© Ioana Marinescu, Instituto Lina Bo e P.M. Bardi
Hoje, 05 de dezembro, celebramos o centenário de nascimento da arquiteta ítalo-brasileiraLina Bo Bardi, uma das arquitetas de maior importância e expressividade na arquitetura brasileira do século XX. Lina estudou arquitetura na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Roma e, logo após se graduar, mudou-se para Milão, onde chegou a ser editora da Revista Quiaderni di Domus após ter trabalhando para Gio Ponti.
Durante a Segunda Guerra Mundial enfrentou um período difícil após seu escritório ter sido bombardeado. Nesta época fundou, juntamente com Bruno Zevi, a publicação A Cultura della Vita, e fez parte do Partido Comunista Italiano, vindo a conhecer o crítico e historiador de arte Pietro Maria Bardi, com quem se mudou definitivamente para o Brasil.
Foi no Brasil, morando no Rio de Janeiro, que Lina expandiu suas influências, consolidando sua importância no cenário da arquitetura moderna a partir do momento que se muda para São Paulo devido a um convite feito a Pietro para fundar e dirigir o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP. Lina se destacou por compreender a cultura brasileira a partir de uma perspectiva antropológica, atenta sobretudo à convergência entre vanguarda estética e tradição popular.
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Casa de Vidro. © wordpress casasbrasileiras
Em 1950 cria a revista Habitat, e em 1951 projetou sua própria residência, a famosa Casa de Vidro, no bairro Morumbi, em São Paulo, considerada uma das obras paradigmáticas do racionalismo artístico no Brasil. Em 1957 começou a construir a nova sede do MASP, na Avenida Paulista, com um vão de 70 metros que cobre uma praça.
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Ao se mudar para Salvador, por convite para dirigir o Museu de Arte Moderna da Bahia, segue sua carreira com emblemáticos projetos, dos quais se destaca o restauro do Solar do Unhão, um conjunto arquitetônico do século XVI catalogado como patrimônio histórico na década de 1940, o edifício do Sesc Pompéia, de 1977, o Teatro Oficina, de 1984, e a Casa do Chame-Chame.
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Sua obra, entretanto, não engloba apenas projetos de arquitetura, mas envolve também trabalhos de cenografia, artes plásticas, desenho de mobiliários e design gráfico. Lina veio a falecer em 1992, em um momento de rica produção em curso e diversos outros projetos em mente.
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Casa do Chame-Chame. © AA School Positive Dialogues
“A arquitetura é criada, 'inventada de novo', por cada homem que anda nela, que percorre o espaço, subindo as escadas, ou descansando sobre um guarda-corpo, levantando a cabeça para olhar, abrir, fechar uma porta, sentar-se ou levantar-se e ter um contato íntimo e ao mesmo tempo criar 'formas' no espaço; o ritual primitivo do qual surgiu a dança, primeira expressão do que viria a ser a arte dramática. Este contato íntimo, ardente, que era outrora percebido pelo homem, é hoje esquecido. A rotina e os lugares comuns fizeram o homem esquecer a beleza de seu 'mover-se no espaço', de seu movimento consciente, dos mínimos gestos, da menor atitude..." -- Lina Bo Bardi
Cita:Romullo Baratto. "Em Foco: Lina Bo Bardi" 05 Dec 2014. ArchDaily Brasil. Acessado 5 Dez 2014. http://www.archdaily.com.br/br/758576/em-foco-lina-bo-bardi
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