Concurso | Passagens Jardim Ângela

Concurso Passagens Jardim Ângela

O concurso PASSAGENS JARDIM ÂNGELA tem como objetivo a revitalização de três passagens da região do Jardim Ângela, distrito da região sul de São Paulo, para melhora de qualidade da mobilidade local (micromobilidade de pessoas e bens) e sua integração com o eixo de transporte público da região.
O objetivo geral do concurso é identificar e promover a realização de projetos e atividades inovadores que recuperem o sentido social e a caminhabilidade destas passagens, com alternativas inclusivas e replicáveis que provoquem o maior impacto urbano e social com a menor intervenção possível.
O concurso acontece segundo perspectiva do Programa Passagens, com a orientação do IVM internacional e participação ativa de moradores e organizações locais.

Fonte, Edital e mais Informações: http://concurso.cidadeemmovimento.org/edital/

Conheça a Arte que Transforma Cimento em Ladrilho

Conheça a arte que transforma cimento em ladrilho
Por dia, uma pessoa pode produzir de 80 a 300 peças, dependendo do nível de detalhamento. Processo é 100% artesanalCréditos: Renata Garzon

As primeiras referências ao uso do ladrilho hidráulico remontam a 1857, quando a peça foi descrita como alternativa à pedra, principalmente ao mármore

Ele dá charme, confere um ar cool, é sinal de bom gosto e transforma qualquer ambiente. O ladrilho hidráulico é uma forte tendência de acabamento. Isso porque os milhares de modelos e possibilidades de combinações de cores também compõem a decoração do ambiente no qual são aplicados.
É uma opção com pegada rústica, que combina com materiais de demolição e acabamentos como cimento queimado. No entanto, compõe muito bem ambientes em estilo mediterrâneo, inglês e até contemporâneo. Atualmente, o ladrilho hidráulico é considerado atemporal, combina com tudo. Pode ser utilizado em qualquer ambiente: varanda, banheiro, cozinha, área de serviço, halls, salas e onde a imaginação mandar. Basta usar a criatividade e dar seu toque pessoal.
História
As primeiras referências do seu uso remontam a 1857, quando a peça foi descrita como alternativa à pedra, principalmente ao mármore. Ele foi apresentado na Exposição Universal de 1867, em Paris, pela empresa Garret, Rivet i Cia como uma “cerâmica” que não precisava de cozimento, pois era solidificada em prensas.  Rapidamente se espalhou pelos países mediterrâneos e também se tornou popular na Inglaterra vitoriana e na Rússia, por sua resistência e qualidade decorativa.
A partir da década de 60 perdeu força devido à chegada do azulejo, que tinha uma produção muito mais rápida e, consequentemente, era mais interessante comercialmente. Assim, tornou-se muito mais um item decorativo do que para acabamento propriamente dito. Voltou a ganhar espaço, teve seu apogeu no final do século de XIX e agora ganha destaque novamente.  Até hoje continua sendo produzido um a um, da mesma maneira como era feito há mais de um século.
De geração para geração
A Dalle Piagge é uma das mais tradicionais fábricas de ladrilho hidráulico do Brasil. “Nossa história começa com a imigração do bisavô do meu primo Marcelo Ruocco, Federico Dalle Piagge, que veio da Itália para o Brasil com seus sonhos, a técnica e as primeiras formas para produção dos ladrilhos hidráulicos. Chegando aqui, começou a trabalhar produzindo as primeiras peças que começaram a ser utilizados em casas da aristocracia paulistana”, explica Divo Picazio, proprietário da empresa, juntamente com seu primo Marcelo.
Antônio Gomes Nascimento, 68 anos, começou a fabricar ladrilhos hidráulicos aos 16 anos ainda quando morava na sua cidade natal, Jequié, na Bahia. Está na Dalle Piagge há 53 anos, onde é chamado de mestre
Antônio Gomes Nascimento, 68 anos, começou a fabricar ladrilhos hidráulicos aos 16 anos ainda quando morava na sua cidade natal, Jequié, na Bahia. Está na Dalle Piagge há 53 anos, onde é chamado de mestre
Desde 1997, Divo e Marcelo tocam a Dalle Piagge cuidando para que a manufatura artesanal das peças, a técnica e a qualidade passadas de geração em geração sejam mantidas.  “Mantemos a tradição da qualidade, mas nos atualizamos criando novos modelos com alguns arquitetos de renome e com a necessidade e preferência dos clientes”, ressalta Divo.


Cuidar das vias urbanas pode alavancar importantes ganhos de qualidade de vida

 

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(Foto: Mariana Gil/WRI Brasil Cidades Sustentáveis)
Há medidas simples de serem tomadas, mas de inegável impacto na qualidade de vida dos habitantes de uma cidade. Refiro-me às normas presentes nos códigos de postura, de obras, de urbanismo e de tributos, entre outras. Mesmo sendo instituídas para melhorar a vida do cidadão, nem sempre elas alcançam seus objetivos. Por vezes, até pioram o que se desejava consertar.
Quando sobrevoamos as cidades à noite, ficam nítidos os lugares mais intensamente usados pela população: áreas centrais, corredores de circulação e grandes equipamentos ou construções. Demonstram, através da intensidade da luz, proveniente da iluminação dos espaços públicos e privados, os lugares mais usados pelas pessoas em seus deslocamentos noturnos.
Percebe-se, num exame um pouco mais cuidadoso, o papel relevante das vias urbanas, reluzentes e estruturadoras da comunicação entre as partes da cidade. Cuidar delas, com especial atenção urbanística pode alavancar importantes ganhos de qualidade de vida, contribuindo para orientar o desenvolvimento da cidade, distribuindo melhor as oportunidades e racionalizando, inclusive, os custos de sua manutenção. É preciso investir mais onde o retorno social e econômico pode ser maior e mais equânime.
Incentivar novas construções, nas áreas já destacadas como as mais proeminentes ou importantes para o funcionamento das cidades, deve ser considerado estratégico. Um pré-requisito para aumentar a eficiência dos serviços públicos de saneamento, de transporte, de energia, de telecomunicações etc.
Dotar estas áreas de um sistema de transporte público mais eficaz, incorporando os meios não motorizados – pedestre e bicicleta -, é garantia para o uso cada vez mais intenso e dinâmico de seus imóveis, principalmente os localizados no pavimento térreo e destinados às atividades comerciais e de serviços.
Da mesma forma recomenda-se agir nas áreas centrais das cidades. Afinal, sua concentração de moradias, equipamentos e atividades econômicas costuma gerar concentração de empresas e geração de renda, atraindo mais investimentos e inovações.
Tais espaços urbanos são os mais propensos a tornar a vida nas cidades melhor, mais dinâmica e inclusiva, principalmente em tempos de crise.

Proposta do Sidonio Porto Arquitetos Associados é escolhida para parques em Águas Claras, no Distrito Federal

Escritório paulista concorreu com mais de 50 projetos de todo o País

Gabrielle Vaz, do Portal PINIweb                                                        SLIDE SHOW  http://www.au.pini.com.br/au/solucoes/galeria.aspx?gid=18014
Na última sexta-feira (21), a comissão julgadora se reuniu no Brasília Palace Hotel, em Brasília, para escolher o escritório Sidonio Porto Arquitetos Associados como o vencedor do Concurso Nacional de Projetos de Arquitetura e Paisagismo para os Parques Central e Sul de Águas Claras, no Distrito Federal. Os arquitetos paulistas, representados por Lucia Toffolo de Macedo Porto, concorreram com mais de 50 propostas de todo o País.
O projeto deveria atender critérios arquitetônicos, urbanísticos, ambientais e paisagísticos, propiciando interação social, atividades e eventos culturais esportivos e infraestrutura adequada para a realização de comércio de pequeno porte.
O júri destacou na proposta ganhadora o desenho marcante e estruturador dos espaços, além de conduzir a uma sintonia com traçado urbano. “O partido para os Parques Central e Sul de Águas Claras é definido prioritariamente, pela via destinada a pedestres e ciclistas, a qual liga a Estação A. Claras do Metrô, a oeste, ao Parque Ecológico A. Claras, ao norte, e ainda, a mesma estação ao Parque Sul através de duas alamedas”, explica o memorial descritivo do projeto.
O Parque Central é composto por sete áreas: Área 1, que abriga o Horto Botânico; Área 2, onde está localizada a pista de skate; Área 3, que é a principal do parque concentrando as atividades com maior demanda de público e o conjunto administrativo, a biblioteca e o teatro de arena; Área 4, onde fica a Praça dos Arcos, destinado ao encontro de pessoas; Área 5, onde está localizada a “Unidade de Recuperação e Soltura da Avifauna do Cerrado”; Área 6, que concentra o circuito de ginástica inclusiva, as quadras esportivas, lanchonete e uma pista de bicicletas; e a Área 7, rodeada pelo bosque florestal, contém estacionamento, equipamentos para idosos e espaço pet.
Já o Parque Sul é composto por pistas para pedestres e ciclistas separadas por uma faixa verde de largura variável, pistas de patinação e quadra de vôlei de areia. Do eixo partem os acessos que conduzem aos espaços de estar.
"Os edifícios que comporão o programa de necessidades foram pensados para fazer um contraponto com as áreas verdes e de lazer por sua geometria e pelo contraste formal com o entorno arquitetônico local", explicam os arquitetos. Todos serão construídos com painéis pré-moldados.

Fonte e informativo completo: http://www.au.pini.com.br/au/solucoes/galeria.aspx?gid=18014

O futuro das cidades pode ser parecido com esta fazenda urbana em Xangai prestes a ser concretizada



O conceito de fazendas urbanas e verticais se encontra em ascensão atualmente, mas poucos projetos do gênero são tão ambiciosos quanto a ideia do Distrito Agrícola Urbano Sunqiao, em Xangai. O projeto, criado pela Sasaki Associates, dos Estados Unidos, deverá começar a ser construído ainda este ano e contará com uma área de 100 hectares.
O que diferencia Sunqiao de outras fazendas urbanas já existentes é a sua vocação para usar a agricultura urbana não apenas para fins de produção, mas dispondo também de áreas voltadas à educação e inovação. O espaço deverá ser localizado entre o principal aeroporto internacional de Xangai e o centro da cidade e terá como objetivo a produção vertical em grande escala.
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Sua criação é uma forma de suprir as necessidades alimentares dos cerca de 24 milhões de habitantes de Xangai em um cenário em que a disponibilidade de terras agrícolas se encontra em escassez. Por ser uma cidade em que os terrenos contam com valores elevados, a produção de alimentos de forma vertical se mostra mais viável economicamente.
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Em Sunqiao, a produção deverá ser feita por meio de fazendas de algas, estufas flutuantes, paredes verdes e biblioteca de sementes verticais. O distrito deverá contar ainda com um museu de ciência, uma estufa interativa e um mostruário hidropônico. Juntas, estas iniciativas buscam que as próximas gerações aprendam sobre a origem de seus alimentos.

CBCA lança manual sobre durabilidade de componentes metálicos frente à corrosão

Publicação é a 2ª edição do 16º manual de uma série cujo objetivo é a disseminação de informações técnicas e melhores práticas

Crédito: Strannik_fox / shutterstock.com
O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) acaba de lançar a 2ª edição do manual “Projeto e Durabilidade”, direcionado aos profissionais envolvidos com o uso do aço na construção civil. A Publicação tem o objetivo de auxiliar arquitetos e engenheiros no entendimento de um anexo normativo que trata da durabilidade de componentes metálicos frente à corrosão, encontrado na norma brasileira sobre projetos de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios.
A utilização dessa norma, que data de 2008, como referência para outras mais recentes, como a “Edificações habitacionais – Desempenho”, comprova que a busca por soluções que prolonguem a durabilidade dos componentes metálicos é cada vez mais comum em nossa sociedade. Motivado por esse interesse, o Manual também tem a finalidade de colaborar com a redução dos custos oriundos da corrosão.
Expondo de forma relativamente simples e racional como o conhecimento disponível atualmente pode ser explorado de modo eficaz no controle da corrosão, a Publicação pode ser acessada através do link www.cbca-acobrasil.org.br/site/publicacoes-manuais, após o compartilhamento no Linkedin ou no Facebook do interessado.
Via : CBCA


A falta de acessibilidade é um problema, mas espraiamento urbano não é solução

 

Apesar da habitação ser mais acessível na periferia, os custos com o transporte se sobressaem a essa economia. (Foto: Kasper Christensen/Flickr)
Apesar da habitação ser mais acessível na periferia, os custos com o transporte se sobressaem a essa economia. (Foto: Kasper Christensen/Flickr)
Post escrito por Todd Litman e publicado no Planetizen e no TheCityFix.

Muitas famílias que trabalham por longas horas gastam mais do que podem pagar em habitação e transporte, ficando com poucos recursos disponíveis para outros bens essenciais, como alimentação e cuidados com a saúde. Isso é um problema sério. Consequência, em parte, de políticas públicas que favorecem opções caras de habitação e transporte em relação a alternativas mais acessíveis.
Existem muitas maneiras possíveis de reduzir os custos de habitação, mas algumas são melhores que outras. Uma moradia barata não é de fato acessível se localizada em uma área afastada, que estimule a dependência do carro, com custos de transporte elevados. Algumas famílias podem optar, por exemplo, por gastar um pouco a mais do que o considerado “barato” para viver em uma casa localizada em um bairro urbano acessível onde não é preciso ter um carro. A verdadeira acessibilidade, portanto, exige políticas que promovam habitações economicamente viáveis. Muitas cidades, contudo, sofrem com a escassez desse tipo de moradia, forçando as famílias de renda baixa ou moderada a gastar mais do que poderiam.
Pesquisa Internacional de Acessibilidade à Habitação de 2017 (IHAS), lançada recentemente, revela que os custos de moradia são excessivos em muitas cidades. Esse é realmente um problema sério, mas as soluções que o estudo recomenda, que consistem principalmente em expansão, prejudicariam ainda mais muitas famílias de baixa renda. Existem soluções muito melhores.

Moradia acessível agora considera os custos de transporte

Acessibilidade refere-se à capacidade que uma família tem de arcar com bens básicos, como alimentos, roupas, casa, transporte e cuidados com a saúde. No passado, a acessibilidade financeira costumava ser definida pelo gasto menor que 30% do orçamento familiar em habitação. Porém, uma vez que as famílias muitas vezes fazem compensações entre o valor da habitação e os custos de transporte, muitos especialistas recomendam avaliar a acessibilidade com base na capacidade das famílias de baixa renda de gastar menos de 45% de seus orçamentos em habitação e transporte somados.
Segundo dados da pesquisa sobre as despesas de consumo dos Estados Unidos, a maior parte das famílias gasta mais em moradia e transporte do que o considerado viável. Naturalmente, esses gastos variam dependendo das circunstâncias domésticas. Dado que cerca de um terço das famílias de baixa renda possui casa própria e um quarto não possui veículos, essas estatísticas médias subestimam os custos adicionais dos que pagam aluguéis ou hipotecas e carros próprios.
A pesquisa também mostra que famílias de baixa renda que pagam aluguel ou hipoteca e possuem um automóvel destinam aproximadamente 60% do orçamento à habitação e ao transporte – aproximadamente 30% a mais do que é considerado acessível.

Expansão urbana não aumenta a viabilidade

A IHAS considera que a inviabilidade da habitação é causada por restrições à expansão urbana, mas isso deturpa a questão. As cidades hoje consideradas menos acessíveis são atrativas, economicamente bem-sucedidas e normalmente litorâneas, marcadas por uma limitação geográfica. Por outro lado, os centros urbanos que expandem suas áreas residenciais normalmente são regiões urbanas internas. Certamente são lugares bons para viver, mas adotam modelos inadequados para aumentar a acessibilidade em cidades grandes, de rápido crescimento e de sucesso econômico.
Não faz sentido sugerir que cidades restritas como Sydney, Vancouver e Hong Kong possam se tornar acessíveis expandindo-se como cidades como Decatur, Racine e Springfield (que não possuem limitações obrigatórias como o oceano). As cidades restritas geograficamente devem crescer, não expandir. A chave para a acessibilidade em cidades limitadas geograficamente é permitir edificações habitacionais mais acessíveis, reduzindo as restrições em tipos de habitações compactas (casas geminadas e habitação multifamiliar) e eliminando as exigências mínimas de estacionamento.
O IHAS argumenta que os altos preços da habitação são causados por barreiras urbanas de contenção que limitam a expansão urbana, mas os pesquisadores que analisam isso concluem o contrário. Um estudo detalhado descobriu que, na verdade, poucas jurisdições dos EUA têm limites de contenção urbanos efetivos, mas praticamente todos restringem a construção de novos prédios acessíveis, exigindo parcelas altas, proibindo moradias multifamiliares em bairros residenciais e impondo requisitos amplos de estacionamento mínimo, que reduzem a acessibilidade e a densidade de moradias. A maioria dos outros países tem menos restrições ao preenchimento urbano, maior acessibilidade e maiores taxas de propriedade.
Cidades caminháveis se tornam mais acessíveis economicamente. (Foto: Mariana Gil/WRI Brasil Cidades Sustentáveis)
Cidades caminháveis se tornam mais acessíveis economicamente. (Foto: Mariana Gil/WRI Brasil Cidades Sustentáveis)

Os atributos da caminhabilidade

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Caminhar, muitas vezes, é uma escolha dupla. Ao mesmo tempo em que é feita a opção por um modo de deslocamento, são escolhidos também caminhos. Trajetos que serão percorridos, passo após passo, em direção a um destino. E a escolha dessas rotas, como a própria escolha pela caminhada, não é feita ao acaso.
Pensamos no horário, no tempo de deslocamento, na movimentação de pessoas e de veículos, nas condições das calçadas e travessias. O que nos leva a percorrer determinados caminhos quando escolhemos caminhar vai além de uma calçada ampla e regular. Os atributos encontrados nos bairros e regiões que consideramos caminháveis atraem as pessoas e estimulam a mobilidade ativa.
Mais do que a infraestrutura, o que determina a caminhabilidade é a experiência ao caminhar. Bairros caminháveis precisam ser agradáveis, despertar a percepção de segurança e oferecer destinos onde as pessoas queiram estar.
Enxergar o interior dos estabelecimentos, por mais simples que pareça, é determinante para a experiência dos pedestres. Fachadas que refletem a rua e não oferecem aos transeuntes uma visão do que acontece no interior reduzem a chance de as pessoas sentirem vontade de entrar , ao mesmo tempo, diminuem a segregação entre o ambiente interno e o externo . Um bairro agradável também oferece opções de lazer e entretenimento. Ver pessoas, circulando ou sentadas nas calçadas em frente a restaurantes e cafés, torna os lugares convidativos e espalha vida pelas ruas. É o que estudiosos do tema chamam de “propulsão dos pedestres”.
(Foto: Mariana Gil/WRI Brasil Cidades Sustentáveis)
Prédios menores e arborização também contribuem para atrair as pessoas. Em Toronto, pesquisadores descobriram que dez ou mais árvores em uma quadra trazem benefícios à saúde equivalentes a ser sete anos mais jovem ou a ganhar dez mil dólares por ano. Além disso, também ajudam a amenizar o calor e a reduzir a poluição.
(Foto: Bee Collins/Flickr)
A vida urbana se dá a partir da circulação de pessoas – e as pessoas vão aonde sentem prazer de estar. Opções de comércio, serviços, lazer e alimentação são fatores vitais e que despertam a vontade de caminhar. Em conjunto, o uso misto e as fachadas ativas movimentam a economia e tornam os bairros mais vivos e atrativos.

O desenho do bairro pode impactar a saúde tanto quanto a genética

 

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Bairros dotados de espaços públicos, mobiliário urbano e boas condições de segurança e acessibilidade impactam positivamente a saúde de seus moradores (Foto: Otávio Almeida)
A conclusão a que podemos chegar com a análise do estudo The Case for Healthy Places (em português, “O caso dos lugares saudáveis”) cabe em uma frase: “O lugar onde uma pessoa mora pode ser um indicativo de saúde até mais confiável do que seu código genético”.
A afirmação, proferida por Melody Goodman, professora da Universidade de Washington, sintetiza a influência que o lugar onde moramos exerce sobre nós. A forma como diferentes bairros são desenhados tem um impacto considerável sobre a saúde física e mental das pessoas. As oportunidades e serviços que oferecem, os lugares de que dispõem, a organização do mobiliário urbano, as condições de segurança e acessibilidade – uma intrincada rede de elementos age sobre os organismos humanos, afetando-os positiva ou negativamente.
O estudo foi publicado em dezembro de 2016 pela Project for Public Spaces (PPS), organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar as pessoas a criar e manter espaços públicos que contribuam para fortalecer as comunidades onde são inseridos. Para embasar as análises, a pesquisa utiliza o conceito de placemaking, uma estratégia holística para a criação de comunidades urbanas saudáveis. Resumidamente, trata-se do processo de planejar espaços públicos de qualidade que contribuem para o bem-estar da comunidade local. Se um bairro é planejado de acordo com os preceitos do placemaking – que envolve a participação dos moradores no planejamento do bairro, o reconhecimento de suas necessidades e desejos –, são consideráveis as chances de que seja um ambiente saudável e acolhedor para os moradores. Por outro lado, se o processo de planejamento falha em ouvir as pessoas e em oferecer a infraestrutura de que necessitam, os locais tendem a oferecer impacto negativo na saúde.
É nesse sentido que a diferença de desenho observada entre bairros de classe média ou alta e as periferias ou áreas mais pobres ajuda, também, a explicar as disparidades nas condições de saúde dos moradores. Pessoas de baixa renda e minorias étnicas e raciais costumam ter acesso limitado a parques e espaços públicos bem conservados nos lugares onde vivem, que são mais propensos a carecer de infraestrutura cicloviária, boas calçadas e condições adequadas de acessibilidade – fatores diretamente associados aos níveis de atividade física e saúde.

Concurso do CBCA para estudantes reconhecerá projetos para berçários e jardins de infância em estrutura de aço

Direcionada a estudantes de arquitetura, competição dará R$ 8 mil para a equipe que ficar na primeira colocação

Luísa Cortés, do Portal PINIweb
O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) lançou o Concurso CBCA de Projeto em Aço para Estudantes de Arquitetura 2017, direcionados a alunos de arquitetura com suporte de um professor orientador. As equipes deverão ter, no mínimo, dois estudantes e, no máximo, quatro.
O tema a ser desenvolvido é “Berçário e Jardim de Infância”, em que serão considerados aspectos como a inserção no contexto urbano, meio ambiente, eficiência, acessos, mobiliário, segurança e entorno. Além disso, é importante o uso correto e apropriado do aço, tanto em seus aspectos conceituais e arquitetônicos, quanto nos tecnológicos e construtivos.

O projeto deverá ser pensado e estruturado em aço, e não apenas que possa ser construído com ele. O ideal, segundo as Bases Administrativas do Concurso, é de que só seja possível construir o projeto com tal material.
 Mais informações através do e-mail cbca@acobrasil.org.br ou pelo site

10 Exercícios de desenho à mão para arquitetos

por 


Cortesia de DOM Publishers
Cortesia de DOM Publishers
O que é beleza? Alguns anos atrás, um grupo de pesquisadores internacionais procurou desvendar os mistérios da beleza humana. Eles usaram tecnologia computacional de última geração, totalmente imparcial, e um enorme conjunto de dados para estabelecer, de uma vez por todas, porque rostos particulares são percebidos como bonitos e se a beleza existe independentemente de origem étnica, social e cultural; Em outras palavras, se ela pode ser calculada matematicamente. Os cientistas introduziram em um poderoso computador inúmeras fotos de rostos de todo o mundo, cada um descrito por entrevistados como particularmente bonito. A informação resultante, eles acreditavam, poderia ser usada para gerar um rosto que seria reconhecido por qualquer ser humano como possuidor de uma beleza absoluta. Mas o que o computador finalmente cuspiu foi um retrato de um rosto comum, nem bonito nem feio, desprovido de vida e caráter, deixando os espectadores pasmos. Os dados acumulados criaram não uma beleza supra-humana, mas uma média estatisticamente correta.
Mas isso é exatamente que você esperaria de um computador. Aqui, quero examinar a relevância desta anedota para a beleza arquitetônica e discutir se o desenho à mão, uma habilidade que tem desaparecido rapidamente da prática cotidiana, é algo que vale a pena preservar. Parece ser uma relíquia do passado - mas isso significa que as imagens geradas por computador são o futuro? Graças ao design moderno e os softwares de exibição, a intenção deste livro pode parecer estranhamente anacrônica. Algum arquiteto hoje pensaria em apresentar a um cliente um detalhe construtivo desenhado em tinta indiana ou uma perspectiva a lápis?
Os clientes muitas vezes esperam designers para produzir imagens perfeitas desde o início do processo de projeto, como fotografias à primeira vista. E mesmo antes do terreno ser sondado, uma ideia virtual já adquiriu a autoridade de uma realidade tangível que serve como referência durante o processo de construção. Muitas vezes, o cliente fica desapontado porque um certo detalhe não apresenta nenhuma semelhança com o plano inicial. Às vezes, uma renderização de má qualidade acaba por provocar uma disputa legal prolongada: a varanda deveria ser feita de concreto armado ou apenas aço pintado brilhantemente? Goste ou não, o computador é uma ferramenta de desktop acessível, uma máquina de criatividade que traduz as fantasias mais estranhas em projetos fisicamente realizáveis, totalmente custeados que podem ser alterados com o clique de um mouse. A impressão fotorrealista resultante cria uma ideia que nem sequer tomou forma na mente do própria arquiteto.
É fácil esquecer que, para todos os seus talentos criativos aparentes, o computador é apenas uma máquina. A imagem que emerge da impressora é como a do rosto perfeito na experiência, moldada por programas complexos e sem alma. Paradoxalmente, a ferramenta que usamos em uma tentativa de fazê-la parecer menos sem alma é também o computador. Afinal, a animação significa acrescentar vida e alma a um objeto sem vida, criando uma imagem realista, até mesmo em movimento, usando código de computador infalível, invisível e incompreensível. Os espaços habitados por avatares em jogos de computador não são muito diferentes do padrão usado pelos arquitetos para persuadir investidores, contratados, clientes e júris de concorrência.
Cortesia de DOM Publishers
Cortesia de DOM Publishers

Exercício 1: 
Ponto e Linha

Pontos, linhas e planos são os meios de expressão do arquiteto e combinados criam os espaços tridimensionais. Este exercício usa apenas pontos e linhas para construir, em primeiro lugar, formas geométricas básicas e, em seguida, paisagens e lugares. Mudanças de direção são usadas para criar a identificação de contornos de formas e espaços, definir distâncias e esclarecer a profundidade espacial. Nossa abordagem do espaço arquitetônico começa com uma excursão à arte através de uma citação do pintor e professor da Bauhaus, Paul Klee: "Começo onde quer que a própria forma pictórica comece: com o ponto que se move".

Curso online gratuito ensina como aplicar sustentabilidade em empresas e escritórios

por 

Curso online gratuito ensina como aplicar sustentabilidade em empresas e escritórios, Foto via VisualHunt.com
Foto via VisualHunt.com
A importância de inserir práticas sustentáveis dentro das empresas já não é novidade, sobretudo empresas ligadas à área da construção civil e arquitetura. Porém, muitos ainda estão perdidos quanto ao que se pode fazer para adotá-las no dia a dia de suas empresas e escritórios e é esse público que o curso de capacitação Sustentabilidade, disponibilizado no portal Sebrae, busca atingir.
De acordo com o site da empresa serão trabalhados os seguintes conteúdos: compreender o conceito de sustentabilidade, relacionando atitudes sustentáveis a ganhos empresariais; avaliar a empresa, detectando alternativas de adoção de atitudes sustentáveis viáveis; perceber a sustentabilidade como uma proposta lucrativa para as pequenas empresas, inserindo este conceito em sua estratégia de negócio e aplicar a sustentabilidade dentro do planejamento estratégico da empresa.
O curso possui carga horária total de seis horas e pode ser feito no período de 15 dias, após a matrícula. Haverá um tutor para esclarecer possíveis dúvidas e ao fim da capacitação o participante receberá um certificado digital. 
Clique aqui para mais informações e para realizar a inscrição.

Instituto Getty adquire extenso arquivo de Frank Gehry


  • por  
  • Traduzido por Romullo Baratto


    Instituto Getty adquire extenso arquivo de Frank Gehry, Frank Gehry, Walt Disney Concert Hall, modelo, 2003; Los Angeles, Califórnia; Frank Gehry Papers no Instituto de Pesquisa Getty, © Frank O. Gehry
    Frank Gehry, Walt Disney Concert Hall, modelo, 2003; Los Angeles, Califórnia; Frank Gehry Papers no Instituto de Pesquisa Getty, © Frank O. Gehry

    O Getty Research Institute anunciou a aquisição dos Frank Gehry Papers, um grande arquivo que abrange trabalhos desenvolvidos pelo arquiteto, incluindo desenhos, modelos parciais e completos, documentação de projetos, correspondência, fotografias, slides e materiais relacionados a 283 projetos da primeira metada da carreira de Gehry.
    "Frank Gehry é, sem dúvida, o arquiteto mais famoso do mundo. Este extenso arquivo, que cobre as três primeiras décadas de sua ilustre carreira, oferece um olhar aprofundado sobre a gênese do estilo distintivo de Gehry e inclui muitos dos projetos pelos quais ele é conhecido internacionalmente ", disse Thomas W. Gaehtgens, diretor do Getty Research Institute.

    Frank Gehry, casa de hóspedes de Winton, modelo, 1982-1987; Wayzata, Minnesota; Frank Gehry Papers no Getty Research Institute
    Frank Gehry, casa de hóspedes de Winton, modelo, 1982-1987; Wayzata, Minnesota; Frank Gehry Papers no Getty Research Institute

    "O arquivo de arquitetura do Getty Research Institute, sobretudo de arquitetura e design modernos e contemporâneos da Costa Oeste dos EUA, são incomparáveis e amplamente utilizadas", continua Gaehtgens. "Esta destacada adição se conecta com os segmentos de todas essas coleções, e tenho certeza que será rapidamente se tornará um recurso indispensável para pesquisadores e curadores. No Getty, temos desfrutado de um longo e frutífero relacionamento com o Sr. Gehry por muitos anos e estamos muito orgulhosos por dar a este arquivo um lar e promover seu rico legado ".

    Frank Gehry, casa de Ron Davis, fachada sul, 1968-1972; Malibu, Califórnia; Frank Gehry Papers no Instituto de Pesquisa Getty, © Frank O. Gehry
    Frank Gehry, casa de Ron Davis, fachada sul, 1968-1972; Malibu, Califórnia; Frank Gehry Papers no Instituto de Pesquisa Getty, © Frank O. Gehry

    O enorme arquivo compreende mais de 1.000 croquis, 120.000 desenhos, 100.000 slides, 168 maquetes de estudo e 112 maquetes de apresentação, bem como centenas de caixas de registros de escritório, papéis pessoais e correspondências.
    A coleção abrange desde alguns trabalhos de graduação de Gehry, começando com seus desenhos não construídos para a Casa Romm em 1954, até sua proposta para o Walt Disney Concert Hall em 1988. A coleção também contém desenhos iniciais para projetos futuros como o Grand Avenue Project (ainda não construído) e materiais produzidos após 1988 para projetos iniciados antes dessa data, como documentos da construção do Walt Disney Concert Hall. Outros documentos incluem materiais da Escola de Direito Loyola, 1520 Cloverfield, e a Residência Gehry em Santa Monica. No total, o Getty acredita que os documentos "oferecem um retrato abrangente do surgimento e proeminência da prática arquitetônica de Gehry durante um período de 30 anos".

    Frank Gehry, Norton House, Model, 1982-1984; Veneza, Califórnia; Frank Gehry Papers no Instituto de Pesquisa Getty, © Frank O. Gehry
    Frank Gehry, Norton House, Model, 1982-1984; Veneza, Califórnia; Frank Gehry Papers no Instituto de Pesquisa Getty, © Frank O. Gehry
    Frank Gehry, Danziger Studio e Residence Sketch, 1964; Hollywood, Califórnia; Frank Gehry Papers no Instituto de Pesquisa Getty, © Frank O. Gehry
    Frank Gehry, Danziger Studio e Residence Sketch, 1964; Hollywood, Califórnia; Frank Gehry Papers no Instituto de Pesquisa Getty, © Frank O. Gehry

    Além do material físico, o arquivo inclui arquivos digitais de projetos como o Vitra Museum (1989), o Disney Concert Hall e o Grand Avenue Project.
     
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