Requisitos de Avaliação da Conformidade de Edificações em consulta nacional

Desde o dia 15 de maio, os critérios de avaliação para certificação em edifícios estão abertos à contribuições
Da redação

RAC

A Eletrobras/Procel em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), disponibilizaram para consulta pública a revisão dos Requisitos de Avaliação da Conformidade para Eficiência Energética em Edificações (RAC). A Portaria n° 248 foi publicada no dia 15 de maio de 2012, o prazo para apresentação das críticas e sugestões é de 30 dias, podendo ser prorrogados por mais 30.

O principal objetivo desta revisão é estabelecer novos critérios para os requisitos, impulsionado a construção de edificações mais eficientes, por meio da concessão da Etiqueta nacional de Conservação de Energia (Ence), pertencente ao Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE).

A revisão expõe todos os critérios necessários para a certificação, no entanto, as exigências das especificações técnicas dos projetos não foram alteradas. As diretrizes do Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicas (RTQ-C), e do Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais (RTQ-R) não sofreram modificações.

Inicialmente, em 2009, apenas os edifícios comerciais, públicos e de serviços, participavam do programa, contudo, em 2010, foi permitida a inclusão de casas e prédios residenciais. A portaria prevê neste novo documento a certificação para todos os tipos de edifícios.

Análise de documentações é um dos critérios abordados, no entanto, os edifícios passam por mais dois processos na avaliação das conformidades, são eles: Inspeção de projeto e inspeção da edificação construída. A classificação do edifício quanto ao nível de eficiência energética é com base no resultado das duas inspeções. Os profissionais que executam os testes são devidamente autorizados pelo Organismo de Inspeção Acreditado (OIA), com base nos RTQs e, posteriormente na revisão da RAC.

As contribuições podem ser feitas por qualquer pessoa e, todas serão  respondidas e avaliadas. Após término de consulta nacional as críticas e sugestões são reunidas e julgadas procedentes ou não. Entretanto, as observações de caráter regulamentar são encaminhadas para o Inmetro e as técnicas para o Procel Edifica da Eletrobras. Segundo, Márcio Damasceno, responsável pelo Programa de Edificações no Inmetro, o processo da consulta pública é importante por permitir a contribuição de pessoas que normalmente não teriam oportunidade de opinar sobre o processo de certificação.

A portaria na íntegra e mais informações sobre a revisão podem ser conferidas pelo site: http://www.inmetro.gov.br/

Fonte: http://www.jornaldainstalacao.com.br/index.php?id_secao=1&noticia=11132

Palestras sobre arquitetura, design, cultura e moda reúnem grandes especialistas italianos / Brasília – DF

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PENSAMENTO ITALIANO - Acontece no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, de 13 a 15 de Junho de 2012. Com entrada franca.

Durante três dias, nomes importantes do pensamento italiano atual estarão em Brasília para falar sobre as mais diversas áreas da cultura contemporânea. O projeto PENSAMENTO ITALIANO vai promover o contato do público com as ideias de profissionais como Mario Cucinella, um arquiteto que tem enorme preocupação com a adaptação de seus projetos às realidades climáticas e à sustentabilidade, responsável por obras que afirmam o conceito sustentável de habitação, o escritor e crítico Stefano Casciani, vice-diretor da celebrada revista Domus (uma das mais prestigiadas publicações de arquitetura, design e moda dos dias atuais) e Giannino Malossi, teórico e crítico de design, moda e comunicação, dos mais respeitados do universo da moda na Itália.

As palestras do ciclo PENSAMENTO ITALIANO acontecerão nos dias 13, 14 e 15 de junho, sempre às 19h30, no Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, com transmissão ao vivo pela internet (streaming), através do site www.pensamentoitaliano.com.br. A intenção do curador Nicola Goretti é possibilitar o acesso ao maior número possível de interessados em cada tema. Para isso, o projeto conta ainda com perfil no Facebook (Pensamento Italiano) e pode ser seguido pelo twitter: @pensaitaliano.  PENSAMENTO ITALIANO se integra às comemorações do Ano da Itália no Brasil, iniciado em outubro de 2011 e que se encerra em junho de 2012. Patrocínio conjunto do CCBB Brasília e TIM.

Cada palestra terá mediação de um profissional brasileiro, especialista da área em debate, e contará com a participação do arquiteto e curador do evento, Nicola Goretti, e do jornalista e tradutor Cláudio Valentinetti. Juntos, eles cuidarão de repassar ao convidado as perguntas da plateia e também dos internautas que estiverem acompanhando o evento pelo site.

Sobre o tema Arquitetura, após a palestra de Cucinella, no dia 13 de junho, o arquiteto Daniel Mangabeira coordenará a conversa com a plateia. No dia seguinte, quinta-feira, será a vez do artista plástico e produtor cultural Evandro Salles mediar a conversa sobre Design e Cultura Contemporânea, com o escritor e projetista Stefano Casciani. E encerrando o ciclo, no dia 15 de junho, a jornalista e produtora de moda Mariza de Macedo Soares fará a mediação do debate com o crítico Giannino Malossi, sobre o tema Moda. Todos os encontros têm entrada franca e tradução simultânea, mas é preciso fazer inscrição através do site www.pensamentoitaliano.com.br. É sugerido também chegar com 30 minutos de antecedência para retirada de headsets.

*O ciclo encerra as celebrações do Ano da Itália no Brasil

*As conferências acontecerão no Teatro do CCBB, com transmissão ao vivo pela internet

PROGRAMAÇÃO

13.06

Palestra: Mario Cucinella – Tema: Arquitetura e futuro verde

Mediador: Daniel Mangabeira

Participantes: Nicola Goretti, Claudio M. Valentinetti e Stefano Casciani

14.06

Palestra: Stefano Casciani – Tema: Autobiografia do Design na Itália

Mediador: Evandro Salles

Participantes: Nicola Goretti, Claudio M. Valentinetti

15.06

Palestra: Gianinno Malossi – Tema: Identidade, Espetáculo, Cultura

Mediador: Marisa de Macedo-Soares

Participantes: Nicola Goretti, Claudio M. Valentinetti e Stefano Casciani

Local: Teatro I do CCBB Brasília

Horário: 19h30

*Chegar com meia hora de antecedência para retirada de fones para a tradução simultânea

OS CONVIDADOS

MARIO CUCINELLA

Arquiteto e designer, nasceu em Palermo, em 1960, estudou Arquitetura em Gênova, onde, de 1987 a 1992, trabalhou no estúdio de Renzo Piano como responsável de projetos e, em seguida, fundou a MCA – Mario Cucinella Architects em Paris (1992) e em Bolonha (1999). De 1998 a 2006, atuou como professor contratado no Laboratório de Tecnologia da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura de Ferrara. Desde 2004 é “visiting professor” na Universidade de Nottingham. Em 2012 fundou a organização sem fins lucrativos Building Green Future. Cucinella interessa-se pelo meio-ambiente e a sustentabilidade, pesquisa e desenvolve projetos e produtos de design industrial.  Entre suas realizações mais significativas estão o Sino-Italian Ecological Building de Pequim, a nova sede da Prefeitura de Bolonha, o Centre for Sustainable Energy Technologies de Ningbo, a estação Villejuif-Leo Lagrange do metrô de Paris, a nova sede da 3M Itália de Milão, além de A School for a Green Future, em Gaza.

STEFANO CASCIANI

Escritor, artista, designer, diretor de revistas, Casciani é autor de várias publicações e reconhecido internacionalmente como um dos conhecedores e divulgadores mais lúcidos de arte contemporânea. Depois de ter estudado design, arquitetura e literatura, se muda para Milão em 1979, continuando sua carreira profissional como redator da prestigiosa revista “Domus”, e Diretor de Arte da empresa de design Zanotta. Aos 28 anos, publica seu primeiro livro “Mobili come Architetture”. Cura e participa de muitas exposições em galerias de arte e museus, incluindo o Louisiana Museum de Copenhagen, a Bienal de Veneza, a Triennale di Milano e a Galleria Nazionale d’Arte Moderna de Roma. No ano 2000, recebe o prêmio “Compasso D`Oro” pela direção do programa televisivo “Lezioni di Design”, na RAI Radio Televisione Italiana. Em 2003, a Fondazione Jacqueline Vodoz e Bruno Danese de Milão apresenta a mostra retrospectiva “Monuments”. É autor de centenas de artigos, ensaios e livros sobre arquitetura, arte e design, entre os quais ressaltam monografias sobre Pierre Restany, Ettore Sottsass e Massimiliano Fuksas. Ex-diretor de “Domus”, atualmente dirige a revista “Disegno: La nuova cultura industriale” e “Babylon – City of dreams”, revista Ipad.

GIANNINO MALOSSI

Curador independente, autor e empresário cultural, trabalha sobre a teoria e a prática de design, moda e indústria cultural. Pela Fiorucci, criou Fiorucci DXing (1977-1981), uma plataforma inovadora pelos estudos interdisciplinares e analises dos “trends” na moda. Suas pesquisas acabaram em exposições na Triennale de Milão (1979), Bienal de Veneza/Projetos Especiais (1980), Stazione Leopolda em Florença (1996, 1997, 1998, 1999, 2000) e The Directors Club de Nova York (2001). Publicou vários livros na Itália e no exterior. Como consultor de moda, colaborou com o Gruppo GFT, Vivienne Westwood, Paul Smith, e, durante mais de 12 anos, com a Florence Fashion Fair Pitti Immagine Uomo e a Camera Nazionale della Moda Italiana. Envolvido, em 2000, na fundação do Interaction Design Institute Ivrea, desde então é ativo na mídia online e nas indústrias criativas R&D projects. Participa do Interaction Design Lab Milano. Colabora com “Abitare”, “Alfabeta2”, “Casa Vogue”, “Domus”, “GQ Italia”, “i-D Magazine”, “Idea”, “Il Giornale dell’Arte”, “L’Espresso”, “Lotus International”, “Modo”, “Print”, “Rolling Stone Italia”, “The Manipulator”, “Vogue Italia”.

MEDIADORES

DANIEL MANGABEIRA – Arquiteto formado em Brasília e atuante desde 1998. Tem projetos desenvolvidos em diferentes cidades como Brasília, São Paulo e alguns centros de Portugal. É sócio do escritório Domo Arquitetos.

EVANDRO SALLES – Artista plástico, produtor cultural e professor, nascido em Belo Horizonte, com formação em artes visuais na Escola do Parque Lage. Desde 1973, trabalha como ilustrador e programador visual. Realizou exposições em diversas cidades do Brasil e do exterior, conquistando vários prêmios. Fez curadoria e produção de mostras como a que trouxe a obra de Yoko Ono ao Brasil, Fluxus e Arte para Crianças, reunindo trabalhos de diferentes artistas. Em 2002, lançou Evandro Salles – desenhos, com 300 obras de diversos períodos.

MARIZA DE MACEDO-SOARES – Paulistana formada em Direito e jornalista por opção, é um dos nomes mais prestigiados da área de moda em Brasília. Além de atuar como colaboradora para revistas – Foco, Revista do Park Shopping e Roteiro – tem coluna na Band News FM e é colaboradora permanente da Link Editora de São Paulo. Escreve sobre moda, estilo e comportamento, arriscando-se também em outras searas como gastronomia, decoração, artes e espetáculos. Faz ainda, em parceria como Park Shopping Brasília, curadoria para exposições com a obra de ícones da moda brasileira como Clodovil e Markito.

PARTICIPANTES

NICOLA GORETTI

Arquiteto, curador de design e arquitetura, nascido em Milão e formado em Arquitetura e Urbanismo na Faculdade de Belgrano, em Buenos Aires, em 1987. Em seguida, abre seu estúdio, dedicando-se a projetos de arquitetura residencial e comercial. Em 1994, funda a Progetto Itália, instituição dedicada a investigar arquitetura e restauração do patrimônio. Com a Progetto Itália, organiza diversos encontros e seminários na Europa e nos Estados Unidos. Em 2001, funda o Grupo AG, no Brasil, direcionado a projetos de design nacional e internacional, através do qual tem realizado exposições de grande repercussão no País, como Moradias Transitórias e Mariko Mori, mostras que circularam por São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

CLAUDIO M. VALENTINETTI

Jornalista, escritor, tradutor. Autor, entre outras obras, de Orson Welles (1981, 1993, 1994 e 1999), Alberto Cavalcanti (1988 e 1995) e Il romanzo di Alida Valli (1995) – os últimos dois com Lorenzo Pellizzari –, Pietro Maria Bardi: Diálogo Pré-Socrático (1995 e 1996) (com Roberto Sambonet), Diálogo pré-socrático com Oscar Niemeyer (1998), Glauber, um olhar europeu (2002), Ittala Nandi I. N. Veritas (2003), O Cinema segundo Eduardo Coutinho (2003), A Arte do Ator: Othon Bastos (2004), Milton Gonçalves – Um negro em movimento (2005), Luchino Visconti – Um diretor de outro mundo (2006) e A leveza contundente de Joaquim Pedro de Andrade (2007).

PENSAMENTO ITALIANO

Local: Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília

Data: de 13 a 15 de junho de 2012

Horários: 19h30

ENTRADA FRANCA

Informações: 3108. 7600

Fonte:

Helm , Joanna . "Palestras sobre arquitetura, design, cultura e moda reúnem grandes especialistas italianos / Brasília – DF" 30 May 2012. ArchDaily. Accessed 01 Jun 2012. http://www.archdaily.com.br/51449/palestras-sobre-arquitetura-design-cultura-e-moda-reunem-grandes-especialistas-italianos-brasilia-df/

IAB entrega para a Secretaria Geral da Presidência da República suas Propostas para a Política Habitacional

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O Conselho Superior do IAB - COSU aprovou documento com as propostas do Instituto para a Política Habitacional Brasileira, entre elas uma análise do programa Minha Casa Minha Vida e a sugestão de ajustes e qualificações necessárias.
O documento foi entregue ao governo federal em audiência no gabinete do Secretário Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, com a presença de expressiva delegação dos conselheiros do IAB reunidos para o COSU em Brasília.

Confira o documento: http://iabto.blogspot.com.br/2012/05/propostas-do-iab-para-politica.html

Congresso Brasileiro de Arborização Urbana 2012

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Sobre o evento

As árvores urbanas são consideradas um dos componentes principais da infra-estrutura das cidades, contribuindo de forma significativa para a qualidade de vida de cerca de 80% da população. Entre os seus benefícios estão pontos como a redução das ilhas de calor, diminuição da incidência direta de raios provocando a redução do uso da refrigeração artificial, retenção da água das chuvas diminuindo a ocorrência de enchentes. Os benefícios das árvores urbanas podem ser medidos em índices econômicos tangíveis. Estudos realizados nos EUA apontam um retorno de até 100% nos investimentos feitos em árvores urbanas. A cadeia de negócios gerados a partir dos investimentos também merece destaque no ciclo econômico empregando milhares de profissionais nas diferentes etapas do processo.

Diante destas condições, deve ser necessária a realização de ações que proporcionem a discussão para as melhores práticas de manejo de árvores urbanas. A Sociedade Brasileira de Arborização Urbana - SBAU, juntamente com a International Society of Arboriculture – ISA e a Prefeitura Municipal de Uberlândia promoverão em setembro de 2012 o XVI Congresso Brasileiro de Arborização Urbana na cidade de Uberlândia (MG).

Para isto será desenvolvido um mix de ações:

  • V Campeonato Brasileiro de Escalada de Árvores;
  • Sessões técnicas;
  • Mesas redondas;
  • Minicursos;
  • Excursões técnicas em locais relacionados ao manejo de árvores urbanas e gestão ambiental em cidades.

Além da programação técnica, serão realizadas atividades turísticas para acompanhantes e eventos de congraçamento entre os congressistas, tornando-se um evento também de cunho social e de lazer.

Fonte e maiores informações: http://www.cbau2012.com.br/

Como a Arquitetura pode contribuir para a humanização do ambiente hospitalar

Márcia Brandão NOTÍCIAS - Saúde


Segundo a pesquisadora na área de design em estabelecimentos de saúde Jain Malkin, diretora do Center for Health Design (EUA), vários estudos baseados comprovam que a elaboração de projeto arquitetônico, que pensa no bem-estar do paciente e das equipes de saúde, contribui na recuperação dos atendidos, assim como  na redução de erros médicos. Para Fábio Bitencourt, presidente da ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar a qualidade da luz, da cor, da acústica, do ar com aplicação de conceitos ergonômicos ajudam na diminuição do estresse nos ambientes de saúde.
Em pesquisa no Hospital de Yale sobre o que mais agravada, a maioria dos pacientes citou as janelas.
Por conta dos resultados benéficos, provenientes da arquitetura para a recuperação dos pacientes e da melhoria da qualidade do trabalho dos profissionais da saúde, muitos hospitais estão apostando nos conceitos do “Design Baseado em Evidências” nas suas construções. Pesquisas como a feita pelo Center for Health Design, usando como referência o Alphonsus Regional Medical Center, em Boise, no estado de Idaho (EUA), mostram que a adoção de medidas para a redução de ruído nos estabelecimentos de saúde pode melhorar o sono dos pacientes em até 7,3%. A especialista Jain Malkin, diretora do centro norte-americano, vem ao Brasil em setembro, para falar sobre conforto nos ambientes de saúde durante V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar.
Após levantamento com pessoas internadas, no Hospital de Yale, New Haven (EUA), sobre o que mais lhes agradava no hospital, a maioria citou as janelas. “A observação do exterior e da dinâmica da vida urbana, que é possível visualizar, além das condições naturais da chuva, do vento, das modificações do desenho das nuvens, são aspectos relevantes que podem contribuir na recuperação dos pacientes”, explica Fábio Bitencourt, presidente da ABDEH - Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar.
Além da inclusão das janelas, que podem provocar impactos positivos tanto fisiológicos como psicológicos nos assistidos, outros fatores são determinantes para o bem-estar dos pacientes. Entre eles: os tons das cores, a acústica, a qualidade do ar, a sinalização, a localização do mobiliário, as iluminações natural e artificial e outros detalhes. “A arquitetura tem, portanto, a oportunidade de ajudar transformando os processos críticos e a percepção técnica e funcional dos espaços construídos, com a finalidade do acolhimento humano”, ressalta Bitencourt. “Porém, a cada projeto arquitetônico é preciso pensar nas características de cada local que incluem condições ambientais, climáticas e culturais para proporcionar conforto”, completa. 
Segundo o presidente da ABDEH, o arquiteto tem um grande desafio quando pensa na humanização dos espaços das unidades hospitalares. Para cada ambiente é preciso atender as condições distintas, pensando no benefício tanto dos profissionais da saúde como dos doentes atendidos. “Todo projetista deve começar seu trabalho perguntando a si mesmo: O que conforta esse paciente? Quem é ele? É idoso, é jovem? O que podemos implantar no projeto que minimize seu momento de dor e angústia?”, ensina Carla Vendramini, designer e vice-presidente de Marketing da ABDEH. “Todos nós passamos ou vamos passar por esse momento, todos nós seremos pacientes, então, a partir de nós mesmos, humanos, saberemos atender essas demandas”, acrescenta.
“No centro cirúrgico, por exemplo, é preciso facilitar o ajuste de temperatura, conforme o procedimento médico. O local também deve oferecer  maior luminosidade sem que haja reflexos de objetos e muita atenção com a vedação de luminárias e interruptores para evitar o acúmulo de sujeira, e por consequência a contaminação dos ambientes. Já nos quartos, além da inclusão da janela, essencial na promoção de conforto, é importante pensar nas cores. Apostar em tons claros ao invés do branco auxilia na diminuição da ansiedade, melhora o humor e promove o relaxamento”, analisa Fábio Bitencourt.
Outro lugar que deve ser considerado com relevância pelos arquitetos nos hospitais, é a sala de espera, pois é um local cercado de tensão e expectativa, seja para esperar notícias de um paciente, aguardar para fazer exame ou passar por uma consulta. “Na recepção é importante apostar nas informações visuais com diversidade de cores, elementos de artes (esculturas, quadros e pinturas abstratas) e iluminação mais suave. Todos esses detalhes devem ser proporcionais para não interferir na harmonia do espaço arquitetônico circundante. Os elementos de sinalização, com informações sobre atividades, função, pessoas e horários, devem ser de fácil manuseio para eventuais trocas, com o mínimo de tempo e custos reduzidos”, ressalta Fábio.
Na sala de exame, é preciso avaliar cada tipo de procedimento. Nesses casos, a arquitetura deve pensar em três tipos de situações: no alívio, liberdade e transcendência. “No primeiro, é quando o paciente tem um resultado bom, o segundo é a consequência do anterior, seja ele positivo ou negativo. Já na terceira hipótese, se o retorno for ruim, é necessário compensar o desconforto pensando nos detalhes de arte e estética (cores, luz e música)”, expõe o presidente da ABDEH, que já fez projetos de diversas maternidades públicas no estado do Rio de Janeiro e é autor da tese de doutorado “Arquitetura do Ambiente de Nascer”, pela UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Segundo o especialista, o mobiliário também não deve ser esquecido. Ele recomenda que o design apresente soluções que contemplem as necessidades referentes às dimensões humanas, às necessidades fisiológicas de cada individuo e considere as limitações e fragilidades de cada pessoa. Deve observar também os aspectos de evitabilidade de acidentes, atenda às normas de segurança e que sua distribuição no ambiente proporcione conforto e atenue as tensões que ocorrem nos serviços de saúde.

Seminário Internacional - Preservação e Desenvolvimento de Sítios Históricos Urbanos

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Como parte das comemorações do Ano de Valorização de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade, a Sedhab , Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano vai realizar o Seminário Internacional - Preservação e Desenvolvimento de Sítios Históricos Urbanos.
O objetivo é conscientizar sobre a importância dos patrimônios históricos, os critérios de conservação e restauro, permitindo reflexões sobre os desafios e as novas políticas de desenvolvimento urbano nos espaços tombados, considerando experiências obtidas no campo internacional e a tendência da arquitetura contemporânea mundial.
Serão discutidos:
  • Experiências exitosas de renovação urbana de sítios históricos.
  • Instrumentos de controle e regulamentação do uso e ocupação do solo em sítios Históricos.
  • Gestão de Sítios Históricos Urbanos.
O seminário será entre os dias 5 e 8 de junho no Auditório da Embaixada da Itália. As inscrições já estão abertas e são limitadas a 200 vagas.
Fonte e maiores informações: http://www.brasiliapatrimoniodahumanidade.df.gov.br/

Arquitetura do vinho chileno é tema de palestra no IAB/RS

Evento ocorre nesta quarta-feira (30/05). A entrada é franca.

Vinho chileno

O Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RS) promove nesta quarta-feira (30/05), um encontro com aroma especial. A partir das 19h30min, começa a palestra “Arquitetura do Vinho no Chile", com a especialista Léia Bruscato.

A arquiteta irá apresentar um repertório de obras da indústria do vinho no Chile que reflete a paixão, não só pela produção vinícola, mas pela arquitetura, pela paisagem, os materiais e o espaço. Entre os temas que serão abordados estão as velhas adegas agrícolas, o desenvolvimento da indústria do vinho no Chile e as novas construções.

“A desigual geografia do Chile permitiu cultivos agrícolas excepcionais que brindam vinhos de qualidade internacional, mas também, seus arquitetos parecem fascinados pela paisagem, respondendo com edificações que dialogam com os elementos naturais”, explica Bruscato.

Confira os projetos que serão apresentados no evento:

http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.098/126/pt?utm_source=Mailee&utm_medium=email&utm_campaign=Quarta+no+IAB&utm_term=&utm_content=Quarta+no+IAB

 

SERVIÇO

O que: Palestra Arquitetura do Vinho Chileno com Léia Bruscato

Onde: IAB-RS (Rua General Canabarro 363, esquina com Riachuelo, no Centro Histórico de Porto Alegre)

Horário: 19 horas

Informações: (51) 3212-2552

Propostas do IAB para a Política Habitacional Brasileira

O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) promoveu o Simpósio “O Desenho da Casa Brasileira”, sobre o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), através de encontros regionais realizados pelos seus Departamentos, com a participação de arquitetos e urbanistas, engenheiros, economistas, o poder público, professores e universitários, lideranças dos movimentos sociais e empresários da construção civil. Como resultado dessas discussões, o Conselho Superior do IAB, em sua 139a Reunião, delibera encaminhar às autoridades a seguinte Recomendação:

A. Considerando:

• Que o Governo Federal manifesta, através do PMCMV, a disposição de enfrentar o déficit habitacional brasileiro, direcionando pesados investimentos na construção de habitação de interesse social;
• Que o PMCMV pretende construir, até 2014, um total de 3,4 milhões de unidades habitacionais, que irão contemplar cerca de 10% da população brasileira, com recursos da ordem de R$ 5,1 bilhões somente no primeiro trimestre de 2012, aquecendo o setor da construção civil, criando empregos e dinamizando a economia;
• Que passaram três anos desde o lançamento do PMCMV, o que já permite realizar avaliações pós- ocupacionais dos primeiros empreendimentos construídos de acordo com as rígidas regras deste programa, identificando qualidades, problemas, limites e potencialidades;
• A importância de dar continuidade à política de eliminação do déficit habitacional brasileiro, que, pela primeira vez, tem garantido, através de subsídios estatais, que milhões de famílias tenham uma moradia digna;

B. O IAB entende:

• Que as ações públicas em habitação de interesse social pressupõem a articulação de diversos agentes, tais como empresas de projeto e construção (de grande, médio e pequeno porte), agentes públicos, movimentos sociais, universidades e entidades profissionais, dentre outros;
• Que a ação pública em habitação de interesse social deve se dar de forma abrangente e diversificada, envolvendo formatos e possibilidades diferenciadas, nos quais a pesquisa continuada, a inovação, a assistência técnica, o acompanhamento e o monitoramento de processos tenham espaço garantido;
• Que há uma diversidade cultural, social, econômica, tecnológica, paisagística e climática no território brasileiro, assim como múltiplas composições familiares a serem atendidas pelo PMCMV, que inclui ainda a habitação de interesse social nas zonas rurais, com suas singularidades;
• Que a política habitacional brasileira em vigor tem promovido a construção de empreendimentos sem continuidade com a cidade existente e desprovidos de equipamentos comuns e espaços de convivência, comprometendo a sociabilidade urbana e dificultando a vida dos seus moradores, que muitas vezes viviam, anteriormente, de trabalhos dependentes da dinâmica urbana inerente à cidade consolidada;
• Que, no caso dos empreendimentos implantados em áreas periféricas desprovidas de infraestrutura, caberá ao poder público financiá-la, bem como prover os equipamentos públicos básicos, o que implica vultosos investimentos;
• Que essa produção transforma, em larga escala, curto período de tempo e de modo definitivo, as cidades e o território brasileiros;
• Que o projeto arquitetônico e urbanístico de qualidade é fundamental na produção de habitação de interesse social, devendo ser valorizado pelas políticas públicas;
• Que o volume de recursos que ora está sendo aplicado cria oportunidades de qualificação das cidades brasileiras, no sentido da configuração de um tecido urbano sustentável, sob os aspectos sociais, ambientais e econômicos.                                                                                                                                                                     C. O IAB propõe:
• Que os diversos programas que compõem a política habitacional brasileira, incluindo o PMCMV, se articulem com o Estatuto da Cidade, com o Plano Nacional de Habitação (PlanHab) do Ministério das Cidades, com os Planos Diretores e com os demais programas e políticas urbanas desenvolvidas pelo Estado, especialmente no que se refere à oferta de infraestrutura e equipamentos públicos nas proximidades dos empreendimentos;
• Que a política habitacional brasileira, incluindo o PMCMV, seja continuamente avaliada pelas instâncias consolidadas de regulação e controle social, como o Conselho das Cidades;
• Que a política habitacional brasileira se baseie na diversificação de formatos e soluções, em todos os sentidos, incluindo habitações de dimensões e tipologias diversas, que contemplem, com soluções projetuais variadas, as distintas composições familiares, assim como habitações específicas para as áreas rurais, que deem conta das singularidades decorrentes da intrínseca relação entre espaço de trabalho e espaço de moradia existentes;
• Que devem ser criados indicadores de projeto que qualifiquem a produção habitacional de interesse social no Brasil, através da avaliação de aspectos como proximidade de equipamentos urbanos (escolas, saúde, lazer e comércio), acessibilidade e mobilidade, adequação à topografia, oferta de equipamentos comuns e espaços de convivência como parte do empreendimento, conforto ambiental, dimensionamento e agenciamento espacial, diversidade tipológica e de usos e possibilidade de ampliação da unidade habitacional, dentre outros.
• Que a política habitacional brasileira inclua programas voltados à requalificação e adaptação de edificações desocupadas ou subutilizadas localizadas em áreas urbanas centrais; dentre outras ações, podem ser feitas articulações com a Secretaria de Patrimônio da União no sentido de utilizar alguns dos milhares de imóveis não operacionais de propriedade da Rede Ferroviária Federal S.A., que se encontram em processo de inventário;
• Que, através da efetiva implementação da Lei Federal no 11.888/2008, voltada a assegurar às famílias de baixa renda assistência técnica pública e gratuita para o projeto e construção de habitação de interesse social, a política habitacional brasileira passe a incluir programas voltados à regularização fundiária e reurbanização de assentamentos precários e, simultaneamente, fortaleça o PMCMV – Entidades, subsidiando a contratação de projetos arquitetônicos e urbanos;
• Que o processo de ocupação de novos empreendimentos habitacionais de interesse social executados com recursos do Governo Federal seja acompanhado e facilitado por ações voltadas à inserção física e social de suas populações nessas novas áreas;
 
Através do seu Grupo de Trabalho “Habitação de Interesse Social”, o IAB, com a participação de diversos Departamentos e com a colaboração de instituições de ensino superior, dos movimentos sociais e de outras entidades de classe, se dispõe a contribuir, de forma propositiva e contínua, para o aprimoramento da política habitacional brasileira, e solicita espaço efetivo para que estas contribuições possam ser discutidas nas instancias responsáveis pela definição deste novo desenho dessa política.                                                                                                                 O IAB se coloca pronto a contribuir ativamente para o aprimoramento do PMCMV, no sentido de reforçar a ARQUITETURA e o URBANISMO como instrumentos de melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

Brasília, 25 de maio de 2012.

 Foto: Reunião no Palácio do Planalto para a entrega do documento.

Workshop Iluminação‏

 

Workshop

Objetivo:

Este Workshop On-Line tem por objetivo, trazer à discussão o papel do Ligthing Designer no cenário brasileiro, evidenciando suas qualificações, relações entre profissionais, atividades projetuais complementares e desmistificando o projeto luminotécnico, apontando o que é Mito e o que é Verdade quando o assunto é luz.

Todos estes pontos, além dos Erros mais frequentes nos projetos de iluminação, serão tratados de forma simples, clara e objetiva junto aos profissionais do mercado, buscando um melhor entendimento sobre o assunto e promovendo cultura orientada à qualificação e diferenciação em seus projetos.

PAULO OLIVEIRA

- Formado em Design de Interiores pela UNOPAR orientando sua pesquisa na área de Lighting Design;
- Especialista em Ensino Superior pela UNOPAR orientando sua pesquisa para a formação e mercado de trabalho do Designer de  Ambientes;

- Especialista em Iluminação pelo IPOG orientando sua pesquisa para a área de formação profissional e mercado;
- Ministrou palestras e cursos em universidades como CESUMAR, UNOPAR, UNIVEM, entre outras;
- Associado à AsBAI, ABIL e ABD;
- Mantem na internet um blog profissional – http://paulooliveira.wordpress.com/ – onde posta informações e dados específicos sobre as áreas de Design de Interiores/Ambientes e Lighting Design;
- Co-fundador do blog – www.espaco.com.br – onde são abordadas todas as áreas do Design junto com outros profissionais;
- Fundador do Portal DesignBR – www.designbr.ning.com;
- Foi colunista da Revista Mary in Foco, direcionada ao público curitibano, sempre falando sobre iluminação, Lighting Design e Arte;
- É colunista da Revista Lume Arquitetura com a coluna “Luz e Design em Foco”;
- Sua atuação na área teve início com trabalhos de iluminação cênica e cenografia a partir de 1998.

Público-Alvo:

    Profissionais da área de Arquitetura, Decoração e Iluminação;
    Contratantes de projetos e serviços correlatos que precisam de maiores conhecimentos sobre o assunto;
    Estudantes e pesquisadores das áreas acima citadas.

O Programa:

1º Módulo - 18 a 22/06

    Introdução
    Cultura de parcerias profissionais (importância das parcerias)
    Comunidade criativa
    Diferenças entre Iluminador e Lighting Designer

2º Módulo - 25 a 29/06

    Erros mais comuns e frequentes em projetos de iluminação
    Estudos de casos
    É mais caro consertar do que iniciar certo

3º Módulo - 02 a 06/07

    A valorização da arquitetura e dos ambientes através da iluminação
    City beautification
    Produtos

4º Módulo - 09 a 13/07

    Pesquisa
    Mitos e verdades
    Tira dúvidas

Formato:

O workshop será ministrado no formato de apostilas em PDFe está dividido em 4 módulos com início em 18/06 e vai até 13/07 (4 semanas).

A cada semana (segunda -feira) será disponibilizado um novo módulo que o participante pode assistir on-line ou baixar para acompanhar posteriormente nos dias e horários que mais lhe for adequado.

Durante a semana, o participante pode tirar suas dúvidas sobre o conteúdo exposto com nosso especialista pelo próprio site.

Todas as aulas ficarão disponíveis para consulta até o final do último módulo.

Workshop On-Line - Lighting Design com Paulo Oliveira
Data: de 18/06 a 13/07
Onde: Evento On-Line (internet)
Valor: R$ 49,90 (Cartão de Crédito ou Boleto Bancário pelo PagSeguro)

São Paulo vai morrer

As cidades também morrem. Há meio século, o lema de São Paulo era “a cidade não pode parar”. Hoje, nosso slogan deveria ser “São Paulo não pode morrer”. Porém, parece que fazemos todo o possível para apressar uma morte anunciada. Pior, o que acontece em São Paulo tornou-se infelizmente um modelo de urbanismo que se reproduz país afora. A seguir esse padrão de urbanização, em médio prazo estaremos frente a um verdadeiro genocídio das cidades brasileiras.
Enquanto muitas cidades no mundo apostam no fim do automóvel, por seu impacto ambiental baseado no individualismo, e reinvestem no transporte público, mais racional e menos impactante, São Paulo continua a promover o privilégio exclusivo dos carros. Ao fazer novas faixas para engarrafar mais gente na Marginal Tietê, com um dinheiro que daria para dez quilômetros de metrô, beneficia os 30% que viajam de automóvel todo dia, enquanto os outros 70% se apertam em ônibus, trens e metrôs superlotados. Quando não optam por andar a pé ou de bicicleta, e freqüentemente demais morrem atropelados. Uma cidade não pode permitir isso, e nem que cerca de três motociclistas morram por dia porque ela não consegue gerenciar um sistema que recebe diariamente 800 novos carros.
Não tem como sobreviver uma cidade que gasta milhões em túneis e pontes, em muitos dos quais, pasmem, os ônibus são proibidos. E que faz desaparecer seus rios e suas árvores, devorados pelas avenidas expressas. Nenhuma economia no mundo pode pretender sobreviver deixando que a maioria de seus trabalhadores perca uma meia jornada por dia – além do duro dia de trabalho – amontoada nos precários meios de transporte. Mas em São Paulo tudo se pode, inclusive levar cerca de quatro horas na ida e volta ao trabalho, partindo-se da periferia, em horas de pico.
Uma cidade que permite o avanço sem freios do mercado imobiliário (agora, sabe-se, com a participação ativa de funcionários da própria prefeitura), que desfigura bairros inteiros para fazer no lugar de casas pacatas prédios que fazem subir os preços a patamares estratosféricos e assim se oferecem apenas aos endinheirados; prédios que impermeabilizam o solo com suas garagens e aumentam o colapso do sistema hídrico urbano, que chegam a oferecer dez ou mais vagas por apartamento e alimentam o consumo exacerbado do automóvel; que propõem suítes em número desnecessário, o que só aumenta o consumo da água; uma cidade assim está permanentemente se envenenando. Condomínios que se tornaram fortalezas, que se isolam com guaritas e muros eletrificados e matam assim a rua, o sol, o vento, o ambiente, a vizinhança e o convívio social, para alimentar uma falsa sensação de segurança.
Enquanto as grandes cidades do mundo mantêm os shoppings à distância, São Paulo permite que se levante um a cada esquina. Até sua companhia de metrô achou por bem fazer shoppings, em vez de fazer o que deveria. O Shopping Center, em que pese a sempre usada justificativa da criação de empregos, colapsa ainda mais o trânsito, mata o comércio de bairro e aniquila a vitalidade das ruas.
Uma cidade que subordina seu planejamento urbano a decisões movidas pelo dinheiro, em nome do discutível lucro de grandes eventos, como corridas de carro ou a Copa do Mundo, delega as decisões de investimentos urbanos não a quem elegemos, mas a presidentes de clubes, de entidades esportivas internacionais ou ao mercado imobiliário.
Esta é uma cidade onde há tempos não se discute mais democraticamente seu planejamento, impondo-se a toque de caixa políticas caça-níqueis ou populistas, com forte caráter segregador. Uma cidade em que endinheirados ainda podem exigir que não se faça metrô nos seus bairros, em que tecnocratas podem decidir, sem que se saiba o porquê, que o mesmo metrô não deve parar na Cidade Universitária, mesmo que seja uma das maiores do continente.
Mas, acima de tudo, uma cidade que acha normal expulsar seus pobres para sempre mais longe, relegar quase metade de sua população, ou cerca de 4 milhões de pessoas, a uma vida precária e insalubre em favelas, loteamentos clandestinos e cortiços, quando não na rua; uma cidade que dá à problemática da habitação pouca ou nenhuma importância, que não prevê enfrentar tal questão com a prioridade e a escala que ela merece, esta cidade caminha para sua implosão, se é que ela já não começou.
Nenhuma comunidade, nenhuma empresa, nenhum bairro, nenhum comércio, nenhuma escola, nenhuma universidade, nem uma família, ninguém pode sobreviver com dignidade quando todos os parâmetros de uma urbanização minimamente justa, democrática, eficiente e sustentável foram deixados para trás. E que se entenda por “sustentável” menos os prédios “ecológicos” e mais nossa capacidade de garantir para nossos filhos e netos cidades em que todos – ricos e pobres – possam nela viver. Se nossos governantes, de qualquer partido que seja, não atentarem para isso, o que significa enfrentar interesses poderosos, a cidade de São Paulo talvez já possa agendar o dia se deu funeral. Para o azar dos que dela não puderem fugir.


João Sette Whitaker Ferreira, arquiteto-urbanista e economista, é professor da Faculdade de Urbanismo da Universidade de São Paulo e da Universidade Mackenzie.

Fonte: http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7188%3Amanchete260512&catid=34%3Amanchete

Cinema e Arquitetura: “Doshi”

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Em uma associação de 100hands com Arnolfini, “Doshi” é o primeiro de uma série de documentários sobre a vida e a obra de importantes arquitetos internacionais.
O diretor, Premjit Ramachandran, mostra um retrato perspicaz e muito necessário do arquiteto indiano, pioneiro da habitação de baixo custo, Balkrishna Doshi.

Doshi, pioneiros da arquitetura contemporânea indiana, interpreta os ideais modernistas de Louis Kahn e de seu antigo chefe, Le Corbusier, trabalhando dentro das limitações locais de clima e tecnologia disponíveis.

Embora exista documentação anterior sobre o trabalho Doshi, em grande parte na forma de livros e artigos de revistas, elas não são capazes de revelar adequadamente a personalidade de Doshi e seu papel e influência na arquitetura na Índia. Doshi foi a pessoa responsável por trazer Le Corbusier e Louis Kahn à Índia. Ele representa, nos primeiros anos de independência da Índia, uma das figuras seminais que exploram a capacidade da arquitetura de encontrar-se com os valores de modernidade desta nova nação. Também estabeleceu a referência para a formação arquitetônica através de seu papel de fundador do Centro para a Gestão Ambiental e Tecnologia em Ahmedabad. Seu trabalho continua evoluindo substancialmente através de seu constante questionamento dos fundamentos da arquitetura. E, o que é ainda mais notável sobre Doshi, é o fato de que o seu entusiasmo, paixão e desejo de aprender permaneçam ininterruptamente até hoje.” – Prem Chandavarkar, Chandavarkar & Thacker Arquitetos

Veja o vídeo:

http://vimeo.com/13823507

http://vimeo.com/13386350

Filmado num estilo franco de conversação, o filme revela um ser humano original e criativo que, aos seus 84 anos, segue tão apaixonado pela arquitetura como pela vida e a aprendizagem. Segundo ele, “uma profunda compreensão do passado e uma relação confortável com o presente é a única maneira que a Índia poderia inventar um futuro sustentável para si mesma”.

Um compromisso pessoal entre o arquiteto Premjit Ramachandran e o cineasta Bijoy Ramachandran [de 100 Hands], “Doshi” é um filme sobre um arquiteto, mas também um filme sobre um professor e um pai. A câmara segue seu protagonista através de seus espaços enquanto ele narra, relembra e explica seus processos de criação. Também revela como faz de sua filosofia parte instrínseca de sua própria vida. O filme torna-se uma mesa redonda com Doshi, seus ex-alunos, seus contemporâneos e até mesmo membros da família, tudo dentro do contexto de sua arquitetura.

Combinando sua experiência de trabalho precoce no estúdio de Le Corbusier, em Paris, com sua própria pesquisa em arquitetura indiana, ele introduziu uma forma original de modernidade sensível ao contexto indiano de comunidade e de  meio ambiente. Doshi cita os templos de Madhurai como fundamentais na sua aprendizagem sobre ritmo e composição, e atribui a sua ética de trabalho a Le Corbusier.

No presente,  o arquiteto se mostra decepcionado com o que ele vê ao seu redor. Com a forma como a arquitetura caiu nas mãos de “inversionistas” e  como os arquitetos encontram cada vez mais dificuldade em questionar as exigências do capitalismo ansioso. ”O que você pode me dar, por quanto dinheiro e em quanto tempo?” Estas, diz ele, são as preocupações de uma cultura obcecada com os produtos ao invés de processos.

O filme não só nos apresenta um grande arquiteto moderno, mas também um ser humano envolvido e culto, além de ajudar a redirecionar nossa atenção às questões realmente importantes do nosso tempo.

Veja o documentário por capítulos aqui.

 

Fonte:

Fernandes , Giovana . "Cinema e Arquitetura: “Doshi”" 25 May 2012. ArchDaily. Accessed 28 May 2012. http://www.archdaily.com.br/50618/cinema-e-arquitetura-doshi/

As vantagens mais importantes do BIM

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Cortesia Estúdio 41

Alguns de nós como arquitetos que somos estivemos aplicando a tecnologia BIM a nosso projetos: no entanto, ainda existem muitos colegas que não provaram suas virtudes e benefícios por falta de conhecimento sobre o tema.

Diante disto, Eron Costin, arquiteto e sócio fundador do escritório Estúdio 41, especialista em tecnologias digitais, e ex-instrutor de Revit, compartilhou um artigo conosco  para poder lhes apresentar a informação necessária para animar-los com o caminho da tecnologia BIM.

Por que você deveria migrar imediatamente para o BIM?

Primeiramente gostaria expor que sou um profundo defensor do uso e da popularização de softwares BIM (Building information modeling, que significa “simular, através de um modelo, as informações do edifício”). Digo isso não apenas pela tecnologia em si. O que defendo é uma valorização do trabalho do arquiteto. Defendo que este profissional possa dedicar mais tempo à concepção do projeto, deixando o trabalho braçal e pesado para a cada vez maior capacidade de processamento dos computadores. Migrar para este processo resulta em projetos mais precisos, entregues em menos tempo, com a garantia de menos problemas na obra.

Muitos já ouviram falar da crescente utilização de softwares BIM, mas o que a maioria não percebe é o potencial desta ferramenta quando usada em sua capacidade máxima. Mais do que apenas um software de projeto em 3D, esta plataforma exige um modo diferente de pensar o processo de projeto, e isto acaba afastando muitos dos que têm um primeiro contato com a tecnologia. Pessoas temem o que não conhecem, e mudar o status quo do modo de projetar de cada um é compreensivelmente uma decisão complexa.

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Cortesia Estúdio 41

Eron Costin é arquiteto, formado pela Universidade Federal do Paraná, Brasil, em 2005. Foi instrutor de Revit durante 3 anos e atualmente é sócio fundador do escritório brasileiro Estúdio 41.

Fonte e reportagem completa: http://www.archdaily.com.br/49221/as-vantagens-mais-importantes-do-bim/

Citar: Helm , Joanna . "As vantagens mais importantes do BIM" 26 May 2012. ArchDaily. Accessed 28 May 2012. <http://www.archdaily.com.br/49221>

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MPE vai à Justiça para impedir que Câmara de Palmas aprove projeto que altera o Plano Diretor

Para promotor, matéria está cheia de vícios e, no futuro, pode trazer sérios prejuízos tanto no campo ambiental quanto no campo urbanístico

Da Redação
O Ministério Público Estadual (MPE) propôs Ação Civil Pública (ACP) com pedido de liminar em desfavor do Município de Palmas e da Câmara Municipal. Conforme a instituição, a Ação, protocolada no dia 20, solicita à Justiça que impeça o legislativo municipal de deliberar sobre qualquer projeto de Lei com objetivo de alterar ou revisar o Plano Diretor da cidade.
Para o MPE, o Projeto de Lei, que passou por emendas substitutivas na Câmara Municipal, modificando por completo a proposta do Executivo, está cheio de vícios e caso venha a ser aprovado pela casa de leis, pode, no futuro, trazer sérios prejuízos tanto no campo ambiental quanto no campo urbanístico.
Ainda de acordo com a instituição, na Ação, o promotor Pedro Geraldo Cunha de Aguiar, titular da 24ª Promotoria de Justiça da Capital, ressalta que não foram observadas pelo Executivo Municipal recomendações previstas na Lei nº 155/2007, bem como determinações constantes na Lei Federal nº 10.257/2011 (Estatuto da Cidade), principalmente no que diz respeito à apresentação de parecer obrigatório do Conselho de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Palmas, bem como de estudos prévios que deveriam ser avaliados pelo Sistema Municipal de Acompanhamento e Controle.
Outra irregularidade foi apontada pela própria Procuradoria Geral do Município, que se manifestou por meio de parecer jurídico contrário ao projeto, sob o argumento de que mudanças no plano diretor devem ser construídas em conjunto com instrumentos de planejamento: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária (LOA), sendo que o atual orçamento não comporta o custo.
O promotor de Justiça afirmou que o processo de mudança do Plano Diretor está totalmente viciado pela insuficiência de participação popular. “É necessário reconhecer que a quantidade de audiências públicas realizadas pela Municipalidade foi desproporcional e desarrazoada quando confrontada com o número de munícipes”, disse.
Diante das irregularidades, a ACP requer liminarmente que a Câmara Municipal se abstenha de apreciar o Projeto de Lei.

Leia por assunto: Plano Diretor de Palmas

leia mais Plano Diretor

Fonte: http://www.portalct.com.br/estado/2012/05/25/44122-mpe-vai-a-justica-para-impedir-que-camara-de-palmas-aprove-projeto-que-altera-o-plano-diretor

Sérgio Magalhães é o novo presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil

 

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O arquiteto Sérgio Ferraz Magalhães, do Rio de Janeiro, acaba de ser eleito novo presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil; sua candidatura resultou de um acordo entre representantes dos IABs de todas as regiões do país, presentes na 140a. reunião do Conselho Superior do IAB, realizada em Brasília nos dias 24 e 25 de maio de 2012.

Magalhães, cujo nome foi confirmado por 95% dos votos depositados na urna (houve dois votos em branco e um nulo), presidirá o IAB no biênio 2012-2014, sucedendo ao arquiteto Gilson Paranhos, do Distrito Federal.

Esta é a equipe que dirigirá o Instituto de Arquitetos do Brasil, sob a presidência de Sérgio Magalhães:

Vice Presidente Nacional – Irã Taborda Dudeque (PR)

Secretário Geral – Jerônimo de Moraes Neto (RJ)

Diretora Financeira – Norma Maron Taulois (RJ)

Diretora Cultural – Cêça Guimaraens (RJ)

Diretor Administrativo – Pedro da Luz Moreira (RJ)

Vice Presidente da Região Centro Oeste – Paulo Henrique Paranhos (DF)

Vice Presidente da Região Nordeste – Odilo de Almeida (CE)

Vice Presidente da Região Norte – Claudemir José Andrade (AM)

Exposição Arquitetura de Moçambique no MCB / Belo Horizonte – MG

 

Moçambique

O MCB em Belo Horizonte com a exposição “A arquitetura de Moçambique – José Forjaz”.Um recorte da produção do arquiteto português, realizada na África nas últimas décadas.

Quando:

De sábado 26 de maio, das 11 às 14 até 1° de julho de 2012.

Onde:

Casa do Baile – Centro de referência de urbanismo e arquitetura
Av. Otacílio Negrão de Lima, 751 – Pampulha CEP: 31.365-450 – Belo Horizonte – MG
Ônibus – 5401
Tel: (31) 3277-7443 / 7971 (FAX)

Fonte: Citar: Helm , Joanna . "Exposição Arquitetura de Moçambique no MCB / Belo Horizonte – MG" 24 May 2012. ArchDaily. Accessed 26 May 2012. http://www.archdaily.com.br/50462/exposicao-arquitetura-de-mocambique-no-mcb-belo-horizonte-mg/

Concurso Internacional de Ideias – Links: Bridging Rivers

links_bridging_rivers-530x350 Divulgação

O concurso internacional de ideias “Links: Bridging Rivers”, promovido pela revista Future Arquitecturas, tem como objetivo identificar as melhores  para intervenções em áreas ribeirinhas. Nesta edição, podem ser apresentadas propostas para duas cidades: Chongqing (China) e Sevilha (Espanha).

Quem pode participar:

Estudantes de arquitetura e jovens arquitetos (até 35 anos), sem restrição de nacionalidade.

Tipo de concurso:

Aberto, em uma etapa. Envio em meio eletrônico.

Cronograma:

Lançamento do concurso: abril de 2012

Prazo de inscrição: 27.07.2012

Prazo de envio dos trabalhos: 27.07.2012

Resultado dos finalistas: 17.09.2012

Entrega dos prêmios: setembro de 2012

Premiação:

Primeiro lugar: 5.000 Euros
Segundo lugar: 2.000 Euros
Três menções honrosas: 1.000 Euros para cada equipe

Para mais informações e inscrições, consultar aqui

Fonte: Concursos de Projeto

Citar: Helm , Joanna . "Concurso Internacional de Ideias – Links: Bridging Rivers" 23 May 2012. ArchDaily. Accessed 25 May 2012. http://www.archdaily.com.br/50267/concurso-internacional-de-ideias-links-bridging-rivers/

Poesia e Arquitetura: Não vive já ninguém… / César Vallejo

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© flickr joseatorralba

–Não vive já ninguém em casa –me dizes–; todos se foram. A sala, o dormitório, o pátio, jazem despovoados. Ninguém já fica, pois, que todos partiram.

E eu te digo: Quando alguém se vai, alguém fica. O ponto por onde passou um homem, já não está só. Unicamente está só, de solidão humana, o lugar por onde nenhum homem passou. As casas novas estão mais mortas que as velhas, porque seus muros são de pedra ou de aço, porém não de homens. Uma casa vem ao mundo, não quando a acabam de edificar, senão quando começam a habitá-la. Uma casa vive unicamente de homens, como uma tumba. Daqui essa irresistível semelhança que há entre uma casa e uma tumba. Só que a casa se nutre da morte do homem. Por isso a primeira está de pé, enquanto a segunda está deitada.

Todos partiram de casa, em realidade, porém todos ficaram em verdade. E não é o recordo deles o que fica, senão eles mesmos. E não é tampouco que eles fiquem em casa, senão que continuam pela casa. As funções e os atos se vão de casa de trem ou avião ou a cavalo, a pé ou se arrastando. O que continua em casa é o órgão, o agente em gerúndio e em círculo. Os passos se foram, os beijos, os perdões, os crimes. O que continua em casa é o pé, os lábios, os olhos, o coração. As negações e as afirmações, o bem e o mal, se dispersaram. O que continua em casa, é o sujeito do ato.

© Da tradução: Igor Fracalossi

Referência: VALLEJO, César. “No vive ya nadie…”. Em “Poemas en prosa” (1923-1929), Obra poética completa, Madrid: Alianza Editorial, 1994.

Fonte: Vallejo , César . "Poesia e Arquitetura: Não vive já ninguém… / César Vallejo" 22 May 2012. ArchDaily. Accessed 23 May 2012. http://www.archdaily.com.br/49629/poesia-e-arquitetura-nao-vive-ja-ninguem-cesar-vallejo/

Novo olhar sobre a arquitetura urbana

Rede social criada por pesquisadores da Universidade de São Paulo pretende divulgar a riqueza arquitetônica das construções brasileiras.

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Página inicial do ‘Arquigrafia’. As fotos propõem a discussão sobre elementos da arquitetura pouco divulgados. (imagem: reprodução)

As construções de uma cidade ajudam a contar um pouco da sua história. Não é à toa que os guias turísticos estão cheios de dicas para visitar prédios e casas ‘importantes’. Agora uma rede social criada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) pretende ampliar essa visão e mostrar a variedade arquitetônica do espaço urbano brasileiro.

A ideia é que os usuários possam postar fotos de edifícios e espaços urbanos e discutam sua arquitetura

O site, que se chama Arquigrafia Brasil, é a primeira rede social do país exclusivamente sobre arquitetura e tem conteúdo colaborativo. O sistema reúne fotos do acervo da biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP e pode também receber contribuições de qualquer pessoa cadastrada. A ideia é que os usuários possam postar fotos de edifícios e espaços urbanos – colocando apenas algumas informações básicas, como localização e nome do fotógrafo – e discutam sua arquitetura.

Segundo um dos coordenadores do projeto, o arquiteto Artur Rozestraten, professor da FAU, não é preciso ser especialista no assunto para participar, pois o Arquigrafia foi pensado para estudantes de arquitetura, fotógrafos e demais interessados no tema.

“Essa rede social possibilita à pessoa analisar e interpretar a imagem”, diz Rozestraten. “Ao navegar pelo site, é possível ver elementos da arquitetura de determinado lugar que não necessariamente estão em um livro, mas são percebidos no olhar fotográfico do usuário, ou seja, a partir das imagens, percebe-se a cidade de uma maneira diferente”, acrescenta. E conclui: “Os olhares dos vários usuários revelam arquiteturas e espaços urbanos que escapam à visão tradicional”.

novo-olhar-sobre02 Foto da estação ferroviária de Ribeirão Preto (SP) postada no ‘Arquigrafia’. A ideia do site é reunir diferentes visões da arquitetura do espaço urbano brasileiro. (foto: Artur Rozestraten – CC BY 3.0)

Por enquanto, o site tem 709 imagens. A grande maioria pertence à FAU, que já teve cerca de 16% de suas 37 mil fotos da arquitetura brasileira digitalizadas. Segundo a equipe envolvida no projeto, o acervo completo, que começou a ser formado na década de 1960 com a ajuda de alunos e professores da faculdade, será disponibilizado aos poucos e deve estar totalmente on-line até julho de 2013. Todas as fotos do Arquigrafia são postadas sob uma licença de uso Creative Commons, que permite que a obra seja divulgada na internet mediante condições preestabelecidas pelo autor.

“A construção do sistema foi feita em diálogo com os usuários”

O site, construído a partir de software livre, ainda está sendo testado antes de ser totalmente aberto aos usuários, o que, segundo os pesquisadores, deve acontecer no final de junho deste ano. “A construção do sistema foi feita em diálogo com os usuários, o que exige testes, avaliações e, eventualmente, alterações”, explica o coordenador do projeto. Quem se interessar pode se candidatar a usuário-teste por meio da seção Fale Conosco.

Rozestraten ressalta que, mesmo após os testes, o Arquigrafia nunca será totalmente concluído. “Novas funcionalidades serão gradativamente incorporadas à rede social.”

O projeto, que conta com a colaboração de professores da Escola de Comunicações e Artes e do Instituto de Matemática e Estatística da USP, prevê, no futuro, a inclusão de desenhos e vídeos e o desenvolvimento de um aplicativo para usuários de smartphones e tablets com sistema operacional Android.

Por meio desse aplicativo, será possível postar uma foto junto com as coordenadas de GPS do local e também encontrar fotos de construções próximas do lugar onde se está. “Com isso, o Arquigrafia permitirá maior interação entre usuários e entre o usuário e o espaço urbano”, avalia Rozestraten.


Fernanda Braune
Ciência Hoje On-line

Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/blogues/bussola/2012/05/novo-olhar-sobre-a-arquitetura-urbana

Concurso - Projeto Arquitetônico do Paço Municipal de Várzea Paulista

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A Prefeitura Municipal de Várzea Paulista, como PROMOTOR, faz saber que institui, juntamente com o Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de São Paulo IAB/SP, como ORGANIZADOR, o Concurso Público Nacional de Arquitetura para o “Projeto Arquitetônico do Paço Municipal de Várzea Paulista”, localizado em Várzea Paulista, SP. O Concurso será realizado em uma única etapa e terá abrangência Nacional.

O objeto do Concurso é o PAÇO MUNICIPAL DA PREFEITURA DE VARZEA PAULISTA - SP, que abrange: edifício do Executivo, Câmara Municipal, Auditório e uma Biblioteca Municipal Multimídia. O Concurso visa selecionar a melhor proposta urbanística e arquitetônica, que atenda as exigências do edital e deste termo de referência e que apresente viabilidade técnica para a construção do Paço Municipal da Prefeitura de Várzea Paulista - SP.

 

Fonte e maiores informações:

http://www.concursovarzeapaulista.com.br/

Concurso internacional premiará projetos para fronteiras urbanas

Urban SOS: Frontiers é aberto para estudantes de arquitetura e engenharia. Vencedor receberá 15 mil dólares e terá a possibilidade de desenvolver o projeto na prática


Aline Rocha

Estão abertas as inscrições para a 4ª edição do concurso internacional Urban SOS: Frontiers, destinado a estudantes de arquitetura e engenharia. A competição selecionará projetos que abordam questões de fronteiras e limites nas cidades, considerando planejamento, engenharia, sustentabilidade e possibilidade de execução.

As propostas deverão abordar áreas urbanas que atualmente enfrentam desafios de habitabilidade em função uma fronteira física, política, cultural ou econômica. O melhor projeto será aquele que apresentar de forma criativa e inovadora os pontos de vista de mais de uma disciplina (arquitetura, engenharia, economia e restauração ecológica). Depois de escolhido o vencedor, os organizadores do concurso escolherão uma instituição local para ajudar a colocar o projeto em prática.

Os estudantes podem se inscrever individualmente ou em grupos de até quatro pessoas. As inscrições ficarão abertas até 31 de agosto e os finalistas serão anunciados no dia 1º de outubro. Em novembro, os projetos serão apresentados para um painel de juízes em Xangai, na China, que então escolherá o vencedor.

O prêmio é de 15 mil dólares, que será distribuído entre os integrantes do grupo. Além disso, será entregue 25 mil dólares para a instituição que ajudará a realizar o projeto.

Mais informações no site do concurso. 

Fonte: http://www.piniweb.com.br/construcao/arquitetura/concurso-internacional-premiara-projetos-para-fronteiras-urbanas-259396-1.asp

Curso de Arquitetura desenvolve projeto sobre acessibilidade nas vias públicas

A falta de acessibilidade é a principal barreira enfrentada por pessoas que convivem com algum tipo de deficiência nas grandes cidades brasileiras. Para aprender a lidar com o desafio da inclusão social, acadêmicos do curso de Arquitetura do CEULP/ULBRA, participam nesta segunda (21), do projeto Sensibilização sobre Acessibilidade nas Vias Públicas.

Para entender melhor o que é acessibilidade, como funciona a sinalização tátil, as vistorias e laudos, bem como encontrar formas de trabalhar com a arquitetura acessível, os acadêmicos da disciplina Introdução ao Projeto irão transitar pela Avenida JK, das 16h às 20h, divididos em grupos, onde se locomoverão por meio de cadeiras de rodas, com tornozeleira de 1 kg, e com venda nos olhos, com o objetivo de sentirem na prática o quanto é difícil ultrapassar pequenos obstáculos quando se tem alguma restrição física.

Após as atividades na Avenida JK, acontecerá uma palestra no Colégio ULBRA Palmas, com o Especialista Robson Freitas Correia da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, que irá abordar o tema Acessibilidade. Na ocasião haverá também um bate papo com os Especialistas: Joseísa M. V. Furtado da Agência de Trânsito, Transporte e Mobilidade -ATTM e Elias Martins Neto da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, que irão discutir a respeito das atividades que estão sendo desenvolvidas no município para promover a Acessibilidade nas vias públicas.

O Projeto, coordenado pela Professora Mestre Adriana Dias, conta ainda com a parceria da Prefeitura Municipal de Palmas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação – SEDUH e Agência de Trânsito, Transporte e Mobilidade – ATTM.

A arquitetura inclusiva

Arquitetura que respeita a diversidade humana e gera acessibilidade para todos. Esse paradigma marca uma nova cultura e um caminho promissor aos profissionais que concebem os espaços.

A falta de acessibilidade é a principal barreira enfrentada por pessoas que convivem com algum tipo de deficiência nas grandes cidades brasileiras. A inclusão desta importante parcela da população – 24,6 milhões de pessoas em todo o país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é um desafio cada vez maior para arquitetos, engenheiros e responsáveis pela definição e implantação de políticas públicas que permitem aos que têm mobilidade reduzida de se locomoverem com autonomia e independência.


(Informações Ascom CEULP/ULBRA)

Fonte: http://www.ogirassol.com.br/pagina.php?editoria=%C3%9Altimas%20Not%C3%ADcias&idnoticia=39750

Profissão: Arquiteto e Urbanista

Desde os tempos mais remotos, o homem procurava seu abrigo, fazia dele seu refúgio e, mesmo antes de existir o que hoje conhecemos como casa, o homem já tentava fazer, desse abrigo, um lugar confortável e também bonito.
Hoje, temos também esse conceito de casa. Fazemos dela o nosso “abrigo”, onde desejamos segurança, conforto térmico e visual, mas principalmente, fazemos da casa o nosso lar. Transformamos este lar em nosso “templo”, onde repousamos após o trabalho, convivemos com a nossa família e temos o prazer de receber nossos amigos.
Normalmente, a casa nos identifica como pessoas, pelo menos deveria. Ali, vamos “imprimindo” nossa história, nossa maneira de ser e de pensar. Colecionamos objetos que nos trazem lembranças, que nos agradam aos olhos, que nos fazem sentir plenamente confortáveis e, neste individual cenário, adotamos o nosso estilo de viver.                                                                                                                                    Quem em nossa casa entra, pode perceber nossas paixões, nossas preferências e, se for bem perspicaz, pode até saber quem realmente somos.
E quem seria o profissional capaz de traduzir em espaço todo esse mosaico de fatores?
O arquiteto, que, em sua formação, é capaz de “conceber” uma casa completamente, captando os anseios do morador, transformando os espaços em ambientes esteticamente equilibrados e coerentes, aproveitando, da melhor maneira os recursos financeiros disponíveis.
Assim, contrariando a ideia de que o arquiteto é um “profissional de elite”, é correto afirmar que, por suas atribuições técnicas e profissionais, ele planeja e executa uma obra com a otimização dos recursos de maneira mais racional e, na maioria das vezes, mais econômica.
Em quantas situações convivemos com espaços mal resolvidos, que atrapalham a nossa rotina e causam desagrados no nosso dia a dia?
Quantas vezes nos deparamos com aqueles “cantinhos”, aparentemente inúteis, que teriam uma solução “ mágica” nas mãos de um arquiteto?
Ele tem a capacidade de resolver os problemas mais complicados, porque esta é a rotina da sua profissão, esta é a sua especialidade, podemos assim dizer.                                                                                                                                                  O arquiteto utiliza em seus projetos elementos da natureza como o sol, o vento e o clima, tirando partido da melhor insolação, da ventilação mais adequada, posicionando corretamente a construção no terreno e adotando materiais condizentes com essas condições.
A arquitetura, em toda a sua história, passou por diversas fases e cada uma delas traduzia o momento sociopolítico e econômico em que se vivia.
Hoje estamos no momento da sustentabilidade, do reaproveitamento de energia, do uso racional dos recursos naturais e da reciclagem dos materiais, de que tanto ouvimos falar na mídia.
A tecnologia da construção avança rapidamente, para atender ao que o mercado hoje solicita: novos materiais e sistemas construtivos que minimizem o impacto a as agressões ao Planeta em que vivemos. Como até agora não havia essa preocupação com o meio ambiente, chegamos a este ponto crucial, onde, não havendo o devido cuidado com nossos recursos naturais, vamos acabar por extingui-los totalmente.
Atualmente, o arquiteto tem muitas opções para adotar materiais de construção e de acabamento que estejam de acordo com a expectativa financeira do seu cliente, além de politicamente corretos e tecnicamente sustentáveis.
Planejar corretamente é a palavra de ordem. No momento em que se planejam competente e racionalmente as áreas a serem construídas, minimiza-se a quantidade de material, de horas de mão de obra, reduz-se o cronograma e, consequentemente, o custo final da obra diminui.
Outra atribuição muito importante do arquiteto é o projeto urbano. Esse profissional tem papel fundamental no planejamento e desenvolvimento de uma cidade. Toda prefeitura deve (ou pelo menos deveria) ter, em sua equipe ligada ao planejamento e execução de suas obras, arquitetos urbanistas.
Como em projeto em grande escala, na cidade, aplicam-se os conhecimentos urbanísticos de zoneamento de usos, mobilidade urbana, paisagismo, obras de infraestrutura, etc. que são orientados através de um Plano Diretor, o qual estabelece as regras de seu desenvolvimento.
Além disso, o arquiteto tem como conduta, preservar os exemplares edificados que fazem parte da história da cidade, com o objetivo de manter viva a memória de seus habitantes. Uma cidade que não conserva seus bens culturais perde o referencial de existência, deixa no caminho a sua história.
Precisamos, portanto, desvincular-nos do conceito de que o arquiteto é um profissional de luxo. Ao contrário, perante tudo o que acabamos de referir, vimos que o arquiteto é um profissional polivalente, que otimiza espaços e que tem uma visão global da obra. Traz também, em sua bagagem, ideias criativas e soluções técnicas, planejando com propriedade tanto os pequenos projetos como nas grandes obras.
Evelise Jaime de Menezes , Arquiteta - Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB Núcleo Rio Grande

Publicação recém lançada pelo LabHab-FAUUSP

  mcmv_convite                                                                                                                                                             O lançamento será no dia 21 de maio, segunda-feira próxima, na FAUUSP.
Veja nos links abaixo:
PDF:
http://www.fau.usp.br/depprojeto/labhab/biblioteca/textos/ferreira_2012_produzirhab_cidades.pdf
Online:
http://issuu.com/labhab/docs/produzircasasouconstruircidades?mode=window&pageNumber=1

Cinema e Arquitetura: “Urbanized”

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Este espetacular documentário mostra o estado atual das nossas cidades, e o futuro que nos espera. O filme tenta introduzir a problemática do rápido crescimento demográfico e a concentração das populações nas grandes cidades, em oposição ao quase desaparecimento de outras cidades, o documentário mostra exemplos ao redor do mundo, conversas com arquitetos e urbanistas, como Norman Foster, Rem Koolhaas, Oscar Niemeyer ou Alejandro Aravena.

 

Ficha Técnica:

Título Original: Urbanized

Ano: 2011

Duração: 55 min.

Fonte: Estados Unidos, Inglaterra

Diretor: Gary Hustwit

Diretor de Fotografia: Luke Geissbuhler

Entrevistados: Rem Koolhaas, Alejandro Aravena, Norman Foster, Joshua David, OscarNiemeyer, Canto James.

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SINOPSE

Urbanized é um documentário sobre o desenho das cidades, enfocando questões e estratégias por trás do desenho urbano, e as opiniões de alguns dos mais renomados arquitetos, urbanistas, políticos, construtores e pensadores. Mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas, e mais de 75% viverão até 2050. Mas, enquanto algumas cidades estão experimentando um crescimento explosivo, outras estão em fase de condensação. Os desafios de equilibrar, habitação, mobilidade, espaço público, participação popular, o desenvolvimento econômico e as políticas ambientais, estão rapidamente tornando-se uma  preocupação universal. Ainda assim, a maioria dos discursos sobre esses temas estão desconectados do domínio público.

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A quem está permitido construir nossas cidades, e como o fazem? Ao contrário de muitos outros campos projetuais, as cidades não são criadas por nenhum outro especialista. Há muitos colaboradores para as transformações urbanas, incluindo os cidadãos comuns, que pode ter um grande impacto na melhoria das cidades em que vivem. Ao explorar uma ampla gama de projetos de urbanismo em todo o mundo, Urbanized  marca uma discussão global sobre o futuro das cidades.

 

Fonte:

Helm , Joanna . "Cinema e Arquitetura: “Urbanized”" 18 May 2012. ArchDaily. Accessed 19 May 2012. http://www.archdaily.com.br/49407/cinema-e-arquitetura-urbanized/

 
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