BID 8|10|12 – Bienal Ibero-Americana de Design

Courtesy of MCB
 
A Bienal Ibero-Americana de Design (BID), exposição que acontece a cada dois anos em Madri (Espanha), organizada pela DIMAD – Associação Designers de Madri e pela Fundación Diseño Madrid, terá mostra representativa de suas três edições (2008, 2010 e 2012) a partir de 16 de abril no Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Estado da Cultura. Sob curadoria de Giovanni Vannucchi e Ruth Klotzel, a BID no Brasil exibirá uma seleção de peças apresentadas na capital espanhola, com 23 países participantes.
A mostra, intitulada BID 8|10|12, é uma realização do MCB e da Doble Cultura + Social com patrocínio da Deca. Tem como objetivo trazer ao público brasileiro um panorama da recente evolução do design da região, que colocou no mapa internacional da produção contemporânea novas capitais como São Paulo, Buenos Aires e Bogotá. A exposição no MCB apresentará 159 trabalhos representativos das principais categorias do design produzido nos últimos anos, com ênfase à participação do Brasil na edição 2012. Serão exibidas 50 peças, 12 trabalhos digitais e 96 painéis, entre design gráfico, produtos, moda, têxtil, e design de interiores.
O design de países de economia emergente entra em evidência em razão da estreita relação entre design e economia hoje”, afirma o idealizador da BID, o designer Manuel Estrada, que estará no Brasil para a abertura da exposição e para participar da mesa de debates no dia 17 de abril (leia mais informações abaixo). Para o diretor técnico do MCB, o arquiteto Giancarlo Latorraca, que participou como jurado da BID 2012, o ponto forte das obras está no resgate de técnicas e tradições associadas ao uso de novas tecnologias que viabilizam soluções criativas, além de promover consciência sobre as culturas originais. “O cenário traçado na BID 8|10|12 contribui aos novos desafios do design global na medida em que revela produções conscientes de sua implantação local, viáveis pelo próprio resgate de disponibilidades técnicas e materiais regionais, aproximando a produção da realidade econômica.”
Esperamos, com essa exposição, abordar o design ibero-americano que assume um protagonismo importante no mundo contemporâneo, reconhecendo as riquezas, diferenças e afinidades de suas várias culturas e buscando alternativas para os já conhecidos caminhos de desenvolvimento. Não podemos seguir repetindo fórmulas conhecidas sem considerar valores que a realidade nos coloca, e buscando práticas para um mundo mais saudável, plural e justo”, concluem os curadores Ruth Klotzel e Giovanni Vannucchi.
Mesa-Redonda – No dia seguinte à abertura da exposição, 17 de abril às 19h30 no MCB (com entrada gratuita), haverá uma mesa de debates com o título “Re-conhecendo o design ibero-americano”. Na ocasião, após introdução da curadora Ruth Klotzel, haverá explanações sobre as realidades regionais e o histórico da BID pelos palestrantes convidados: Gonzalo Castillo (CHI), Levi Girardi (BRA), Manuel Estrada (ESP) e Marita Quiroz (PER). Ao final das falas, o mediador da mesa, Giovanni Vannucchi, convidará o público a participar com perguntas para os debatedores.

Exposição: BID 8|10|12 – Bienal Ibero-Americana de Design
Realização: MCB e Doble Cultura + Social
Período: 16 de Abril a 16 de Junho
Local: Museu da Casa Brasileira
Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705

Fonte: 
Britto , Fernanda . "BID 8|10|12 – Bienal Ibero-Americana de Design" 30 Mar 2013. ArchDaily. Accessed 31 Mar 2013. http://www.archdaily.com.br/106243/bid-8-10-12-bienal-ibero-americana-de-design/?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=61281557dc-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email

Palestra sobre o Projeto Rio Marina da Glória no Rio de Janeiro

 

projeto-rio-marina-da-gl-ria-no-rio-de-janeiro_revitaliza-o-da-marina-da-gl-ria-450x245Courtesy of IAB-RJ

O Instituto de Arquitetos do Brasil Rio de Janeiro (IAB-RJ) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) convidam para a apresentação do projeto Rio Marina da Glória pelo seu autor, arquiteto Índio da Costa, no próximo dia 24 de abril, às 18h, na Casa do Arquiteto Oscar Niemeyer, na sede do IAB-RJ, no Rio.

O evento tem como proposta promover o debate sobre as questões que envolvem um projeto de grande porte em área pública, e suas consequências urbanísticas, paisagísticas e ambiental entre arquitetos, urbanistas e demais profissionais.

Palestra: Projeto Rio Marina da Glória
Organização: IAB-RJ
Período: 24 de Abril, às 18h
Local: Casa do Arquiteto Oscar Niemeyer, sede do IAB-RJ
Endereço: Rua do Pinheiro, 10, Rio de Janeiro

Fonte: Britto , Fernanda . "Palestra sobre o Projeto Rio Marina da Glória no Rio de Janeiro" 29 Mar 2013. ArchDaily. Accessed 30 Mar 2013. http://www.archdaily.com.br/106198/palestra-sobre-o-projeto-rio-marina-da-gl-ria-no-rio-de-janeiro/?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=7904dc01e0-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email

Veja a íntegra das palestras do seminário da AsBEA sobre a Norma de Desempenho




Está em fase final de elaboração no governo federal um decreto modificando as exigências para contrataçoes no programa "Minha Casa, Minha Vida, para torna-las mais rígidas e aumentar a qualidade das habitações de interesse social, incluindo entre elas a obrigatoriedade de cumprimento da Norma de Desempenho ABNT 15575, editada em 19 de fevereiro em seis capítulos e que vigorará a partir de 19 de julho.
A informação foi dada nesta terça-feira, 12 de março por Maria Sallete C. Weber, coordenadora geral do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) do Ministério das Cidades, durante o painel de debates no encerramento workshop organizado pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA) no 19º Salão Internacional da Construção (Feicon Batimat).
A íntegra das palestras:

A Responsabilidade Civil dos Agentes na Cadeia da Construção Civil em relação à Norma de Desempenho - Dr. Carlos Del Mar

 http://www.asbea.org.br/cApp/programas/download.asp?aid=279324&fid=193


A visão da construtora em relação à Norma de Desempenho - Seu cumprimento e Reflexões nas Relações da Cadeia Produtiva - Luiz Henrique Ceotto

http://www.asbea.org.br/cApp/programas/download.asp?aid=279324&fid=194


Desempenho Térmico x Eficiência Energética - A Sustentabilidade Inserida na Norma - Fernando Westphal

http://www.asbea.org.br/cApp/programas/download.asp?aid=279324&fid=196


Desvendando a Norma de Desempenho - um overview prático sobre a NBR 15575

http://www.asbea.org.br/cApp/programas/download.asp?aid=279324&fid=197


Entenda as Principais Alterações da Última Revisão da NBR - Carlos Alberti Borges

http://www.asbea.org.br/cApp/programas/download.asp?aid=279324&fid=198


Seguros de Responsabilidade civil Profissional - Como mitigar riscos - Carlos Henrique Ritter Boni

http://www.asbea.org.br/cApp/programas/download.asp?aid=279324&fid=199


Fonte: http://www.asbea.org.br/escritorios-arquitetura/noticias/veja-a-integra-das-palestras-do-seminario-da-asbea-sobre-279324-1.asp


                

VIII Seminário Internacional de Projeto Urbano

VIII Seminário Internacional de Projeto Urbano

A Escola da Cidade promove, de 7 a 12 de abril, Seminário para desenvolvimento de projeto urbano na cidade de São Paulo, a partir da proposta já bastante divulgada do Hidroanel Metropolitano.

O Hidroanel Metropolitano é um projeto de grande abrangência, solicitado pelo Governo do Estado de São Paulo, que tem por objetivo implementar o transporte aquaviário através de uma rede de canais navegáveis composta por rios e represas existentes na região metropolitana, além de um canal artificial, totalizando um anel de 170 km de hidrovias urbanas que, integrado ao sistema de drenagem e ao uso múltiplo das águas, visa o desenvolvimento econômico e urbano da metrópole paulistana. O projeto está em desenvolvimento pelo Grupo de Pesquisa em Projeto de Arquitetura de Infraestruturas Urbanas Fluviais - Grupo Metrópole Fluvial, pertencente ao Laboratório de Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP).

O objetivo do VIII Seminário Internacional de Projeto Urbano é aprofundar o estudo do potencial transformador desta proposta, principalmente no que se refere às possibilidades de desenvolvimento urbano a partir da compreensão do conceito de uso múltiplo das águas e do acesso público às suas margens, o que possibilitaria a criação de um espaço público estruturador e fundamental à cidade.

A área de estudo do Seminário compreende uma faixa do Rio Tietê, entre a foz do Córrego Jacu e a foz do Córrego Três Pontes, no extremo leste do município de São Paulo. Os participantes terão como tarefa o desenvolvimento de uma proposta de intervenção para esta área de estudo.

Para este workshop, a Escola da Cidade convidou 15 arquitetos estrangeiros, de países diversos, como Itália, Alemanha, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Dinamarca e Portugal. Os arquitetos brasileiros e estudantes da Escola da Cidade trabalharão em conjunto com os arquitetos convidados ao longo de uma semana.

Dentre os convidados está Alejandro Echeverri, que foi diretor de Projetos Urbanos da Prefeitura de Medellín (Colômbia) e responsável por projetos importantes como um conjunto de bibliotecas nas áreas periféricas e o Metrocable, um teleférico de alta capacidade, que conecta a malha metroviária existente às regiões mais altas e periféricas da cidade.

Outro participante é o arquiteto Josep Maria Llop Torné, que foi Diretor de Planejamento e Gestão e Coordenador da Área de Urbanismo da Prefeitura de Barcelona (Barcelona'92 - Jogos Olímpicos). Atualmente é diretor da Cátedra UNESCO sobre "Cidades médias, urbanização e desenvolvimento". Em 2010 recebeu a medalha de ouro do Colégio Oficial de Arquitetos da Catalunha pela projeção nacional e internacional do seu trabalho em urbanismo.

Já o italiano Aldo Aymonino é consultor do Consórcio Veneza Nova para realização dos sistemas de barreiras móveis, para proteção da Laguna de Veneza (Projeto MOSE). Participou da Bienal de Veneza em 1991, 2002 e 2006, além da Trienal de Milão, em 1995. Desde 2000 é professor no Departamento de Desenho Arquitetônico, na Universidade de Veneza e professor visitante em diversas universidades, tais como as Universidades de Washington e Cornell.

Voltado aos estudantes da Escola e aberto a estudantes de outras faculdades, arquitetos, e demais interessados, o Seminário se propõe a complementar e qualificar a formação de estudantes e arquitetos, em projeto urbano.

O VIII Seminário Internacional de Projeto Urbano tem o apoio do Grupo Metrópole Fluvial (FAUUSP), e contará com a participação da Faculta de Arquitectura Diseño y Urbanismo de Buenos Aires (Argentina), Escuela de Arquitectura da Universidad de Talca (Chile), Universidad EAFIT (Colômbia), Università Iuav di Venezia (Itália), Universidad de Lleida (Espanha), Universidade Autônoma de Lisboa (Portugal), Universidade Hochschule Konstanz (Alemanha), Universidade Iberoamericana (México), Royal Danish Academy of Fine Arts, School and Architecture (Dinamarca), Università di Sassari (Itália) e, ainda, do Escritório de Arquitetura Al Borde (Equador).

O Seminário é gratuito e contará com palestras ministradas por professores da Escola da Cidade e por convidados das diversas universidades parceiras do evento. As vagas para o workshop são limitadas e as palestras abertas ao público.

Fonte: http://www.escoladacidade.edu.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=355%3Aviii-seminario-internacional-de-projeto-urbano&catid=23%3Aacontece-na-escola-da-cidade&lang=pt

Escola da Cidade lança publicação com trabalho de estudantes

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Courtesy of Escola da Cidade

A Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, por meio de seu selo editorial, a Editora da Cidade, lança no dia 1º de abril, às 20 horas, o segundo volume da coleção sobre os trabalhos finais de seus estudantes. A publicação, que leva o nome “Trabalhos de Curso #1 #2 – Escola da Cidade”, apresenta os projetos finais das duas primeiras turmas da Faculdade, formadas respectivamente em 2006 e 2007 e será lançada na data em que a Escola da Cidade comemora seus 11 anos. A iniciativa partiu dos ex-alunos e foi apoiada e incentivada pelos professores e pela Diretoria da Instituição.

A publicação reafirma a ideia de montar uma coleção seguindo as mesmas características da publicação anterior “#3 – Trabalhos Finais de Graduação”, lançada em 2010 e que reúne 20 trabalhos de alunos formados em 2008, na terceira turma da Faculdade.

A união das duas primeiras turmas (2006 e 2007) deveu-se à proximidade das relações pessoais, às experiências compartilhadas e pela afinidade dos temas escolhidos para o trabalho. Sem seleção prévia, todos os ex-alunos foram convidados a participar e, em alguns casos, optou-se pela sintetização dos trabalhos em imagens, como uma forma de deixar registrado todos os formandos de cada ano.

A reunião do material, arquivos e conteúdo, foi realizada durante o ano de 2012. A publicação foi montada seguindo o padrão adotado na anterior, cujo formato é de revista e as imagens em preto e branco, e mais uma cor.

No conteúdo, além de textos escritos pelo corpo diretivo e pela coordenação pedagógica, foram acrescidos os discursos do patrono da primeira turma, João Filgueiras Lima (Lelé) dos oradores das duas turmas e uma homenagem a Oscar Niemeyer patrono da segunda turma. Todo esse material representa o que foi a produção intelectual das duas primeiras turmas e também como foi a construção da Escola da Cidade, com seus alunos e mestres convivendo juntos e transformando a Faculdade no que hoje conhecemos.

O evento é aberto ao público e a entrada é gratuita.

Lançamento: “Trabalhos de Curso #1 #2 – Escola da Cidade”
Organização: Escola da Cidade
Período: 1º de Abril, às 20h
Local: Escola da Cidade
Editora: ECidade
Número de páginas: 120
Organização da edição: Sheila Santos Altmann, Marco Artigas Forti, Carlos Labriola Sandler eMarina Rosenfeld Sznelwar
Preço da publicação: R$ 30,00

Fonte: Britto , Fernanda . "Escola da Cidade lança publicação com trabalho de estudantes" 26 Mar 2013. ArchDaily. http://www.archdaily.com.br/105526/escola-da-cidade-lanca-publicacao-com-trabalho-de-estudantes/

Arquitetura, ideologia e utopia

Todas as ações e decisões humanas manifestam, consciente ou inconscientemente, um sistema de ideias, valores e interesses que existe na cultura de uma sociedade e que determina a eleição dos caminhos de atuação para resolver as necessidades de desenvolvimento social e a construção dos espaços urbanos públicos e privados. Em uma sociedade existem, naturalmente, muitos e variados sistemas que se encontram em permanente disputa entre grupos de poder, que pretendem manter o domínio de situações existentes, e outros que pretendem mudar para novos rumos de ação. Estas disputas constituem a base da ação política e do sistema democrático para a escolha das opções coletivas mais convenientes para o desenvolvimento social.
A arquitetura e o urbanismo constituem uma das evidências maiores das ideias, valores e interesses que permeiam os objetivos sociais e políticos de uma sociedade. Edifícios e intervenções urbanas equivalem às pontas de icebergs de evidentes e ocultas intenções e jogos de poder, verdadeiros fetiches que expressam as ideologias de diferentes grupos que pretendem assumir o controle social e urbano. Conservador ou progressista são atributos que podem ter significado variáveis, segundo o contexto de análise e os interesses envolvidos. Muitas cidades brasileiras experimentam hoje debates acalorados à luz de problemas urgentes e emergenciais que tomaram conta de grandes centros urbanos, que confrontam opções de democratização dos espaços públicos ou manutenção de privilégios ancestrais traduzidos em condições vergonhosas e insustentáveis de imobilidade, exclusão social, violência, insegurança, deterioração constante dos espaços públicos, agressão ao patrimônio cultural e ambiental e perda progressiva de qualidade de vida urbana.
Karl Mannheim escreveu, em 1929, o hoje clássico livro intitulado Ideologia e Utopia (1), no qual, sob visão marxista da realidade, diferencia ideologias, como aqueles sistemas de ideias que pretendem perpetuar o status quo dos grupos instalados no poder, das utopias, como aquelas ideias que pretendem mudar a realidade para outra ordem de existência. Este conceito pretende superar a noção de u-topo (não tempo e não lugar) da concepção clássica de Tomás Moro, para colocar as utopias em uma atitude proativa e transformadora.
Na atualização destes conceitos e sua aplicação à realidade das cidades brasileiras, é possível detectar atitudes que persistem comportamentos arraigados profundamente na consciência dos grupos sociais dominantes, que se traduzem na versão contemporânea da ideologia da "casa-grande" (magistralmente descrita por Gilberto Freyre) em condomínios fechados e edifícios de apartamentos organizados em estruturas defensivas, e da correspondente "senzala", que condena a morar em periferias carentes de condições mínimas de urbanização ou em terrenos invadidos não aptos para a moradia humana. A magnitude dos problemas sociais derivados desta situação, em termos de violência urbana e tragédias recorrentes causadas por fenômenos climáticos que afetam a sociedade em conjunto e colocam e xeque a reputação de políticos e autoridades, reavivaram a necessidade de realizar planejamento urbano e territorial, conceitos básicos de racionalização da ocupação do território que até hoje estão banidos da cultura política e urbanística brasileira. A cultura do improviso, de resolver em função dos tempos políticos e de descontinuidade nas políticas urbanas, configura a ideologia que deteriora as cidades e que impõe o planejamento de médio e longo prazo como utopia reclamada por grupos que se consideram progressistas na concepção do desenvolvimento urbano.
Outra visão do mesmo problema permite detectar a ideologia da exclusão, manifestada por uma parte privilegiada da sociedade que persiste em atitudes de coronelismo e impõe arrogantemente supostos direitos, sem a menor consciência da divisão social causada e dos problemas da violência que retornam e comprometem a própria segurança. A integração social constitui a utopia de quem imagina uma sociedade menos preconceituosa, mais humanizada, democrática e participativa, com a consequente expressão em espaços urbanos estimulantes de uma convivência social plena.
Os privilégios da sociedade dominante conduzem também a favorecer o culto ao automóvel, transformado em fetiche de poder e posição social, assim como a estrutura de mobilidade urbana em função dele. Abertura e alargamento de vias de conexão e construção de viadutos (melhor se forem com estruturas estaiadas, visíveis e provincianamente assumidos como imagem de progresso), túneis e outras obras de engenharia do trânsito são as manifestações da ideologia que privilegia um meio de locomoção absolutamente irracional em detrimento dos espaços urbanos estimulantes da vivência social, enquanto se posterga indefinidamente a construção de sistemas eficientes e dignos de transporte público qualificado, verdadeira utopia que desafia às atuais gestões municipais.
As imagens de progresso, traduzidas em edifícios de arquitetura pasteurizada e consagrada pela mídia globalizada, alheios à cultura do lugar e vendidos como paradigma de modernidade e pertencimento provinciano ao mundo desenvolvido, constituem a ideologia dos setores que se beneficiam com o lucro do crescimento imobiliário à custa de uma cidade fragmentada e excludente. Alternativas criativamente expressivas das culturas locais, adaptadas às condições climáticas e urbanísticas, estimuladoras da integração social e construtoras dos lugares da cidade, constituem a utopia de quem acredita em modelos superadores de desenvolvimento urbano e da arquitetura como expressão cultural da sociedade.
As permanentes e obscuras negociatas na definição e contratação de projetos e obras de interesse social através da gestão pública, amparadas em relações de amizade, compromissos assumidos, urgências eleitorais ou questionáveis notórios saberes, determinam uma ideologia de procedimentos encravada nos processos de construção da cidade. A reação a estes métodos de ação propicia a utopia da transparência metódica na distribuição dos recursos públicos e da transparência conceitual na realização dos melhores projetos e obras destinados a edifícios e espaços públicos. O concurso público de projetos surge como bandeira reivindicada por instituições partidárias de procedimentos democráticos e participativos eficientemente organizados com intervenção de jurados de competência e saber comprovados.
Como as comentadas, inúmeras utopias permeiam os anseios da sociedade contemporânea, que encontra nas redes sociais um veículo eficaz de contato e consenso acerca dos mecanismos e instrumentos mais favoráveis para resolver persistentes problemas urbanos que a afetam cotidianamente. A sociedade tem demonstrado, em muitos casos, possuir critérios mais adequados à realidade dessas problemáticas do que muita legislação, burocracia e tecnocracia que travam a construção da cidade desejada, encobrem as manobras e favorecem as ideologias dos grupos de poder. A ascensão econômica das classes sociais historicamente oprimidas implica também a ascensão educacional, a compreensão dos problemas sociais e a consciência dos direitos e oportunidades para reclamar por uma realidade melhor. As cidades brasileiras encontram-se em uma interessante encruzilhada em que as persistências anacrônicas se enfrentam aos desafios que permitem vislumbrar tempos de mais racionalidade no planejamento das cidades e mais emoção nas soluções dos espaços e edifícios merecidos por uma sociedade cada vez mais esclarecida.

1- MANNHEIM, Karl. Ideologia e Utopia. Zahar Editores. Rio de Janeiro, 1976

 Roberto Ghione, arquiteto

Painel Sustentabilidade na Construção Civil

No dia 10 de abril de 2013, a Editora do Administrador realizará o Painel
Sustentabilidade na Construção Civil, um seminário técnico que tem como
objetivo mostrar soluções que atendem às diretrizes da sustentabilidade
nesta indústria, oferecendo:
1. Ecomateriais (materiais renováveis, recicláveis,
reutilizáveis, atóxicos)
2. Soluções tecnológicas inteligentes que promovam a economia de
água e energia, redução da poluição e conforto de seus usuários
3. Produtos que aproveitam a iluminação natural, regulam a
temperatura, permitam o aquecimento solar, entre outros benefícios

O evento é gratuito para os participantes, organizado para cerca de 100
pessoas, entretanto dirigido e exclusivo para os profissionais que
especificam, projetam e desenvolvem soluções para o mercado de construção
civil.
O Painel Sustentabilidade na Construção Civil será realizado dia 10
de abril de 2013, no Hotel Braston Augusta, em São Paulo, SP.


Fonte: http://www.asbea.org.br/escritorios-arquitetura/eventos/painel-sustentabilidade-na-construcao-civil-279496-1.asp

FAU-USP tem vaga para professor doutor

Agência FAPESP


Estão abertas as inscrições para o concurso da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP) que busca preencher uma vaga de professor doutor no Departamento de Tecnologia da Arquitetura.
A vaga é para a área de conhecimento de conforto ambiental. O regime de trabalho é o de dedicação exclusiva, de 40 horas semanais, e o salário é de R$ 8.715,12.
O prazo para as inscrições termina no dia 15 de abril. Elas podem ser feitas na Assistência Técnica para Assuntos Acadêmicos, na Rua do Lago, 876, na Cidade Universitária, em São Paulo.
No processo seletivo, haverá prova escrita, prova didática e julgamento do memorial. A prova didática é pública, com duração entre 40 e 60 minutos. Acústica arquitetônica, ruído de impacto, paisagem sonora e princípios e soluções de controle de ruído urbano são alguns dos pontos do programa.
Fundada em 1948, a FAU teve a pós-graduação formalmente instituída em 1972. Até pouco tempo atrás, era a única faculdade a oferecer doutorado em arquitetura e urbanismo. O Departamento de Tecnologia da Arquitetura foi fundado em 1964 e teve como primeiro chefe o professor José Carlos Figueiredo Ferraz.
Esse departamento está estruturado em três grupos de disciplinas: as relacionadas à construção, à metodologia e ao conforto ambiental (da vaga do concurso). Todo o departamento é responsável por 55 disciplinas do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo, entre obrigatórias e optativas.
Mais informações sobre o concurso pelo e-mail academicafau@usp.br ou pelos telefones (11)3091-4536/4798. O edital pode ser visto na página http://www.usp.br/fau/concursos/ataac_004_2013.html

Fonte: http://www.asbea.org.br/escritorios-arquitetura/noticias/fau-usp-tem-vaga-para-professor-doutor-279717-1.asp

Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Palmas (CMDUHP).



        Ocorreu na manhã de 22 de março, a primeira reunião de 2013 do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Palmas (CMDUHP). O Instituto de Arquitetos do Brasil (Departamento Tocantins) foi representado por Patricia Orfila (Presidente) e Wilson Carvalho (Conselheiro). O conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU – TO) foi representado pelo arquiteto Matozalém Santana.Os secretários Valdemar Junior e Evercino Moura conduziram a reunião, que teve a seguinte pauta:

  • ·         Calendário das reuniões anual (2013); 
  • ·         Organização da 5° Conferência Municipal das Cidades (Palmas).  Tema da conferência: Quem muda a cidade somos nós – reforma urbana já! 
  • ·         Eleição do Representante do Conselho para gerir o Fundo M.D.U.
            Um ponto polêmico levantou discussões: a aprovação da LEI Nº 1949, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2012, que cria o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano e o Comitê Gestor do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, na forma que especifica.

            O  Art. 4º foi bastante criticado por grande parte dos presentes, em destaque Wilson Carvalho. Ele destacou que o Comitê Gestor foi escolhido sem consultar o CMDUHP e que a data da aprovação da Lei demonstrou falta de democracia no processo, desconsiderando o CMDUHP. Segue o Art. 4º, publicado no Diário Oficial. 

            Art. 4º O FMDU será gerido por um Comitê Gestor, de caráter deliberativo por 11 (onze) membros e terá a seguinte composição: sendo 06 (seis) representantes do Executivo Municipal: 01(um) da Secretaria Municipal de Finanças; 01 (um) da Secretaria Municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano; 01 (um) da Secretaria Municipal da Infraestrutura; 01 (um) da Secretaria Municipal de Governo; 01 (um) da Secretaria Municipal de  desenvolvimento Social; 01 (um) da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão; e 04 (quatro) representantes da Sociedade Civil Organizada: 01 (um) CREA; 01 (um) CRECI; 01 (um) OAB; 01 (um) SINDUSCON; e 01 (um) do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação.

Data: 22 de março de 2013.
Local: SINDUSCON
Horário: 9 -12h

CBIC disponibiliza Guia de Boas Práticas em Sustentabilidade em seu site a partir de hoje

12-11-~1Estará à disposição dos interessados para download gratuito ainda hoje, no site da CBIC, o Guia de Boas Práticas em Sustentabilidade na Indústria da Construção. Lançado na última sexta-feira, dia 22, na sede do Seconci-Rio, no Rio de Janeiro, a publicação é resultado de um trabalho de pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) e reúne 29 experiências bem-sucedidas nas áreas de Gestão Empresarial e Governança; Relacionamento com os Stakeholders; Melhorias no Processo Construtivo; Saúde e Segurança do Trabalhador; Formação de Mão de Obra e Desenvolvimento Imobiliário Urbano. Os estados que mais se destacaram no levantamento foram: Goiás, Minas Gerais e São Paulo. O guia tem como principal objetivo estimular as mais de 170 mil empresas que integram o setor, para que incorporem os conceitos e práticas de sustentabilidade corporativa ao seu cotidiano. Ele é uma ferramenta de consulta, com conceitos e práticas de sustentabilidade que podem ser aplicadas no negócio das empresas. Mais informações pelo email social@cbic.org.br

Acesse o guia : http://www.cbic.org.br/arquivos/Guia_de_Boas_Praticas_em_Sustentabilidade_CBIC_FDC.pdf

Fonte:www.cbic.org.br

Sustentabilidade na construção

Jorge Luiz Oliveira de Almeida    

                                                                                                                                                 Muitos associam a sustentabilidade a ações estritamente ligadas ao meio ambiente. No entanto, a palavra "sustentabilidade" tem um conceito muito mais amplo. Os estudiosos do tema a definem como "um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana".
Exatamente focada nesse conceito, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), entidade maior do setor no país, se uniu à Fundação Dom Cabral e lançou na sexta-feira o primeiro Guia de boas práticas em sustentabilidade na indústria da construção. A publicação é uma compilação de 29 casos de empresas do setor nas áreas de gestão empresarial, relacionamento com stakeholders, melhorias no processo de construção, saúde e segurança do trabalhador, mão de obra na construção e desenvolvimento imobiliário urbano.
O objetivo do material é servir de referência para a incorporação de práticas de sustentabilidade corporativa, no sentido mais amplo da palavra, por parte das construtoras do país, uma vez que todas as experiências relatadas no guia já foram testadas e aperfeiçoadas, o que reduz as incertezas em relação ao sucesso das iniciativas. Portanto, os exemplos poder ser copiados e adaptados à realidade específica de cada empresa com bastante segurança.
A publicação está organizada em seis seções. A primeira delas trata da gestão empresarial e governança, parte essencial de qualquer desenvolvimento corporativo, inclusive para a sustentabilidade. No início, são apresentadas quatro boas práticas de desenvolvimento de sistemas de gestão, usando como base a gestão da qualidade, gestão integrada, gestão de riscos e gestão da responsabilidade social. Em seguida, duas experiências de relatos do desempenho corporativo em sustentabilidade e de emissões de gases de efeito estufa são relatadas.
A segunda seção aborda o relacionamento com stakeholders, que começa com uma experiência de como organizar o diálogo com esses grupos e de como alinhar a busca pela sustentabilidade com a estratégia corporativa. Depois seguem exemplos de atendimento aos interesses de acionistas, fornecedores e comunidades.
A seção "Melhorias no processo construtivo" reúne projetos que alcançaram destaque na adoção do building information modeling (BIM), na implantação da produção mais limpa em obras, na otimização do processo construtivo para minimizar a geração de resíduos, na obtenção de melhorias do desempenho ambiental dos canteiros, na implantação da gestão de resíduos, na obtenção do selo Casa Azul, da Caixa Econômica Federal, e no processo de certificação em eficiência energética em edificações - etiqueta Procel Edifica.
Os trabalhadores estão focados em duas seções. A primeira começa com a organização do sistema de gestão de saúde e segurança do trabalhador (SST), passando pelo alinhamento entre desempenho de SST em projetos de construção e seus resultados financeiros, fechando com a promoção de ergonomia. Já a outra parte aborda a formação de mão de obra, envolvendo a preparação e contratação de moradores de comunidades vizinhas às obras, de mão de obra feminina e de detentos e egressos do sistema prisional e do trabalho escravo.
A sexta e última seção busca levantar o potencial de empresas da cadeia produtiva da construção para apoiar o desenvolvimento imobiliário urbano. Ainda há muito para se explorar nesse tópico, mas o guia apresenta um exemplo de construção de calçadas, seguindo os princípios da acessibilidade e da sustentabilidade, e outro exemplo de planejamento de manutenção preventiva e retrofit em condomínios.
O lançamento do guia faz parte de um amplo processo que vem sendo desenvolvido pela Cbic no sentido de estender a prática da responsabilidade empresarial ao conjunto das mais de 170 mil empresas da cadeia produtiva da construção. Em 2011, em pesquisa inédita no setor, a Cbic havia identificado que mais da metade das empresas do segmento (58%) já adotavam alguma ação de inclusão social e responsabilidade ambiental. Agora, o desafio é ampliar cada vez mais essa prática Brasil afora.

Fonte:http://www.cbic.org.br/sala-de-imprensa/noticia/sustentabilidade-na-construcao-0

Desempenho de Edificações Habitacionais: CBIC lança guia orientativo no dia 10 de abril

Enviado por Sandra Bezerra, ter, 12/03/2013 - 18:28

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A CBIC lança no dia 10 de abril, em Brasília, o Guia Orientativo para atendimento à Norma ABNT NBR 15575/2013.

Na ocasião também será lançada a Norma Edificações Habitacionais – Desempenho – ABNT NBR 15575.

O evento será realizado a partir das 10h30, no Royal Tulip Brasília Alvorada, em Brasília.

O guia visa facilitar o entendimento da NBR 15.575, publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em fevereiro deste ano.

O trabalho traz as principais definições sobre o tema desempenho (requisitos, critérios e vida útil) por meio de resumo, simplificação e adaptação da linguagem. É destinado a coordenadores de obras e de projetos, técnicos, engenheiros, arquitetos, empresários (construtores e incorporadores), estudantes e agentes da cadeia produtiva.

O Guia é uma contribuição fundamental para a disseminação e implementação da Norma de Desempenho ajudando, inclusive, a reduzir ou mesmo eliminar a insegurança ou passivos jurídicos no que diz respeito ao atendimento às normas técnicas.

A publicação é gratuita e poderá ser encontrada nos sindicatos da indústria da construção nos estados e em outras entidades representativas do setor.

O arquivo também estará disponível para download no site da CBIC e de organizações parceiras na cadeia produtiva. As seis partes da normativa, que foram inicialmente publicadas em 2008, começaram a ser revisadas em janeiro de 2011 pelo Comitê Brasileiro da Construção Civil (CB-02). Os novos textos entrarão em vigor no mês de julho. Fonte: Piniweb. Mais informações pelo email desempenho@cbic.org.br. Clique aqui para confirmar sua presença.

Fonte : http://www.cbic.org.br/sala-de-imprensa/noticia/desempenho-de-edificacoes-habitacionais-cbic-lanca-guia-orientativo-no-prox

I Seminário da Cidade de Florianópolis







Florianópolis é uma das capitais brasileiras mais em evidência, mas é também uma das que enfrenta alguns dos maiores desafios na dimensão e qualidade de seu desenvolvimento urbano. Sediada na paradisíaca Ilha de Santa Catarina, mas contando com importante setor continental, a região metropolitana conheceu um dos maiores índices de crescimento populacional do país, formando hoje uma grande conurbação com os municípios vizinhos.
O Seminário proposto busca evidenciar o histórico de planos diretores e proposições urbanísticas do município, referenciar a situação atual a partir de experiências no Brasil e no exterior, apresentar diretrizes urbanísticas propostas pelo governo municipal e retomar o processo participativo que marcou os trabalhos de atualização do plano.
O evento será realizado entre 25 e 26 de março de 2013 e formalmente aberto pelo prefeito municipal de Florianópolis, conforme programação em anexo e será aberto ao público.

Cidade formal e cidade informal

As práticas da arquitetura e do urbanismo devem ser realizadas no marco da legislação vigente, multiplicidade de normas que determinam o uso e ocupação do solo, condições de habitabilidade e segurança, formalização dos edifícios, acessibilidade, integração social, etc. Tudo isso para construir a denominada "cidade formal" ou "cidade legal", dentro do sistemas de convenções orientadas a favorecer o bem estar geral e promover a construção dos espaços públicos e privados estimulantes de um desenvolvimento social sadio e civilizado, expressão da cultura contemporânea.
            Na realidade das cidades brasileiras, o processo não é bem assim, simples e linear. A complexidade do fato urbano inclui inúmeras formas de configuração, algumas em acordo com as leis vigentes, muitas outras espontâneas, seguindo padrões de assentamento determinados pela própria necessidade de habitar perto de alguma fonte de subsistência e convívio cidadão, muitas vezes em locais e condições não aptas para a moradia humana. Esta situação determina a convivência em um mesmo espaço urbanizado de duas manifestações diferenciadas, uma denominada de cidade "formal" ou "legal" e outra de cidade "informal" ou "ilegal".
            As diferenças de configuração urbana entre elas são também a manifestação das violentas desigualdades sociais e de duas culturas aparentemente irreconciliáveis, apesar da total dependência entre uma e outra. A sociedade precisa de ambas para sobreviver, embora as políticas públicas e a ação profissional "formal" estivessem durante longos períodos (e ainda persistem) orientadas a favorecer uma em detrimento da outra. Esta circunstância acentua as diferenças e estimula a desintegração social com consequências que repercutem em um dos graves problemas da cidade contemporânea: a sensação de violência que perturba o convívio urbano civilizado e integrado entre os diferentes componentes da sociedade.
            Diferentes formas de uso e apropriação dos espaços são também identificáveis nas duas situações. Na cidade "formal" resulta evidente a predominância de critérios de individualidade, privacidade, egoísmo, arrogância, exclusão e reserva, enquanto na cidade "informal", prevalecem atitudes de comunidade, solidariedade, participação, autoajuda e descontração. A materialização das arquiteturas e dos espaços identificam os dois modos de vivência social: edifícios fechados e defensivos no primeiro, construções abertas ao espaço público, descontraídas e participativas no segundo. Resulta contraditório comprovar que os valores da civilidade e da convivência social resultam mais efetivos nas urbanizações "informais" e "ilegais", enquanto na cidade "formal" e "legal" tende a imperar a autodefesa e o "salve-se quem puder".
            O uso e apropriação dos espaços públicos, ainda em condições degradadas, resulta natural em favelas e bairros populares, orientados para a celebração espontânea da cidade e a integração social entre os moradores. Na cidade legal, ao contrario, as estruturas defensivas segregam os habitantes, enquanto as paisagens urbanas fomentam o medo e desestimulam qualquer intento de convívio social e uso civilizado dos espaços.
            As soluções da arquitetura e do urbanismo nem sempre consideram e respeitam os modos de vida. A total dependência do mercado imobiliário e ausência de planificação urbana integradora e definidora de espaços públicos estimulantes da vivência social, levam ao exercício profissional subordinado à construção de empreendimentos defensivos e antiurbanos. Nas periferias das cidades, a resposta oficial às necessidades das pessoas carentes são estruturas impessoais, em chamados bairros ou conjuntos habitacionais que não conseguem reproduzir a qualidade dos espaços públicos dos assentamentos informais. As unidades padronizadas e repetidas, sem a mínima preocupação de criar espaços estimulantes do convívio social, são a resposta "legal" e "formal" para a demanda de uma população que o sistema de produção desvaloriza e desconsidera em seus hábitos de relacionamento e ocupação dos espaços. Programas de moradias populares, como o Minha Casa Minha Vida, disfarçam um objetivo social para resolver e beneficiar a produtividade, o lucro empresarial e a dinâmica na economia, ao mesmo tempo que postergam a integração social, degradam a cidade e criam bombas relógios de consequências imprevisíveis. 
            Existe uma grande contradição entre as políticas e planos de desenvolvimento das cidades - que pouco propiciam a construção de espaços estimulantes de convivência social - e a situação que  acontece naturalmente nas ocupações espontâneas e informais. Excesso de legalidade e formalidade nos padrões concebidos, assim como um persistente preconceito da sociedade "esclarecida", estão acabando com o uso dos espaços urbanos, relegando-os à sociedade "marginal", que oferece verdadeiras lições de convivência e apropriação dos espaços públicos, esquecidas pela atividade profissional atrelada às exigências do mercado.       
            Legalizar e formalizar a cidade informal, dignificar suas condições de moradia, qualificar os espaços públicos, preservar as modalidades de convivência neles, transferir esse espírito para a cidade formal, estabelecer condições de legalidade que estimulem o uso e apropriação do espaço urbano são, dentre outras, estratégias viáveis para a integração social entre formalidade e informalidade, condição essencial para atingir níveis mínimos de civilidade e qualidade de vida urbana.

Roberto Ghione e arquiteto e Diretor do IAB/PE

Documentário Traço Concreto

Documentário em cartaz no Cine Guarani, Espaço Cultural Portão , Curitiba.

TRAÇO CONCRETO é um documentário de longa-metragem sobre arquitetura moderna. Do nascimento de um projeto até a demolição da obra, a linha temporal seguida é a da vida de três casas. O filme propõe uma interpretação inédita e particular de diferentes períodos do movimento modernista.

TRAÇO CONCRETO tem direção de Danilo Pschera e Eduardo Baggio e previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2011. O projeto foi um dos vencedores da edição 2009 do Edital do Fundo Municipal de Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba.

Traço concreto

De autoria de Lolo Cornelsen (demolida/memória); Salvador Gnoato e Osvaldo Hoffmann (usada/vida) e Marcos Bertoldi (em construção/projeto), são apresentadas e analisadas por Irã Taborda Dudeque, com direção de Danilo Pschera e Eduardo Baggio. O documentário também estará disponibilizado em DVD que dispõe de extra "Frederico" com abordagem da Casa Kirchgässner.

Fonte e maiores informações: www.tracoconcreto.com

CAU/BR promove Seminário de Ética no Pará

Comissão de Ética e Disciplina do CAU/BR realizará seminário na Região Norte

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A Comissão de Ética e Disciplina – CED do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR realizará seminário na cidade de Belém, no Pará, nos dias 21 e 22 de março, com o propósito de discutir o Código de Ética e Disciplina da Arquitetura e Urbanismo brasileiro, que está em fase de elaboração. Este é o último dos seminários regionais a ser promovido e antecederá o Seminário Nacional que acontecerá em junho, com data e local a definir.

O Seminário contará com a presença de Haroldo Pinheiro, presidente do CAU/BR, e Adolfo Maia, presidente do CAU/PA, que participarão de uma mesa redonda juntamente com o coordenador da CED-CAU/BR, Napoleão Ferreira, e palestrante convidada, a arquiteta e urbanista Ana Luísa Perez.
Membros dos CAU/UF de todo o Brasil poderão comparecer e participar do evento, para apresentar suas contribuições ao anteprojeto do Código de Ética e Disciplina da Arquitetura e Urbanismo. A previsão é que o Código vá à votação no Plenário do CAU/BR em julho deste ano.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

Fonte: http://www.caubr.org.br/?p=7289

SISAU 3

ASBEA-PR promove evento para discussão de sustentabilidade na Arquitetura e Urbanismo

Sisau 3

Curitiba será sede da terceira edição do Simpósio Internacional de Sustentabilidade em Arquitetura e Urbanismo – SISAU, durante os dias 21 e 22 de março de 2013. Renomados profissionais do cenário nacional e internacional apresentam casos que contribuem para a qualidade do ambiente urbano.

Promovido pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura do Paraná – AsBEA-PR, o evento será aberto para profissionais e para o público em geral. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná – CAU/PR patrocinarão o evento.

As palestras do SISAU serão ministradas por renomados arquitetos e urbanistas internacionais, como Ken Yeang, Federico Mesa e Kasper Guldager Jorgensen. “O evento visa contemplar de forma mais abrangente a arquitetura, urbanismo e a paisagem. Serão apresentadas soluções de sustentabilidade no urbanismo, avanços da nano e da biotecnologia, além de integração entre paisagismo, arquitetura, sustentabilidade e tecnologia em edificações de grande porte”, comenta a arquiteta e urbanista Cris Lacerda, coordenadora da terceira edição do SISAU.

Serviço:
O SISAU 3 acontecerá no UNICURITIBA.
Rua Chile, 1678. Rebouças, Curitiba – PR.
Inscrições e mais informações: http://www.simposiosustentabilidade.com.br

Entrevistas com os palestrantes
Kasper – http://www.youtube.com/watch?v=0XNF-595fz8
Ken – http://www.youtube.com/watch?v=H1P1kkcEzWM

Fonte: Simpósio Sustentabilidade

http://www.simposiosustentabilidade.com.br/asbea-pr-promove-evento-para-discussao-de-sustentabilidade-na-arquitetura/

http://www.caubr.org.br/?p=7052

Etiquetagem em Edificações

Encontre aqui as informações relacionadas à etiquetagem de eficiência energética em edificações, no Brasil.

Caso tenha dúvidas a respeito envie um e-mail para o procel.edifica@eletrobras.com.


 


O processo de etiquetagem de edificações no Brasil ocorre de forma distinta para edifícios comerciais, de serviços e públicos e para edifícios residenciais. A metodologia para a classificação do nível de eficiência energética dos primeiros foi publicada em 2009 e revisada em 2010, ano em que também foi publicada a metodologia para classificação dos edifícios residenciais.

A etiqueta é concedida em dois momentos: na fase de projeto e após a construção do edifício. Um projeto pode ser avaliado pelo método prescritivo ou pelo método da simulação, enquanto o edifício construído deve ser avaliado através de inspeção in loco.

Nos edifícios comerciais, de serviços e públicos são avaliados três sistemas: envoltória, iluminação e condicionamento de ar. Dessa forma, a etiqueta pode ser concedida de forma parcial, desde que sempre contemple a avaliação da envoltória. Nos edifícios residenciais são avaliados: a envoltória e o sistema de aquecimento de água, além dos sistemas presentes nas áreas comuns dos edifícios multifamiliares, como iluminação, elevadores, bombas centrífugas etc. Saiba mais sobre os tipos de etiquetas clicando aqui.

As etiquetas devem ser emitidas pelo Certi, organismo de inspeção acreditado pelo Inmetro. Para mais informações entre em contato com Jeferson Amaral – oi3e@certi.org.br e (48) 3239-2146. Veja no link as etiquetas comerciais e residenciais já emitidas.

O Procel Edifica disponibiliza uma lista de laboratórios, distribuídos por todas as regiões brasileiras, que integram Convênios com a Eletrobras e possuem consultores especialistas em etiquetagem de edificações.

Saiba mais sobre o PROCEL EDIFICA - Eficiência Energética nas Edificações visitando o PROCEL Edifica no site do PROCEL Info e no site do PROCEL.


Publicações Técnicas relacionadas à Etiquetagem em edifícios


» RTQ-C - Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética em Edifícios
» RTQ-C complemento

» RTQ-R - Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética em Edificações Residenciais

» RAC-C - Regulamento de Avaliação da Conformidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos

» RAC-R - Regulamento de Avaliação da Conformidade do Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais

» Guias Procel Edifica:
- Acústica arquitetônica
- Clima urbano
- Desempenho térmico
- Equipamentos
- Iluminação
- Ventilação natural
- Sustentabilidade


Downloads

» Anexo 1 RTQ-R (.PDF)
» Tabelas Método Simulação (.XLS)
» Passo a passo para Etiquetagem de Hotéis para o Programa PROCOPA Turismo - BNDES (.PDF)

» Termo de Ciencia sobre o Entorno (.PDF)

» Termo de Compromisso (.PDF)

» Formulario de Solicitacao de Etiquetagem (.PDF)

» Planilhas RAC - Fornecimento de Dados (.XLS)

» Apresentações do evento Acreditação de Organismos de Inspeção para Etiquetagem de Edifícios (.ZIP)

» Apresentação - RTQ-C (.ZIP) & RTQ-R (.ZIP - Parte1 / Parte2)

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Nova versão da Norma de Desempenho de Edificações é publicada

A ABNT NBR 15575, com seis partes, entra em vigor no dia 19 de julho

 
NBR 15.575
 
A NBR 15575 – Edificações Habitacionais – Desempenho, publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, estabelece parâmetros técnicos para vários requisitos importantes de uma edificação, como desempenho acústico, desempenho térmico, durabilidade, garantia e vida útil, e determina um nível mínimo obrigatório para cada um deles.

Os requisitos apresentados nesta norma passarão a ser exigíveis a partir de 19 de julho de 2013, 150 dias após a data de sua publicação (19 de fevereiro). Assim, os projetos que forem protocolados para aprovação nos órgãos públicos a partir dessa data terão de atender a essas exigências. A Norma contém seis partes: Requisitos Gerais (NBR 15.575-1); Sistemas estruturais (NBR 15.575-2); Sistemas de pisos (NBR 15.575-3); Sistemas de vedações verticais internas e externas (NBR 15.575-4); Sistemas de coberturas (NBR 15.575-5); e Sistemas hidrossanitários (NBR 15.575-6). Interessados podem adquiri-la pelo site www.abnt.org.br/catalogo.

A ABNT NBR 15575 traduz tecnicamente as necessidades da sociedade brasileira no que se refere à aquisição de imóveis, levando em conta o estágio técnico e socioeconômico do Brasil. A Norma também tem como características estabelecer as responsabilidades de cada um dos atores ligados a uma edificação – construtores, incorporadores, projetistas, fabricantes de materiais, administradores condominiais e os próprios usuários. Fica claro o compartilhamento da responsabilidade sobre a edificação ao longo do tempo.

ABNT COM DESCONTO
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR está em vias de assinar convênio com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT para oferecer a arquitetos e urbanistas registrados acesso gratuito às normas nas sedes do CAU nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal e, ainda, 50% de desconto na aquisição. O convênio prevê, inclusive, a participação do CAU na construção das normas ligadas à Arquitetura e Urbanismo.

Para ter acesso às normas com desconto o arquiteto e urbanista registrado e em situação regular no CAU deverá acessar o site do Conselho do seu estado ou do CAU/BR e clicar no banner do convênio, que o levará para o portal de vendas da ABNT, já com o desconto. Aguarde, em breve, este benefício oferecido pelo CAU.

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT
http://www.abnt.org.br/m5.asp?cod_noticia=1230&cod_pagina=962

http://www.caubr.org.br/?p=7114
 

Falece Roberto Segre

Crítico e historiador de Arquitetura e Urbanismo é atropelado em Niterói – RJ

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Roberto Segre (1934-2013) no piso térreo do Palácio Capanema, Rio de Janeiro.
Foto: Silvana Romano Santos

No dia 10 de março de 2013, o arquiteto e urbanista, crítico e historiador da Arquitetura e Urbanismo Roberto Segre teve sua rotineira caminhada matinal aos domingos interrompida ao ser atropelado por uma motocicleta. Levado ainda vivo a hospital de Niterói, Segre não resistiu aos gravíssimos traumas do acidente e faleceu. O velório será realizado nesta quarta-feira, 13 de março, das 9h às 17h, no Palácio da Praia Vermelha, da UFRJ (Avenida Pasteur, 250).

Nascido em Milão, Itália, em 1934, em 1939 embarcou com sua família no transatlântico Conte Grande, fugindo do antissemitismo do governo fascista de Benito Mussolini.

Graduou-se arquiteto e urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Buenos Aires em 1960. Em 1963, após uma viagem pela Europa, passou a ministrar aulas de história da Arquitetura e Urbanismo em Havana, Cuba, função que o ocuparia pelas próximas três décadas. Em 2007, já radicado no Brasil, foi distinguido com o título de doutor honoris causa pelo Instituto Superior Politécnico de Havana.

Em 1994 – convidado por Nelson Maculan (reitor da UFRJ), Luiz Paulo Conde (diretor da FAU) e Denise Pinheiro Machado (coordenadora do Prourb) –, Segre inicia sua trajetória brasileira como pesquisador e professor nos cursos de pós-graduação em Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro – FAU UFRJ.

Segre era um autor profícuo, com vasta produção de livros de extrema relevância, que constituem peças fundamentais da historiografia da Arquitetura e Urbanismo da América Latina. Seus mais de quatrocentos artigos estão espalhados por dezenas de periódicos em vários países do mundo.

Como assessor da Unesco, coube-lhe a responsabilidade de organizar o livro América Latina en su Arquitectura (1975). Quase uma década depois obteve a bolsa Guggenheim de Nova York, que resultou no livro Arquitectura Antillana del Siglo XX (2004).

Nos últimos quinze anos, Roberto Segre dedicou-se a uma aprofundada pesquisa sobre a história do Ministério da Educação e Saúde, atual Palácio Capanema no Rio de Janeiro, expertise que levou o Iphan a convocá-lo para coordenar o documento encaminhado à Unesco visando a inclusão do edifício na lista de patrimônio da humanidade da Unesco.

A majestosa pesquisa da história do MES está prestes a se tornar livro em edição da Romano Guerra Editora. Pouco antes de ir para a praia na manhã deste domingo, enviou para o editor as últimas correções do livro que, por inexplicáveis força do destino, não poderá ver pronto.

Alguns livros de Roberto Segre:

America Latina fim de milênio, raízes e perspectivas de sua arquitetura. São Paulo, Nobel, 1991.

Architettura e Territorio nell’America Latina. Milão, Electa, 1982 (com Rafael López Rangel).

Arquitectura Antillana del Siglo XX.Bogotá, Universidad Nacional de Colombia/Editorial de Arte y Literatura, 2003.

Arquitectura antillana del Siglo XX. Bogotá, Universidad Nacional de Colombia, 2003.

Arquitetura e Urbanismo da Revolução Cubana. São Paulo, Nobel, 1986.

Brasil – jovens arquitetos; Rio de Janeiro: Editora Viana & Mosley, 2004.

Casas brasileiras. Brazilian houses. Rio de Janeiro, Viana & Mosley, 2006.

Cuba. Arquitectura de la Revolución.Barcelona, Gustavo Gili, 1970.

Geografia e geometria na América Latina: natureza, arquitetura e sociedade. São Paulo: Memorial da América Latina, 2005

Guia da arquitetura contemporânea. Rio de Janeiro, Viana & Mosley, 2005.

Historia de la Arquitectura y del Urbanismo. Países desarrollados. Siglos XIX y XX. Madri, Instituto de Estudios de Administración Local, 1985.

Historia del Arte y la Arquitectura Barroca Europea. Havana, Editorial Pueblo y Educación, 1995.

La progettazione ambientale nell’era della industrializzazione. Palermo, Librería Dante, Quattro Canti della Cittá, 1980 (com Fernando Salinas).

Ministério da Educação e Saúde: ícone urbano da modernidade carioca (1935-1945). São Paulo, Romano Guerra, 2013 (no prelo).

Fonte: Portal Vitruvius

           http://www.caubr.org.br/?p=7031

2º Fórum Jovens Arquitetos Latino-ame​ricanos - Inscrições abertas





O Fórum Jovens Arquitetos Latino-Americanos – FJAL – foi uma idéia que começou em junho de 2010, quando jovens arquitetos de Fortaleza resolveram trazer para o debate a nova produção arquitetônica da América Latina. O recorte utilizado na escolha dos arquitetos convidados foi pautado na idade e no lugar de atuação dos mesmos. Outro princípio básico na escolha dos palestrantes foi ensejo de demonstrar profissionais que estivessem atuando na América Latina com um forte embasamento teórico – aliando, portanto, teoria e prática arquitetônicas – o fórum buscou aproximar ao máximo as experiências profissionais apresentadas com a realidade da prática cotidiana, tendo em vista as semelhanças compartilhadas pelos países em questão, a fim de buscar incentivar e motivar novas formas de encarar os problemas e as potencialidades de cada lugar, buscando as melhores soluções paraas nossas cidades. Dessa forma, o fórum agregaria uma discussão teórica, mas com rebatimentos práticos, mostrando exemplos de arquitetos e escritórios em ascensão, gerando conhecimento e, mesmo conscientes do risco que isso implica, apontando caminhos.
Essas idéias se consolidaram em junho de 2011, num evento de três dias, com um público sempre presente de mais de quinhentas pessoas. Em sua primeira edição, o FJAL tratou do tema ‘Inserções numa realidade periférica’, focando, justamente, nessas novas práticas arquitetônicas, nas dificuldades em meio às condições de escassez e nas complexas situações sócio-econômicas dos países, e em como, em meio a tudo isso, alguns arquitetos conseguem se inserir e atuar com grande qualidade, transformando todas as limitações em filtro para o supérfluo e estímulo para a criatividade.
Conscientes do risco – mas também da necessidade – de realizar mais uma vez este momento de troca de experiências e aproximação entre países e pessoas tão próximas e às vezes tão distantes, o mesmo grupo se reuniu para organizar a segunda edição do FJAL. Era preciso, no entanto, não repetir apenas pela boa aceitação do primeiro evento, mas sim pela relevância e coerência do novo tema proposto. Assim, seguindo os mesmos recortes e princípios já citados anteriormente, o evento explora agora o tema ‘ (des) construindo fronteiras’. A palavra fronteiras adquire aqui significados e abrangências múltiplas, assim como ocorreu na primeira edição do fórum com a palavra inserções. A fronteira da arquitetura, das influências das diferentes escolas e mestres, dos materiais e tecnologias construtivas. A fronteira da atuação, onde escritórios atuam em outras cidades, países e até continentes, num mundo cada vez mais próximo e conectado. A fronteira dos arquitetos, quando é cada vez mais comum ter equipes de arquitetos de diferentes origens e formações trabalhando juntos, gerando um intercâmbio cultural muito rico e diverso. A fronteira da disciplina, uma vez que a interdisciplinaridade permite que os arquitetos caminhem por diversas áreas, arquitetura, urbanismo, interiores, design de mobiliário, cenografia, publicação de livros.
Essas são apenas algumas das fronteiras a serem discutidas. A ideia, mais uma vez, não é buscar respostas consolidadas ou discutir o certo ou errado, mas gerar discussões, perguntas e inquietações. Acima de tudo, o objetivo maior é continuar explorando essa nova arquitetura que vai nascendo, crescendo e, cada vez mais, amadurecendo.

Comissão Organizadora
Bruno Braga | Bruno Perdigão | Davi Ramalho | Epifanio Almeida
Igor Ribeiro | João Victor Silva | Lara Lima | Marcelo Bacelar

Fonte, programação e inscrições:  http://www.fjal.com.br/apresentacao/
 
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