Janelas de Nova Iorque e São Paulo

Windows       José Guizar retrata as variadas janelas de Nova Iorque através de suas ilustrações semanais. Cortesia de José Guizar

Há pouco mais de um ano o designer gráfico José Guizar, de Nova Iorque, começou a ilustrar uma obsessão que aumentou desde que se mudou para a cidade: a variedade de janelas de Nova Iorque. "Produto de inúmeras jornadas pelas ruas da cidade, essa é uma série de janelas que, de algum modo, atraíram meus olhos inquietos para fora do burburinho incessante da cidade", escreveu Guizar em sua página. "Esse projeto é em parte uma ode à arquitetura e em parte um desafio a nunca deixar de olhar para cima."

Outros artistas já se inspiraram na colorida e cativante homenagem às janelas de NYC, e no início deste ano a artista Nara Rosetto, de São Paulo, iniciou sua própria série semanal de ilustrações de janelas da maior cidade brasileira.

Variando entre janelas vitorianas, aberturas redondas, janelas com grades de segurança, floreira e, às vezes, um gato, esses elementos são tão diferentes quanto são os edifícios ou as pessoas que residem atrás delas.

Veja, a seguir, algumas das janelas de Nova Iorque e São Paulo ilustradas pelos artistas.

JANELAS DE NOVA IORQUE

92 CHRISTOPHER ST. ― WEST VILLAGE. Cortesia de José Guizar    92 CHRISTOPHER ST. ― WEST VILLAGE. Cortesia de José Guizar1     113 THOMPSON ST. ― SOHO. Cortesia de José Guizar4          290 LAFAYETTE ST. ― NOLITA. Cortesia de José Guizar5  186 SULLIVAN ST. ― WEST VILLAGE. Cortesia de José Guizar2     219 EAST 4TH ST. ― EAST VILLAGE. Cortesia de José Guizar

JANELAS DE SÃO PAULO

Janela5       Edifício Pauliceia. Cortesia de Nara RosettoJanela4      Maria Zélia Villa. Cortesia de Nara RosettoJanela3     Cortesia de Nara RosettoJanela2    Edifício Eiffel Arch. Cortesia de Nara RosettoJanela1         Hospital Matarazzo. Cortesia de Nara Rosetto

Veja mais janelas de Guizar aqui e de Rosetto aqui.

José Guizar retrata as variadas janelas de Nova Iorque através de suas ilustrações semanais. Cortesia de José Guizar
José Guizar retrata as variadas janelas de Nova Iorque através de suas ilustrações semanais. Cortesia de José Guizar
92 CHRISTOPHER ST. ― WEST VILLAGE. Cortesia de José Guizar
92 CHRISTOPHER ST. ― WEST VILLAGE. Cortesia de José Guizar
113 THOMPSON ST. ― SOHO. Cortesia de José Guizar
113 THOMPSON ST. ― SOHO. Cortesia de José Guizar
290 LAFAYETTE ST. ― NOLITA. Cortesia de José Guizar
290 LAFAYETTE ST. ― NOLITA. Cortesia de José Guizar
186 SULLIVAN ST. ― WEST VILLAGE. Cortesia de José Guizar
186 SULLIVAN ST. ― WEST VILLAGE. Cortesia de José Guizar
219 EAST 4TH ST. ― EAST VILLAGE. Cortesia de José Guizar
219 EAST 4TH ST. ― EAST VILLAGE. Cortesia de José Guizar
Edifício Pauliceia. Cortesia de Nara Rosetto
Edifício Pauliceia. Cortesia de Nara Rosetto
Maria Zélia Villa. Cortesia de Nara Rosetto
Maria Zélia Villa. Cortesia de Nara Rosetto
Cortesia de Nara Rosetto
Cortesia de Nara Rosetto
Edifício Eiffel Arch. Cortesia de Nara Rosetto
Edifício Eiffel Arch. Cortesia de Nara Rosetto
Hospital Matarazzo. Cortesia de Nara Rosetto
Hospital Matarazzo. Cortesia de Nara Rosetto

 

Fonte:Watkins, Katie. "Janelas de Nova Iorque e São Paulo " [The Windows of New York and São Paulo ] 30 Oct 2014. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 31 Out 2014. http://www.archdaily.com.br/br/756340/janelas-de-nova-iorque-e-sao-paulo?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=a4be071579-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-a4be071579-407774757

FNA lança o livro Assistência Técnica e Direito à Cidade

A Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) apresenta a obraAssistência Técnica e Direito à Cidade, produzida a partir de encontro sobre o tema realizado no Rio de Janeiro. A publicação especial é resultado de debates gerados em 28 palestras, ao longo de 12 dias, onde foram discutidos temas como autogestão, cooperativismo, propriedade coletiva, moradia digna, normas técnicas, mutirão, habitação de interesse popular e movimentos sociais.

Na apresentação da obra, o presidente da FNA, Jeferson Salazar, convida todos à leitura e ao debate. Ele fala sobre as intensas transformações que o país tem vivido no setor de Habitação, como os programas de financiamento, os anseios dos movimentos populares de luta pela moradia e as aspirações dos arquitetos e urbanistas brasileiros por uma política habitacional.

“Percebemos que o Brasil continua desenvolvendo terreno fértil para os especialistas em patologias das construções, devido à qualidade duvidosa, tanto na elaboração de projetos quanto na execução das obras, de vários empreendimentos habitacionais executados através destes programas de financiamento e que se manifestam em pouquíssimo tempo no produto final, com custos elevadíssimos para toda a sociedade”, destacou.

Por outro lado, a Lei da Assistência Técnica, que assegura serviço técnico gratuito de arquitetos e urbanistas para famílias de baixa renda mas que tem ficado na prateleira dos interesses políticos menores. “Se implantada de fato e integrada a uma verdadeira política habitacional, esta lei demarcará um novo momento de um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à moradia digna”, avalia Salazar.

O presidente do CAU/RJ, Sydnei Menezes, disse que o CAU tem uma função e um papel social fundamental a ser desenvolvido. “Uma das bandeiras históricas dos arquitetos e urbanistas, e o Sindicato e a FNA tiveram papel fundamental nesta luta, é a garantia da Assistência Técnica. A Assistência Técnica gratuita é um direito da população e não um favor do Estado, de uma entidade ou de uma instituição”, acrescentou. Segundo ele, isto se dá justamente nas intervenções em áreas mais carentes, nas áreas que urbanisticamente precisam ser resolvidas.

A oficina Assistência Técnica e Direito à Cidade foi realizada de 19 de março a 25 de abril de 2014 pela FNA com patrocínio do CAU/RJ e apoio do SARJ, da CMP e da UMP. O lançamento oficial do livro, que terá distribuição gratuita e dirigida, deve ocorrer até o final do ano. Clique aqui para baixar a versão digital da obra.

Fonte: http://www.caumt.org.br/?p=15336

Eficiência energética é pauta de destaque no cenário internacional

Estados Unidos - Lawrence Berkeley National Laboratory (Berkeley Lab) é referência em estudos da eficiência energética


Laboratório Nacional de Lawrence Berkeley

Fernanda Viviani, para o Procel Info

Estados Unidos - Atualmente no cenário global pode ser observado que a ampliação do progresso e bem-estar social vem acompanhada por um aumento no consumo da energia. Dentro deste contexto, a partir dos anos 70 passou-se a questionar o modelo de desenvolvimento baseado no consumo intensivo dos recursos energéticos não-renováveis, cujos preços tiveram aumento significativo.
O conceito de desenvolvimento sustentável ganhou mais força com o despertar das questões ambientais. Surge assim a necessidade dos governos dos diversos países que compõem o cenário internacional implementarem um conjunto de políticas de eficiência energética como meio eficaz de lidar com os desafios econômicos, ambientais e de segurança energética.
Dentro deste contexto, o Lawrence Berkeley National Laboratory (Berkeley Lab) conseguiu ganhar destaque internacional na área. O laboratório foi fundado em 1931 pelo vencedor do prêmio Nobel de Física, Ernest Orlando Lawrence.
Seu impacto na economia norte-americana é estimada em até U$1,6 bilhões por ano, com destaque para os resultados desenvolvidos na área de eficiência energética. Suas pesquisas são pioneiras em matriz solar dentro do contexto de tecnologias para a área energética. Assim, apresenta avanços em construções e tecnologias envolvendo luz, além de novas tecnologias em captura e sequestro de carbono. O Berkeley Lab se tornou um líder em inovação energética.
De acordo com Gilberto Jannuzzi, que foi Visiting Scholar no Berkeley Lab e atualmente é professor da UNICAMP, o laboratório é uma das principais instituições de pesquisa originais e ideais inovadoras em eficiência energética.
Para ele, trata-se de uma longa tradição e uma instituição que causa grande impacto nas decisões envolvendo o setor, realizando um trabalho onde a eficiência energética é tratada no âmbito internacional. Outro destaque é o trabalho relacionado com padrões de consumo energético e o desempenho de padrões de eficiência energética no âmbito internacional.
O Lawrence Berkeley National Laboratory trabalha nas fronteiras do conhecimento para entender nosso universo e os desafios que o planeta enfrenta.

Através de colaborações internacionais apresenta trabalho em diversas áreas de energia e até mesmo clima, como turbinas eólicas na Rússia, biocombustíveis na Floresta Amazônica e trabalhos envolvendo eficiência energética na Índia e em edifícios ''arranha-céus'' em Nova York, além de explorar energia eólica na África.
No âmbito de padrões de consumo energético pode-se ilustrar os estudos do laboratório através de uma pesquisa realizada em 2007. Pesquisadores do laboratório concluíram que os servidores tinham igualado os aparelhos de televisão em termos de consumo energético, representando 1,2% do total do consumo de energia nos Estados Unidos, um indicador que tinha duplicado desde 2002 .
Com destaque no cenário global, o Berkley Lab trabalha com a ciência tentando transformar soluções para desafios envolvendo energia e meio ambiente, utilizando equipes multidisciplinares e criando avançadas tecnologias para pesquisas científicas.
Para o Greenpeace, a energia renovável, combinada ao uso racional e eficiente de energia, será capaz de suprir metade da demanda energética global até 2050. O relatório, “[R]evolução energética – Perspectivas para uma energia global sustentável”, conclui que a redução das emissões globais de CO2 em até 50% nos próximos 43 anos é economicamente viável, e que a adoção maciça de fontes de energia renovável também é tecnicamente possível – falta apenas o apoio político para que isso ocorra.
Ainda de acordo com a organização, a chamada Revolução Energética leva a um caminho de desenvolvimento que transforma o atual modelo energético em um sistema sustentável no âmbito global. Para que isso ocorra alguns pilares devem ser construídos ao longo dos anos, tais como a implementação de eletricidade renovável, aquecimento renovável, energia descentralizada e uso de renováveis em larga escala. No foco principal desta revolução está uma mudança no modo como usamos, distribuímos e consumimos energia.
Podemos afirmar que o Brasil tem feito seu "dever de casa" na área energética, tanto que é citado como referência internacional em diversas áreas, como na produção de etanol, no seu parque de geração hidrelétrico, no exponencial aproveitamento da energia eólica, no seu sistema de transmissão de energia elétrica e na renovabilidade de sua matriz tanto energética quanto de produção de energia elétrica.
Assim, o termo eficiência energética passa por diversos setores do cenário global e ganha crescente notoriedade dentro da comunidade internacional, sendo pauta importante dentro de organizações internacionais. Governos e até mesmo empresas passam a enxergar a questão da sustentabilidade, juntamente com a eficiência energética, fatores determinantes para um futuro mais próspero. Sendo assim, centros de pesquisa como o Berkeley Lab desempenham um importante papel no setor.

Fonte: http://www.procelinfo.com.br/main.asp?ViewID=%7B8D1AC2E8-F790-4B7E-8DDD-CAF4CDD2BC34%7D&params=itemID=%7B20C63A9B-1BDE-4922-B8F8-986CBD0D050F%7D;&UIPartUID=%7BD90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898%7D

Muito além do hi-tech

       Bola da vez dos projetos arquitetônicos e urbanísticos, propostas de “casas sustentáveis” se disseminam com o intuito de promover a integração entre conforto, segurança e responsabilidade ambiental. Antes restrita aos dispositivos tecnológicos que economizam energia elétrica, esta percepção passou a promover também a qualidade da habitação antes mesmo do assentamento dos tijolos.

Diretrizes do Ministério do Meio Ambiente estabelecem de que as obras novas precisam dispor para ser consideradas “sustentáveis”. A primeira delas propõe mudança nos conceitos da arquitetura tradicional – propondo ideias flexíveis e dispostas a mudanças, reduzindo as demolições.

A economia de material de construção, a propósito, deve permear todas as etapas da edificação. Para a ambientalista e economista Amyra El Khalili, o modelo econômico atual é altamente consumidor de água e de energia. Rever as necessidades do projeto, portanto, é um passo cívico. “Há pessoas que estão conscientes sobre isso, como arquitetos, urbanistas e ativistas. Tem outro grupo que chegou atrasado, que quer ganhar dinheiro com isso”, opina.

A adoção de política de redução de perdas e do uso de material com alto impacto ambiental, também segundo o ministério, é recomendável do início ao fim da construção.

Para o arquiteto e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), José Eduardo Ferolla, antes de pensar em “solucionar problemas”, os projetos devem buscar a “eliminação dos problemas”. “Melhor do que apresentar uma solução extremamente engenhosa para eliminar o sol da tarde, por exemplo, seria melhor ter evitado voltar o sol para esta incidência”, comenta.

Crise

Na avaliação de Ferolla, a crise hídrica pela qual passa a região Sudeste é sintoma de que a reflexão sobre a arquitetura sustentável é inevitável – o que, para ele, inclui “reciclagem quase que total dos resíduos para geração de energia e reaproveitamento e repurificação da água utilizada”.

Para além de dispositivos tecnológicos, defendem os especialistas, o ideal é reorganizar o espaço e as necessidades: melhor otimização de luz e arejamento naturais, boa escolha de materiais e de cores, entre outros tópicos.

“Se precisarmos de uso constante de ar condicionado num lugar devido a necessidade de funcionar fechado, por que  já não dotá-lo de materiais externos isolantes que já reduzam, por reflexão, o calor interno?”, questiona Ferolla.

Fonte: http://www.caupa.gov.br/?p=5028

"In a class of its own": exposição sobre escolas de todo o mundo exibe projeto do arquiteto Decio Tozzi

Escola Jardim Ipê de Decio Tozzi, 1965. Image Cortesia de Decio Tozzi        Escola Jardim Ipê de Decio Tozzi, 1965. Image Cortesia de Decio Tozzi

A partir do dia 30 de outubro o IFA-Gallerie Stuttgart recebe a exposição "In a class of its own", que exibirá 21 escolas de todo mundo selecionadas pelo ensino de vanguarda, entre as quais um projeto do arquiteto brasileiro Decio Tozzi - a Escola Jardim Ipê.

"In a class of its own" apresenta edifícios escolares contemporâneos da África, Ásia, Europa e América Latina que harmonizam excepcionalmente bem com os estilos de arquitetura e modos de vida regionais e que foram criados através da participação ativa dos alunos e dos professores. Os projetos selecionados variam de uma escola sobre barcos a edifícios de alta tecnologia (quase) sem paredes.

A exposição mostra 20 exemplos internacionais construídos desde o ano de 2000, edifícios escolares pioneiros que exemplificam o desenvolvimento da arquitetura escolar, sobretudo no século XX. Entre as obras expostas estão a Waldschule, de Walter Spickendorff, a Munkegårdskole, de Arne Jacobsen em Gentofte, e a Escola Jardim Ipê, de Decio Tozzi, entre outros.

Essa exposição foi concebida e desenvolvida pelos alunos e professores da departamentos de arquitetura e arquitetura de interiores na Universidade de Stuttgart, da Universidade de Innsbruck, e Hochschule für Technik Stuttgart.

Para mais informações, por favor, acesse a página do Institut für Auslandsbeziehungen - IFA.

In a class of its own

  • Abertura: 30 de outubro
  • Horário: 19h
  • Local: IFA-Gallerie Stuttgart
  • Endereço: Charlottenstraße, 70173 Stuttgart, Alemanha

Fonte:Romullo Baratto. ""In a class of its own": exposição sobre escolas de todo o mundo exibe projeto do arquiteto Decio Tozzi" 29 Oct 2014. ArchDaily Brasil. Acessado 30 Out 2014.  http://www.archdaily.com.br/br/756163/in-a-class-of-its-own-exposicao-sobre-escolas-de-todo-o-mundo-exibe-projeto-do-arquiteto-decio-tozzi?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=ed2f6596a2-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-ed2f6596a2-407774757

3º CoNEA Brasília


A FENEA – Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo – convoca todos os estudantes, Centros, Grêmios, Secretarias, Diretórios Acadêmicos e Escritórios Modelo de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, bem como todas as Comissões Organizadoras de Encontros Regionais (EREA) e Nacional (ENEA) de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do ano de 2015 e todo o seu corpo diretor a participarem do IV CoNEA - Conselho Nacional de Entidades Estudantis de Arquitetura e Urbanismo – da gestão 2013|2014, que acontecerá na cidade de Brasília de 12 a 16 de novembro de 2014.
O CoNEA é um momento deliberativo da FeNEA, no qual estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil podem trocar experiências, debater e definir planos de ação política conjunta para integrar e articular todas as faculdades do país. Participando dele, você colabora com a construção de um movimento estudantil mais abrangente e democrático e de um Ensino de Arquitetura e Urbanismo melhor e mais condizente com os anseios da sociedade.
CoNEA de Transição
Por ser o último conselho da gestão 2013/2014, esse será um conselho com pautas específicas, voltadas para a avaliação do ultimo ano e para o planejamento das ações da Federação e seus agentes durante a gestão que se inicia.
Seminário de Formação Política da FENEA
Para qualificar a ação dos estudantes de arquitetura e urbanismo organizados através da FeNEA, o foco principal deste Conselho serão os espaços de formação política, organizados em forma de seminário com a colaboração de alguns convidados que contribuirão na construção das pautas do movimento estudantil de arquitetura e urbanismo.
Organize os estudantes da sua faculdade e participe da construção do movimento estudantil de arquitetura e urbanismo. Baixe o cartaz do 3º CoNEA Brasília e divulgue em seu local de estudo.



Em breve mais informações sobre o local e detalhes sobre a pauta.

Fonte: http://www.fenea.org/coneabsb

Autogestão habitacional: entre a utopia e o mercado

Conjunto Paulo Freire, em São Paulo

Conjunto Paulo Freire, em São PauloCrédito: Observatório das Metrópoles

Em que medida a política nacional de habitação formulada a partir de 2003 para a autogestão viabilizou a produção de habitação de interesse social? Esse é o ponto de partida da tese “Autogestão e Habitação: entre a utopia e o mercado”, de Regina Ferreira, mais um resultado do INCT Observatório das Metrópoles. O trabalho traz o mapa dos “empreendimentos” contratados por programas como Crédito Solidário e MCMV Entidades, identificando suas vinculações com movimentos de moradia e reforma urbana organizados nacionalmente.

A tese “Autogestão e Habitação: entre a utopia e o mercado”, de Regina Fátima Ferreira, foi defendida no primeiro semestre de 2014 no âmbito do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ), sob a orientação do professor Orlando Alves dos Santos Júnior. Regina foi conselheira do Conselho das Cidades e militante do movimento de reforma urbana, dessa experiência –  e mais da sua participação na Rede Nacional INCT Observatório das Metrópoles no âmbito do GT Moradia, coordenado pelos professores Adauto Cardoso e Luciana Lago –, surgiu o interesse de investigar as experiências de habitação autogestionária no Brasil.

Leia também:

Livro: O Programa MCMV e seus efeitos territoriais

Livro: Autogestão habitacional no Brasil

A sua tese analisa a política nacional de habitação para autogestão formulada a partir de 2003 e, como desdobramento, a produção de habitação de interesse social realizada por cooperativas e associações comunitárias vinculadas aos movimentos de moradia e reforma urbana. E busca identificar que fatores facilitaram e quais bloquearam a implementação dos programas e discutir em que medida esta política responde à utopia de apropriação coletiva do espaço e realização do direito à cidade, conforme concebida na década de 1980 pelo movimento de reforma urbana.

Regina Ferreira explica que a metodologia utilizada envolveu revisão bibliográfica, entrevistas semi-abertas com lideranças nacionais dos movimentos sociais urbanos, levantamento de dados sobre os programas junto à Secretaria Nacional de Habitação, levantamento dos empreendimentos ligados aos movimentos nacionais urbanos, levantamento de dados junto à secretaria do Fórum Nacional de Reforma Urbana, levantamento das resoluções das Conferências e do Conselho das Cidades.

Movimentos sociais e a luta pela moradia: percurso histórico

A tese mostra que na década de 1980, os movimentos de moradia se articularam com outras organizações da sociedade (sindicatos, universidades, organizações não governamentais) ampliando a luta pela terra e pela moradia para a luta pelo direito à cidade, constituindo o movimento nacional de reforma urbana (MNRU), posteriormente denominado Fórum Nacional de Reforma Urbana, que se mantém desde então, organizado. Na plataforma da reforma urbana no Brasil destacam-se tanto as lutas pelo acesso universal aos serviços urbanos através de políticas urbanas redistributivas, quanto pela apropriação criativa do espaço urbano. “O caráter político emancipatório da rede de reforma urbana está expresso nas lutas dos movimentos sociais para a realização de processos autogestionários nas cidades e para a participação social nos processos de planejamento e gestão municipal, materializando o que David Harvey anunciaria como a utopia de espaço e de processo”, explica Regina e completa:

“A concepção do direito à cidade, conforme enunciada na década de 1960 por Lefèbvre (2008), envolvendo não só o direito ao trabalho, à instrução, à educação, à saúde, à habitação, aos lazeres, à vida, mas também o direito à criação, à atividade participante e à apropriação da cidade, influenciou a trajetória deste movimento, que se mantém atuante desde o processo de redemocratização e construção de uma nova Constituinte (1987). Durante este período, o movimento de reforma urbana logrou a conquista de marcos legais na direção do direito à cidade como a inclusão, em 2000, do direito à moradia como um direito social fundamental na Constituição Federal do Brasil e a aprovação do Estatuto da Cidade, em 2001, referência para a regulação do uso do solo e a implementação de uma política fundiária urbana”.

As conquistas legais, no entanto, não representaram uma mudança substancial na realidade urbana brasileira, notadamente marcada pela segregação socioespacial e pelas desigualdades intraurbanas, metropolitanas e regionais. É neste contexto que vão se inserir as lutas dos movimentos de moradia e reforma urbana tanto por políticas de habitação de interesse social voltadas para grupos autogestionários quanto pela radicalização da participação social nos processos de formulação e gestão das políticas urbanas, visando à construção de uma utopia de espaço e de processo.

“A atuação dos movimentos sociais urbanos para a garantia do acesso à moradia digna e a demanda por recursos, programas e ações que financiassem a produção autogestionária da habitação manteve os movimentos unificados desde o processo de redemocratização e foi fundamental para a retomada dos investimentos do Estado na política habitacional e na inclusão de associações e cooperativas como agentes proponentes e executores da política nacional de habitação”, argumenta a pesquisadora.

Segundo ela, a eleição de Lula para presidente em 2002 gerou uma grande expectativa quanto às possibilidades de se avançar na direção da implementação de processos autogestionários nas cidades. De fato, em 2003 teve início um processo de conferências públicas, nas três esferas de governo (municipal, estadual e federal) para a discussão das diferentes políticas. A 1ª Conferência das Cidades inaugurou a discussão participativa das políticas urbanas e resultou na criação do Conselho Nacional das Cidades, com representação dos diversos segmentos sociais que atuam na cidade.

Já a construção de uma política habitacional voltada à autogestão foi um processo lento, onde os movimentos sociais foram quebrando, pouco a pouco, as resistências tanto do poder legislativo, quanto do poder executivo, a partir da sua atuação nas esferas institucionalizadas (Conferências, Conselhos, audiências públicas), mas, sobretudo, a partir da atuação nas mobilizações nacionais (Caravanas pela Moradia, Jornadas de Lutas), pressionando para que a autogestão na produção de habitação de interesse social (HIS) viesse a se estabelecer definitivamente na agenda pública.

Em 2004, foi criado o Programa Crédito Solidário; em 2008, foi lançada a Ação de Produção Social da Moradia; e, em 2009, o Programa Minha Casa Minha Vida Entidades; este último, o principal programa hoje em funcionamento. Como resultado da implementação destes programas, é possível identificar, desde 2005, experiências de provisão habitacional lideradas por associações, cooperativas e grupos populares, em vários estados brasileiros.

Habitação autogestionária, direito à cidade e mercado

Regina Ferreira aponta que, embora a produção de habitação de interesse social realizada pelos movimentos urbanos tenha pouco impacto na quantidade de unidades de habitação de interesse social produzida quando comparado com a produção do mercado, a produção de HIS autogestionária estaria se constituindo em um processo de legitimação dos próprios movimentos junto à sua base na sua atuação em torno da política urbana, em geral, e da política de habitação, especificamente. “Há que considerar, ainda, que a inserção dos movimentos nos programas públicos habitacionais tenderia a deslocar o foco da atuação dos movimentos para a produção específica da moradia, diminuindo em parte sua autonomia com relação ao Estado”.

Como objetivos específicos do trabalho, pretendeu-se:

- Discutir a questão da habitação tanto como um problema social, tendo o Estado um papel central na formulação de uma política pública específica que dê conta do problema, quanto como um elemento em potencial de organização e inserção social;

- Resgatar a longa trajetória realizada pelos movimentos sociais urbanos, desde a década de 1980, para a construção da política nacional de habitação e a incorporação de grupos, associações e cooperativas como agentes promotores da política habitacional;

- Identificar a produção habitacional que vem sendo feita a partir dos programas federais criados desde 2004 para a autogestão e discutir os principais gargalos existentes hoje na implementação dos programas habitacionais voltados para a autogestão;

- Identificar as concepções de autogestão habitacional que os movimentos de moradia e reforma urbana no Brasil defendem, bem como suas percepções quanto ao que vem sendo posto em prática a partir dos programas existentes e a correspondência ou não com o ideário da autogestão.

No Capítulo 2 “Habitação como uma questão social”, por exemplo, a pesquisadora buscou identificar como a questão habitacional se constitui como um problema social, ou seja, não como um problema individual, mas de uma coletividade, o que tornou obrigatória a intervenção do Estado. “De fato, o problema habitacional inaugurou historicamente a intervenção do Estado nas cidades, papel antes praticamente restrito à iniciativa privada. A fragilidade ou a inexistência desta intervenção - de forma proposital (ou não) - resultou na ocupação humana de áreas impróprias ou distantes dos centros e de suas infraestruturas. Destacou-se que o problema da moradia envolve fundamentalmente o problema da terra. Sem terra em área urbanizada, com a adequada infraestrutura, dificilmente o Estado pode atender à demanda por moradia de interesse social”.

O Capítulo 3 “Movimentos sociais urbanos e a política nacional de habitação” busca reconhecer e resgatar a construção de dois significativos movimentos sociais no Brasil, o movimento de moradia e o movimento de reforma urbana, a partir justamente da carência histórica de moradia e de infraestrutura urbana para a população mais desprovida de condições materiais. Ao resgatar a origem destes movimentos, procurou-se identificar o papel estratégico que tiveram na construção da política nacional de habitação hoje em vigor e, particularmente, na política habitacional destinada à autogestão.

O Capítulo 4 “A produção autogestionária de habitação de interesse social” envolveu, primeiramente, o esforço de identificar o que vem sendo produzido no país, desde 2003, dentro do que vem sendo chamado de autogestão habitacional. Assim, mapeou-se os “empreendimentos” contratados pelos programas nacionais (Crédito Solidário, Ação de Apoio à Produção Social da Moradia e Programa Minha Casa Minha Vida Entidades), identificando-se sua vinculação com movimentos de moradia e reforma urbana organizados nacionalmente. Para este mapeamento, Regina Ferreira conta que foram realizadas duas visitas à Secretaria Nacional de Habitação, que gentilmente cedeu os dados sobre os empreendimentos contratados.

“Na direção de compreender o que é a autogestão no Brasil e as diversas concepções dos diferentes movimentos de moradia sobre o tema, realizei entrevistas com lideranças nacionais dos quatro movimentos organizados nacionalmente, envolvidos com os programas Crédito Solidário, Ação de Produção Social da Moradia e Minha Casa Minha Vida Entidades. Nestas entrevistas busquei identificar os objetivos pretendidos por cada movimento com a participação no programa, a metodologia utilizada por cada um para a constituição e seleção do grupo beneficiário, os processos de formação empreendidos; a existência ou não de um padrão de gestão da obra. Busquei também identificar os principais problemas que estas lideranças vêm identificando nos programas, qual a sua percepção dos resultados obtidos e, principalmente, sua avaliação sobre os mesmos, considerando o ideário que levou à reivindicação da autogestão na política habitacional pelos movimentos de moradia e reforma urbana”.

Regina afirma que o objetivo final do trabalho é poder resgatar parte da história recente sobre a política nacional de habitação de interesse social, vinculada a processos de autogestão nas cidades, bem como refletir sobre o rumo dos programas públicos de autogestão habitacional, conquistados pelos movimentos sociais urbanos.

“A ideologia da casa própria valorizou a concepção da casa como mercadoria: inserir-se num programa público de habitação é a possibilidade de fazer parte desta ideologia. Mas, além de constituir-se como uma mercadoria numa sociedade capitalista, a casa é um bem fundamental para a experiência de vida humana. O seu valor, pela sua natureza, é essencialmente um valor de uso ainda que tenha um valor de troca cuja centralidade na sociedade capitalista é inquestionável”, explica e completa:

“O acesso à moradia não garante, no entanto, necessariamente o acesso à cidade e a inclusão social. Não são poucos os exemplos de beneficiários de programas públicos de HIS que, em pouco tempo, passaram adiante sua propriedade, vindo a ocupar novamente áreas impróprias. Mudar esse quadro representa também mudar a realidade social dessas pessoas e as suas possibilidades de realização enquanto indivíduo, pertencente a uma coletividade”.

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RESUMO

FERREIRA, Regina F. C. F. Autogestão e Habitação: entre a utopia e o mercado. 2014. 219f. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Regional) – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.

Para acesso à tese "Autogestão e Habitação: entre a utopia e o mercado", acesse:http://objdig.ufrj.br/42/teses/818065.pdf

Para contato com a autora, segue o endereço: reginafatimaferreira@gmail.com

Leia também:

O impasse da política urbana no Brasil | Ermínia Maricato

Fonte: http://www.observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_k2&view=item&id=1012%3Aautogest%C3%A3o-habitacional-entre-a-utopia-e-o-mercado&Itemid=169&lang=en

5 iniciativas nos EUA que tornaram os espaços públicos mais dinâmicos

Parque Bryant em Nova Iorque. © cerfon, via Flickr        Parque Bryant em Nova Iorque. © cerfon, via Flickr

As intervenções realizadas em parques urbanos, como por exemplo, a instalação de cadeiras no Parque Bryant de Nova Iorque, ou as obras de arte que são frequentemente instaladas em espaços públicos, fazem com que as cidades sejam lugares mais agradáveis, dinâmicos e atrativos para viver.

Nesse sentido, a organização estadunidense Project for Public Spaces (PPS), acredita que “mais do que nunca, as obras de arte pública são estimulantes e convidam a um diálogo ativo ao invés da observação passiva, fomentando, assim, a interação social que pode inclusive conduzir a um sentido de coesão social entre os próprios espectadores”.

Tomando essa definição, o especialista em Geografia Humana da Universidade de Auckland, Thejas Jagannath, identificou cinco ações desse tipo que acontecem em cidades estadunidenses e que permitem que os cidadãos mudem sua percepção de um lugar, podendo identificar-se com este, considerando-o divertido e dinâmico.

Veja, a seguir, estes cinco projetos.

1. Parque Bryant, Nova Iorque

1412972069_bryant_park_por_scurzuzu_flickr         Parque Bryant em Nova Iorque. © Scurzuzu, via Flickr

Esse parque cobre três hectares e se localiza em frente à Livraria Pública de Nova Iorque. Há pouco tempo foram instaladas mais de mil cadeiras nesse lugar como uma maneira de inovar a experiência que os visitantes têm no parque. Jagannath percebe que essa intervenção convida as pessoas a relaxar e desfrutar do dia, mostrando que cadeiras em um parque podem fazer grande diferença.

As cadeiras complementam outros atrativos que o parque oferece, como cafés, quiosques e um restaurante com terraço, além de jardins e fontes. Os cidadãos também podem alugar jogos de mesa.

2. “Cloud Gate” no Parque Millenium, Chicago

1412972099_cloud_gate_de_anish_kapoor_por_jpellgen_flickr      © jpellgen, via Flickr

Desde 2006, quando foi instalada a escultura de Anish Kapoor no Parque Millenium, o lugar se converteu em um ícone da cidade. Conhecida como “The Bean”, a escultura de aço inoxidável reflete a cidade e o parque com uma perspectiva completamente inusitada.

Esse ano a escultura foi escolhida como uma das 9 melhores intervenções dos últimos tempos pelo Huffington Post.

3. Playground para adultos em D Street, Boston

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Os cidadãos viram em um terreno na rua D, próximo ao Centro de Convenções e Exibições de Boston, a possibilidade de habilitar um lugar, escutar música ou simplesmente relaxar; foi assim que surgiu o parque conhecido como D Street, que oferece várias atividades diferentes, podendo ser subdividido em D Street Lab, D Street Games, D Street REALES e D Street Music.

4. “Mojo”, Los Angeles

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Ao caminhar por uma rua de Los Angeles, os pedestres podem ser surpreendidos por uma escultura que os reconhece e ilumina diretamente. Trata-se de Mojo, uma obra de Christian Moeller que combina arte e tecnologia e com a qual os pedestres podem brincar, movendo-se ao redor dela até serem iluminados.

5. Village Building Convergence, Portland

1412972079_city_repair      © Village Building Convergence

Uma vez por ano a organização Village Building Convergence realiza o evento City Repair, que consiste em convidar os moradores de um bairro em Portland a realizar pequenas intervenções que lhes permitam trabalhar juntos nos lugares onde vivem.

Algumas das atividades consistem em realizar intervenções de agricultura urbana, intervenções artísticas e brincadeiras nas ruas para as crianças.

1412972736_gregraisman_flickr    © gregraisman, via Flickr

Via Plataforma Urbana. Tradução Camilla Ghisleni, ArchDaily Brasil.

 

Fonte:Constanza Martínez Gaete. "5 iniciativas nos EUA que tornaram os espaços públicos mais dinâmicos" 28 Oct 2014. ArchDaily Brasil. Acessado 29 Out 2014.  http://www.archdaily.com.br/br/756268/5-iniciativas-nos-eua-que-tornaram-os-espacos-publicos-mais-dinamicos?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=e227381b01-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email&utm_term=0_318e05562a-e227381b01-407774757

gigante colorido

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

27.10.2014
texto
maria silvia ferraz
fotos
fernando alda

 

o jogo de coberturas metálicas de diferentes tons faz do novo museu da biodiversidade do panamá um dos projetos mais vibrantes de frank gehry

Estruturas curvas e arrojadas, geralmente de metal, são a marca dos projetos Frank Gehry. Mas as formas ganharam algo de novo: cores. É verdade que o arquiteto já assinou outros projetos coloridos, como o museu Experience Music Project, em Seattle, com seu rosa cintilante, ou a mistura entre roxo e azul do hotel Marqués de Riscal, na Espanha. No entanto, agora Gehry brinca com cores primárias e secundárias simples. Azul, vermelho, amarelo e verde pintam as coberturas metálicas, que se sobrepõem pela área de 44 mil metros quadrados do Biomuseo, no Panamá. Visto de longe, o edifício mais parece um brinquedo lúdico, destacado pela vegetação abundante de um parque de 6 acres. O enorme prédio abriga o museu da biodiversidade, que, em outubro, começou a funcionar como centro educacional para crianças e jovens do país. Trata-se do primeiro projeto de Gehry na América Latina.

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

Se as cores transformaram o local, uma península nos arredores da Cidade do Panamá, em um destino vibrante, as formas da cobertura têm uma razão mais focada na funcionalidade. A região é frequentemente atingida por chuvas e fortes ventos, por isso o desenho do telhado foi pensado para potencializar a proteção aos visitantes. Chamada de Amador, a área servia, no passado, de base para o exército americano. O museu fica na ponta da península, com vista para a Cidade e a Baía do Panamá a leste e para o Oceano Pacífico que entra no Canal do Panamá a oeste.

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

história natural
O edifício é composto por oito galerias, que introduzem os visitantes ao conceito de biodiversidade, apresentam os meios-ambientes do Panamá e tratam de história natural e geológica. O conjunto explica como as forças naturais afetaram a vida dos seres humanos e a importância da conexão entre espécies vegetais e animais. O conteúdo foi desenvolvido por cientistas da Universidade do Panamá e do Smithsonian Tropical Research Institute (STRI). O Panamá é um dos lugares com maior biodiversidade do mundo. “A formação do istmo, a barreira entre os oceanos Pacífico e Atlântico, há pelo menos 2 mil anos, fez com que que cada um dos lados se desenvolvesse em direções completamente diferentes”, explica o dr. Anthony Coates, cientista consultor do Biomuseo e membro fundador do Panamá Geology Project do STRI. A separação dos oceanos resultou em mudanças em todo o planeta. No oeste da África, por exemplo, as florestas tropicais viraram savanas, forçando primatas a viverem no solo. A conexão também permitiu a migração de animais e plantas entre Américas do Norte e do Sul, inclusive dos primeiros seres humanos no continente. “Vemos a oportunidade do Panamá se tornar um centro global de exploração e conservação da biodiversidade”, diz María del Pilar Arosemena de Alemán, presidente da Fundação Amador.

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

O próprio Gehry declarou a importância da existência do museu nesta localização. “Este é um projeto de valor pessoal para mim. Eu tenho fortes vínculos com o povo do Panamá e acredito que todos nós deveríamos estar tentando preservar a biodiversidade, ameaçada em todo o mundo. Espero que o design faça uma real contribuição ao sucesso do importante trabalho do Biomuseo”, disse. O escritório Gehry Partner trabalha com um sofisticado programa de modelos 3D, originalmente criado para a indústria de naves espaciais.

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

biomuseo, no panamá | projeto: frank gehry

Leia aqui o que já publicamos sobre Frank Ghery.

Fonte: http://www.bamboonet.com.br/posts/o-jogo-de-coberturas-metalicas-de-diferentes-tons-faz-do-novo-museu-da-biodiversidade-do-panama-um-dos-projetos-mais-vibrantes-de-frank-gehry

 
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