O curso São Paulo e Territorialidade, que o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc realiza de 11 de setembro a 3 de outubro, não se propõe a recontar a já bastante conhecida história de São Paulo – a transformação do pequeno povoado de onde partiam os Bandeirantes em uma das maiores metrópoles do mundo - , mas mostrar, por meio de mapas e iconografia, como se deu este crescimento e o grande impacto no territórioproporcionado pela cidade que “nunca para”, propondo uma observação de como a cidade construiu seu território urbano, destruindo o geográfico.
Ministrado por Jorge Bassani, Mestre e Doutor em Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP), o curso tem como ponto de partida, a região do Rio Tamanduateí próxima ao Centro, a Várzea do Carmo, hoje Parque Dom Pedro II, cuja história é uma síntese do modelo de crescimento da cidade: várzea natural do rio; depois drenada para uso do solo urbano; depois parque aprazível para a classe trabalhadora instalada no Pari, Brás e Mooca; depois terminal de ônibus vindos da já imensa Zona Leste; depois terra arrasada ou subsolo de viadutos e vias expressas. Tudo isso em pouco mais de 100 anos - um laboratório dos grandes equívocos urbanísticos do século XX.
A partir das várias camadas que compõem o parque são desenvolvidas três questões específicas da territorialidade paulistana: 1. Os rios da cidade, a grande quantidade e seu “apagamento”. 2. As infraestruturas de circulação e a cidade de crescimento ilimitado. 3. A vida em São Paulo, cidadania e espaços públicos.
O curso está organizado em quatros encontros com temas específicos que vão interagindo uns com os outros formando um painel dinâmico e interdisciplinar de estudo da cidade, que termina com um passeio-deriva pelo centro da cidade:
- 1. De Várzea do Carmo a Parque Dom Pedro II, o sítio natural, a história e as camadas urbanas.
- 2. Os rios da cidade, São Paulo tem grande densidade e capilaridade hídrica, o modelo urbanístico adotado em sucessivas ações apagou essa rede do mapa da cidade.
- 3. As infraestruturas de mobilidade, dos bondes ao automóvel a o retorno dos trilhos. Toda esta história tem como ponto nevrálgico a Várzea do Carmo.
- 4. Viver na cidade. Uma discussão sobre os espaços públicos em São Paulo, tendo como referência morfológica, funcional e simbólica os estágios da ocupação da Várzea, tanto no processo construído quanto nos projetos criados para o Parque D. Pedro.
- 5. Deriva pelo Centro da cidade até o Mercado Municipal no Parque D. Pedro.
Curso "São Paulo e Territorialidade"
- Data: de 11 de setembro a 3 de outubro
- Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo
- Endereço: Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar, São Paulo - SP
- Valor: 60,00 (inteira); 30,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública); 18,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).
- Título: Curso São Paulo e Territorialidade
- Website: http://www.sescsp.org.br
- Organizadores: Centro de Pesquisa e Formação Sesc
- De: 11 de Setembro de 2015, 19:30
- Até: 03 de Outubro de 2015, 21:30
- Onde: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo
- Endereço: Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar
Fonte: "Sesc SP promove o curso "São Paulo e Territorialidade"" 28 Ago 2015. ArchDaily Brasil. Acessado 29 Ago 2015. http://www.archdaily.com.br/br/772555/sao-paulo-e-territorialidade
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