pelos medos aos demais e a si mesmo. De como podemos perder o controle de nós mesmos, e começarmos  a não saber quem somos. Os diferentes personagens de “The Architect” estão perdidos, não sabem o que querem, apenas demonstram a urgente necessidade de se sentirem conectados a algo ou alguém.
Este é um filme de atuações sutis e complexas, é bem mais do que é mostrado e do que é dito, não significa que o script não é eficiente, pelo contrário, cada frase, cada linha está aí para mostrar-nos um  aspecto e um matiz da história e dos personagens. As atuações de LaPaglia, Davis e Rossellini, são excelentes, atores que sabem bem lidar com os silêncios e os espaços. A maneira em que nos mostram como cada um dos personagens se destroem  por dentro é dura e difícil de assimilar.Definitivamente um filme para ver.
TÉCNICO
Título Original: The Architect
Ano: 2006
Duração: 82 min.
Origem: EUA
Diretor: Matt Tauber
Roteiro: David Greig & Matt Tauber
Trilha Sonora: Franz Waxman
Elenco: Anthony LaPaglia, Isabella Rossellini, Viola Davis, Hayden Panettiere, Sebastian Stan, Walton Goggins, Paul James

Fonte: Helm , Joanna . "Cinema e Arquitectura: “The Architect”" 27 Apr 2012. ArchDaily. Accessed 29 Apr 2012. http://www.archdaily.com.br/45841/cinema-e-arquitectura-the-architect/

Documentário: Velho Recife novo

velhorecifenovo_divulga____o-530x530 Divulgação

 

Estimulados pelo ambiente de discussão dos problemas e projetos urbanos da cidade, foi produzido um documentário que propõe uma reflexão sobre o espaço público e os processos de transformação da cidade do Recife. Não é dirigido especificamente ao Novo Recife, mas acaba por mencioná-lo e está diretamente relacionado a questões ao redor.

Sinopse:

Oito especialistas de diversas áreas (arquitetura e urbanismo, economia, engenharia, geografia, história e sociologia) opinam sobre a noção de espaço público na cidade do Recife e destacam temas como: a história do espaço público na cidade, o efeito dos projetos de grande impacto no espaço urbano, modos de morar recifense, a relação entre a rua e os edifícios, a qualidade dos espaços públicos, legislação urbana, gestão e políticas públicas e mobilidade.

Veja o vídeo:

http://vimeo.com/40913933

 

Título Original: Velho Recife novo

Título Nacional: Velho Recife novo

Realização: Contravento

Direção e Produção: Luís Henrique Leal, Caio Zatti, Cristiano Borba e Lívia Nóbrega

Classificação: Curta-metragem

Gênero: Documentário

País de Origem: Brasil

Duração: 16:07

Ano de Lançamento: 2012

Fonte: Helm , Joanna . "Documentário: Velho Recife novo" 27 Apr 2012. ArchDaily. Accessed 29 Apr 2012. http://www.archdaily.com.br/45655/video-velho-recife-novo/

Fórum Nacional de Hab. de Interesse Social/Brasília–DF

O Fórum Nacional de Secretários da Habitação e Desenvolvimento Urbano – FNSHDU e a Associação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos de Habitação – ABC  realizarão o “59º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social”, em Brasília, nos dias 16, 17 e 18 de maio de 2012, no Hotel Nacional.
59º Seminário
O evento será aberto à participação dos agentes públicos de habitação de Estados e Municípios, sem cobrança de taxa de inscrição.
Para as mesas de debates estão sendo convidadas autoridades do Governo Federal, especialmente do Ministério das Cidades e da Integração Nacional da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, do Poder Judiciário, da iniciativa privada do setor habitacional e de regularização fundiária.
Durante a solenidade de abertura será realizada a entrega das premiações aos Estados e Municípios vencedores do Selo de Mérito. Neste ano concorrem 56 Projetos por 37 instituições habitacionais e serão premiados 11 Projetos nas seguintes categorias: a) modernização institucional, b) ambiental e socialmente sustentável, c) regularização fundiária e imobiliária, d) inovação tecnológica, e) relevância nacional e f) grande impacto regional.
Os interessados podem se inscrever, encaminhando a ficha de inscrição ao e-mail:abcohabs@uol.com.br, com o assunto: 59º Fórum Nacional de HIS – 2012.
Informamos também que estamos disponibilizando estandes para Estados, Municípios e empresas privadas. Os interessados deverão entrar em contato com a ABC pelos telefones 61 3327 2003 ou e-mail: abcohabs@uol.com.br. Falar com Luciana ou Nelson.
Confira a programação preliminar do 59º FNHIS.

Fonte:Helm , Joanna . "Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social / Brasília – DF" 27 Apr 2012. ArchDaily. Accessed 29 Apr 2012. http://www.archdaily.com.br/45770/forum-nacional-de-habitacao-de-interesse-social-brasilia-df/

"Sustentabilidade é agredir o ambiente de forma mais lenta"

Para arquiteto especialista em biomimética — criação de tecnologias limpas que imitam a natureza — humanidade ficou preguiçosa na "era dos combustíveis fósseis"

por Túlio Caricatti

Sustentabilidade

A construção de estruturas 100% ecológicas será possível?

É comum encontrar quem se vanglorie de criar uma garrafa plástica de refrigerante que utiliza 30% de material renovável a partir de cana-de-açúcar. Difícil é encontrar alguém que critique esse modelo tido como sustentável. O arquiteto inglês Michael Pawlyn é um deles. Na contramão de empresas e associações que acreditam que reduzir os danos seja a política ideal de desenvolvimento, ele defende uma postura mais radical: a construção de estruturas e materiais 100% ecológicos.

Misturando biologia e arquitetura desde 1997, Pawlyn é um dos expoentes do biomimetismo (bio = vida; mimetismo = imitação, adaptação) pelo mundo. Essa prática prevê que o homem imitará a natureza para encontrar soluções que vão não só resolver os problemas do mundo, mas também recuperar os ecossistemas do planeta. Nesse grupo de invenções biomiméticas estão, por exemplo, uma folha artificial que imita a fotossíntese para gerar eletricidade e telas que copiam a luz refletida nas escamas das borboletas para produzir imagens sem gastar energia. Além delas, muitas outras tecnologias estão em desenvolvimento por empresas e universidades do mundo (a edição impressa da Galileu, de maio, traz 9 grandes exemplos).

O especialista é autor do livro Biommimicry in Architeture ("Biomimética na Arquitetura", ainda sem edição brasileira) e em 2011 deu uma palestra sobre o assunto no TED, uma das mais importantes conferências sobre tecnologia entretenimento e design do mundo. Pawlyn conversou com Galileu para explicar como a será o principal instrumento de inovação para recuperar o planeta dos danos causados pela "era dos combustíveis fósseis".
Por que a biomimética demorou tanto a acontecer?

Pawlyn: A demora tem a ver com o nosso entendimento da natureza. Não sabíamos como essas adaptações incríveis funcionariam. Ela também está relacionada com a era dos combustíveis fósseis. Esse período nos deixou preguiçosos. Tem sido tão fácil queimar combustível para atender nossas demandas que deixamos a engenhosidade de lado.

A era dos combustíveis fósseis está acabando?

Pawlyn: Sim, com certeza. Estamos entrando em uma era muito empolgante: a era ecológica. Teremos o ressurgimento da engenhosidade. Nossas soluções serão mais inventivas. Precisamos encontrar formas mais eficientes de resolver nossos problemas porque os recursos naturais do planeta estão acabando. Por isso a biomimética é tão importante. Ela será uma das ferramentas mais importantes para facilitar a transição da era industrial para a era ecológica.

Quais são as características mais importantes dessa nova era?

Pawlyn: Teremos um aumento radical na eficiência dos recursos que utilizamos para produzir nossos materiais e produtos. Essa é a área em que a biomimética terá um papel fundamental. Além disso, vamos explorar cada vez mais modelos de laço fechado. Isso significa, por exemplo, que o lixo produzido por um prédio pode servir de matéria prima para uma usina que gera energia para o próprio prédio que produziu o lixo. A era ecológica também será marcada pela transição dos combustíveis fósseis para uma economia solar.

A energia solar ainda não se inseriu de maneira definitiva no mundo. Por que estamos demorando tanto a fazer a transição?

Pawlyn: A energia que recebemos do Sol é sete mil vezes maior do que precisamos para abastecer a humanidade. Isso quer dizer que nossos problemas de energia não são insuperáveis, trata-se de um desafio para a engenhosidade. O progresso tem sido lento, sobretudo por causa da inércia e do poder sobrepujante da indústria de combustíveis fósseis. Os subsídios para eles são maiores do que para os combustíveis renováveis. Contudo, estamos chegando lá. As células fotovoltaicas ficam 20% mais baratas cada vez que a indústria dobra de tamanho. Outras células custam um quinto do que custavam há 20 anos. É uma questão de tempo.

Mas o tempo está acabando...

Pawlyn: É também uma questão de vontade. Não é uma tarefa difícil, quer ver? Produzimos 75 milhões de carros por ano e temos três bilhões de celulares do mundo. Ou seja, há um esforço manufatureiro em outros campos. Na Segunda Guerra Mundial fábricas foram transformadas da noite para o dia para a produção de material bélico. Os obstáculos que temos são basicamente políticos.

O mercado e as universidades estão preparados para receber e formar profissionais da biomimética?

Pawlyn: A biomimética é um nicho pequeno ainda. A maior parte das pessoas se identifica quando a conhece, mas não se trata de algo amplamente debatido. A sustentabilidade está mais estabelecida. Contudo, não estamos mais satisfeitos com o termo sustentabilidade. Temos que ir além, para chegar em soluções de arquitetura, design e engenharia que sejam capazes de restaurar o planeta. A biomimética é a melhor forma de inovação para fazer essa mudança.

Qual a diferença entre o design sustentável e o de restauração?

Pawlyn: Sustentável implica em algo que poderá continuar indefinidamente. Porém, em muitos momentos, isso tem a ver com mitigação, em fazer com que algo fique um pouco menos pior. Continuamos com o modelo velho, mas o tornamos menos agressivo ao ambiente. Por outro lado, o design de restauração procura soluções que recuperam os ecossistemas.

Poderia dar um exemplo de design sustentável e outro que seja de restauração?

Pawlyn: Digamos que um prédio de escritórios usa 30% menos energia elétrica, tem 20% menos concreto e janelas que conseguem filtrar a luz solar. Essas janelas, por exemplo, misturam diferentes materiais e todo o vidro que vai parar no ambiente não é reciclável. O concreto, mesmo em menor quantidade, continua sendo concreto, que é um material cuja produção emite muito gás carbônico. A conclusão é que apesar de ser menos agressivo, o prédio não contribui para a recuperação do ambiente. Ele apenas torna a agressão mais lenta.

Como seria esse prédio se ele tivesse sido concebido a partir de conceitos de restauração?

Pawlyn: Um prédio assim tem o objetivo de aumentar a produtividade das pessoas, criando níveis de luz ambiente e melhorando a qualidade interna do ar, por exemplo. O ar que sai do prédio precisa ser tão limpo quanto o que entra. Isso pode ser feito usando plantas. É preciso também usar materiais que reduzem os níveis de poeira. A luz solar não aproveitada para iluminação é transformada em eletricidade para o prédio. A conclusão é que devemos ir além do conceito comum de sustentabilidade e recuperar o sistema agredido. Temos que sair de um nível estático, em que consumimos os recursos naturais de forma inconsequente, e sermos produtores dinâmicos de recursos.

 

Fonte:

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI303917-17770,00-SUSTENTABILIDADE+E+AGREDIR+O+AMBIENTE+DE+FORMA+MAIS+LENTA.html

Coordenação em alta

Com o aumento do volume de obras e busca por maior eficiência, arquiteta vê crescimento da importância dos coordenadores de projeto

MARIA FERNANDA ÁVILA DE SOUSA DA SILVEIRA
É presidente da Associação Brasileira de Gestores e Coordenadores de Projetos (Agesc), entidade com cinco anos de existência. Formou-se em 1980 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie e, em 1983, fez especialização em marketing e finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Trabalhou no escritório Marcos Tomanik de 1979 a 1984 no desenvolvimento de projetos arquitetônicos e coordenação de projetos. A partir de 1981, foi uma das fundadoras do escritório Carvalho e Silveira Arquitetura, de projetos de arquitetura, coordenação de projetos civis, além de consultoria para implantação de procedimentos enxutos em coordenação de projetos.

Diferentemente do Brasil, em outros países do mundo, como os Estados Unidos e na Europa, o arquiteto é o "dono" do projeto, e é o responsável por ele até o final de sua execução. O arquiteto é o coordenador da obra, e é a ele que os demais profissionais devem se reportar. Também deve - ou deveria - ser dele a responsabilidade pela compatibilização dos projetos. Esta é uma tendência que já começou, mas, para Maria Fernanda, os escritórios de arquitetura não estão maduros, os arquitetos não estão capacitados para isso, e os gestores são mais ágeis, pois conhecem todo o processo. Porém, construtoras já estão "devolvendo" a coordenação ao arquiteto, uma das mudanças que se soma ao processo em curso de reformulação na gestão de obras. Outra mudança que também já começou é a adoção de modelagem da informação - o Building Information Modeling (BIM), no qual, além da visualização em 3D, um dos aspectos mais importantes são as informações agregadas ao modelo, desde as dimensões e material, até custo, modo de execução, prazos, etc. Com isso, o trabalho do projeto deve ser muito mais articulado, com informações disponibilizadas e visualizadas por todos os departamentos da incorporadora, construtora, projetista, coordenadora. A eficiência de comunicação gera, como define Fernanda, uma matriz de informações que alimenta o projeto.

Seu escritório de arquitetura começou a fazer gerenciamento por uma demanda devida ao crescimento da construção, ou por causa de novas formas de trabalho?

Nós já coordenávamos. Os arquitetos autores de projeto são os profissionais que têm o maior conhecimento do todo do projeto. Mas, por pressão de situações criadas no mercado, os arquitetos deixaram a coordenação para o empreendedor, que começou a formar alguns profissionais. Algumas empresas não queriam que essa coordenação tivesse um custo fixo na empresa e começaram a terceirizar. Agora, devido à busca por eficiência e ao alto volume de projetos, surge a necessidade de um coordenador na empresa, com atribuições diferentes daquelas dos coordenadores de cada projeto. Foi quando começaram a aparecer os coordenadores internos. A coordenação é uma das armas que fazem com que o projeto seja o mais eficiente possível.

O Brasil vê entrando no mercado escritórios estrangeiros de projeto, um movimento que já existe em outras áreas da construção e mesmo em diversos setores da economia. Há diferenças no modo de projetistas estrangeiros e brasileiros trabalharem?

Sim. Existe um modo diferente em função do tipo de contratação que é feita. Contrata-se em "turn key", o arquiteto é o gerente do projeto e da obra. Ele acompanha a obra até a entrega das chaves. E todos se reportam ao arquiteto autor do projeto, inclusive a construtora. A formação dele é voltada não só para o projeto como para a obra. Aqui no Brasil há uma defasagem muito grande entre quem faz o projeto e quem faz a obra.

Para a decisão do sistema construtivo, a construtora deve estar junto com o arquiteto, orientando-o desde o começo

O uso de softwares mais atuais pode tornar o processo de elaboração de projeto mais eficiente?

Não são apenas os softwares ou programas, é a cadeia de informações que está ligada por eles. Para a decisão do sistema construtivo, a construtora deve estar junto com o arquiteto, orientando-o desde o começo. Quando se começa a desenvolver as alturas estruturais, ele já tem que saber se está fazendo um projeto tradicional de concreto armado, metálico ou alvenaria estrutural, para não mencionar todos os outros sistemas. O arquiteto precisa estar bem informado sobre o custo e as situações regionais.

O que é conhecer a "situação regional"?

Por exemplo, não se consegue fazer alvenaria estrutural em Belém, porque não há bloco de concreto com fck em condições de uso. Ele é tão fraco que seria preciso encher todos os seus furos de concreto. Para este tipo de situação é preciso ser um parceiro do cliente desde o começo. Aqui no Brasil existe este tipo de parceria. Lá fora, o projetista já é contratado pela construtora ou incorporadora com toda essa informação de engenharia de valor do que se vai fazer de projeto. Aqui, há casos em que se faz primeiro o projeto e depois se sabe qual empresa vai construir, ou chegam depois as soluções técnicas que interessam àquele produto.

Você diria, então, que a eficiência ou mesmo produtividade precisa de uma parceria de comunicação?

É uma matriz. A informação que se dá para o software vem do seu relacionamento. Hoje, um processo integrado para se modelar um projeto já admite que se coloquem informações como tempo de construção, materiais, custo. Essas informações estão com a construtora ou com o empreendedor. Também é preciso avaliar se há um fornecimento próximo e ágil de insumos ou materiais - estruturas metálicas, por exemplo. Para isso é preciso estar em parceria com o cliente. Nos EUA, Inglaterra, França, Portugal ou qualquer outro lugar já se entra desde o começo "linkado" com a construtora. Aqui é muito dissociado. Ou seja, quando há essa expertise associada, o processo fica mais eficiente. E, se há softwares que juntam tudo isso de modo eficiente, melhor ainda.

Um dos problemas é a comunicação entre os diversos projetistas durante a fase de projeto. Como a comunicação pode se tornar mais eficiente?

Esse problema existe quando se aumenta a complexidade do projeto, não em projetos que têm menos agentes, como somente a estrutura, hidráulica, elétrica e ar-condicionado. Quando se começa a ter automação, terraplenagem, geotecnia, consultoria em sustentabilidade e desempenho, é preciso haver uma pessoa - que pode ser o arquiteto, o gerente ou o coordenador do projeto - para dominar esse projeto do começo ao fim e fazer com que o processo seja acertado. No método tradicional, monta-se o primeiro modelo, depois todos dão seu dimensionamento - de pilar, hidráulica, elétrica, etc. - e então uma pessoa tem que concentrar tudo isso e analisar a coerência.

Como se perdem as informações?

Há todo um brainstorming de quais são as melhores soluções. Se a elétrica vai ser distribuída por shaft para cada quarto de hóspedes, ou se isso vai ser distribuído por andar, por exemplo. Isso tudo é proposto, e é preciso ter uma pessoa que traga a coerência, porque cada um vai querer puxar a solução para o seu lado. Essas propostas vêm para a cabeça do arquiteto, que é como o regente de uma orquestra: todos têm a liberdade de somar, mas é preciso haver uma coerência. Nessa hora, quando o projeto começou a ficar muito complexo, o pessoal começou a se perder. O projetista estrutural entrega sua parte, mas o arquiteto não disse se aquele pilar está cabendo.

Se hoje há projetistas que entregam sua parte e não querem revisão, em que nível você diria que estamos hoje?

É preciso ensinar que os processos têm amadurecimento. É uma matriz de condicionantes. O projeto não se acaba na primeira, segunda ou terceira proposta, ele vai amadurecendo e se encaixando. Mesmo depois de pronto, pode haver surpresas, mudanças de técnica. O projeto tem um estudo, um desenvolvimento intermediário, que pode ser chamado de pré-executivo, projeto básico, anteprojeto, etc., e há o projeto executivo. Sempre um começo, um meio e um fim - um pensamento, uma elaboração, uma finalização.

E a função do coordenador vem desde o começo.

Quando eu comecei a fazer coordenação, eu ia desde a compra do terreno. Houve aquele hiato em que ninguém fazia nada, e então em 2007, 2008 começou-se a querer ser eficiente, e os coordenadores só entraram no projeto executivo. Agora, está se trazendo o coordenador desde o começo, desde a compra do terreno. Então, indo atrás do processo todo, o coordenador pode influenciar o empreendedor.

O que aconteceu para ele entrar não só na parte executiva, mas já no início?

Sentiu-se que entrar com acertos no final do projeto executivo criaria mais retrabalho. Então, por um custo muito pequeno para uma noção de todo o processo, o coordenador entra logo depois de definido o produto.

A coordenação [de projetos] está se difundindo nas construtoras por erros e acertos

Quando isso mudou nas construtoras?

Algumas delas têm os processos integrados de projeto e incorporação, então há mais facilidade. As construtoras estão criando setores de gestão de projeto, setores que difundem essa informação do começo ao fim. A coordenação está se difundindo nas construtoras por erros e acertos.

Idealmente, como deve ser feita a coordenação de projetos, e para onde estamos caminhando?

Coordenação de projetos é coordenação de informação. Tudo se remete à informação, como elas são administradas e como se administram as pessoas para receberem essa informação. O coordenador é um instrumento para cada um agilizar seu trabalho. Então, quanto mais ele vira seu parceiro, mais fácil fica. Mas o coordenador não faz a compatibilização do trabalho do arquiteto. Quem tem que compatibilizar é ele, o coordenador dá a sugestão. A compatibilização é sempre do arquiteto, do idealizador.

O arquiteto vai voltar a ser o dono do projeto?

Eu sempre coordenei e compatibilizei meus projetos, e se hoje estou fazendo isso para terceiros é porque alguém não está fazendo. Há construtoras que já estão pedindo para que não haja o coordenador, retornando a responsabilidade para o escritório de arquitetura.

Isso é uma tendência?

Deveria ser. Mas, os escritórios de arquitetura não estão maduros, e os gerenciadores estão mais ágeis, conhecem o processo todo. Também pode haver só o gerenciador da construtora, mas ele vem com outros dados - de custo, prazos, etc. Ele não é o gerenciador da forma, mas das informações. Hoje, o arquiteto tirou de si algumas responsabilidades da forma, da geometria, de o empreendimento caber ali. Isso vai voltar para o arquiteto.

O bom momento da construção, hoje, permite mudanças no processo do projeto?

Vai ser mais eficiente porque temos novas metodologias, novos processos para fazer projeto. Estamos entrando em uma fase muito nova, porque desde o Egito Antigo se desenha em 2D, e agora entraremos em uma fase em que faremos modelos 3D, associados às demais informações de tempo, custos, premissas, etc. Essa é a diferença. Este processo é o BIM.

Com a modelagem, muda-se o projeto ou as etapas de projeto?

Sim, mudam as etapas do projeto, mas não muda o que acontece. Ele não é um projeto pronto. Há o processo de alguém imaginar um produto, se vai ser construído em estrutura metálica ou convencional, ter esse brainstorming, e aí pode-se fazer três modelos 3D para três sistemas construtivos diferentes de estrutura. Definido um deles, posso vir depois com o sistema de hidráulica...

O que deve ser feito nos escritórios de projeto em relação ao treinamento de pessoal para uso do BIM? Como fica a organização do trabalho?

Começar do começo. Conhecer como é o processo, verificar quais são os agentes e as informações necessárias. Então analisar as diversas opções de software e implantar de pouco em pouco, porque os custos são altos - por outro lado, quando estiver pronto, vai ser mais rápido, mais fácil, e a informação vai ser transparente a todos. Os empreiteiros de obra vão usar o modelo na obra. Ao mesmo tempo, o gerente de obras vai saber, por exemplo, quando é preciso encomendar as luminárias. Vai se fazendo esse planejamento e levando ao final da obra, ao pessoal de facilities. Vai ser mais ágil. A implantação de um modelo 3D é demorada, mas o processo não é só o trabalho em 3D, é o trabalho de juntar as informações em programas compatíveis com o modelo.

A função do cadista vai desaparecer?

Todas as funções vão continuar. Entendo que a pessoa ideal para o CAD, que tem conhecimento construtivo, pode perfeitamente ser a pessoa que vai operar um sistema de modelagem e ter a mesma informação. Essa informação é adquirida com experiência. Os cadistas não vão desaparecer. Há ótimos projetistas em grandes escritórios de arquitetura que não são arquitetos. Eles se tornarão obsoletos se não se atualizarem nos programas e nos processos, mas não vão deixar de existir.

Os cadistas não vão desaparecer. Há ótimos projetistas em grandes escritórios de arquitetura que não são arquitetos.

O BIM não vai mudar as funções de cada um dentro dos escritórios de projeto?

Não. Por exemplo, os projetos aqui são desenvolvidos por arquitetos seniores ou plenos, que têm conhecimento de projeto. Se um projeto for feito por um estagiário, vou revisá-lo. Muda como este modelo e as informações são acessadas e distribuídas entre os diversos membros da equipe dos escritórios.

Como lidar com tantas informações?

A nova colaboração é o processo, e o processo é alimentar o modelo com a maior quantidade de informação possível. No escritório de arquitetura não sei quando uma janela vai ser colocada na obra. Quem insere essa informação é o engenheiro de obras. Será preciso uma pessoa muito mais organizada, porque a quantidade de informação vai ser muito maior. Ela precisará de conhecimento de projeto e de planejamento de obra.

Essa pessoa é do escritório de projeto, ou da construtora?

Se fosse no padrão de contratação europeu, seria no escritório de arquitetura. Mas não existe no Brasil um arquiteto que tenha o conhecimento do começo ao fim para um grande empreendimento.

Essa forma brasileira de se contratar e trabalhar é pior?
Quais são as consequências?

É pior, porque teremos que formar esses profissionais multifunção, que tenham o conhecimento. Nas escolas, não ensinam arquiteto a fazer obra, e não ensinam engenheiro a coordenar projeto.

E o que pode mudar, e como?

Será necessário um tipo de formação mais completa, mais holística. A pessoa terá que conhecer tudo, e bem. Na parte de desempenho mais ainda.

A mudança vem das construtoras?

Construtoras e incorporadoras. Eles estão entendendo que devem trazer o pessoal de orçamentos para junto do arquiteto. E uma coisa é o projetista fazer reunião com o pessoal de orçamentos, outra coisa é puxar os dados do programa de orçamentos e colocar no projeto, facilitando a vida deles para montar o orçamento. Uma coisa é fazer uma logística no desenho que define os eixos da obra, outra coisa é sentar com o engenheiro de planejamento de obra e ouvir por onde se vai chegar no canteiro, onde fica a rampa, a planta do canteiro de obra, de fases de implantação de platôs de terraplenagem. Não havia desenho do 4D do canteiro da obra. É normal a pessoa não ver o desenho da obra e, por exemplo, montar o canteiro em cima da área em que ficará a torre principal.

Ainda existem erros assim?

Ainda há. Em uma obra, por exemplo, o stand de vendas foi colocado em cima do que seria uma das torres. Tive que criar uma junta de dilatação para fazer só as outras duas torres, porque fizeram o canteiro de obras sem consultar o projeto. Se o pessoal de lançamento tivesse acesso ao modelo, isso seria evitado. Há duas empresas no Brasil em que a incorporação está junto com a construção. No resto, fica uma de um lado e outra do outro, sem se falar. No final, criou-se um custo de obra absurdo, porque foram feitas duas fundações, uma linha inteira de junta de dilatação.

Hoje pratica-se a contratação de consultorias externas para, por exemplo, buscar certificações de sustentabilidade. É uma tendência cada parte se especializar mais em cada aspecto?

Sim, é uma tendência. A consultoria é interessante porque põe à prova o que foi proposto pelo projetista, traz a expertise daquele tipo de construção. Em um começo, a consultoria pode orientar, que é o que acontece hoje para a Norma de Desempenho e para sustentabilidade, mas no futuro isso vai se tornar parte integrante dos projetos, obrigatoriamente. Seremos obrigados a conhecer as normas em todas as suas facetas e aplicá-las. Mas a consultoria tem a expertise na área e ela vem trazer uma melhoria do processo, em qualquer assunto. Ela é sempre bem-vinda, mas tem que ser usada com inteligência.

Como seria usar a consultoria com inteligência?

É preciso introduzir as consultorias no começo, para que elas tragam o máximo possível de informações para poder gerar o processo. Não se pode trazer a consultoria no final do processo acabado. É preciso tentar tudo o que há de melhor, mas chega uma hora em que não dá mais para esperar, pesquisar, há um limite até onde se pode mexer nas coisas.

Um dia (...) todo projetista deverá saber fazer um projeto sustentável. O consultor será um verificador e um ativador de soluções.

Hoje existem muitas consultorias de projeto e construção sustentável. Com a disseminação desse conhecimento, porém, não há o risco de essas empresas perderem sua função no mercado?

Um dia não vai mais ser necessária consultoria de sustentabilidade. Todo projetista deverá saber fazer um projeto sustentável. O consultor será um verificador e um ativador de soluções. Porque o arquiteto tem acesso a alguns sistemas, mas o consultor tem acesso a outros, por exemplo no tratamento de esgoto e águas cinzas são "n" sistemas. A consultora pode dar a palavra final, porque tem a expertise disso, conhece os sistemas. A função do gerente, aqui, é buscar e não dar a solução.

Por que a Norma de Desempenho é tão difícil de atender?

É preciso entender todos os itens necessários. Por exemplo, não é mais possível projetar uma laje econômica de 10 cm, porque testes já demonstraram que ela não atende à norma no quesito acústica. Quando se for desenhar, a laje já vai ter 12 cm, o fechamento não vai mais ter 9 cm de espessura, etc. Assim já se sabe que está sendo atendido o requisito mínimo.

Arquitetos e projetistas estão preparados para projetar e especificar com esses novos parâmetros?

Não.

E como eles se preparam?

Fazendo os cursos.

Quais são os principais desafios para se atender à Norma de Desempenho?

Aprender é o primeiro passo. As pessoas querem desempenho porque estamos oferecendo produtos abaixo do necessário - casas que desmontam, que não duram, janelas que não vedam som ou luz. Então, são dois aspectos básicos: aprender, mas também atender à necessidade do mercado.

Reportagem: Luciana Tamaki

Fonte: http://www.cbca-acobrasil.org.br/noticias-ultimas-ler.php?cod=5552&bsc=&orig=noticias-ultimas

Ministério do Planejamento abre concurso para contratação de arquitetos, engenheiros e geólogos


Com salário inicial de R$ 9.980,25, profissionais serão responsáveis pela implantação de projetos e obras de infraestrutura de grande porte


Aline Rocha

 O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão vai contratar 149 analistas de infraestrutura por meio de concurso público. Entre as atividades deste profissional está a implementação e execução de projetos e obras de infraestrutura de grande porte.

Os requisitos para contratação são diploma de nível superior nas áreas de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia ou Geografia. Para os formados em Engenharia, são 15 vagas. O candidato que se encaixar nesta área deve ter conhecimentos de projeto de obras de construção civil, fundações, escavações, dentre outras habilidades. Já os formados em Arquitetura contam com 11 vagas. Seus conhecimentos devem incluir, entre outros, métodos e técnicas de desenho e projeto urbano e aspectos sociais e econômicos do planejamento urbano sustentável. Os profissionais da área de Geologia/Geotecnia têm 17 vagas disponíveis e devem dominar conceitos de geologia aplicada, processos tectônicos e gestão de riscos. 

Os interessados devem fazer inscrição entre os dias 20 de abril e 11 de maio pelo site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB). A taxa é de R$ 110,00.

O processo seletivo compreende uma prova objetiva de conhecimentos básicos, específicos, redação e avaliação de títulos. A prova será aplicada no dia 17 de junho e terá 4 horas de duração. O salário inicial para os aprovados é de R$ 9.980,25. O Ministério designará as cidades onde os futuros analistas trabalharão. O edital completo pode ser conferido aqui.


Fonte: http://www.piniweb.com.br/construcao/carreira-exercicio-profissional-entidades/ministerio-do-planejamento-abre-concurso-contratacao-de-engenheiros-arquitetos-e-256257-1.asp


CAU/TO - Aviso aos profissionais e empresas de arquitetura e urbanismo

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Tocantins - CAU/TO estará no período de 11 a 30 de Abril realizando agendamentos para visitas a escritórios, empresas, órgãos e instituições para orientações técnicas quanto às diretrizes gerais do CAU/TO e instruções quanto ao preenchimento do RRT – Registro de Responsabilidade Técnica. Os interessados poderão agendar uma visita através do e-mail ou telefones a seguir:
E-mail: contato@cauto.org.br
Telefones: (63) 8406 - 1326 / 8138 - 0530 / 9236 – 7577
Endereço (Provisório): 206 sul, Av. LO 05, Lt. 08, Sl. 07 – Palmas/TO – Sede do IAB/TO

Video: ClockWork City – o sonho de uma cidade sem necessidade de transporte

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O transporte é um dos temas da cidade que mais se discute hoje me dia, em diferentes urbes do planeta. As diversas opiniões a respeito giram em torno do tipo de transporte utilizado com o objetivo de diminuir problemas como a contaminação veicular, os engarrafamentos ou os longos tempos de viagem que algumas pessoas precisam realizar diariamente. No entanto, uma idéia de modelo urbanístico apresentada em 2011 elimina esta discussão sobre o tipo de transporte e estabelece um desenho de cidade exclusivo para pedestres. Como? Através de um criativo sistema que distribui diferentes setores da cidade em argolas dispostas uma dentro da outra, e que vão girando em sentidos contrários para aproximar, por exemplo, o centro da cidade com a zona vertical.Mesmo que a ideia admita muitos “poréms”, sonhar nossa cidade ideal é grátis.

ClockWork City está longe de ser um projeto formal que pretende mudar a maneira de construir cidades no mundo. É mais uma ideia da Roy Prol, 3D designer, que quis pensar como uma cidade baseada principalmente em resolver o problema do transporte sem a necessidade de automóveis, trens ou qualquer outro meio além dos nossos pés.

PROJETO URBANO DINÂMICO

ClockWork City consta de quatro bandas ou plataformas circulares localizadas uma dentro da outra, e onde em uma se elevam construções com distintos fins. Desde dentro até fora, a primeira plataforma é para escritórios e serviços; a segunda é destinada a zona residencial; a terceira para a indústria; e a quarta, a única que não roda, é para a agricultura e a energia.

Cada anel está vinculado a outro por meio de pontes circulares que também giram. Então, para ir do lar até o escritório, por exemplo, somente teríamos que olhar pela janelar e esperar, um máximo de 10 minutos –segundo o projeto- que a plataforma do edifício onde trabalharmos terá se deslocado até próximo da onde vivemos. No fundo, as pessoas não se movem através da cidade, mas sim a cidade que se move por elas.

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Certamente, algumas das dúvidas que surgem após a proposta têm a ver, primeiro, com a viabilidade mecânica do assunto: que energia seria utilizada para mover as plataformas da cidade? Sobre qual estrutura girariam? Poderia se alterar a velocidade de rotação? Poderia se expandir a cidade? E segundo, com o deslocamento das pessoas: quão livres seriam para se deslocar? O que aconteceriam no caso de alguma emergência? Se não há automóveis, como se cobririam da chuva ou da neve? Como lhe afetaria o fato de que a cidade mude constantemente?

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Ainda que a proposta tenha muitos pontos soltos, é preciso destacar a criatividade da ClockWork City e a intenção propositiva de seu autor. Finalmente, todas as ideias nos aproximam da reflexão sobre a realidade de nossas cidades.

Texto original em espanhol por: Francisca Codoceo

Fonte: Helm , Joanna . "Video: ClockWork City – o sonho de uma cidade sem necessidade de transporte" 24 Apr 2012. ArchDaily. Accessed 25 Apr 2012. http://www.archdaily.com.br/45114/video-clockwork-city-o-sonho-de-uma-cidade-sem-necessidade-de-transporte/

CAU/BR–Resolução nº 21

CAU/BR ESPECIFICA ATIVIDADES E ATRIBUIÇÕES DOS ARQUITETOS E URBANISTAS

Nesta segunda-feira (23/04) foi publicada no Diário Oficial da União a Resolução nº 21 de 2012, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), que a partir das atribuições dos profissionais arquitetos e urbanistas definidas em Lei, faz o ordenamento das atividades para sua representação no Sistema de Informação e Comunicação do CAU – SICCAU.

A partir desse ordenamento, serão elaborados os Registros de Responsabilidade Técnica (RRTs) por atividade. Um único formulário de RRT poderá conter o Registro de várias atividades de acordo com a Resolução 21, especificadas em campos isolados, e não mais na descrição – que não poderá mais conter atividades. No entanto, cada atividade corresponderá a um valor em separado, discriminado no Registro.

As atividades estão ordenadas em grupos conforme descrição a seguir:

1. PROJETO
2. EXECUÇÃO
3. GESTÃO
4. MEIO AMBIENTE E PLANEJAMENTO REGIONAL E URBANO
5. ATIVIDADES ESPECIAIS EM ARQUITETURA E URBANISMO
6. ENSINO E PESQUISA
7. ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO (Lei 7.410/85)

São, portanto, 7 grupos de atividades, que podem ou não estar estruturados em subgrupos. O grupo Projeto, por exemplo, possui 11 subgrupos de atividades, enquanto o grupo Gestão não possui subgrupos e as atividades estão diretamente vinculadas a ele. O grupo Execução possui 9 subgrupos, onde o subgrupo nº 9 – Patrimônio Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico – possui ainda 3 subgrupos, e cada um deles suas respectivas atividades.

Esta publicação vem complementar a Resolução CAU/BR 17/2012, que definiu que a elaboração de projetos, a execução de obras e a prestação de quaisquer serviços profissionais por arquitetos e urbanistas, que envolvam competência privativa ou atuação compartilhada com outras profissões regulamentadas, ficam sujeitas ao RRT, em substituição à antiga Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) (Lei n° 6.496, de 1977).

Para outras informações consulte as referidas resoluções no menu Legislação no site do CAU/BR ou acesse as perguntas mais frequentes em Dúvidas nos sites do CAU/BR e dos CAU/UF.

Assessoria de Comunicação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR

Nanotecnologia e arquitetura inteligente

O envoltório das edificações não pode mais ser meramente composto por fechamentos; trata-se de interface com o meio ambiente externo, devendo interagir com ele de forma a não apenas aproveitar seus recursos (visuais e energéticos, entre outros) mas a adaptar-se a sua dinâmica complexa. Para isso, a biomimética e a nanotecnologia são essenciais.

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Um exemplo é a torre desenhada por Agustin Otegui: o conceito baseia-se numa “pele” de componentes nanotecnológicos, turbinas fotovoltaicas minúsculas que capturam as energias solar e eólica, além de absorver CO2 da atmosfera (originalmente com o nome de “Nano Vent-Skin” – NVS).

A camada externa da estrutura absorve energia solar através de uma pele fotovoltaica orgânica, repassando-a através de nanofibras dentro dos nanofios, indo a locais de armazenagem (processa-se por paineis delimitados).

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Cada turbina gera energia através de reações químicas simples, baseadas em diferenças de polarização. Cabe então à camada interna de cada turbina absorver o CO2 atmosférico, no contato com o vento.

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Os paineis possuirão, ainda, sensores em cada vértice. Sua função é monitorar possíveis danos para, a exemplo de um organismo vivo, corrigi-los tão logo ocorram (um processo que se baseia em conceitos como a auto-organização de nanocomponentes, enviados de uma central de monitoramento através dos nanofios).

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Intrigante, não? Porém, sendo a nanotecnologia a maior aposta da ciência e da indústria atualmente, é apenas uma questão de tempo até que conceitos como este comecem a aparecer na forma de protótipos. A revolução nanotecnológica já está em curso.

Fonte original: Arquitetogeek.com

Fonte: http://www.metalica.com.br/nanotecnologia-e-arquitetura-inteligente?utm_source=EasyMailing&utm_medium=e-mail&utm_term=News45&utm_content=News45&utm_campaign=Padr%E3o

Fotografia e Arquitetura: João Morgado

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Estação de Alta Velocidade de Liège-Guillemins - Santiago Calatrava © João Morgado

Como todas segundas-feiras, em nossa seção de Fotografia e Arquitetura apresentamos o destacado trabalho de João Morgado, um proeminente novo fotógrafo de arquitetura português. Nascido em 1985, este jovem fotógrafo vem realizando uma carreira brilhante e nos últimos quatro anos tem trabalhado regularmente com escritórios de arquitetura em Portugal, Espanha, Holanda e Itália.Aqui deixamos a entrevista com este jovem fotógrafo, junto com uma seleção de suas melhores fotos.

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CUF Hospital em Porto - Manuel Ventura e Associados © João Morgado

1. Quando e como começou a fotografar arquitetura?

Sempre tive uma grande paixão pela fotografia e isso foi se intensificando durante meus estudos de arquitetura. Com o tempo, visitei muitos edifícios e passei várias horas por dia em bibliotecas absorvendo a arquitetura. Em certo ponto, sempre senti falta de não ter fotografias dos lugares que eu havia visitado. Assim estive cada vez mais interessado, não apenas no meu ponto vista, mas na verdade por trás da arquitetura.

Alguns meses depois de formado recebi o convite de um editor para fotografar edifícios de três arquitetos portugueses para uma publicação: Aires Mateus, Promontorio e Menos é Mais. Tive alguns encargos de Aires Mateus, Bak Gordon e Gonçalo Byrne, que chamaram a atenção de revistas como Domus, OnDiseño, Frame, A+T, entre outras.

Desde então, de maneira inconsciente marquei meu caminho como fotógrafo de arquitetura.

Fonte e reportagem completa: Helm , Joanna . "Fotografia e Arquitetura: João Morgado" 23 Apr 2012. ArchDaily. Accessed 24 Apr 2012. http://www.archdaily.com.br/44880/fotografia-e-arquitetura-joao-morgado/

Concurso Nacional – Campus Cabral – UFPR

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Em 2012 a Universidade Federal do Paraná completa 100 anos de existência. Mesmo ano em que o Curso de Arquitetura e Urbanismo – CAU-UFPR completa 50 anos de sua criação. Uma Universidade centenária e um curso cinqüentenário viram-se na busca de um consenso: garantir excelência arquitetônica para suas obras de ampliação. Excelência que pode ser observada, por exemplo, em obras da década de 1960, como nos edifícios da Reitoria, na Casa da Estudante Universitária, no Prédio da Biblioteca Central e no Conjunto de Edifícios do Centro Politécnico. Excelência que faz parte do ideal do Curso de Arquitetura e Urbanismo.

Durante os últimos anos, o Departamento de Arquitetura e Urbanismo lutou para que a Universidade abraçasse a idéia do Concurso Público de Projetos, opção transparente, igualitária e democrática, que valoriza o profissional Arquiteto e Urbanista e que pode, efetivamente, colaborar com a melhoria da qualidade de nossos espaços universitários ao premiar as melhores propostas.

Além disso, o DAU-UFPR vê na prática dos concursos também uma oportunidade de interlocução entre professores, estudantes e os melhores profissionais do Brasil, o que colabora com o ambiente acadêmico de construção do conhecimento.

Nosso desafio nesse primeiro concurso é o Novo Campus Cabral da UFPR, cujo programa de necessidades inclui novas dependências para os cursos de Artes, Comunicação e Design, bem como novas sedes para a TV e Rádio Universitárias, a reserva técnica do Museu de Arqueologia e Etnologia – MAE; além de uma livraria para a Editora da UFPR e espaços para ampliações futuras.

Acreditamos ser essencial pensar a cidade para pedestres e ciclistas, e importante promover novos espaços de trocas entre a Universidade e a Sociedade, enfim, espaços que colaborem com uma Universidade viva, aberta e atuante.

A iniciativa da UFPR vem de encontro aos anseios da comunidade acadêmica pela excelência arquitetônica e, para tanto, convidamos arquitetos e urbanistas de todo o país para desenvolverem propostas para organizar, planejar e conceber novos espaços para a Universidade Federal do Paraná!

Comissão Organizadora do Concurso CAMPUS CABRAL UFPR

Cronograma

O cronograma do concurso é o seguinte, conforme o EDITAL DE CONCURSO N°01/2012 – PCU/ARQUITETURA:

1. Inscrições: 19/Abr/2012 a 04/Jun/2012

2. Período de consultas: 26/Abr/2012 a 06/Jun/2012

3. Visita dirigida ao local: 04/Jun/2012 das 14:00 às 16:00 horas

4. Período de entrega de Trabalhos: 19 a 26/Jun/2012

5. Julgamento das Propostas: 29/Jun a 02/Jul/2012

6. Divulgação do Resultado: 03/Jul/2012

7. Premiação, Exposição e Contratação do vencedor: 19/jul/2012 (data prevista, a ser confirmada).

 Fonte e inscrições: http://www.concursosarquitetura.ufpr.br/campuscabral/apresentacao/

Comunidado da ASPEM - Associação doe Servidores Públicos do Município de Palmas

 
A ASPEM - Associação doe Servidores Públicos do Município de Palmas integrantes do Sistema CONFEA-CREA, conforme Assembleia Geral realizada nesta sexta-feira, 20 de abril de 2012, informa que:


Considerando a forma com que vem sendo tratada a questão da expansão do perímetro urbano de Palmas, na qual o Prefeito Municipal vem declarando ser contra, porém, no nosso entendimento, suas ações e práticas administrativas têm sido no sentido de apoiar a expansão urbana, haja vista o texto da Emenda Substitutiva nº 001/2012;
Considerando os recentes acontecimentos que culminaram com o pedido de exoneração do Ex-Secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, o colega Arq. Urb. Evercino Moura dos Santos Jr., expondo mais uma vez a posição favorável do Exmo. Sr. Prefeito quanto à expansão urbana;
Considerando que a Administração Pública Municipal encerrou o diálogo com a categoria no que diz respeito à reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, Lei nº 1.690, de 30 de dezembro de 2009;
Considerando que o Poder Executivo Municipal ignorou o posicionamento da Equipe Técnica da Prefeitura quanto à proposta de modificação do Plano Diretor Participativo de Palmas, expressa no texto da Emenda Substitutiva nº 001/2012, que possibilita a alteração de uso de áreas verdes e áreas públicas municipais, com o propósito de alienação destes bens de uso comum do povo;

RECOMENDA:
1. A todos os servidores efetivos vinculados ao sistema CONFEA-CREA ou CAU/BR que entreguem seus Cargos em Comissão ou Funções de Confiança;
2. Que não assumam nenhum Cargo em Comissão ou Função de Confiança nesta gestão;
3. Que continuem a desempenhar as atividades afins aos seus cargos efetivos, de acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta e Indireta dos Poderes do Município de Palmas e Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração da categoria, para que não haja prejuízo aos cidadãos palmenses;
4. Finalmente, que a gestão retome as negociações com a ASPEM.

Heraldo Nogueira
Presidente

Abertas Inscrições XXIV Congresso Panamericano de Arquitetos – Maceió/2012

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Congresso acontecerá em Maceió/AL, entre os dias 27 e 30 de novembro de 2012.

A organização do XXIV Congresso Panamericano de Arquitetos que será realizado em Maceió/AL, de 27 a 30 de novembro de 2012,informa que já estão disponíveis as inscrições para o evento através do site: XXIV Congresso Panamericano de Arquitetos

Também podem ser feitas inscrições para chamada de trabalhos científicos, reservas de hotéis, passeios adicionais, transfers, além de conhecer maiores detalhes do evento.

Faça sua inscrição: http://www.comuniceventos.com.br/index.php/evento/125/xxiv-congresso-panamericano-de-arquitetos#ficha-de-inscricao

Fonte: IAB/RS

Citar: Helm , Joanna . "Abertas Inscrições XXIV Congresso Panamericano de Arquitetos – Maceió/2012" 21 Apr 2012. ArchDaily. Accessed 23 Apr 2012. <http://www.archdaily.com.br/44768>

Especial: Brasília 52 anos

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© Xavier Donat

Inaugurada em 21 de Abril de 1960, a Capital do Brasil celebra hoje o seu 52º aniversário. O Plano Piloto da cidade foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa e é estruturado pelo grande Eixo Monumental de 250 metros de largura no qual se centralizam todos os Ministérios e os Poderes Legislativo, Judicial e Administrativo, rematando o Eixo na chamada Praça dos Três Poderes, projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. As zonas habitacionais estão distribuídas nas duas asas do plano, complementadas estrategicamente com zonas comerciais e outros serviços.

Como já é hábito, apresentamos as melhores imagens da bela cidade modernista dos anos 60 que continua a manter a qualidade arquitetônica com a qual sempre nos acostumou.

Veja a reportagem completa: http://www.archdaily.com.br/44774/especial-brasilia-52-anos/

Citar: Alves , Jorge . "Especial: Brasília 52 anos" 21 Apr 2012. ArchDaily. Accessed 23 Apr 2012. <http://www.archdaily.com.br/44774>

CAU/BR baixa resolução sobre atribuições dos Arquitetos e Urbanistas

Já está em vigor a Resolução nº 21 do CAU/BR que dispõe sobre as atividades e atribuições profissionais do arquiteto e urbanista e dá outras providências.
A Resolução nº 21 relaciona as atividades, atribuições e campos de atuação previstos na Lei n° 12.378, de 2010, a saber: I - supervisão, coordenação, gestão e orientação técnica; II - coleta de dados, estudo, planejamento, projeto e especificação; III - estudo de viabilidade técnica e ambiental; IV - assistência técnica, assessoria e consultoria; V - direção de obras e de serviço técnico; VI - vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria e arbitragem; VII - desempenho de cargo e função técnica; VIII - treinamento, ensino, pesquisa e extensão universitária; IX - desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, padronização, mensuração e controle de qualidade; X - elaboração de orçamento; XI - produção e divulgação técnica especializada; e XII - execução, fiscalização e condução de obra, instalação e serviço técnico.
Além disso, em seu artigo 3º, a Resolução nº 21 detalha as atividades para efeito do Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), como as seguintes por exemplo em relação a Projetos: ARQUITETURA DAS EDIFICAÇÕES (Levantamento arquitetônico, Projeto arquitetônico, Projeto arquitetônico de reforma, Projeto de edifício efêmero ou instalações efêmeras, Projeto de monumento, Projeto de adequação de acessibilidade); SISTEMAS CONSTRUTIVOS E ESTRUTURAIS (Projeto de estrutura de madeira, Projeto de estrutura de concreto, Projeto de estrutura pré-fabricada, Projeto de estrutura metálica, Projeto de estruturas mistas, Projeto de outras estruturas); INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS REFERENTES À ARQUITETURA (Projeto de instalações hidrossanitárias prediais, Projeto de instalações prediais de águas pluviais, Projeto de instalações prediais de gás canalizado, Projeto de instalações prediais de gases medicinais, Projeto de instalações prediais de prevenção e combate a incêndio, Projeto de sistemas prediais de proteção contra incêndios e catástrofes, Projeto de instalações elétricas prediais de baixa tensão, Projeto de instalações telefônicas prediais, Projeto de instalações prediais de TV, Projeto de comunicação visual para edificações, Projeto de cabeamento estruturado, automação e lógica em edifícios).
Confira a íntegra da Resolução acessando o site do CAU/BR (www.caubr.org.br) na área Legislação, clicando depois em Atos do CAU/BR e em seguida Resoluções.

Cinema e Arquitetura: A barriga do Arquiteto

A barriga do arquiteto
Peter Greenway e sua preocupação estética simbólica nos deleita com  A barriga do arquiteto  (The Belly of an Architect). Para Greenway  a realidade está em eterno conflito entre a razão e emoção.
A barriga do arquiteto.01jpg                                                              Imagens do filme
SINOPSE
Kracklite (Brian Dennehy) é um arquiteto americano que vai à Roma para comandar a exposição do seu ídolo e formador de sua carreira profissional, o arquiteto francês Etienne-Louis Boullée (1728-1799), famoso por suas construções ovais.Na arquitetura de Roma, que tanto influenciou a estética de Boullée, e nestas formas reside a simbologia de Greenway nos remetendo ao masculino e feminino, as formas arredondadas, abobadas, cúpulas, torres representando barrigas, útero e falos, etc. Kracklite se encontra com uma equipe não muito colaboradora, que não nutrem por Boullée a mesma paixão que ele.
A barriga do arquiteto.02                                                                   Imagens do filme
Em Roma sua esposa Louisa (Chloe Webb) é assediada descaradamente pelo co-organizador da exposição Caspasian (Lambert Wilson), e daí começa o tormento do arquiteto, que é acometido por fortes dores no estomago.  Quando fica sabendo que seu ídolo ingeria alimentos muito parecidos com os seus próprios, fica desconfiado que sua jovem esposa  o está envenenando e cria estranha obsessão por barrigas e começa a ficar doente e cada vez mais paranoico.
A barriga do arquiteto.03                                                                      Imagens do filme
O filme ainda traz questionamentos sobre ética e moral, caracterizado no adultério que não rende comentário dos personagens, sobrando a Kracklite o silencioso escárnio da traição, e desvio de dinheiro da exposição para obras de cunho fascista segundo Kracklite. Esse desvio não passa despercebido, reflexo do mundo materialista.
E nesses pequenos detalhes Greenway monta intrigada colcha conflituosa entre razão e emoção. Kracklite embora sofra pela perda da mulher, as dores estomacais parecem lhe afligir mais dor que a traição da mulher.Durante o período de nove meses, ele se torna obcecado por sua própria barriga. Uma pérola dentro do gênero avant-garde.
Veja o trailer a seguir:
Título Original: The Belly Of An Architect
Título Nacional: A Barriga Do Arquiteto
Direção: Peter Greenaway
Classificação: Longa-metragem
Gênero: Drama
País de Origem: Reino Unido
Duração: 01:58
Ano de Lançamento: 1987

Fonte : Helm , Joanna . "Cinema e Arquitetura: A Barriga Do Arquiteto" 20 Apr 2012. ArchDaily. Accessed 22 Apr 2012. http://www.archdaily.com.br/44482/cinema-e-arquitetura-a-barriga-do-arquiteto/
 
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