- por Ricardo J. Botelho
- @rjbotelho
- 16/11/2015
Esqueça o processo tradicional que você utiliza para levantar um Briefing. Perguntas diretas conduzem a respostas padronizadas, com o cliente respondendo aquilo que ele imagina que você queira ouvir.
Especialistas em comportamento estão motivando uma verdadeira revolução na condução de processos de pesquisa e de testes que se baseiam no ato de ouvir a opinião de consumidores. Muitas técnicas estão sendo revistas a partir de estudos desses psicólogos, antropólogos e sociólogos que criticam o atual modelo de levantar informações junto aos consumidores.
Não é diferente quando o tema é o levantamento do briefing que um Arquiteto/Designer de Interiores organiza junto ao seu cliente. Quando formulamos perguntas diretas, por exemplo: como o cliente imagina devesse ser o banheiro ou sala, as respostas quase sempre vem carregadas de impressões padronizadas, fruto do inconsciente coletivo determinado pelo que se vê nas revistas, novelas, mostras de decoração etc.
Explorar os hábitos das pessoas que vivem na casa também pode induzir a erros, pois a rotina atual nem sempre é a desejada, mas apenas suportada. Uma vez transposta para o projeto, aquela ideia que nasceu da resposta do cliente acaba sendo rejeitada por ele, pois de fato não está associada aos valores mais íntimos de sua personalidade ou emoções.
A verbalização do desejo era falsa. Nossa percepção das coisas está sempre afetada por emoções associadas a experiências anteriores que marcam nossas vidas. Para entender o que são essas emoções e percepções pense em uma criança que ouve sua mãe pedir para não se aproximar do fogo, pois pode se queimar. Até a criança não ter vivenciado a experiência de se queimar, o alerta não fará sentido. Ou seja, sem a emoção de ter se queimado (ou quase!), a referência "cuidado você vai se queimar" não fará sentido. Uma vez experimentado o fogo, a gente nunca mais se expõe a ele!
Fonte e artigo completo:http://adforum.com.br/conteudo_detalhe.asp?CodConteudo=890
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