Carioca nascido no dia 15 de dezembro de 1907, o arquiteto ficou conhecido pela projeção dos edifícios cívicos para Brasília, uma cidade planejada que se tornou a capital do Brasil em 1960. Também é reconhecido por causa de sua participação no grupo de arquitetos que projetou a sede das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos.
Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho inovou e radicalizou os conceitos modernistas, com seus grandes vãos livres sustentados pela robustez do concreto. Ele conseguiu a proeza de suavizar o material apostando no traçado curvo, que para ele era uma solução natural em espaços grandes.
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.”Niemeyer, Oscar, 2000, As Curvas do Tempo: as memórias de Oscar Niemeyer (London: Phaidon), pp. 62 and 169-70
Ao longo dos anos de 1940 e 1950, Niemeyer se tornou um dos arquitetos mais famosos do Brasil, projetando uma série de projetos, no país e no exterior. Só que em 1964 sua preferência pelo sistema comunista lhe custou caro, rendendo-lhe o exílio em Paris, após o golpe militar desse. Na nova cidade, ele começou uma nova fase em sua vida e suas obras. Ao retornar ao Brasil em 1985 o arquiteto recebeu o Prêmio Pritzker de arquitetura, em 1988.
Foi elogiado e criticado por ser um “escultor de monumentos”, mas sedimentou-se como um grande artista e um dos maiores arquitetos de sua geração por seus partidários. Obras como o edifício Copan (São Paulo), Conjunto Juscelino Kubitschek (Minas Gerias), Edifício Manchete (Rio de Janeiro) e Museu Oscar Niemeyer (Paraná) também fazem parte do rico e imensurável arquivo de projetos realizados do arquiteto.
Copan
Conjunto Juscelino Kubitschek
Edifício Manchete
Museu Oscar Niemeyer
Sua vida foi dedicada à arquitetura, que para ele era feita para se admirar como uma obra de arte. Em seus projetos sempre agregava artistas, pintores e escultores. Mesmo com medo de avião, viajou grande parte do mundo para expor e cumprir o que fazia de melhor na vida: compor arte para as cidades.
Dias antes de sua morte, 05 de dezembro de 2012, Oscar Niemeyer ainda trabalhava, aos 104 anos. Ele se foi, mas deixou um sem número de edifícios com formas abstratas e curvas, características de suas obras, que embelezam os lugares por onde passou.
Crédito/fonte da foto: Casa Novah, Armonte, Osaqua, Cartunista Solda e Contramare
Fonte do post: Niemeyer.org
Fonte: http://blogaecweb.com.br/blog/curvas-vaos-livres-e-pitadas-de-obra-de-arte/
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