Em foco: Alvar Aalto

Cortesia de decofilia    Cortesia de decofilia

“Tornar mais humana a arquitetura significa fazer uma arquitetura melhor e alcançar um funcionalismo muito mais amplo que o puramente técnico."

Há 117 anos nascia um dos maiores arquitetos da história: o finlandês Alvar Aalto. Pioneiro do design e da arquitetura moderna, Aalto se graduou com distinção em 1921 na Universidade de Tecnologia de Helsinki, onde surgiram os primeiros traços de sua arquitetura.

Quando decidiu ser arquiteto, viajou para Helsinki, para o único local onde se oferecia o curso de arquitetura na Finlândia: a Universidade de Tecnologia de Helsinki. No outono de 1923, logo após casar-se com Aino Marsio, uma arquiteta com a qual trabalhou durante 25 anos, Aalto estabeleceu um escritório em Jyväskylä, local onde passara a infância.

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Casa Experimental Muuratsalo, 1953. © Nico Saieh     Casa Experimental Muuratsalo, 1953. © Nico Saieh

Seus desenhos sempre foram marcados por constantes pesquisas e transformações, partindo do classicismo nórdico, passando pelo funcionalismo puro, até se converter numa referência internacional para o Movimento Moderno, fazendo uso da forma orgânica e de materiais naturais.

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Igreja de Riola, 1978. © Franco Di Capua        Igreja de Riola, 1978. © Franco Di Capua

Depois de todas estas mudanças e transformações, Aalto finalmente alcançou uma visão da arquitetura como uma obra de arte completa, considerando desde o mobiliário até o controle da luz e do espaço. Assim, tornou-se conhecido por ser o projetista de todas as escalas.

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Stephanuskirche, 1968. © Samuel Ludwig         Stephanuskirche, 1968. © Samuel Ludwig

Para homenagear este mestre da arquitetura nórdica, reveja alguns dos mais importantes projetos de Aalto publicados em nossa página, como a Casa Experimental Muuratsalo, a Universidade Jyväskylä e a Villa Mairea

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Universidade Jyväskylä, 1959. © Nico Saieh         Universidade Jyväskylä, 1959. © Nico Saieh

Clássicos da Arquitetura: Casa Experimental Muuratsalo / Alvar Aalto

Pouco depois da morte de sua esposa em 1949, Alvar Aalto começou o projeto de um lugar para suas escapadas do verão, no litoral ocidental da Ilha Muuratsalo, Finlândia. Através do processo de desenho da casa, este projeto se converteu num estúdio experimental da materialidade, da construção da arquitetura e da filosofia.

Leia o artigo: http://www.archdaily.com.br/br/01-50705/classicos-da-arquitetura-casa-experimental-muuratsalo-alvar-aalto

Clássicos da Arquitetura: Jyväskylä University / Alvar Aalto

Depois da competição para o plano geral, no final de maio de 1951, para o Instituto de Jyväskylä de pedagogia, foram iniciados os trabalhos sobre os planos de cada um dos edifícios individuais que seriam adicionados ao complexo existente.

Leia o artigo: http://www.archdaily.com.br/br/01-99052/classicos-da-arquitetura-jyvaskyla-university-alvar-aalto

Clássicos da Arquitetura: Villa Mairea / Alvar Aalto

Um collage de materiais entre os troncos das bétulas na paisagem finlandesa: uma residência de hóspedes e retiro rural. Experimentação de ideias e formas, um projeto estranhamente coeso. A partir de um pequeno monte de terra compactada surge uma cerca grosseiramente constituída de longas varas de madeira.

Leia o artigo: http://www.archdaily.com.br/br/01-170811/classicos-da-arquitetura-villa-mairea-alvar-aalto

Fonte:Romullo Baratto. "Em foco: Alvar Aalto" 03 Feb 2015. ArchDaily Brasil. Acessado 3 Fev 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/761541/em-foco-alvar-aalto

Presidente do BNDES determina revisão nas atribuições de AUs

Data: 30/01/2015

Fonte: Imprensa FNA

Presidente do BNDES determina revisão nas atribuições de AUs

O BNDES deverá realizar uma revisão das atribuições dos Arquitetos e Urbanistas. A garantia de que o banco irá ajustar as atribuições em função da lei 12.378 e da resolução 51 foi dada pelo próprio presidente do BNDES, Luciano Coutinho, nesta quinta-feira (29/11), durante reunião com o presidente da FNA, Jeferson Salazar, com o vice-presidente, Cicero Alvarez, e com as arquitetas Cíntia Pereira e Renata Casimiro, no Rio de Janeiro (RJ).

A promessa é uma sinalização de que a diretoria do banco está aberta a revisar a atuação dos profissionais o que, via de regra, abre espaço para ampliar a participação da categoria nas atividades da instituição e ampliar possibilidades em futuros concursos. “Avançamos no entendimento do BNDES sobre as atribuições dos Arquitetos e Urbanistas. A direção do banco comprometeu-se a construir e debater essas questões com a FNA”, pontuou Salazar.

O encontro teve início com o diretor de RH, Fernando Marques Santos, e o chefe do setor de pessoal, Carlos Alberto Lazari. Com a disponibilidade do presidente em participar da agenda, os dirigentes fizeram um relato sobre a atuação de Arquitetos e Urbanistas no BNDES. “O presidente Luciano Coutinho foi incisivo sobre a importância dos Arquitetos e Urbanistas para a mobilidade e o urbanismo e determinou que os diretores fizessem uma avaliação nos diferentes setores do banco para apurar em quais áreas os Arquitetos e Urbanistas podem atuar de forma a aproveitar melhor o potencial desses profissionais”, acrescentou o presidente da FNA, lembrando que tal intenção já havia sido sinalizada pelos diretores.

Fonte: http://www.fna.org.br/site/noticias/pagina/1461/Presidente-do-BNDES-determina-revisao-nas-atribuicoes-de-AUs

SKALGUBBRA – escalas humanas legitimamente brasileiras

Cortesia de Micrópolis                                                               Cortesia de Micrópolis

Quem nunca passou horas escolhendo as melhores escalas humanas a serem inseridas na imagem após o render ter ficado pronto? Apesar de aparentemente fácil e singela, essa tarefa esconde algumas questões primordiais do projeto: como se trata (ainda) de uma proposta, devemos comunicá-la (também) através de imagens, e nelas depositamos algumas intensões e expectativas, entre as quais o público que nosso projeto vai atender.
Há páginas na internet que disponibilizam imagens de escalas humanas já recortadas, o que agiliza muito essa etapa de representação, porém, em geral esses sites são estrangeiros e disponibilizam imagens de pessoas de seus países. Talvez o mais famoso seja o sueco SKALGUBBAR, com centenas de escalas suecas prontas para ilustrar nossos projetos.
Há também a versão latina – Escalallatina – que disponibiliza imagens recortadas de “escalas humanas de um mundo em desenvolvimento”. Algo mais próximo de nossa realidade, sem dúvida, mas elas ainda não são brasileiras...
Pensando nisso, o coletivo Micrópolis criou o repositório SKALGUBBRA, segundo eles próprios, “baseado no site sueco Skalgubbar, porém em um contexto mais brasileiro.” São centenas de escalas de todas as partes do Brasil - que mostram uma realidade bastante heterogênea – prontas para serem inseridas em suas imagens.

Acesse a página do SKALGUBBRA para baixar as escalas humanas brasileiras.

  Fonte:Romullo Baratto. "SKALGUBBRA – escalas humanas legitimamente brasileiras" 02 Feb 2015. ArchDaily Brasil. Acessado 2 Fev 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/761342/skalgubbra-nil-escalas-humanas-legitimamente-brasileiras

Divulgadas imagens do Museu do Holocausto de Dallas, por Omniplan Architects

© Dallas Holocaust Museum / Omniplan                                                               © Dallas Holocaust Museum / Omniplan

O Dallas Holocaust Museum and Center for Education and Tolerance foi oficialmente apresentado ao público, mostrando planos de construir uma nova sede permanente na região oeste da cidade. Desenhos preliminares do escritório Omniplan Architects, de Dallas, indicam uma estrutura modesta de concreto e aço corten com galerias expandidas que seriam construídas na porção do terreno definida pelas Ross Avenue e Houston Street.
"Nosso foco, claro, será preservar a evidência do Holocausto e tirar lições a partir desse evento." disse a presidente e CEO do museu, Mary Pat Higgins, ao jornal The Dallas Morning News. "Mas nós também queremos lidar com o genocídio em todo o mundo e eventos atuais relacionados ao preconceito e ao ódio, e só Deus sabe que há muitas coisas acontecendo hoje que provam a razão pela qual esse museu é importante. Não conheço nenhum outro museu do Holocausto que lida com o movimento dos direitos civis e a questão dos direitos humanos."
A data estimada para a conclusão do museu ainda não foi divulgada.

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© Dallas Holocaust Museum / Omniplan                                                             © Dallas Holocaust Museum / Omniplan

Via the Dallas Morning News
© Dallas Holocaust Museum / Omniplan
© Dallas Holocaust Museum / Omniplan
© Dallas Holocaust Museum / Omniplan
© Dallas Holocaust Museum / Omniplan
© Dallas Holocaust Museum / Omniplan
© Dallas Holocaust Museum / Omniplan
© Dallas Holocaust Museum / Omniplan
© Dallas Holocaust Museum / Omniplan

 
Fonte:Rosenfield, Karissa. "Divulgadas imagens do Museu do Holocausto de Dallas, por Omniplan Architects" [A First Look at Omniplan's Proposed Dallas Holocaust Museum ] 03 Feb 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 2 Fev 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/761273/divulgadas-imagens-do-museu-do-holocausto-de-dallas-por-omniplan-architects

Exposição “São Paulo Dentro e Fora” mostra o cotidiano das ocupações em SP

São Paulo Dentro e Fora. Image Cortesia de Caixa Cultural São Paulo       São Paulo Dentro e Fora. Image Cortesia de Caixa Cultural São Paulo

Em cartaz até 01 de março na Caixa Cultural São Paulo, a exposição São Paulo Dentro e Fora reúne fotografias feitas por Paulo Pampolin, além de polaroides feitas por crianças e adolescentes de ocupações do MSTS (Movimento Sem Teto São Paulo).

A exposição tem como objetivo discutir a questão da moradia, a relação com o espaço urbano e a cidadania na maior metrópole brasileira.

A mostra conta com duas partes interativas: a primeira, no hall central, utiliza 30 imagens de Pampolin acopladas a monóculos que pendem do teto; já a segunda, uma parede ocupada pelo visitante, tem como intervenção inicial polaroides feitas pelos adolescentes das ocupações, iniciados na fotografia por Luciano Spinelli através de oficinas gratuitas.

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São Paulo Dentro e Fora. Image Cortesia de Caixa Cultural São Paulo  São Paulo Dentro e Fora. Image Cortesia de Caixa Cultural São Paulo

Em especial nessa segunda parte, predomina um tom de tristeza e beleza nas fotografias que mostram o cotidiano de quem precisa viver com dura realidade poder, a qualquer momento, perder o lar.

São Paulo Dentro e Fora

Data: em cartaz até 01 de março
Horário: Terça-feira a domingo, de 9 às 19h
Local: Caixa Cultural São Paulo
Endereço: Praça da Sé, 111 - Centro - São Paulo - SP  
Entrada gratuita

 

Fonte:Romullo Baratto. "Exposição “São Paulo Dentro e Fora” mostra o cotidiano das ocupações em SP" 01 Feb 2015. ArchDaily Brasil. Acessado 2 Fev 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/761348/exposicao-sao-paulo-dentro-e-fora-mostra-o-cotidiano-das-ocupacoes-em-sp

O que é uma cidade biofílica?

High Line, Nova York - Via landarchs.com     High Line, Nova York - Via landarchs.com

O termo “biofilia” é utilizado pela Universidade de Harvard para definir o grau em que os seres humanos estão conectados com a natureza e com outras formas de vida.

Timothy Beatley, autor do livro “BiophilicCities: IntegratingNatureintoUrban Design and Planning”, aplica o termo biofilia às cidades que apresentam um desenho urbano que permite aos habitantes desenvolverem atividades e um estilo de vida que os deixa aprender com a natureza e comprometer-se com seu cuidado. Além disso, as instituições locais das cidades biofílicas destinam parte do orçamento dos seus governos para cumprir este compromisso.

Para Beatley, o projeto biofílico tem aumentado nos últimos anos, particularmente nos edifícios que buscam integrar características naturais, como luz, ventilação e vegetação; no entanto, a grande maioria dos centros urbanos não tem canalizado seus esforços para desenvolver esta tendência.

Na continuação poderá conhecer sete características das cidades biofílicas.

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High Line, Nova York © David Berkowitz; via Flickr     High Line, Nova York © David Berkowitz; via Flickr

1. Natureza abundante nas proximidades das cidades com grande número de habitantes.

Para alcançar esta característica, as cidades biofílicas possuem programas públicos de infraestrutura de áreas verdes que lhes permitem destinar uma porcentagem de seu orçamento para financiar estes projetos. Levando isso em conta, Nova York se qualifica como uma cidade biofílica, já que conta com o programa PlaNYC, que pretende que em 2030 cada habitante da cidade tenha um espaço público verde a 10 minutos de caminhada. Seattle também se classifica como uma cidade biofílica, porque tem o plano Seattle P-Patch, que visa construir um jardim urbano comunitário para cada 2.500 habitantes.

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Wellington, Nova Zelândia - landarchs.com     Wellington, Nova Zelândia - landarchs.com

2. Afinidade entre cidadãos, flora e fauna nativa

Bentley considera o clima, a flora e a fauna como características que definem o lar urbano. Por isso, considera fundamental que as autoridades municipais eduquem, estimulem e incentivem os habitantes a conhecer as espécies locais e nativas da flora e fauna, para que as comunidades valorizem seus benefícios ambientais e procurem preservá-los.

Em Wellington, Nova Zelândia, esta prática já é uma realidade graças ao trabalho de mais de sessenta grupos comunitários e voluntários de conservação que nos últimos anos tem realizado 28.000 horas de serviço em 4.000 hectares de reservas naturais. No caso de Oslo, Noruega, mais de 81% dos habitantes visitou em 2012 os bosques que rodeiam a cidade, o que demonstra o valor que os residentes dão pela paisagem natural.

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Canopy Walk, Singapura - Via landarchs.com      Canopy Walk, Singapura - Via landarchs.com

3. Oportunidades para estar ao ar livre e desfrutar da natureza

A urbanização leva à falta de áreas verdes e à valorização dos terrenos baldios como um verdadeiro prêmio. Para não criar a sensação de que faltam espaços verdes, pode-se conectar os parques urbanos existentes através de caminhos que facilitem o acesso a essas áreas por parte dos moradores. Assim, as cidades biofílicas oferecem várias opções para se estar ao ar livre e realizar caminhadas.

Singapura já conectou seus parques, integrando 200 quilômetros de caminhos por meio de passarelas elevadas que permitem que habitantes de diferentes pontos da cidade entrem nos parques. Entretanto, Anchorage, Alaska, tem 1,6 km de caminhos naturais a cada 1000 habitantes. Estes são multiusos e dão a possibilidade de serem utilizados durante todo o ano, tanto para realizar passeios como para esquiar.

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Oslo, Noruega - Via landarchs.com    Oslo, Noruega - Via landarchs.com

4. Ambientes multissensoriais

A integração de espaços naturais e corredores ecológicos na trama urbana podem ajudar a criar as condições necessárias para novos espaços multissensoriais, onde os sons naturais são tão apreciados como a experiência visual de percorrer um parque.  Um exemplo de espaços multissensoriais é um projeto norueguês que busca iluminar oito rios de Oslo. Isto será parte de Akersleva, um corredor que permitiria aos cidadãos do centro da cidade se transportar até os parques próximos passando por caminhos com 14 áreas de silêncio.

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Via limerickbiodiversity.weebly.com   Via limerickbiodiversity.weebly.com

5. As cidades biofílicas concedem um papel importante à educação no campo da natureza

A educação sobre a natureza pode promover a adoção de uma vida sustentável por parte da população. As cidades biofílicas dão importância à educação em campo, porque dá a possibilidade de unir-se com outras pessoas para conectar-se com a natureza, podendo ser através de caminhadas guiadas, acampamentos ou voluntariado para recuperar áreas naturais.

Em Limerick, Irlanda, vários grupos ambientalistas estão trabalhando com o município para educar a população sobre a biodiversidade e as espécies selvagens nativas. Urban Tree Project  e Limerick City Biodiversity Network são dois novos grupos que tem envolvido a população local com a natureza, oferecendo visitas guiadas, conferências e recursos online para aprender sobre a importância da biodiversidade.

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Portland, Estados Unidos - Via landarchs.com  Portland, Estados Unidos - Via landarchs.com

6. Investimento em infraestrutura social que ajude a população urbana à compreender a natureza

O investimento nesta área é um excelente indicador de uma cidade biofílica. De acordo com Beatley, as cidades deste tipo investem em torno de 5% do seu orçamento dedicado à biodiversidade e pelo menos colocam em funcionamento um projeto biofílico por ano. Com isso, podem-se construir centros de vida silvestre e museus de história natural, financiar iniciativas escolares e programas de recreação, entre outros.

Em Portland, Oregon, essa porcentagem do orçamento se superou notavelmente e tem-se feito investimentos em infraestrutura social e “verde”, já que contam com os parques urbanos com maior superfície per capita dos Estados Unidos. Entretanto, N’Parks de Singapura tem um programa de incentivos chamado Skyrise Verde, que financia até 75% dos projetos para jardins urbanos em telhados e paredes verdes.

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Parque Olarizu, Vitoria-Gasteiz - Via landarchs.com  Parque Olarizu, Vitoria-Gasteiz - Via landarchs.com

7. As cidades biofílicas tomam medidas para apoiar ativamente a conservação da natureza

As cidades devem ter em conta a sua pegada ecológica e os impactos negativos sobre o ambiente que gera a população e as atividades desenvolvidas pela mesma. Para conseguir isso, as cidades - que podem ser chamadas de biofílicas - focam no desenvolvimento compacto e na designação de áreas protegidas através da criação de planos de ação para proteger a biodiversidade do lugar.

Em Nagoya, Japão, 10% do solo está localizado ao lado dos limites urbanos, de modo que fique em um estado não gerenciado e possa ser protegida como reserva natural. Enquanto isso, Phoenix, EUA, comprou 17.000 hectares de deserto a fim de evitar os efeitos negativos da expansão urbana da cidade e designar esta área como um lugar para a conservação da natureza.

Também o caso de Vitória - Gasteiz, no País Basco, cidade que está cercada por um cinturão verde para limitar o desenvolvimento da cidade e proteger o pantanal Salburua. Como este plano tem dado bons resultados, está sendo estudada a possibilidade da criação de um anel verde interno para levar as áreas verdes para dentro da cidade.

Para Beatley, os indicadores que se concentram na introdução e proteção de áreas verdes naturais ao interior das cidades, incentivam a interação dos habitantes com a educação ambiental e restauração dos habitats das cidades. Considerando que mais da metade da população mundial vive em centros urbanos onde há uma carência de natureza, a biofilia tornou-se a melhor opção para as cidades.

Texto por Constanza Martínez Gaete via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.

 

Fonte:Fernanda Britto. "O que é uma cidade biofílica?" 16 May 2013. ArchDaily Brasil. Acessado 2 Fev 2015. http://www.archdaily.com.br/br/01-99393/o-que-e-uma-cidade-biofilica?ad_medium=widget&ad_name=most-visited-article-show

Iluminação e ventilação naturais na arquitetura de Lelé

Por Jorge Isaac Perén
Edição 244 - Julho/2014



   DESENHOS : http://au.pini.com.br/au/solucoes/galeria.aspx?gid=5752
                                                                                                                                                                   UMA PESQUISA CONSTANTE: PARA ILUMINAR E VENTILAR
As soluções de projeto, desde a implantação e volumetria do edifício até o desenvolvimento de cada detalhe construtivo e de fechamento, estão direcionadas para a interação entre os princípios da ventilação e iluminação naturais e proteção da radiação solar direta, visando ao conforto ambiental e à eficiência energética.
A pesquisa contínua e a procura pela otimização do projeto e das técnicas construtivas foi uma característica da obra do arquiteto João Filgueiras Lima, Lelé, que deve ser perseguida pelas novas gerações de arquitetos. A participação no ciclo completo do processo de produção da edificação é fundamental e deve ser um exercício diário. Entenda-se pelo ciclo completo: concepção do projeto, desenho técnico, construção, manutenção e, especialmente, a avaliação pós-ocupação. A única maneira de saber se a solução projetual sugerida funciona é verificando seu uso quando está em ocupação. Assim, a avaliação pós-ocupação é uma das etapas mais importante do processo de pesquisa e de otimização, e que são evidentes em toda a produção do Lelé. Esse processo de pesquisa e otimização é ilustrado, por exemplo, pela evolução dos sheds da Rede de Hospitais Sarah Kubitschek.
A relação das variáveis de conforto térmico, iluminação e ventilação naturais, conforto acústico e a interação da infraestrutura com o sistema de ventilação natural ou artificial são presentes em todas as obras do arquiteto Lelé. Soluções arquitetônicas no projeto da Rodoviária de Ribeirão Preto, nos Hospitais da Rede Sarah e no Tribunal de Contas da União de Cuiabá (TCU) ilustram como todas as variáveis de conforto ambiental podem ser consideradas em qualquer tipo de programa, independentemente da sua complexidade.

DISTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA E ORIENTAÇÃO DO VOLUME
A orientação e a volumetria dos edifícios projetados devem favorecer os ventos predominantes. Isso é possível mesmo em programas complexos, caso dos hospitais. Um exemplo é o hospital Sarah Kubitschek de Fortaleza. Nesse hospital, os ambientes passíveis de serem ventilados naturalmente estão organizados de maneira a receber o constante vento sudeste da região. Áreas como recepção, sala de espera, ambulatório, fisioterapia, entre outras, estão localizadas na frente do edifício para receber os ventos. O ar é posteriormente extraído pelas aberturas dos sheds, na parte superior.
Na implantação, destacam-se em amarelo as áreas ventiladas naturalmente e, em azul, os ambientes com ar-condicionado. As salas que requerem ar-condicionado, caso do centro cirúrgico, radiologia, laboratórios, entre outras, estão localizadas principalmente na parte posterior do edifício, onde o potencial de ventilação natural é limitado. Esses ambientes requerem ventilação artificial para o controle da umidade, da temperatura, da pressão estática para evitar a disseminação de bactérias e para o adequado funcionamento dos equipamentos. O bloco vertical de internação está localizado na parte sudoeste, acima do jardim interno, para evitar ser uma barreira ao vento.

A VENTILAÇÃO NATURAL ASCENDENTE
A ventilação natural dinâmica acontece pelo diferencial de pressão (pressão positiva e negativa) gerado na envoltória devido ao impacto do vento com a edificação. A pressão positiva é gerada nas superficies da envoltória atingidas pelo vento. A pressão negativa é gerada na parte posterior à direção do vento ou nas superficies que estão na "sombra de vento". O fluxo de ar se desloca da região com pressão positiva até a região com menor pressão ou com pressão negativa. A forma da envoltória do edifício, caso dos sheds, coberturas e janelas, podem induzir essas pressões de maneira a direcionar o fluxo de ar nos ambientes internos. Em Fortaleza, como na maioria dos hospitais da Rede Sarah, os sheds induzem a pressão negativa na parte superior-posterior de maneira a extrair o ar. Capta-se o ar pelas partes inferiores do edifício e se extrai pela parte superior, gerando um fluxo de ar ascendente. Outro exemplo dessa ventilação ascendente (extração do ar pela parte superior) é a rodoviária de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Para minimizar o ganho de calor por radiação de materiais como o concreto e obter o ar mais fresco, existem jardins de água e grama ao redor da edificação.

GERANDO A PRESSÃO POSITIVA: AS GALERIAS DE VENTILAÇÃO
A pressão positiva é mantida nos níveis inferiores do edifício de maneira natural ou mecânica. As galerias de ventilacão, além de facilitar a manutenção, têm a função de captar os ventos dominantes e manter a pressão positiva necessária para obter um fluxo ascendente. Na ausência de ventos fortes, que garantam a pressurização natural das galerias, a presão positiva é gerada por equipamentos mecânicos como exaustores ou ventiladores. A pressão positiva nas galerias e a pressão negativa na parte superior-posterior do shed é fundamental para gerar o fluxo de ar ascendente que vai das galerias pressurizadas, no nível inferior do edifício, passa pelos difusores nos ambientes do hospital, e sai pelo nível superior do shed, onde a pressão é menor ou negativa.

INDUZINDO A PRESSÃO NEGATIVA: OS SHEDS
O shed é um tipo de cobertura muito explorado por Lelé nas suas obras, especialmente nos hospitais. O shed permite a entrada de luz natural de maneira mais intensa e uniforme que a obtida por janelas laterais. No hospital Sarah Fortaleza, os níveis de iluminação durante o dia estão, em média, acima dos 500 lux. O shed também permite a ventilação natural dos ambientes e, dependendo da sua orientação, pode funcionar como captador de vento ou como extrator do ar quente. No caso dos hospitais da rede Sarah, a maioria favorece o efeito de sucção (funciona como extrator de ar). Sua forma é fundamental para induzir a pressão negativa na parte posterior, onde está a janela de saída. Essa pressão negativa provoca a extração do ar de dentro do ambiente. Dependendo da forma, pode-se incrementar o fluxo de ar em até 20%. Nos hospitais da rede Sarah, onde existe o mesmo programa, com demandas similares de conforto térmico, iluminação natural e ventilação, observa-se uma constante evolução no desenho do shed com o intuito de otimizar seu funcionamento.

INDUZINDO A PRESSÃO NEGATIVA: SARAH SALVADOR
No Sarah Salvador, adaptou-se ao shed uma pestana (ou testeira). Trata-se de uma peça de metal acoplada ao shed que funciona como brise, protegendo os ambientes internos da radiação solar direta. Essa proposta de shed teve alguns problemas: devido ao calor, a pestana sofria dilatações que deformavam a peça e, quando chovia, havia problemas de infiltração; a superfície côncava, próxima à boca da pestana foi pintada de azul para reduzir o calor refletido para dentro do ambiente; para também reduzir o calor e o ruído ocasionado pela chuva instalou-se, sob os brises da pestana, um material termoacústico de gramatura 600 g/m² conhecido vulgarmente como "bidim". O bidim é uma manta não-tecido de filamento de poliéster, similar a um feltro.

INDUZINDO A PRESSÃO NEGATIVA: SARAH FORTALEZA
Nesse hospital ocorre uma clara mudança no desenho dos sheds. Para evitar o ganho de calor induzido pela forma côncava do shed de Salvador, inverteu-se a superfície frontal. Surge então uma superfície convexa, que evita a radiação de calor para dentro do shed. Nessa solução, a pestana ou testeira ainda é uma peça independente acoplada ao shed. O hospital possui galerias de ventilação, mas, ao contrário do Sarah Salvador, os ambientes possuem uma única saída de ar, localizada na parte inferior das paredes.

INDUZINDO A PRESSÃO NEGATIVA: SARAH BRASÍLIA - LAGO NORTE
Neste hospital, o shed é uma peça única e o balanço da treliça faz a função da pestana ou testeira. Existem também brises na boca dos sheds.
No Sarah Brasília existem galerias, mas não têm a função de ventilar, servem apenas para manutenção da infraestrutura.

INDUZINDO A PRESSÃO NEGATIVA: SARAH RIO DE JANEIRO - CENTRO DE REABILITAÇÃO
No Centro de Reabilitação Infantil de Rio de Janeiro, localizado na Ilha Pombeba, observa-se um desenho mais evoluído. A treliça que dá forma ao shed é uma peça única com seção variável para economia de material. Seu balanço faz a função da pestana. Sob a superfície convexa, na parte posterior do shed, aparece outra superfície, com o formato invertido, gerando o entreforro que serve de duto do sistema de ar-condicionado. No eixo central do shed, cria-se um pé-direito maior, cujo vão superior serve para a entrada da luz natural. No pé-direito menor do shed, encontram-se os difusores de ar-condicionado.

DIRECIONANDO O FLUXO DE AR: SISTEMAS DE FECHAMENTO AUTOMATIZADOS
No novo hospital Sarah Rio de Janeiro, Lelé quebrou o conceito de janela com o forro basculante automatizado de policarbonato. Este sistema também foi utilizado em outros hospitais como o Hospital Escola de São Carlos, no interior de São Paulo. O forro basculante é uma interface com o exterior e funciona como um conjunto de janelas basculantes para controle e direcionamento do fluxo de ar e iluminação natural. Um forro mais simples, mas com o mesmo princípio de ventilar e filtrar a luz natural, foi utilizado em umas das salas do primeiro hospital de reabilitação infantil, localizado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.

A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE VENTILAÇÃO: INTERAÇÃO ENTRE VENTILAÇÃO ARTIFICIAL E NATURAL
Dentre as obras do Lelé, chama a atenção a rede de Hospitais Sarah, especialmente o novo hospital Sarah Rio de Janeiro. As soluções de ventilação e iluminação naturais e seu consequente nível de desenvolvimento técnico é o nível ao que a arquitetura brasileira deve aspirar. Devido ao sistema híbrido de ventilação (natural, mecânica e artificial), à grande cobertura em formato de shed e ao novo forro de painéis basculantes, considera-se o Sarah Rio de Janeiro a principal referência e exemplo de uma constante evolução.

MATERIAIS DA ENVOLTÓRIA
Para reduzir o ganho de calor nos ambientes, os painéis internos e externos de argamassa armada não têm contato entre si, para evitar a ponte térmica. A fixação atende a este critério de conforto térmico.

JORGE ISAAC PERÉN é arquiteto e urbanista pela USP, São Carlos, com mestrado pela mesma instituição com o tema Ventilação e iluminação naturais na obra de João Filgueiras Lima, Lelé: estudo dos hospitais da rede Sarah Kubitschek Fortaleza e Rio de Janeiro. É estudante de doutorado no departamento de engenharia de construção civil da Escola Politécnica da USP, São Paulo e pesquisador visitante na Eindhoven University of Technology (TU/e), na Holanda, e consultor no escritório PP + Arquitetura Bioclimática

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 Fonte: http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/244/artigo318112-1.aspx

Mais segurança requer melhores espaços públicos

Copenhagen, Superkilen       Copenhagen, Superkilen

É possível que um bom espaço público induza o comportamento social e possa fazer uma cidade mais segura? É possível contribuir com um problema tão complexo e urgente de diferentes perspectivas disciplinares? Algumas pessoas argumentam que arrumando  rapidamente as "janelas quebradas" e repensando as ruas são as melhores políticas preventivas.

Em 1969, Philip Zimbardo, professor na Universidade de Stanford, realizou um experimento no âmbito de suas pesquisas em psicologia social. Ele colocou um carro não licenciado com o capô levantado em uma rua negligenciada no bairro do Bronx, em Nova Iorque, e um carro similar em um bairro rico de Palo Alto, Califórnia. O carro no Bronx foi atacado em menos de dez minutos. Seu aparente estado de abandono permitiu o ataque. O carro de Palo Alto não foi tocado por mais de uma semana. Foi então que Zimbardo resolveu quebrar a janela do carro. Quase imediatamente, transeuntes começaram a pegar coisas do carro. Em algumas horas, o carro estava completamente danificado. Em ambos os casos, muitos dos que atacaram os carros não pareciam ser pessoas perigosas. Esse experimento levou os professores de Harvard George Kelling e James Wilson a desenvolver em 1982 a Teoria das Janelas Quebradas: "Se uma janela quebrada é deixada sem reparos, as pessoas concluirão que ninguém liga para ele e que não há ninguém o vigiando. Então mais janelas serão quebradas e a falta de controle se espalhará dos edifícios para as ruas, mandando um sinal que 'vale tudo' e que não há autoridade".

Seguindo isso Kelling foi contratado – muito antes que Rudy Giuliani e a sua Política de Tolerância Zero - pela Acessoria do Metro de Nova York, onde reinavam a insegurança e o crime. Seu primeiro desafio foi convencer o prefeito progressista da cidade, o democrata Ed Koch, que a solução não era reforçar o policiamento e fazer mais prisões, mas sim limpar e sistematicamente prevenir pixações no interior e no exterior dos vagões, garantir que todos pagassem seus bilhetes e erradicar a vadiagem no metro. Apesar das críticas, a transformação do Metro de Nova York começou através de símbolos concretos e detalhes que foram bastante visíveis e que re-estabeleceram ordem e autoridade. Até o célebre designer Massimo Vignelli, autor da sinalização, decidiu inverter as cores dos pôsters para tipografia branca sobre fundo preto para desencorajar as pixações. Hoje é um modelo de espaço público seguro e eficiente, além de um emblema que os nova-iorquinos não estão dispostos a se comprometerem novamente.

A idéia é simples mas poderosa: os maus hábitos se espalham rapidamente, mas os bons hábitos, com força e continuidade, podem desbancar os ruins. Como muitas coisas ao nosso redor estão em um estado crítico graças à nossa indiferença aos primeiros sinais de que algo não está certo? Quantas janelas quebradas nós vemos cada dia? Isso tem relação com a marcação de limites e a extinção dos maus hábitos com estratégias situacionais e preventivas que envolvem não só as autoridades mas também a comunidade na resolução de problemas através de participação ativa. É também o fato de revindicar o papel do Estado na regulação e controle de uma área onde interesses gerais sempre devem ter prioridade, pequenos ou grandes, com ou sem justificação. Em contraste ao que muitos clamam como perspectivas libertárias errôneas, coexistência democrática no domínio público requer a restrição de liberdades individuais para maximizar o bom uso e o disfruto coletivo dos espaços públicos

Algumas das cidades mais bem sucedidas que lidam com essa situação  escaparam de sua deteriorização com planejamento proativo com projetos de alta qualidade,  cultura de higiene urbano e constante manutenção, ou como o ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, costuma dizer: “obcessão com a acupunctura urbana.”

Uma das primeiras a levantar essas questões foi Jane Jacobs, célebre e controversa ativista de direitos civis em Nova York. Inicialmente ridicularizada por tecnocratas do modernismo urbano, hoje é vindicada e citada inclusive pelo Presiente dos EUA, Barak Obama. Em seu livro "Morte e Vida de grandes cidades" (1962) ela recupera as preexistências ricas de cidades multifuncionais, compactas e densas onde a rua, o bairro e a comunidade são vitais para a cultura urbana. "Para manter a segurança da cidade é a tarefa principal das calçadas e ruas". Para ela, uma rua segura é uma que promete uma delimitação clara entre espaços públicos e privados, com pessoas e movimento constante, assim como pequenas quadras que geram muitas esquinas e intersecções, onde os edifícios olham para a calçada para que haja muitos olhos constantemente a vigiando.

O futuro da humanidade e do planeta depende de termos cidades melhores. Sabemos que focando em espaços privados e fugindo para periferias urbanas insustentáveis não é a solução e ainda torna o problema pior. Nossa "qualidade de vida" não pode depender dos guetos guardados por muros, alarmes e exércitos privados. Reduzindo insegurança e medo é muito mais uma prioridade aqui quanto tornar essas áreas mais eficientes, integradas e criativas. Devemos começar a olhar o espaço público como o coração da vida moderna; seu desenho, seu uso, sua gestão e suas novas funções. Devemos repensar as rua, as praças, os parques; as matas e as paisagens urbanas, que nos permite construir uma identidade e experimentar o encontro, o intercâmbio e as diferenças. "Um local somente se torna um lugar quando o apropriamos culturalmente”, disse Heidegger.

Pesquisas recentes demonstram que essas correspondências entre desenho urbano, comunidade e espaços públicos são complementos efetivos para a implementação de uma política de segurança constante. Bill Hiller, professor da Universidade de Londres, em seu Laboratório de Sintaxe Espacial, investiga e mapeia fluxos entre crime, espaço e população. Milhões de dados reunidos e anos de análises permitiram que concluísse, não diferente de Jacobs, que cidades compactas e densas são mais seguras que bairros residenciais de baixa densidade. Zonas mono funcionais com pouca presença de residências - que perdem vitalidade e pedestres em uma certa hora - também não são recomendadas. A rua novamente se torna chave com muitas dimensões - não em grandes proporções - um tecido urbano denso entre edifícios que conformam uma rede com boa densidade populacional. As torres com gradis ou muros para a rua e os inatos shoppings centers que se isolam do espaço público, entretanto, não ajudam. O ideal: quadras com comércios no térreo e residências nos pavimentos superiores, conformando ruas e bairros animados e heterogêneos que misturam pessoas e atividades distintas, do educacional, cultural e institucional ao comercial, turístico e  produção sustentável.

Os problemas de segurança devem fazer parte das normas urbanísticas assim como fazer parte dos desafios iniciais de projeto, arquitetura e obras públicas. As atuais ansiedades e impossibilidades nos desafiam a buscar e inovar com outras lógicas, a fim de criar uma cidade com maior participação e menos especulação.

Referência: Plataforma Urbana

 

Fonte:Porada, Barbara. "Mais segurança requer melhores espaços públicos" [How to Design Safer Cities] 16 May 2013. ArchDaily Brasil. (Trad. Britto, Fernanda) Acessado 1 Fev 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/01-97751/mais-seguranca-requer-melhores-espacos-publicos?ad_medium=widget&ad_name=most-visited-article-show

 
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