“Eu descreveria meu trabalho como foto texturização 3D, gosto de cores fortes e alegres. Faço minhas fotos e texturas e misturo tudo: meus trabalhos passam por uma linha de programas até ficarem prontos.
Meus motivos são bem variados com algumas preferências para retratos e cenas de rua – a cidade de Florianópolis me propicia muitos motivos como as pontes, os casarios e a natureza.”
Centro e pontes de Floripa
Caio Luiz Silveira é natural de São Luiz de Gonzaga, Rio Grande do Sul. Despertou interesse em música e arte ainda criança e estudou em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Mais tarde, foi à Munique estudar arte e alemão, onde se deparou com uma exposição itinerante surrealista na Haus Der Kunst – a qual, segundo ele, marcou e aprofundou sua relação com a arte. Fez workshops e frequentou estúdios, voltando ao Brasil, contudo, com o intuito de envolver-se com música, em São Paulo.
O violoncelo foi o instrumento que levou adiante, tocando em orquestras e criando um trio de cordas – Trio Nicolai – e em seguida um quinteto – Oficina de Concertos – o qual tocou todos os dias no restaurante do MASP por cinco anos. Estar no MASP fez a arte visual pouco a pouco retomar o espaço que vinha sendo ocupado pela música – tanto que começou a frequentar ateliês e fazer impressões serigráficas. Ao mudar-se para Florianópolis em 89, teve o ímpeto de fazer arte através do computador, ao ver a filha de um amigo desenhando num. E a partir daí seguiu neste ramo, a arte digital.
Parati, RJ
Rio de Janeiro, RJ
Veneza, Itália
Florença, Itália
Nova Iorque, EUA
“Quando cheguei a Florianópolis a internet chegou junto. Lembro dos primeiros números da revista .net de onde tirei meus primeiros endereços sobre arte digital, tanto arte em si quanto os aplicativos da época: .orgs que deixavam você baixar os pacotes gratuitamente, como o .pov “Persistence Of Vision”. Era um pacote de aplicativos, entre eles um modelador e um renderizador. Modelava-se os trabalhos, escolhia-se as texturas (madeira, metal, vidro e outras) e se levava para o renderizador que às vezes levava horas para terminar o trabalho. Os POVs eram 3D e foi dai que veio minha relação com os 3Ds. Comprei um aplicativo de fazer logomarcas 3D, fazia uma letra grande, texturizava e torcia, e este aplicativo tinha uma prancheta que permitia você desenhar coisas e renderiza-las. E assim começaram meus trabalhos. Depois comprei minha câmera digital e tudo se transformou, pois conseguia fotografar meus motivos preferidos e texturizá-los, e aplicar outros efeitos especiais assim como o finishing da cor até a arte final.”
Imagens do acervo pessoal de Luiz Silveira.
No Flickr, inclusive, podemos conferir mais imagens, em galerias com diversos temas:
0 comentários:
Postar um comentário