Uma das principais vantagens do sistema é a eliminação parcial ou total de escoras durante a concretagem, possibilitando a realização simultânea de etapas da construção em diferentes pavimentos
Por Graziela Silva
Posicionamento do Steel Deck sobre o vigamento
Divulgação: Perfilor
Um sistema no qual chapas de aço perfiladas têm dupla função: atuam como fôrma no momento da execução da laje e como armadura positiva após a cura do concreto. Assim é o steel deck, solução também conhecida como laje mista ou colaborante. Independente da denominação, a tecnologia é considerada uma alternativa para racionalizar etapas da obra e reduzir prazos de execução.
As vantagens do steel deck são diversas. Uma das principais é a eliminação parcial ou total de escoras durante a concretagem, possibilitando a realização simultânea de etapas da construção em diferentes pavimentos. “Mesmo quando precisamos trabalhar com escoramento, é diferente de uma laje convencional, em que se forma um verdadeiro paliteiro no andar inferior, impedindo qualquer operação. No steel deck, temos uma única linha de escoramento”, observa a engenheira Bianca Barros, especialista em Produtos Estruturais na ArcelorMittal Perfilor.
O engenheiro Luciano Figueiredo, diretor-técnico da fabricante Metform, elenca outros benefícios da laje mista. Primeiro o fato dos perfis metálicos autoportantes funcionarem como plataforma de trabalho, permitindo aos funcionários trafegarem com segurança. Segundo, pelo sistema atuar como um diafragma horizontal, travando a estrutura. E ainda, por ser uma opção mais adequada do ponto de vista da sustentabilidade, pois gera menos entulho e sobras de material. “A fôrma não é descartada, pois ela é parte da estrutura”, afirma.
Sem escoramentos, pavimento fica livre para a realização de outras etapas da obra
Divulgação: Metform
Segundo os especialistas, a aplicação da tecnologia de laje colaborante é ampla, sendo indicada para projetos industriais, residenciais e comerciais. “Já realizamos desde obras dentro de mineradoras e siderúrgicas a estádios de futebol, hotéis, residências”, destaca Luciano. A engenheira Bianca acrescenta: “o sistema é especialmente interessante para obras de edifícios de múltiplos andares, mezaninos, ampliações e obras em que há restrições de espaço no canteiro”.
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