Casa Cor apresenta as tendências na decoração de ambientes para 2011

 

Do Metro                                                                                                     entretenimento@eband.com.br

Casa_Cor 2011                                                                         Casa Cor SP é o maior evento de decoração das Américas

O maior evento de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas – e o segundo maior do mundo – chega em sua 25ª edição com o tema “Dia a dia com tecnologia”.
Realizado no Jockey Club de São Paulo, a Casa Cor apresenta 106 ambientes – entre lofts, livings, banheiros, quartos, suítes, salas, espaços gourmet, sacadas e escritórios – idealizados de forma a integrar tecnologia avançada e sustentabilidade.

Distribuídos em 56 mil m², esse ano o evento tem a participação de 155 profissionais do ramo, entre arquitetos, decoradores, paisagistas,  designers de interiores e projetistas.
São quatro mostras que acontecem simultaneamente: a tradicional Casa Cor, voltada para o conceito de “morar bem”; Casa Kids, direcionada ao universo infantil, com ambientes para crianças de até 12 anos; Casa Hotel, com as tendências dos hotéis mais charmosos do mundo; e Casa Talento, uma oportunidade para novos talentos da arte e do design mostrarem seus melhores trabalhos. 
A última edição contou com a presença de 159 mil visitantes. A expectativa para os 53 dias de  evento é grande e o desejo é superar esse número.
E como já é tradição, a gastronomia também tem espaço garantido. Restaurantes tradicionais, como o Badebec e o Bananeira, marcam presença. 
Serviço:
O que
: 25ª Casa Cor 2011
Quando: 24 de maio a 12 de julho
Horário: de terça-feira a sábado, das 12h às 21h30; domingo, das 12h às 20h
Onde: Jockey Club de São Paulo, av. Lineu de Paula Machado, 1.075, Cidade Jardim, São Paulo
Quanto: R$ 37; sábados e domingos, R$ 41; passaporte (com direito a visitas todos os dias), R$ 70.

 

Fonte:http://www.band.com.br/entretenimento/casa/conteudo.asp?ID=100000436556

Fortaleza será sede do Fórum Jovens Arquitetos da América Latina

      newsletter fjal                                                                                                                                                           A Universidade Federal do Ceará vai ser sede, de 8 a 10 de junho, no Hotel Praia Centro, do Fórum Jovens Arquitetos Latino-Americanos 2011.
O evento debaterá a função social da Arquitetura contemporânea no planejamento das grandes cidades e deverá destacar a nova geração de arquitetos que trabalha com técnicas construtivas de forma mais racional, econômica e criativa.
O fórum, uma promoção da Associação Técnico-Científica Engenheiro Paulo de Frontin (Fundação Astef), com apoio do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-CE), é destinado a arquitetos,engenheiros, profissionais e estudantes da área, além de interessados em geral, terá participação especial do arquiteto cearense Fausto Nilo, que, no dia 10, apresentará o Projeto de Reordenamento da Avenida Beira-Mar, em Fortaleza.
Profissionais reconhecidos por sua produção arquitetônica irão apresentar projetos e obras desenvolvidos numa perspectiva sustentável, respeitando as questões sociais, econômicas, geográficas e urbanas.
Estão confirmadas participações de escritórios de arquitetura do Chile, Uruguai, Colômbia, Argentina e Equador, além de grupos de Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo, Paraíba e Ceará. Entre os demais temas que serão discutidos, estão a participação democrática dos arquitetos em projetos realizados nas grandes cidades e a demanda de obras gerada pela Copa do Mundo em 2014.

 
Serviço
Inscrições pelo site.
Telefones: (85) 3261.1111 e 3215.4564

Fonte:http://www.opovo.com.br/app/fortaleza/2011/05/31/noticiafortaleza,2251191/fortaleza-sera-sede-do-forum-jovens-arquitetos-da-america-latina.shtml

Provas do vestibular 2011.2 da UFT serão realizadas no próximo domingo, 5

UFT_01

Aproximadamente 15 mil candidatos realizarão no domingo, 5, as provas do Vestibular 2011.2 da Universidade Federal do Tocantins. Antes, no sábado (04), acontecerá o teste de Habilidades Específicas para os inscritos no curso de Arquitetura e Urbanismo. No domingo, serão aplicadas as avaliações de conhecimento geral e redação para todos os cursos. Ao todo, a UFT está ofertando 1.580 vagas espalhadas pelos sete campi: Arraias, Araguaína, Gurupi, Miracema, Palmas, Porto Nacional e Tocantinópolis.

Em relação à concorrência no sistema universal, o curso de Medicina, com 149 candidatos para cada uma das 28 vagas ofertadas (4.172 inscritos), registrou um crescimento substancial no número de candidatos. Tanto o número de candidatos quanto a média por vaga para o curso de Medicina são os maiores já registrados no curso. No vestibular de meio de ano em 2010, por exemplo, a média foi de 124,75 por vaga (3.493 candidatos inscritos). No sistema universal, a média candidato/vaga para o segundo semestre também cresceu, passando de 11,56 (2010-2) para 13,47 (2011-2).

Mais procurados
Medicina lidera a lista dos cursos mais procurados na UFT, no sistema universal. Depois vem Direito (50,57 candidatos por vaga), Engenharia Civil (40,11), Medicina Veterinária (23,94) e Logística (22,85 candidatos/vaga). No sistema de cotas - que representa 5% do total de vagas ofertadas - Medicina e Enfermagem foram os mais procurados (7 candidatos por vaga). Os cursos de Pedagogia (Tocantinópolis) e Direito (Palmas) registraram média de 6,5 candidato por vaga. Em seguida vem Administração com demanda de 5,5 candidatos por vaga.
Enem
Com relação ao Novo Exame Nacional do Ensino Médio (SiSU/ENEM), A UFT reserva 25% das vagas oferecidas em cada curso, especificamente, aos candidatos que se submeterem às provas do SiSu/Enem, com exceção do curso de Arquitetura e Urbanismo.
Indígena
Do total de vagas oferecidas, em cada curso, pela UFT 5% serão destinadas à inclusão racial, disponibilizadas à etnia indígena.

Fonte: Ascom - UFT

IAB-MG convida para o Prêmio Gentileza Urbana 2011

logogentileza[1]

O IAB-MG convida a todos a participarem do Prêmio IAB-MG de Gentileza Urbana 2011. Este ano, conseguimos encaminhar como iniciativa do Vereador Arnaldo Godoy, a comemoração do Dia da Gentileza Urbana em BH, com homenagem, mais do que justa, ao Arquiteto Álvaro Hardy - o Veveco. Este arquiteto, falecido em 2005, aos 63 anos, com vasta obra construída, foi justamente homenageado em 2006, com a inscrição no livro do IAB-MG durante a Abertura do Congresso Brasileiro de Arquitetos em Goiânia.

A premiação Gentileza Urbana 2011 inicia seu processo de inscrição no próximo dia 01 de junho e a Cerimônia de Premiação será em 18 de agosto de 2011.

Convite Gentileza Urbana 

Cláudia Pires
Arquiteta e urbanista
Presidente do IAB-MG

2011- Ano Estadual de Inclusão pela Arquitetura.
Acesse o blog do IAB-MG: htpp//.www.iab-mg.blogspot.com

clip_image002_IAB-MG

Uma Mogi mais humana e gentil

Redação
 KARINA MATIAS

Mogi das Cruzes

Qual é a Cidade que nós temos? Como é a Cidade em que queremos viver? É a partir da reflexão proposta por essas duas perguntas, que um grupo de mogianos começa a discutir projetos e atitudes que podem contribuir para a melhoria da paisagem urbana de Mogi das Cruzes. Formado por 20 membros, sendo a maioria deles de profissionais das áreas de arquitetura e urbanismo, a iniciativa já dá as suas primeiras contribuições com propostas destinadas ao Mercado Municipal, ao prédio da sede administrativa da Polícia Militar (o Comando de Área Metropolitano CPAM-12), à Igreja Santa Cruz, na Ponte Grande, e ao Cemitério São Salvador. A ideia é mostrar que é possível ter uma Cidade "mais humana, mais civilizada e mais gentil", na definição do arquiteto Guilherme Mattos, um dos idealizadores do movimento. "A população aumentou demais e está havendo uma inversão de valores de ocupação. A Cidade está muito desenhada para o automóvel e pouco desenhada para o homem", assinala.

Denominado de Grupo Mogiano de Ação Contemporânea (GMAC), o trabalho concentra na Internet, por meio do site de relacionamentos Facebook, o principal ponto de discussão dessas pessoas que querem debater a Cidade. Foi no meio digital, inclusive, que teve inicio todo o movimento, aberto a qualquer morador de Mogi interessado em participar do debate. Além disso, o grupo vem se encontrando mensalmente para fortalecer a proposta. A próxima reunião acontece nesta terça-feira, às 19 horas, no restaurante Djapa.

"É uma semente que estamos plantando. Na nossa última reunião, discutimos a questão filosófica do grupo, os valores. Nesse momento não interessa para nós se os projetos serão feitos ou não, até porque não temos esse poder de execução. A nossa questão é intelectual, mostrar que é possível ter a Cidade que sonhamos. E, de repente, esse nosso repertório entra nas pautas das políticas públicas, começa a suscitar um debate. Trata-se de uma reflexão com o objetivo único de acrescentar, de ajudar, de colaborar com os administradores", define Mattos, salientando que o grupo não tem nenhuma conotação política e religiosa, embora políticos e religiosos não sejam impedidos de participar da mobilização, a exemplo do vereador Jean Lopes (PC do B), que já integra o projeto.

Mogi das Cruzes_01

O movimento se baseia na concepção de que não basta apenas esperar iniciativas do Poder Público, mas que cada um tem a sua responsabilidade na construção de um lugar melhor para se viver. Mattos lembra que nos países desenvolvidos existe sempre um órgão independente que pensa sobre os rumos e melhorias para a Cidade.

"O que falta (para muitos administradores) é conhecer lugares, ter referências de projetos e ver que a cidade faz pedidos mudos. Os urbanistas e arquitetos são, muitas vezes, os que mais escutam esses pedidos. A cidade não é só feita de pedidos especulativos, de trânsito, de crescimento. É preciso desenhar a Cidade para o homem", observa.

Presidente do Colégio de Arquitetos, Paulo Pinhal, irá participar do próximo encontro nesta terça-feira e destaca a importância de se debater os problemas urbanos da Cidade, especialmente neste momento em que Mogi está tendo um crescimento, em sua visão, desordenado. "Nós estamos inchando, porque a infraestrutura não está acompanhando o crescimento do Município. Vejo com bons olhos essa iniciativa. São cidadãos, de diferentes áreas, debatendo sobre as condições urbanas", pontua o arquiteto.

Na visão do Grupo, o que falta para Mogi é ousadia. "Um pouco de atitude de vanguarda", salienta Mattos. Ele lembra de um projeto que fez para a Praça João Pessoa, o Largo do Rosário, propondo que o local fosse palco de manifestações artísticas e culturais. Porém, apenas parte da proposta original foi realizada pela Prefeitura no início dos anos 2000. "É um espaço que está no coração da Cidade e por ter essas características de edificações altas no entorno (Binder, Riachuelo e Marisa), nós pensamos naquele espaço como um teatro para manifestações espontâneas ou programadas", conta.

A proposta contemplava um edifício-arquibancada de apoio, passarelas cobertas no calçadão, café, sanitários públicos, bancos generosos e uma cabine para projeções de filmes ou jogos da Copa do Mundo, por exemplo. O suporte de vigas metálicas (urdimento), que receberia essas projeções, foi praticamente a única parte do projeto de fato concretizada."Mas como só feito o urdimento, as pessoas não sabem exatamente o que é aquilo", lamenta o arquiteto. Pensar e rever situações como esta também faz parte dos ideais do Grupo, que está aberto à participação de outros profissionais e mogianos interessados em apresentar intervenções que melhorem o modo de viver e interagir com a Cidade.Mogi das Cruzes_02

 

"O GMAC tem por objetivo analisar e propor projetos urbanísticos e culturais que registrem a Cidade de nossos sonhos, contribuindo assim para que toda a comunidade tenha repertório para um novo olhar para a Cidade", resume ele.

Fonte: http://odiariodemogi.inf.br/cidades/noticia_view.asp?mat=29808&edit=6

Destruição de um ícone nacional

Complexo de pequenez

Paulo Ormindo de Azevedo                                                                                                      Arquiteto,ex presidente IAB-BA- Conselheiro Superior do IAB e professor

Participei no ultimo dia 5 do Seminário Mobilidade em Debate: fluxos, deslocamentos e alternativas para o sistema de transporte público na R.M.S. promovido pela Dep, Maria del Carmem. Fiquei surpreso com a participação popular e a ausência das elites. Para resumir, a sociedade pode perder o trem da mobilidade, porque um grupo de empresários já definiu a solução a seu favor. Não temos planejamento público, senão “anti projetos” privados, todos imediatistas e ultrapassados, baseados no diesel, no pneu e minhocões.

Juca Kfouri em artigos de 4/2/07 e 11/06/09 na Folha de São Paulo afirma que só a partir da Copa do Japão/Coréia do Sul, em 2002, a FIFA passou a exigir a construção de arenas, em grande parte porque esses países e a África do Sul não possuíam estádios em condições. A Alemanha aproveitou 2006 para demonstrar e vender sua alta tecnologia em coberturas de estádios. A partir desse momento, a FIFA passa a capitanear um complexo industrial-esportivo com a Hyundai-Kia, produtora de trens velozes, metrôs e quarta fabricante mundial de carros, Sony, Continental, Adidas, Coca Cola, Budweiser e Mac Donald.

Se as nossas cidades são carentes de infra-estrutura, não se pode dizer o mesmo do futebol. Somos uma potencia mundial, com um rei, o único penta-campeonato e a maior rede de estádios do mundo. Com pequenas obras, nossos estádios poderiam agasalhar a Copa de 2014, sendo destinado o grosso dos investimentos para e tempo à melhoria da infra-estrutura de nossas cidades. O que estamos assistindo na TV é o contrario, a implosão de estádios novos para a construção de arenas bilionárias, elitistas e excludentes, com camarotes, restaurantes e salões VIPs. Algumas serão elefantes brancos em cidades cujas torcidas não passam de 3000 pessoas. Isto quando se está, em todo o mundo, reciclando antigas fabricas para novas funções.

Fiquei também surpreso com alguns expositores que saudaram a FIFA como benemérita por exigir transporte de massa para nossas cidades. Não sejamos ingênuos. A FIFA não está interessada na qualidade de vida, nem a segurança de seus torcedores, senão no sucesso do evento. Prova disto é o fato de não exigir nada que se refira à questão sanitária e à segurança publica. Nossas urbes são cortadas por rios contaminados, focos de dengue e leptospirose, rios que as paralisam quando chove. Temos ainda seqüestradores, assaltantes de ônibus e torcidas armadas. Muito pouco foi pedido a este respeito e está sendo feito.

Não se conhece, por outro lado, ação da FIFA em favor do esporte amador, da educação esportiva, da repressão á violência nos estádios, à corrupção e à lavagem de dinheiro pela máfia russa. Ela está interessada, sim, nos direitos de transmissão da TV, nos negócios associados e patrocínios bilionários. Como conseqüência, incentiva a venda de equipamentos de alta tecnologia, como TVGs, metrôs, centrais de comunicações, equipamentos para aeroportos e arenas.

No momento que as instituições internacionais, como a ONU, FMI e BIRD, têm cada vez menos força, é estranha a subserviência de nossas autoridades à entidade mais mercantilista do sistema. A isto se soma a falta total de planejamento e controle. Coincidentemente a FIFA é uma associação helvético-brasileira. Sim, porque Havelange reinou nela durante 24 anos e sua família ainda controla grande parte dos negócios da FIFA e de sua afiliada CBF. O atual presidente da FIFA, Blatter, seu sucessor, é sua cria. Foi designado por ele Diretor Técnico em 1975, promovido a Secretário Geral em 1961, indicado Presidente em 1998.

Metade das arenas brasileiras foi projetada por escritórios alemães e cerca de oito tem coberturas da mesma origem e deverão ser geridas por consórcios binacionais. Como contrapartida, as obras das arenas foram dadas para as quatro irmãs nacionais. Oito dessas obras têm problemas no TCU e três são insustentáveis. Chega-se ao ridículo de aceitar a destruição das arquibancadas do maior estádio do mundo, monumento nacional, e retirada de sua marquise, recorde da engenharia nacional, para colocar em seu lugar uma tela, que só irá produzir mormaço. Onde está o IPHAN e o orgulho nacional?

Urbanização compromete memória local

A expansão comercial, industrial e populacional não acompanhou a conservação da arquitetura de Juazeiro

Juazeiro

RUA PADRE Cícero, nos anos 30, era palco das grandes realizações e comemorações da cidade, como o desfile dos estudantes, na data cívica 7 de Setembro
FOTO: ACERVO DE DANIEL WALKER

"A cidade de Juazeiro é de pouca geografia e muita história". A lembrança da frase de monsenhor Murilo de Sá Barreto, pelo pesquisador Daniel Walker, pode responder à dinâmica de mudanças para a adequação do desenvolvimento ao lugar. Ao repassar as paisagens antigas da velha Juazeiro, quase nada resta como lembrança.
A memória foi apagada em nome do desenvolvimento contínuo. E esse crescimento passou a ter impulso, principalmente, após o milagre de 1889, com o sangramento da hóstia ofertada pelo Padre Cícero à beata Maria Araújo. A movimentação aumentou, a polêmica se espalhou e todos queriam conhecer o "padre santo", que acolhia quem chegava.
O processo de ocupação, segundo Daniel Walker, começou a acontecer e muitos vieram de fora residir em Juazeiro. Talvez essa realidade elucidasse um pouco a falta de apego ao patrimônio construído. Em constante mutação, se tornou comum a derrubada de prédios antigos para o estabelecimento de casas comerciais.
Em poucas ruas podem ser encontrados prédios que ligam o presente ao passado. Na Rua São José, por exemplo, no Centro da cidade, pode ser visto o Museu Padre Cícero, local onde o sacerdote passou seus dois últimos anos de vida. Hoje abriga parte dos seus pertences. Logo abaixo, na mesma rua, um velho prédio onde hoje funciona um abrigo para idosos.

Juazeiro_01

Atualmente, uma das saídas do Centro de Juazeiro, a Rua Padre Cícero abriga consultórios, além do comércio. É, também, um dos trechos mais congestionados da cidade
FOTO: ELIZÂNGELA SANTOS


Raridades

Na Rua Padre Cícero, outra casa intacta, conforme o professor Daniel, é a da artista plástica, Assunção Gonçalves. Ela, contemporânea do Padre Cícero, está com 95 anos. Dona Assunção resgatou em uma das suas telas a imagem do início da cidade, a partir de depoimentos de antepassados seus. Uma pequena vila, a então capelinha de Nossa Senhora das Dores, que deu origem à Basílica Menor atual, e às três árvores de juazeiro, simbólica árvore do centenário, disseminada por meio de projeto para o Nordeste.
O pesquisador também lembra da oportunidade que se teve de tombamento da Capela do Socorro, junto com a Casa dos Milagres. Um conjunto que era visto como patrimônio foi descaracterizado. Isso interrompeu o processo de reconhecimento da área, com a inclusão de uma torre com relógio à frente da capela. Ao longo dos anos, foram várias construções em volta de uma área antes descampada. Nas proximidades, foi construída a Praça do Cinquentenário. O marco das cinco décadas de Juazeiro teve seu espaço comprimido por uma escola e o Memorial Padre Cícero.
                                                                                                                                                            Ação privada

A única casa tombada na cidade aconteceu por iniciativa da própria família. O casarão da família Bezerra, na Rua Padre Cícero, visivelmente bem preservado, já virou até atração turística no período natalino, como a casa de Papai Noel. Outras ruas, como a Santa Luzia e a Conceição, preservam construções antigas de algumas casas.
A violência contra a memória revela a falta de preocupação que nunca se teve com o patrimônio, conforme conta Daniel. "Falta zelo. Não há apego afetivo. Os prédios antigos deram espaço para os comerciais", diz.
Há pouco mais de dois anos, um dos últimos casarões, localizado na Rua Padre Cícero, foi demolido para dar lugar a um estacionamento. E os herdeiros das casas mais antigas passaram à frente o patrimônio que lhes restaram. A sanha imobiliária não perdoa o que vê pela frente. A história se constrói em nome do progresso. (E.S.)
                                                                                                                                                    Fique por dentro
Centro religioso

Juazeiro do Norte teve sua emancipação política em 22 de julho de 1911. Graças à figura de Padre Cícero Romão Batista, é considerado um dos maiores centros de religiosidade popular da América Latina, atraindo quase dois milhões de romeiros por ano. O Município se localiza na Região Metropolitana do Cariri, no sul do Estado, a 514km da Capital, Fortaleza. Sua área é de 248,558Km², a uma altitude média de 377,3 metros. A população, estimada em 249.936 habitantes, o torna o terceiro Município mais populoso do Ceará, a maior cidade do interior cearense e a centésima maior do Brasil. A taxa de urbanização é de 95,3%. Tem sua economia focada, principalmente, no comércio, com presença de grandes redes, e também na indústria.


PERFIL INDEFINIDO

Arquitetura segue estilo eclético

Uma cidade eclética. Assim descreve o arquiteto Jorge Mauro, que há mais de 30 anos adotou a terra do "Padim" como um lugar seu. Natural de Crateús, na época em que chegou à cidade, brincava com os amigos que encontrava. "Eram, em sua maioria, de outras cidades do Brasil. No meio de tantos, tinha um juazeirense", diz.
Ele chegou a projetar muitos prédios públicos. Não esteve na elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Juazeiro, no ano 2000. Mas diz que as mudanças que poderiam acontecer, por conta das irregularidades de muitas construções, são praticamente impossíveis a essa altura. Não teria como indenizar tanta gente, na demolição de prédios. Por conta disso, praticamente não foi posto em prática.
Os velhos casarões ainda existentes na cidade lembram em alguns detalhes o estilo neoclássico. Só lembram mesmo. Um deles, construído entre as ruas São Pedro e do Cruzeiro (vizinho à Câmara Municipal), se perde em meio às novas edificações.
Por ser uma cidade nova, em relação ao Crato, por exemplo, já que nasceu do antigo lugarejo de Tabuleiro Grande, na época território cratense, não há a menor inspiração em suas construções do período imperial, como é o caso também de Barbalha.

Juazeiro_02


Perfil

Para Jorge Mauro, ao longo do centenário, Juazeiro não chegou a desenvolver um perfil arquitetônico. Os senhores de engenho não habitaram por essas paragens. As lembranças, quase de passagem nas construções mais antigas, trazem um pouco do neoclássico e também o estilo colonial. Tudo em pequenos detalhes.
"Uma cidade sem memória e que hoje representa um verdadeiro caos urbano". O arquiteto se refere à quase total ausência de edificações da antiga Juazeiro e ao processo rápido de urbanização, sem planejamento. Em cinco anos, diz ele, se não houver mudanças imediatas e novas construções, a cidade simplesmente para. O arquiteto destaca a construção de vias alternativas para o fluxo de veículos. São apenas uma via principal para o Centro, a Rua São Pedro, e duas saídas, as ruas São Paulo e Padre Cícero. Pedestres e motoristas, muitas vezes, dividem o mesmo espaço. "Simplesmente inchou". (E.S.)

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=989019


Conheça a Vila do Aço

Vila do Aço                                                                                                                                                            A Vila do Aço 2011 demonstrará as diversas formas de uso de coprodutos provenientes do processo siderúrgico na indústria da construção civil, pavimentação, setor cerâmico, agricultura e fabricação de cimento. O uso de coprodutos transforma um potencial passivo em ativo ambiental e reduz o consumo de recursos naturais não renováveis.

Informações
Horário de acesso dos visitantes à
ExpoAço 2011 e Vila do Aço:
02/06 - 9h às 20h
03/06 - 9h às 17h

Local :Transamérica Expo Center, São Paulo

Fonte e maiores informações: http://www.acobrasil.org.br/congresso2011/viladoaco.php

Som no Campus acontece nesta sexta em Palmas e traz a banda paulista Segura Nega

Nesta sexta-feira, 27, a UFT promove a quinta edição do Som no Campus - festival gratuito de música, cultura e qualidade de vida. A principal atração da noite é a banda paulista de samba rock, Segura Nega, que se apresenta pela primeira vez em Palmas. As bandas tocantinenses Asteroid 66 e MPBar farão parte da festa tocanto rock and roll e música popular brasileira. O forró fica por conta da quadrilha junina Cafundó do Brejo, que terá a presença do projeto Escola de Samba em Movimento organizado pelas escolas de samba da capital.

Som no Campus

O Som no Campus teve sua primeira edição em 2008 quando foi realizado para comemorar o aniversário do início das atividades da UFT, com a posse dos primeiros professores. Desde então, as outras edições tomaram maiores proporções e hoje é o principal evento cultural, artístico e social da Universidade Federal do Tocantins.

Fonte: http://robertatum.com.br/agendacultural/

IPAC da Bahia abre licitação para iluminar monumentos do Centro Histórico

Centro Histórico Salvador_01

Responsável pela política pública de preservação e difusão dos bens culturais - materiais e imateriais - da Bahia, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), abriu licitação para iluminar monumentos de relevante importância arquitetônica do Centro Histórico de Salvador (CHS). A requalificação da iluminação cênica integra o Plano de Reabilitação do Centro Antigo de Salvador elaborado pelo Escritório de Referência do Centro Antigo, instância tripartite vinculada à Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).
A ação é resultado de amplo convênio entre a SecultBA e o Ministério do Turismo, através da Caixa Econômica Federal envolvendo R$ 28 milhões em recursos a serem aplicados em diversas obras na Baixa dos Sapateiros e no Pelourinho, além da luz cênica. Segundo o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça, a publicação da licitação aconteceu último dia 25 (abril) e as propostas serão abertas próximo dia 2 de junho (2011). “Inicialmente vão ser iluminados cinco monumentos com investimento total de R$ 2,5 milhões”, diz Mendonça.
O Centro Histórico é área tombada pelo governo federal como Patrimônio Nacional através do Ministério da Cultura (MinC), e sua gestão é de responsabilidade da Prefeitura Municipal do Salvador, como determina a Constituição de 1988 e a legislação municipal em vigor. O IPAC é vinculado à SecultBA e atua em todo o Estado que detém 417 municípios, agindo com ações pontuais e complementares como essa da iluminação de monumentos. Já a iluminação pública das ruas de toda a capital baiana é uma atribuição legal da prefeitura municipal.
“Os primeiros cinco monumentos a serem iluminados serão a igreja de São Pedro que irá receber 65 luminárias, a de São Domingos que receberá 69 luminárias, a Faculdade de Medicina – a primeira do Brasil – com 87 luminárias, a Catedral Basílica 179 luminárias e a famosa igreja de São Francisco que ganhará 199 luminárias”, relata Mendonça.

São Francisco _Salvador
A iluminação cênica é considerada uma das mais privilegiadas tecnologias para se destacar visualmente monumentos históricos e pontos turísticos de uma cidade. Segundo o eletrotécnico do IPAC, Nivaldo Barreto, a etapa lumiotécnica definiram a utilização das lâmpadas led por oferecerem maior rendimento e baixo consumo. “Já o projeto eletrotécnico consiste em definir cabos, fios e disjuntores, e será executado após a análise e liberação da Coelba”, esclarece Barreto.

Fonte:ASCOM/IPAC

Debate "Implementação do Plano Diretor de Palmas: discussão sobre a ampliação do perímetro de área urbana"‏

DISCUSSÃO SOBRE A AMPLIAÇÃO DO PERÍMETRO DE ÁREA URBANA

Convidamos toda comunidade acadêmica e sociedade palmense a participar dessa discussão com presença de autoridades públicas e professores da UFT.

Local: CUICA – Campus de Palmas

DIA: 26/5 (quinta-feira)

Hora: 9h (manhã)

Organização: Direção do Campus Universitário de Palmas (CUP/UFT).

UFT - Universidade Federal do Tocantins                                                                           Direção do Campus de Palmas - (63) 3232-8020.

Contra a demolição do Mercado Distrital do Cruzeiro – BH

Arquitetos e comunidade local mobilizam-se contra a demolição

Cruzeiro BH_01

O Mercado Distrital do Cruzeiro, em Belo Horizonte, projetado em 1972 pelo arquiteto mineiro Éolo Maia (1942-2002), pode ser demolido para dar lugar a dois hotéis e um estacionamento para quase dois mil veículos. O projeto de lei que autoriza a demolição do Mercado do Cruzeiro será votado no dia 18 de maio na Câmara de Vereadores. Arquitetos e a comunidade local mobilizaram-se contra a obra, organizando um abaixo-assinado.                                                                                               Cumprindo importante papel como centro de convivência regional, como outros mercados distritais da capital mineira, o Mercado do Cruzeiro seria a segunda grande perda neste universo local, sucedendo a recente demolição do Mercado Distrital da Barroca (abandonado havia uma década).

mercado01

Agora porém, as comunidades local e profissional mobilizaram-se contra o projeto da Prefeitura de Belo Horizonte, que nele pretende investir verbas destinadas à infraestrutura da Copa do Mundo. O mercado cumpre uma função gregária natural, além de ser uma relevante obra da arquitetura mineira da década de 1970, com seus elegantes pilares metálicos. A construção do hotel incomoda ainda pelo significativo aumento da densidade em uma área de sistema viário já congestionado.

Cruzeiro BH_02

Para impedir a realização do projeto foi organizado um abaixo-assinado direcionado à prefeitura, contra a demolição defendendo um projeto de revitalização que mantenha o caráter histórico e social do Mercado.

b-mercado-cruzeiro-planta

A revista mdc uniu-se a este grupo, apoiando a preservação do mercado como arquitetura e como centro comunitário natural.

Link do abaixo assinado:
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=AMOREIRO

Fonte e maiores informações:

http://mdc.arq.br/2011/05/09/contra-a-demolicao-do-mercado-distrital-do-cruzeiro-bh/

Fórum Jovens Arquitetos Latino-Americanos

News_insc__

Inscrições antecipadas somente até 31.05.2011

Maiores informações: www.fjal.com.br

Comissão Julgadora - Concurso Opera Prima 2011‏

Opera_Prima

CIRCULAR AOS CURSOS, ESCOLAS E FACULDADES DE ARQUITETURA E URBANISMO

REF.: COMISSÃO JULGADORA DO CONCURSO OPERA PRIMA 2011 PARA FORMANDOS EM ARQUITETURA E  URBANISMO NO ANO DE 2010.

Em conformidade com o item 2 do Regulamento do CONCURSO OPERA PRIMA, divulgamos abaixo a composição da Comissão Julgadora 2011:

JULGAMENTOS ETAPAS 1 e 2  de 14 a 18.06.2011  a serem realizados na sede do IAB-SP
- Arq. Anderson Fioreti/ES
- Arq. Beatriz Giorgi/SP
- Arq. Cláudio Manguinho/PE
- Arq. Claudionor Beatrice/PR
- Arq. Igor Campos/DF

Destacamos que a Comissão Julgadora desconhece a origem e autoria dos trabalhos a serem julgados, sendo a respectiva identificação revelada somente ao término do julgamento.

São Paulo, maio de 2011

COMISSÃO ORGANIZADORA
CONCURSO OPERA PRIMA 2011

CDHU vai construir 200 unidades sustentáveis no interior de São Paulo

Projeto habitacional é assinado pelo escritório 24.7, vencedor de concurso realizado no final do ano passado


Mauricio Lima

CDHU

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU) começará a utilizar conceitos de sustentabilidade em suas obras, com base em soluções para otimização de recursos, diminuição de consumo energético, redução de emissões e resíduos e menores custos e despesas com manutenção das casas.  Até o final deste ano, a CDHU inicia a construção de 200 unidades habitacionais na cidade de Botucatu, interior de São Paulo.                                                                                            Como base, será utilizado o projeto feito pelo escritório 24.7, de Campinas. O projeto foi escolhido através do Concurso Habitação Para Todos, realizado pela CDHU e o departamento paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP) no final do ano passado.

Fonte e maiores informações:http://www.piniweb.com.br/construcao/arquitetura/cdhu-vai-construir-200-unidades-sustentaveis-no-interior-de-sao-215318-1.asp

Concurso IAB/TO – Perguntas e respostas 02

Logo Concurso media

Pergunta 01

- Há uma questão não esclarecida no código de obras de Palmas. Temos um grande espaço sob a projeção do edifício no térreo, sem fechamentos nas laterais. Gostaríamos de saber se esta área é considerada como área construída?

Resposta 01

- Conforme consulta junto ao setor de aprovação de projetos da PM de Palmas, área sob pilotis e projeção de balanço com mais de 1,50m são consideradas como áreas construídas, porém não são computadas no cálculo do índice de aproveitamento.    Esperamos ter esclarecido sua dúvida.

Pergunta 02

- Venho através deste solicitar alguns esclarecimentos quanto ao conteúdo do Edital já retificado publicado por vocês.

Gostaria de alguns esclarecimentos sobre o Item 9.4.3.2 do Edital que estabelece que deve ser enviada foto digital do profissional responsável e/ou equipe.

PERGUNTA essa foto deve ser gravada juntamente com as 6 (seis) pranchas e o texto resumo em formato pdf ou em outra mídia digital exclusiva e enviada em envelope lacrado, especifico para este fim. No presente Edital não está claro gostaria desse esclarecimento.

Resposta 02

- A foto do profissional e/ou equipe deve ser gravada em outra midia digital e enviada juntamente com o envelope lacrado da ficha de inscrição.

Pergunta 03

- Gostaria de saber se é possivel propor um acesso e circulação vertical comum entre edificio IAB + Edif. Escritório, e até mesmo comum também ao Auditório, Salas Multiuso e biblioteca.

Resposta 03

- Fica a critério do arquiteto um acesso único ou não. Como a torre de escritórios será destinada a locação, é recomendável que tenha um acesso independente da sede do IAB/TO.

Pergunta 04

- Tenho outra dúvida a respeito do concurso em questão:

É possível alterar a escala dos cortes e elevações descritos no item 9.4.2.3. do Edital?

Faço essa pergunta em virtude de termos pouco espaço para apresentação do trabalho, sendo que 2 cortes e duas elevações ocupariam, basicamente, duas pranchas inteiras.

Resposta 04

- Você deve seguir o descrito no Edital.

Museu da Casa Brasileira lança livro de Lelé

Lançamento conta com presença do arquiteto, considerado um dos expoentes da arquitetura brasileira

  Livro_lelé
                                                                                                                                                                Os mais de 50 anos de carreira do arquiteto João Filgueiras Lima, mais conhecido como Lelé, exemplificados pela farta documentação de sua produção no CTRS, estão no livro A Arquitetura de Lelé: Fábrica e Invenção, que será lançado no dia 24 de maio, no Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Estado da Cultura. O evento acontece em parceria com a Imprensa Oficial e conta com palestra de Max Risselada, arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Tecnologia de Delft, na Holanda, sobre o livro e de Lelé, que vai contar mais detalhes sobre as suas obras recentes.
Com uma trajetória sempre comprometida com valores humanistas, iniciada nos canteiros de obras em Brasília ao lado do também arquiteto Oscar Niemeyer e do antropólogo Darcy Ribeiro, Lelé consolidou uma maneira única de ver e fazer arquitetura, que permanece como exemplo nos dias atuais.
Referência no campo da industrialização da construção, Lelé sempre usou a arquitetura como instrumento a serviço da sociedade. Com o uso do concreto armado, argamassa armada e estrutura metálica, promoveu a melhoria das condições de vida em diversas cidades brasileiras a partir de uma arquitetura produzida em série e eticamente orientada para a construção de uma espacialidade adequada ao homem e ao ambiente em que está inserida. Projetou hospitais, centros de reabilitação, escolas, fábricas, creches, passarelas, obras de saneamento básico, terminais de ônibus, mobiliário urbano e pontes.
O livro apresenta inicialmente um painel cronológico das centenas de obras de Lelé, elucidando o processo de racionalização do canteiro presente na trajetória do arquiteto, em sua série de fábricas implantadas ao logo dos anos. Em destaque na publicação, estão os sistemas e tecnologias desenvolvidos para a construção de passarelas que marcam a paisagem da cidade de Salvador; hospitais e centros de reabilitação do aparelho locomotor em diversas capitais; e a sede em várias cidades do Tribunal de Contas da União, construídas entre 1992 e 2010, na penúltima fábrica do arquiteto, a do Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS) – o nome Sarah é uma homenagem à esposa do presidente Juscelino Kubitschek.
Idealizada e criada inicialmente pelas conversas entre Lelé e o médico ortopedista Aloysio Campos da Paz, com a colaboração efetiva do economista Eduardo Kertész e do antropólogo Roberto Pinho, as unidades da Rede Sarah são uma experiência pioneira em busca de um modelo hospitalar de atendimento público exemplar para tratamento do aparelho locomotor. Trata-se de uma solução de excelência, que atendeu inicialmente a região de Brasília e, depois, outras cidades do país como Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Fortaleza, Goiás, Macapá, Maceió, Natal, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, Teresina e Vitória.
As unidades da Rede Sarah representam um exemplo quase único da utilização da arquitetura e do design como parte integrante e fundamental na implantação da nova proposta de atendimento hospitalar, salientando o aspecto interdisciplinar que embasa a concepção do ato de projetar para Lelé.
A continuidade desta experiência se deu com a criação do CTRS em Salvador para a construção de outros hospitais, iniciando com a unidade local. Através de pesquisas para o uso de argamassa armada, metalurgia, marcenaria com aglomerados e compensados, e injeção de plástico, houve consequente refinamento tecnológico. Foram evoluindo os sistemas de ventilação e iluminação natural com os diferentes sheds desenvolvidos para as coberturas, dutos de captação de ar com refrigeração através de pulverização de água, e estabelecimento de sistemas mistos de ventilação adaptados aos locais de implantação das unidades.
“O CTRS foi a experiência mais longa de um processo de fabricação unindo projeto e produção desenvolvido por Lelé. O Centro esteve ativo de 1992 a 2009 e contou com a base dos conhecimentos tecnológicos adquiridos nas décadas anteriores”, explica Max Risselada.
Também Giancarlo Latorraca destaca a visão pioneira e particular que caracterizam o trabalho de Lelé e constituem seu mais importante legado para a construção brasileira. “Sua arquitetura de fabricação serial contribui para a construção de uma nova espacialidade adequada ao homem e ao ambiente, integrada corretamente à paisagem e seu contexto sociocultural”, escreve Giancarlo na apresentação do livro. E acrescenta: “Lelé transita com naturalidade desde a complexa concepção construtiva de grandes espaços ao simples detalhe de um componente”.

Laços com a Bahia

Lelé_01
Carioca, o arquiteto criou um forte laço com a Bahia, onde realizou diversas de suas obras – algumas delas viraram marcos de suas construções, como o Palácio Thomé de Sousa, em Salvador. Montado em apenas 14 dias, o prédio é um dos exemplos do domínio tecnológico que o arquiteto desenvolveu ao longo de sua trajetória. As passarelas, construídas no período de funcionamento da Fábrica de Equipamentos Comunitários (FAEC, 1985-1989), em Salvador, foram aprimoradas tecnicamente já na fábrica do CTRS. São equipamentos de infraestrutura urbana fundamentais para a cidade, estabelecendo a conexão entre as encostas por sobre as tradicionais avenidas de fundo de vale, muitas vezes conectadas a paradas e terminais de ônibus ou também junto ao acesso de edifícios de intenso uso público. A flexibilidade do sistema projetado, com utilização de cobertura e elementos de argamassa armada associados a uma treliça metálica, são hoje marca registrada da cidade de Salvador.
Livro
A realização deste livro celebra a exposição homônima montada em 2010, em homenagem ao arquiteto, no Museu da Casa Brasileira. A mostra contou com maquetes, fotografias, desenhos e vídeos selecionados pelos curadores:
- Max Risselada, arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Tecnologia de Delft, da Holanda, que dá apoio à mostra. Curador de exposições em que se destacam grandes painéis cronológicos comparativos (historic wall), foi responsável pelas premiadas mostras da representação holandesa na 4° Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, em 2000 – “Além do Modernismo, três momentos da arquitetura holandesa do pós-guerra (1945-1999)” e “Adolf Loos e Le Corbusier: Raumplan versun Plan Libre”.
- Giancarlo Latorraca, diretor técnico do Museu e organizador do livro “João Filgueiras Lima – Lelé”, publicado em Lisboa (Editorial Blau/Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, 2000).
O livro conta com textos dos antropólogos Antonio Risério e Roberto Pinho, dos arquitetos Hugo Segawa, Márcio Correia Campos, Max Risselada e Giancarlo Latorraca. Neles, os especialistas detalham a importância do arquiteto, considerado por seus pares um dos pilares da arquitetura moderna do país.

Sobre João da Gama Filgueiras Lima, o Lelé

Lelé_02
André Marques / Vitruvius

Carioca nascido em 1932, João Filgueiras Lima foi apelidado logo cedo por jogar futebol na posição de meia direita, a mesma de Lelé, um jogador conhecido na época por atuar no Vasco da Gama. Iniciou sua carreira ao lado de Oscar Niemeyer e Darcy Ribeiro nos canteiros de obras de Brasília. Atualmente, preside o recém-lançado Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat (IBTH), com sede em Salvador, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. O primeiro projeto já está na prancheta: o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região da Bahia. A ideia é criar um centro de pesquisas como o CTRS para fazer pesquisas, principalmente com pré-fabricados de argamassa armada.

Serviço                                                                                                                                     Lançamento do livro: A Arquitetura de Lelé: Fábrica e Invenção
244 páginas
R$120,00
Data: 24 de maio, terça-feira, às 19h30
Palestra Max Risselada e Lelé, a partir de 19h30
Local: Museu da Casa Brasileira
Endereço: Av. Faria Lima, 2705 – Jardim Paulistano
Tel. 3032-3727
Acesso a portadores de necessidades especiais.

Site: http://www.mcb.org.br/
Fonte do texto:http://www.inteligemcia.com.br/32917/2011/05/23/museu-da-casa-brasileira-lanca-livro/

24°Congresso Panamericano de Arquitetos

24º Congresso Panamericano    
                                                                                                                                                             Veja o vídeo promocional do 24°Congresso Panamericano de Arquitetos, Maceió 2012, no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=JzdaLSA9EMg&feature=youtube_gdata_player

Rafael Tavares
Presidente IAB/AL
Coordenador Executivo 24CPA

1º Seminário Internacional AsBEA sobre Arquitetura Digital: BIM, Desempenho e Inovação

 arquitetura _ digital

Participe do maior evento já realizado no Brasil sobre Arquitetura Digital

O 1º Seminário Internacional AsBEA sobre Arquitetura Digital: BIM, Desempenho e Inovação reunirá renomados palestrantes nacionais e internacionais como os arquitetos do Estúdio Zaha HadidHugo Mulder (Advanced ARUP Tecnologia + Research Group de Londres), Kostas Terzidis (Harvard), José Duarte (MIT - Massachusetts Institut of Technology), entre outros.

Durante os dias 13 e 14 de junho, serão apresentadas neste evento pioneiro as ferramentas, conceitos e metodologias de concepção e desenvolvimento de projetos de arquitetura baseados nos mais recentes avanços da tecnologia digital aplicada à Arquitetura, Engenharia e Construção.

Com a curadoria do arquiteto e professor Eduardo Sampaio Nardelli, a programação é composta por palestras e pela apresentação de cases no qual a tecnologia digital está sendo fundamental para a melhoria do desempenho dos projetos, em vários âmbitos.

Além disso, haverá uma feira com estandes na qual os profissionais poderão ter acesso às novidades em produtos e serviços da indústria fornecedora. Confira a programação e garanta já a presença. Inscrições abertas.

Fonte: AsBEA

" Construindo Cidades Resilientes"

puc201                                                                                                                                                  Apresentar aspectos preconizados pela ONU para que os municípios se tornem cidades resilientes, ou seja, capazes de se recuperar após um desastre natural, priorizando a redução de riscos, a aplicação do conhecimento e o preparo da população para agir em momentos de desastres e combater o pânico. No Brasil, as cidades de Santa Catarina: Itajaí, Florianópolis, Blumenau, Jaraguá do Sul, Rio do Sul e Tubarão foram certificadas em 2011 pela ONU por integrarem a Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (EIRD/ONU). A certificação corresponde ao Desenvolvendo cidades resilientes: "Minha cidade está se preparando". No Seminário Profissionais da Defesa Civil, Ministério da Sáude, Professores e Pesquisadores apresentarão o estado da arte de metodologias científicas, potenciais modelos e ferramentas de planejamento e de gestão a serem aplicadas no contexto da defesa civil (Planejamento estratégico; Sistema de Indicadores; Avaliação Integrada; Lógica Fuzzy; Modelagem de Sistemas Dinâmicos; Introdução ao Pensamento Sistêmico; Planejamento Axiológico), além de ações desenvolvidas pela Defesa Civil e Ministério da Saúde em diversas cidades e Estados do Brasil.

 

Fonte e maiores informações:https://wwws.pucpr.br/sistemas_s/pucpr/academico/InscricaoExtensao/index.php?eve=7914&ehinternacional=N&idioma=105

Fotos de Edson Lopes homenageiam os 22 anos de Palmas/TO

Edson Lopes                                                               Edson Lopes, pela lente do filho, o também fotógrafo Tharson Lopes 

                                                                                                                                              Imagens históricas de Palmas, desde a sua fundação, ficarão expostas até 27 de maio no hall de entrada da Câmara Municipal de Palmas. O acervo, do fotógrafo Edson Lopes, mostra a evolução da Capital, os pioneiros, as primeiras construções, o movimento das máquinas, a abertura das ruas e avenidas.
Edson Lopes, que morreu em 21 de abril do ano passado, aos 66 anos, foi o primeiro fotógrafo da Prefeitura de Palmas. Participou e registrou todos os momentos e eventos importantes da mais nova Capital do Brasil, deixando um legado de grande valor histórico para a cidade e para o Estado. A exposição pode ser vista diariamente, das 7 às 13 horas, com exceção de sábado, domingo e feriados.

Prefeitura_Edson lopes

Foto de Edson Lopes: Construção da Prefeitura Municipal de Palmas/TO

Autora do texto: Célia Bretas Tahan

Fonte:http://www.cmpalmas.to.gov.br/?p=2090

“Arquitetura: Atribuição do Arquiteto”

São Paulo sediou, em 1991, o Congresso Brasileiro de Arquitetos que se realiza a cada três anos em uma cidade diferente e que reúne milhares de arquitetos para discussões, palestras, exposições e outras tantas atividades. É uma verdadeira festa da arquitetura brasileira. Ano passado foi o 19º CBA, no Recife e em Olinda, que reuniu mais de 3 mil pessoas.

Em 1991 eu estava na faculdade, já havia participado de alguns encontros de estudantes, e me mandei pra Sampa com a turma da faculdade. Fui pra lá motivado pela grandiosidade do evento, para ver de perto os arquitetos famosos apresentando seus projetos, pelas exposições e pela festa, claro. Já adianto que as festas não eram tão boas como a dos ENEAs e ELEAs, em compensação, lá eu apertei a mão do Lucio Costa. O autor de Brasília era também o homenageado do Congresso. Ele estava ali, encarquilhadinho já, sentado em um sofá de uma sala “vip” que os estudantes, obviamente, não respeitam. Entrei e apertei a mão do Lucio Costa. Segurei com delicadeza seria mais exato.

E na Lina eu dei um beijo. Pra quem não sabe quem é a Lina, é importante dizer que foi um beijo de filho, ou melhor, de neto. A arquiteta Lina Bo Bardi é a arquiteta mais importante do Brasil, mesmo que tenha nascido na Itália, veio pra cá fugida da segunda guerra e aqui produziu a sua arquitetura e nos demonstrou seu amor: “quando a gente nasce, não escolhe nada, nasce por acaso. Eu não nasci aqui, escolhi esse lugar para viver. Por isso, o Brasil é meu país duas vezes”. Bonito, né? Pois sapequei um beijo nela em um dos corredores do Anhembi, aliás eu e a toda a torcida do Flamengo... Pra registrar este fato ainda comprei um belo pôster com a reprodução de um desenho dela e tenho até hoje pendurado na parede da minha casa.

Meu pai, que também é arquiteto e sempre foi envolvido com as entidades dos arquitetos – sindicato, Federação, IAB – também estava lá, conhecia todo mundo e me apresentava todo mundo. Se por um lado rolava aquele constrangimento: “olha Fulano, este é meu filho e também vai ser arquiteto”... “seguindo a carreira do pai, hein”... e estas coisas... Por outro lado, também era super “vip” porque eu acabava conhecendo vários “cabeções” e também facilitava meu acesso à sala onde encontrei o Lucio Costa, por exemplo.

Entre estes tantos arquitetos aos quais fui apresentado, foi um que eu nunca havia ouvido falar que mais me impressionou. Pois este arquiteto, já um senhor idoso, tirou do bolso do paletó um papelzinho, feito com tipografia, onde se lia “ARQUITETURA ATRIBUIÇÃO DO ARQUITETO”. Eu recebi, meio sem graça, aquele papelzinho que parecia bilhetinho de surdo-mudo no ônibus, pequenininho e fininho. Depois que eu peguei e li ele emendou umas três ou quatro frases longas e articuladas sobre a arquitetura, sobre os arquitetos, sobre a importância da nossa profissão e sobre como ela deveria ser unida.

O arquiteto Eduardo Kneese de Mello, apesar de minha estudantil ignorância, era um destes grandes arquitetos, que, além de competente e consagrado em suas atividades profissionais, também se dedicava de maneira voluntária às questões coletivas da profissão. Naquele momento, eu, que já havia recebido inconscientemente toda uma sensibilização pela atuação do meu pai, comecei a me dar conta que a nossa profissão era um movimento coletivo, um todo maior que nossa atuação profissional diária, e de que havia algo mais no meu mundo da Arquitetura, além das aulas, do estágio e das festas da faculdade...

Se minha “consciência de classe” nasceu exatamente neste momento não importa, o que importa é que este foi o momento simbólico, quando descobri que a Arquitetura não era apenas uma profissão, não era apenas uma faculdade que eu estava concluindo para depois fazer projetos e obras e ganhar dinheiro.

A partir deste momento comecei a notar que havia muita coisa além da atividade profissional, que a Arquitetura era também uma grande causa em favor das pessoas e da cidade, de um ambiente melhor, de um mundo mais justo. Descobri que passa pela Arquitetura a solução do problema da habitação, que passa pela Arquitetura o problema da democratização do acesso às obras públicas através dos concursos públicos, que passa pela Arquitetura o planejamento de espaços mais sustentáveis e socialmente mais justos...

Desde então percebo que as lutas dos Arquitetos tem rendido bons frutos: a aprovação do Estatuto das Cidades, a criação do Ministério das Cidades, a aprovação da Lei da Assistência Técnica Gratuita, os programas de construção de habitação social, a recuperação do planejamento urbano e dos planos setoriais, entre outros. Claro que estas conquistas não são exclusivas dos arquitetos, mas sempre fizeram parte de suas principais bandeiras.

Outra destas bandeiras históricas era a criação de um Conselho profissional apenas para os Arquitetos e Urbanistas e a conseqüente saída dos arquitetos do Sistema Confea/CREA. Arquitetos gaúchos como Demétrio Ribeiro, Edgar Graeff, Carlos Maximiliano Fayet, José Albano Volkmer, entre muitos outros e apenas citando os que já não estão entre nós, acreditavam que um conselho exclusivo ajudaria naqueles objetivos e a promover a profissão e a melhorar a qualidade da arquitetura e dos serviços dos profissionais arquitetos.

Legalmente, o papel de um conselho profissional é “organizar e fiscalizar o exercício profissional e defender a sociedade”. Até a aprovação da Lei do CAU, no mês de dezembro passado, a tarefa de fiscalizar a arquitetura cabia ao CREA, que ainda é responsável por “promover e defender” todas as engenharias (civil, elétrica, mecânica, minas, alimentos, ambiental...), a agronomia, geologia, meteorologia, todos os técnicos de nível médio, etc. O Sistema Confea/CREA (Confea é nacional e CREA são os estaduais) tem sob sua responsabilidade “cuidar” de mais de 300 profissões e títulos profissionais. Será possível fazer isto com eficiência?

O arquiteto Kneese de Mello propagava, em sua célebre frase, que a arquitetura é atribuição exclusiva de arquitetos e que outros profissionais não deveriam ter o direito de exercer algo para o qual não tem formação. Era uma referência direta aos colegas engenheiros civis que, legalmente amparados pelo CREA já naquela época, aventuravam-se sobre as nossas atribuições e competências, principalmente na área do projeto e arquitetura.

Estando dentro do CREA os arquitetos não conseguiram alterar esta situação visto que são minoria. No CREA, os engenheiros e agrônomos e outros profissionais opinam sobre a arquitetura sem haver estudado arquitetura. Confundem deliberadamente reforma com restauro, acreditam que qualquer um pode fazer um plano diretor, tentam eliminar nossas competências em instalações prediais, não entendem as responsabilidades de um arquiteto de interiores, tratam o paisagismo como se fosse apenas plantio de árvores... E, pior, os arquitetos que são conselheiros do CREA também decidem questões importantes sobre as outras profissões, que envolvem conhecimento técnico e outras responsabilidades que não as do arquiteto. É como se um advogado fosse consultado sobre uma operação de amídalas.

A aprovação da Lei 12.378/2010 que cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU – é resultado de uma luta que tem origem em 1958, antes ainda da legislação atual do CREA (5194/63). Mais recentemente, em 1998 as cinco entidades nacionais dos arquitetos constituíram-se em Colégio Brasileiro de Arquitetos – CBA – e passam a atuar em conjunto: Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas – FNA, a Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo – ABEA; a Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas – ABAP; a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura – ASBEA e o Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB.

As entidades discutiram e encaminharam ao Congresso Federal em 2002 o Projeto de Lei 4747 que foi aprovado em 2007, mas foi vetado pelo presidente Lula por ser inconstitucional. Porém, em seu texto de justificativa de veto o presidente determinou a redação de um novo PL com o mesmo teor para reenvio ao Congresso.

O novo Projeto de Lei do CAU foi enviado ao Congresso em dezembro de 2008, tramitou durante dois anos na Câmara e no Senado e foi aprovado em dezembro passado. Enviado ao presidente Lula, e como um de seus últimos atos, em 31 de dezembro de 2010, o presidente Lula sanciona a “Lei Nº 12.378, que Regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo; cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal - CAUs; e dá outras providências”.

A aprovação da Lei 12.378/2010 que cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU – não representa nossa total independência profissional. Nenhuma profissão basta em si mesma. O CAU representa apenas nossa autonomia na fiscalização e na gestão dos assuntos da nossa profissão. Nossas profissões, no mercado de trabalho, seguirão unidas e parceiras. Arquitetos e engenheiros civis, elétricos, mecânicos, etc. seguirão sendo parceiros profissionais, sócios, colaboradores, co-responsáveis em suas atribuições por projetos e obras na área da construção civil, seguirão trabalhando juntos no desenvolvimento das cidades e da sociedade.

A diferença é que, a partir de agora, teremos o CREA e o CAU, assim como acontece com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos em saúde, que trabalham juntos na área da saúde mas cada profissão com seu conselho profissional próprio. Simples.

Os arquitetos brasileiros que já estavam acumulando avanços e vitórias na política urbana, no planejamento, na habitação, agora unidos em suas entidades nacionais, provaram que era possível também uma grande vitória para a organização da sua profissão. Muitas vezes eu já escutei de colegas arquitetos a frase feita que “a categoria é desunida e que cada arquiteto um só pensa em si”. Porém, mais uma vez este lugar comum foi desmentido pelos fatos. Unidos, os arquitetos venceram mais uma luta dentro do Executivo e do Congresso Nacional, aprovando o CAU e convencendo a todos da justeza da nossa causa.

Agora é o próprio Confea e os CREAs, que estão a buscar respostas para seu gigantismo e ineficiência, tratando de discutir a reformulação do atual Sistema a partir do nosso exemplo e espelhando-se na nossa luta.

Se a arquitetura é nossa atribuição, porque a gestão e a fiscalização da profissão também não seria...?

Homenageio o saudoso Kneese de Mello, um dos precursores desta longa luta, e à todos os colegas que, além de desenvolverem suas atividades profissionais com competência e ética, ainda tem energia para dedicarem-se às causas coletivas da profissão.

Defender a sociedade, fiscalizar a profissão e promover a Arquitetura é a missão para o Conselho de Arquitetura e Urbanismo e “Arquitetura é atribuição de arquiteto”.

Tiago Holzmann da Silva

Arquiteto UFRGS 1994, Mestre ETSAB/UPC 1996, ex-professor UFRGS e UniRitter, Conselheiro Superior do IAB, Conselheiro do CREA-RS, diretor da 3C Arquitetura e Urbanismo.

tiagohs@3c.arq.br

Álvaro Siza & Rem Koolhaas: A transformação do “lugar” na arquitetura contemporânea

Alvaro Siza e Rem Koolhaas - web                    

                                                                                                                                                               Autor: Carlos Café                                                                                                                                                Formato: 14x21 cm, 176 páginas
ISBN: 978-85-391-0236-5

Este livro aborda discussões relacionadas à crítica e à teoria da arquitetura contemporânea a partir de um enfoque principal: a investigação sobre a transformação do “lugar”. Constituindo uma revisão sobre as questões em torno deste tema, o conteúdo desenvolvido parte da análise da obra do arquiteto português Álvaro Siza para estabelecer novas relações entre arquitetura e cidade. Duas obras do arquiteto são analisadas: a Igreja de Santa Maria, em Portugal, e o Museu da Fundação Iberê Camargo, no Brasil. A partir daí, o autor examina diversos aspectos inter-relacionados às questões do “lugar”, para então construir os parâmetros desta reflexão. Como desdobramento, estuda-se no livro um projeto do OMA – escritório do
arquiteto holandês Rem Koolhaas – investigando o método de projeto e análise do contexto urbano que geram a Casa da Música, construída na cidade do Porto em Portugal. Carlos Café constrói um contraponto importante ao analisar dois arquitetos com processos projetuais distintos, mas que se aproximam pelo fato de que ambos enfrentam o mesmo problema – os complexos fenômenos da cidade contemporânea.

Fonte:http://groups.google.com/group/docomomo-bsb/browse_thread/thread/90e2d33b842cbb6f

Concurso IAB/TO – Perguntas e respostas 01

  Logo Concurso media 

                                                                                                                                            Pergunta 01

                                                                                                                                                            - Prezados colegas, o documento CERTIDÃO DE USO E COUPAÇÃO DO SOLO N°655/2011, apresenta uma divergência de dados:

- Conforme Lei municipal n°386/93 - Uso do Solo, item 4, prevê afastamentos para SUBSOLO, PARA OS FUNDOS COM 3,00 M. , enquanto que o PARECER N°034/2002, PREVÊ AFASTAMENTOS NULOS PARA TODOS OS LADOS, IMPLICANDO EM OCUPAÇÃO DE 100%.

Resposta 01

- Subsolo : Vale o parecer nº 034/2002 ( lembramos que estamos recomendando no programa de necessidades uma permeabilidade de 30%).

Pergunta 02

- Estamos analisando o edital e gostaríamos de saber se pode fazer o acesso de veículos e de pedestre pela Av. Teotonio Segurado, devido a mesma estar afastada do terreno.

Resposta 02

- O mais adequado para o acesso de veículos é a Alameda 02 (Fundos).

- Para acesso de pedestres não vemos nenhum problema.

Pergunta 03

Por gentileza, preciso de esclarecimentos em relação ao levantamento fitoflorístico, no que diz respeito aos exemplares que devem ser preservados e da localização dos mesmos dentro lote.

No edital diz que no lote existem exemplares que devem ser preservados, lista as espécies e quantidades mas não diz quais são os exemplares na serem preservados e nem sua localização dentro do lote.

Resposta 03

- Caso você opte por suprimir parcial ou totalmente a vegetação existente no lote a compensação ambiental da massa arbórea retirada deverá ser feita em frente ao lote, na av. Teotonio Segurado, na área de reserva do sistema viário. As informações que dispomos sobre a vegetação são as que existem nos anexos do Edital, na Fitosionomia do lote.

Pergunta 04

- Gostaria das seguintes informações: ventilação predominante, afastamentos, número de pavimentos permitidos e demais esclerecimentos relevantes.

Resposta 04

- Em relação ao clima de Palmas enviamos abaixo um link no qual você poderá obter informações importantes para o desenvolvimento do projeto:

http://pt.scribd.com/doc/52087788/entac2010

-Sobre os afastamentos, você dever seguir os descritos na Certidão de Uso do Solo.

-Em relação ao número de pavimentos permitidos, não há limite, sendo este limitado ao índice máximo de construção que é de 3.850,00 m², excetuando-se a área de subsolo se houver.

-Outras diretrizes de projeto estão descritas no Termo de Referência e programa de necessidades.

Pergunta 05

- Tenho duas dúvidas:

1- podemos avançar com brises, floreiras e elementos não estruturais sobre os recuos? quanto?

2- podemos utilizar a Alameda 17 como acesso (eventual) para veículos?

Resposta 05

- Marquises e projeções de elementos de fachada são no máximo de 1,50 m.

- A Alameda 17 não pode ser utilizada para acesso de veículos, eventualmente pode ser usada como acesso de pedestres.

Pergunta 06

-Caixa de escada e elevadores, deverão obedecer aos recuos mínimos estabelecidos (2,50m/3,00m)?

Resposta 06

- Elevadores e escada deverão obedecer aos recuos mínimos.

Pergunta 07

- Gostaríamos de saber sobre a questão do projeto do estacionamento. Se ele vai ser proporcional as fases, ou se pode ser construído de uma só vez.

Ainda sobre o faseamento, se cada fase precisa ser projetada para ser construída individualmente e se elas vão ser construídas na ordem que foram dispostas no edital.

Resposta 07

-Em relação ao estacionamento, se é totalmente em subsolo, certamente deverá ser construído de um só vez.

-Em relação ao faseamento, fica a critério do arquiteto dispor qual a melhor maneira a ser construída, seguindo o Edital e programa de necessidades.

Pergunta 08

-Com relação ao exposto no edital: Nos lotes de esquina a lateral confrontante com o logradouro terá afastamento nulo em todos os pavimentos. Pergunta: podemos, então, utilizar o afastamento confrontante com a Alamêda 17- em todos os pavimentos e não apenas no térreo?

Resposta 08

- No caso como o lote é de esquina você pode seguir examente como está descrito na Certidão de Uso do Solo, ou seja, afastamento nulo para a lateral confrontante com o logradouro.

Pergunta 09

- A inclinação da rampa deve ser de no minimo de 20%? ou no máximo? - A rampa deve distar 3,50 mts da edificação? o término da rampa ou inicio dela?

Resposta 09

- A inclinação da rampa é de no máximo 20%

- O início da rampa de acesso ao subsolo deve estar a 3,5m do limite do lote, conforme certidão de uso do solo.

Pergunta 10

-Se eu tivesse entre dois pavimentos uma área verde, com espelhos d'água, tipo uma praça, apenas para contemplação, esse espaço seria contado como área construída?

Resposta 10

- Se a área verde é coberta ela é considerada como área construída.

Pergunta 11

-Tenho algumas dúvidas quanto ao programa estabelecido.

1 - Os sanitários da recepção poderiam ser incorporados aos de serviços (funcionários), até por uma questão de economia.

2 - Quanto à taxa de 30% de permeabilidade, a mesma poderia ser através de floreiras ou diretamente no solo.

Resposta 11

- Em relação aos sanitários é interessante separar o uso dos funcionários e do público.

- Em relação a permeabilidade de 30% é recomendável que seja diretamente no solo devido ao perído chuvoso da cidade de Palmas/TO, que é intenso.

Pergunta 12

-Uma dúvida sobre a torre de escritorios:

Terei que projetar a torre de escritorios, e ela se concentra na mesma edificação da sede? Ou no mesmo lote?

Resposta 12

- A torre já deve ser projetada a nível de estudo preliminar fazendo parte da proposta para o concurso, ficando no mesmo lote, podendo a critério do arquiteto fazer parte da edificação da sede ou não.

Pergunta 13

-Gostaria de tirar uma dúvida sobre as vagas de estacionamento que devem ser previstas no projeto para o concurso (sede IAB-TO).

De acordo com o edital, entendemos que serão:

- 10 vagas para o IAB

- 50 vagas para o público IAB

- 1 vaga para cada unidade comercial (aproximadamente 40 vagas para a torre de edifícios).

Resposta 13

- Pela norma da Prefeitura Municipal de Palmas/TO a exigência é de 01(uma) vaga para cada 100m², sendo que o total seria de 39 (trinta e nove) para toda a obra. No Termo de Referência estamos solicitando 10 (dez) vagas para o IAB/TO + 50 (cinquenta) vagas para o restante total da obra, já incluso as vagas para portadores de necessidades especiais conforme descrito em 5.2

Pergunta 14

1-A Área Permeável – 30% pode ser destinada a estacionamento+pedrisco (reduzindo o nº de subsolos – em função de custos) ou permeável sem parada de veículos - efetivamente jardim?

Nota: Não encontramos esse det. no COE de TO.

2-Na proposta de paisagismo teremos a locação das árvores p/ estudo ou devemos “imaginar” oque irá sobrar na área permeável de cada proposta?

3-A TO prevista é de 50% - 550m2 e teremos 4 etapas de construção...

As possíveis marquises/passagens cobertas de pedestres ligando os blocos entrarão no cálculo de TO?

4-Ref. as vagas: Podemos ter vagas presas com manobrista? Até quantas?

Nota: Não encontramos esse det. no COE de TO. COE-SP até 3vagas presas

Ref. ao Ed. de Escritórios – 4º Etapa - Prever Andar Livre.

5- A previsão é que esses andares serão efetivamente usados ”livres” ou serão subdivididos em salas pequenas p/ locação - com possibilidade de ter todo o andar livre?

Sendo assim:

Qual a metragem –área útil - estimada por andar?

Sendo salas pequenas: -Qual a metragem mínima estimada?).

6 - Essa etapa (4º – Ed. Comercial) - Deverá ser previsto junto ao Conjunto Arquitetônico ou será Efetivamente um “Outro Empreendimento “, isto é: separado efetivamente do Bloco da Sede IAB?

Detalhe: inclusive subsolos? – ou já deveremos prever , pelo menos o SS da Torre/fundações na Etapa do SS, isto é, na 1º etapa?

Ref. a Tecnologia Construtiva:

7-A tecnologia construtiva será uma limitação considerável p/ o projeto.

P/ que o projeto seja efetivamente construído, isto é, saia do papel, o Juri dará prioridade p/:

- uma arquitetura mais ousada (afinal é a SEDE do IAB TO) ou;

- mais racional, em função do custo estimado por m2 (q não é muito e em função de não estarem contabilizados os Subsolos).

Sendo assim, qual a premissa IAB-TO p/ sua SEDE, Ousadia Arquitetônica ou Racionalidade Construtiva (p/ sair do papel em função do custo estimado)?

Resposta 14

1- Se garantida a permeabilidade do solo os 30% podem ser utilizados como estacionamento, dependendo de sua proposta.

2 - No paisagismo não haverá a informação sobre a locação das árvores, pois praticamente todo o lote é tomado por árvores do cerrado de pequeno e médio, sendo que deverá haver uma compensação da massa arbórea retirada (parcial ou totalmente) na área de reserva do sistema viário ( Av. Teotonio Segurado), em frente ao lote.

3- Áreas cobertas são consideradas no cálculo da Taxa de ocupação (TO).

4 - No código de obras de Palmas/TO não há referência sobre vagas presas com manobristas.

5 - O pavimento tipo deve ter a previsão de divisão e possibilidade de ser todo livre, ficando a critério do arquiteto o dimensionamento das salas menores conforme sua proposta . A área de cada pavimento tipo vai depender também da proposta do arquiteto: como restará em torno de 2.050,00m² para a torre, se sua proposta for de verticalização, certamente a área do pavimento tipo será menor e vice-versa se for uma proposta mais horizontal.

6- A torre já deverá ser prevista no conjunto arquitetônico, a nível de estudo preliminar, com toda a sua influência sobre as etapas de construção. Quanto a ser separada ou não do IAB, depende novamente da sua concepção de projeto.

7. Estamos propondo uma construção por etapas para que justamente saia do papel e seja realmente construída. Claro que a limitação financeira exigirá soluções que contemple o valor estipulado, pois estamos trabalhando com os pés no chão. No entanto a proposta poderá ser ousada desde que se proponha uma tecnologia compatível com o valor estabelecido. O júri é absoluto e certamente fará seu julgamento baseado no Edital.

 
IAB Tocantins Copyright © 2009 Blogger Template Designed by Bie Blogger Template
Edited by Allan