A ação consiste no fornecimento gratuito pelas empresas associadas da ProAcústica de materiais, soluções de projeto, instalação e serviços de medição de campo para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima, em São Paulo/SP.
A ProAcústica está promovendo ação solidária com um projeto de intervenção acústica na Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima, localizada no bairro do Butantã, em São Paulo. Essa escola pública experimental tem proposta diferenciada de ensino e receberá intervenções em salas de aula para a melhoria do conforto acústico e do rendimento dos alunos. A ação consiste no fornecimento gratuito pelas empresas associadas da ProAcústica de materiais, soluções de projeto, instalação e serviços de medições de campo dos atributos acústicos, antes e depois das intervenções realizadas. A ideia é que os produtos e as soluções indicadas sejam economicamente viáveis, com disponibilidade e facilidade de aplicação e compatíveis com a tipologia das escolas públicas, tornando factível a multiplicação da proposta.
Com os lemas “Uma escola que nasceu para ser asa” ou “A escola da coletividade”, a Amorim Lima, com direção democrática e preocupação em criar cidadãos autônomos na busca de conhecimento, conta com 800 alunos, com iniciativas inovadoras e constantes parcerias além de um projeto pedagógico que a posiciona entre uma das “Escolas do Futuro”. O objetivo que fundamenta o Projeto EMEF Desembargador Amorim Lima é ascender todos os alunos, educadores, pais e comunidade, a graus cada vez mais elevados de elaboração cultural e de autonomia moral e intelectual, num ambiente de respeito e solidariedade. A Amorim Lima se inspira na Escola da Ponte, no distrito do Porto, em Portugal, reconhecida mundialmente pelo seu projeto inovador, que se baseia nas Escolas Democráticas.
São seis os ambientes incluídos nas intervenções para melhorias da qualidade acústica da escola e as ações incluem tratamento acústico nos tetos (forros); venezianas acústicas entre salas e corredores; eventuais trocas de janelas, ou inclusão de barreira acústica entre pátio e rua, entre outras. As etapas do projeto incluíram a identificação das empresas parceiras para os espaços selecionados; a definição de produtos a serem fornecidos de acordo com o projeto executivo da escola; interlaboratorial de medições anteriores à obra e coleta de depoimentos de professores e alunos; mutirão para instalação dos novos produtos; e campanha de medições depois das intervenções, com avaliação pós-ocupação. Cerca de 70% das ações já foram implementadas e a previsão de conclusão dos trabalhos é até o final deste ano.
Ensaios acústicos
A participação dos laboratórios de campo dos associados da ProAcústica já vem realizando ensaios interlaboratoriais nas salas de aula e deverá, até o final do projeto emitir um comparativo das medições de tempo de reverberação sonora, seguido de uma oficina para discussão das dificuldades encontradas e dos resultados obtidos.
De acordo com Gilberto Fuchs, pai de aluno e diretor da empresa associada Grom, no decorrer dos anos foram derrubadas paredes para ampliar as salas de aula, o que criou espaços maiores, com mais crianças e, por isso, mais ruidosos. “Assim, a redução da reverberação e isolamento dos ruídos externos vem sendo um dos focos da intervenção. As ações para instalação dos produtos acústicos se deram em sua maioria no mês de julho, por causa das férias escolares. A prioridade junto aos fornecedores foram materiais que proporcionassem a maior absorção possível. Foram instalados forros acústicos em cinco salas e em duas salas do pavimento térreo, foram substituídas as fachadas originais, compostas por vitrôs metálicos basculantes, por alvenaria, portas, caixilhos com vidros e venezianas acústica, destaca Fuchs.
Para Davi Akkerman, presidente da ProAcústica, em geral as escolas públicas têm características “sofríveis” quanto à qualidade acústica, pois não foram projetadas com respaldo acústico. “O assunto de qualidade acústica em salas de aulas é complexo e importante. Nos EUA, por exemplo, é obrigatório o atendimento às normas técnicas de acústica específicas para salas de aula. Isso porque a má qualidade acústica influencia diretamente no processo de aprendizado dos alunos. É necessário haver condições mínimas para que o professor use adequadamente a fala e os alunos o entendam. Atributos como, nível de ruído de fundo, tempo de reverberação sonora e índice de transmissão de fala, são imprescindíveis para o bom uso dos espaços destinados ao ensino e aprendizado”, alerta Akkerman.
Segundo Akkerman, quando o projeto estiver concluído e for realizada uma avaliação completa, que inclui medições do ‘antes’ e ‘depois’, além de pesquisa de satisfação com o público envolvido, essa experiência poderá ser divulgada e servir de exemplo para aplicação em outros projetos e no desenvolvimento de normas técnicas especificas para escolas. “A ideia principal é avaliar o impacto dessa intervenção e utilizá-la para sensibilizar os gestores de outras escolas quanto à questão da acústica das salas de aula”, complementa Fuchs.
Empresas Associadas Parceiras nesta 1ª Etapa do CASE Escola Municipal - Projeto de Intervenção Acústica (“ANTES”)
Laboratórios de Campo - Medições
Acústica Engenharia Ltda.
Bracústica Consultoria Ltda.
Grom Equipamentos Eletromecânicos Ltda.
Harmonia Acústica Ltda.
Modal Acústica e Engenharia Ltda.
Fabricantes fornecedores de produtos + instalação
Acoustic Control Tratamentos Acústicos Ltda.
Armstrong World do Brasil Ltda.
Atenua Som Indústria e Comércio Ltda.
Owa Brasil Produtos Acústicos Indústria, Exportação e Importação Ltda.
Placo do Brasil Ltda.
Saint-Gobain Produtos Industriais e para Construção Ltda - Divisão Isover
Empresa Não Associada Parceira
Cebrace Cristal Plano Ltda.
A Newsletter ProAcústica publicará, em sua próxima edição, reportagem completa com todos os detalhes e resultados das intervenções na Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima.
Fonte: http://www.proacustica.org.br/index.php?id=710
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