Ivo Giroto detalha a obra de Fabio Penteado e a preocupação do arquiteto em contribuir para a transformação social

POR: IVO GIROTO

Ilustração: Paola Lopes                                                                            
Dono de uma obra singular entre a produção canônica dos mestres da arquitetura moderna paulista, o arquiteto Fábio Moura Penteado desenvolveu uma produção formalmente variada, mas extremamente coerente no discurso, que trata a arquitetura como agente ativo de transformação social, em um país diverso e exuberante, porém injusto e desigual. Seus projetos sempre partiam do pressuposto de que o artefato construído pode contribuir no processo evolutivo da sociedade e da cidade, e a eloquência formal que transparece em suas propostas, das mais simples às mais complexas, está sempre condicionada a esse princípio.
Falecido há cinco anos, após mais de cinco décadas de uma carreira excepcional e plena de referências, sua arquitetura reflete uma rica trajetória vital e da abertura de seu caráter. A forte dimensão pública de seu trabalho é o elemento unificador de suas obras. Nelas, convivem a beleza rigorosa apreciada pelo grupo paulista e a sensualidade escultórica da arquitetura moderna carioca, além de abarcar a diversidade propositiva e formal presente no cenário internacional da época.
CIDADE E SUJEITOA realidade é a matéria-prima a partir da qual o arquiteto constrói sua proposta de arquitetura de integração. A observação da relação entre a cidade e seus habitantes é um elemento fundamental na definição do projeto arquitetônico. Poucas vezes tranquila e amigável no contexto brasileiro, sugere que a busca de uma sociabilidade renovada deve dirigir-se pelo caminho oposto ao observado na realidade.

SP terá a maior fachada geradora de energia solar com filmes do Brasil

Tal aplicação irá gerar energia suficiente para manter 66 estações de trabalho.

SP terá a maior fachada geradora de energia solar com filmes do Brasil
Os filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV) são filmes plásticos impressos com uma tinta orgânica capaz de produzir energia solar. | Foto: Divulgação / Sunew

Será inaugurada em São Paulo uma das maiores fachadas do mundo com aplicação comercial de células fotovoltaicas que captam a luz do sol e a transformam em energia elétrica. O anúncio foi feito pela Sunew, empresa brasileira fabricante de filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV).
Tal aplicação irá gerar energia suficiente para manter 66 estações de trabalho, além de evitar a emissão de 578 toneladas de CO2 por ano.
Além de compor os vidros padrões da fachada, criando um design diferenciado à edificação, os filmes serão utilizados como parte da comunicação visual. A iniciativa marca o início da disponibilização da solução OPV para o consumo em larga escala no mercado mundial. “Um investimento de 100 milhões de reais foi realizado para o desenvolvimento da tecnologia e implantação da fábrica, que hoje tem capacidade produtiva de 400 mil m2 de filmes fotovoltaicos orgânicos por ano”, afirma Marcos Maciel, CEO da Sunew.

Parque linear na cobertura conecta edifícios residenciais no Vietnã

As três torres serão conectadas por pontes aéreas ajardinadas.

Parque linear na cobertura conecta edifícios residenciais no Vietnã
Nas jardineiras das varandas, que cercam todos os andares dos edifícios, serão plantados bambus. | Foto: Divulgação / Vo Trong Nghia Architects

O estúdio vietnamita Vo Trong Nghia Architects revelou um projeto para um condomínio residencial na cidade de Ho Chi Minh, no Vietnã. A ideia consiste em três torres que serão conectadas por pontes aéreas na cobertura e protegidas da luz do sol por faixas de bambu em suas varandas.
O condomínio Dimond Lotus está situado em uma faixa de terra entre dois rios que serpenteiam a cidade e desaguam no oceano. Os blocos, que terão 22 andares, serão ligados por um jardim e pontes equipadas com áreas de convivência e vista para os canais da cidade.
O condomínio, que ocupa 8.400 metros quadrados, terá 720 unidades de apartamentos – todos com varandas ajardinadas e acesso à cobertura. “O telhado conectado fornece aos moradores um grande espaço verde, o que raramente ocorre na cidade”, afirmam os arquitetos responsáveis.

O abismo entre o ensino de Arquitetura e de Urbanismo no Brasil

Cada vez mais alunos e professores estão distantes das discussões sobre as cidades. Está na hora de olharmos para a formação dos futuros profissionais.



Há alguns anos, quando iniciei minha caminhada pela Sociologia Urbana, imaginava que encontraria uma grande receptividade dos Arquitetos e Urbanistas. Afinal, estamos em um país onde 80% das pessoas vivem em cidades, gerando grande necessidade pelo entendimento de como podemos melhorar a tão propagada “sociabilidade urbana”, não é? Errado.
Com raras mas excelentes exceções, ocorre que a classe de Arquitetos e Urbanistas pouco liga para as cidades e remete excessiva atenção para a construção civil (seja na sua parte “hard” do projeto arquitetônico ou na “soft”, que envolve o mundo da decoração de interiores), por mais que digam que os currículos são complementares — um velho clichê sem muita conexão com a realidade. Durante o boom imobiliário que o Brasil sofreu nos anos 2000, a situação se agravou e milhares de jovens entraram nos cursos de Arquitetura e Urbanismo pelo país com o sonho de serem grandes projetistas e obterem reconhecimento do mercado imobiliário em expansão. Com a crescente demanda, multiplicou-se a quantidade de novos cursos (veja gráfico abaixo).


Livro para colorir tem desenhos baseados na sequência de Fibonacci

Segundo o próprio ilustrador, o trabalho é fruto de mais de 40 anos de dedicação.

Livro para colorir tem desenhos baseados na sequência de Fibonacci
Os desenhos foram feitos com nada mais do que um lápis, régua, compasso e transferidor. | Foto: Divulgação


A sequência de Fibonacci é uma série numérica misteriosa que aparece em muitos elementos da natureza. A proporção áurea que esses números estabelecem também é muito usada na arte e na arquitetura. Inspirado por toda essa “magia”, o arquiteto e ilustrado venezuelano Rafael Araujo criou um livro de colorir baseado na sequência de Fibonacci.
O trabalho é uma verdadeira obra de arte, tanto no aspecto estético, com científico, trazendo à tona diversos detalhes da natureza. Cada uma das ilustrações traz uma série de detalhes e relações entre o mundo natural e a matemática.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Segundo o próprio ilustrador, o trabalho é fruto de mais de 40 anos de dedicação. Os desenhos foram feitos com nada mais do que um lápis, régua, compasso e transferidor.

8 árvores ideais para plantar em calçadas

Plantar uma árvore é um ótimo jeito de contribuir para a manutenção ambiental da cidade e para a biodiversidade.

8 árvores ideais para plantar em calçadas
Em volta das árvores plantadas deverá ser adotada uma área permeável, que permita a infiltração de água e a aeração do solo. | Foto: Reprodução / Manual Arborização Urbana Prefeitura SP

Plantar uma árvore na calçada é um ótimo jeito de contribuir para a manutenção ambiental da cidade e para a biodiversidade. No entanto, antes de escolher a muda, é preciso atentar a alguns fatores essenciais. Entre os principais cuidados estão: o tipo de raiz, o porte da árvore, a origem e se a espécie é frutífera ou não.
O ideal é que em passeios públicos não sejam usadas espécies com frutos pesados, que possam causar acidentes aos pedestres, e que não sejam tão grandes a ponto de bloquear a iluminação pública ou causar danos à calçada e aos fios de transmissão de energia. De acordo com os manuais de arborização urbana, o ideal é de que em áreas com fiação convencional sejam usadas espécies de pequeno porte, cuja altura não seja superior a seis metros. Em locais com recuo predial de no mínimo três metros, com fiação ausente, protegida ou isolada, é possível usar espécies de porte médio, que chegam a 12 metros de altura, com diâmetro médio da copa em sete metros.
Dentro destes padrões, nós separamos algumas espécies nativas brasileiras, adequadas para plantios em áreas urbanas. Antes de escolher uma delas, verifique se a muda é adequada ao bioma de sua região, pois, mesmo sendo nativa, ela pode não ser endêmica, prejudicando a biodiversidade local.

Como funcionam os Shafts

Shaft no banheiro


Muita gente já ouviu falar dos famosos "shafts", mas você sabe exatamente o que são? Neste artigo vamos mostrar como funcionam os shafts na construção civil.

Shafts são aberturas verticais na construção, por onde passam tubulações de instalações hidrossanitárias, como água quente, fria, ventilação e esgoto. Em alguns casos os shafts são utilizados para passar eletrocalhas, porém qualquer elemento de instalações elétricas deve ser cuidadosamente projetado, observando-se as normas de proteção contra incêndio. Como os shafts possuem aberturas na laje para a passagem de tubulações, devem possuir vedação adequada, caso contrário, as chamas podem se propagar verticalmente com facilidade.

A principal função do shaft é facilitar o acesso ao encanador, quando for necessária alguma inspeção ou manutenção dos tubos. Geralmente os shafts ficam nos banheiros e cozinhas e possuem aberturas ou são recobertos por painéis de gesso acartonado, resistentes à água, que são muito mais fáceis de quebrar e recolocar do que a alvenaria comum.

Projetando shafts


Um bom projeto de shaft deve considerar a disposição e fixação adequadas das tubulações verticais, o espaço suficiente e correto para os dispositivos instalados no seu interior e condições apropriadas de acesso aos equipamentos que acompanham a tubulação, permitindo fácil acesso para eventual substituição de peças. Além da tubulação de água e esgoto, os shafts também podem conter válvulas redutoras ou de manutenção de pressão, misturadores, válvulas de sinalização ou controle de sistemas de combate a incêndio e medidores de consumo de água ou gás, portanto ao se projetar um shaft é importante que se dimensione detalhadamente todas as instalações, tanto em planta quanto em vista.

Além disso, em um projeto arquitetônico, os shafts podem simplesmente fazer a função de fossos de ventilação e iluminação, uma vez que os banheiros podem ficar enclausurados e, portanto, sem janelas. Neste caso é importante que se verifique que os shafts diminuem a área útil do ambiente, porém viabilizam a implantação de diversas suítes em um empreendimento, por exemplo.

3 maneiras que Singapura modela o “viver sustentável”

singapura-BlogA Urbanização é real – e não importa onde você mora.
De acordo com um estudo das Nações Unidas feito em 2014, o número de habitantes de zonas rurais está entrando em declínio na escala global. Enquanto apenas 30% da população mundial moravam em zonas urbanas em 1950, mais da metade (54%) moram hoje em zonas urbanas. Uma projeção da ONU mostra que, em 2050, as áreas urbanas serão ocupadas por aproximadamente 70% da população mundial.
Existem muitos benefícios provenientes do crescimento populacional em grandes centros urbanos: as economias são reforçadas; mais compras, comercio e turismo; e são oferecidas mais oportunidades para inovação e crescimento cultural. Estas vantagens explicam esta rápida mudança. Mas sem uma infraestrutura própria para acompanhar o ritmo e sustentar este desenvolvimento rápido, a Urbanização pode causar mais danos do que trazer benefícios.
Crescimento sustentável se encontra no centro da problemática do desenvolvimento urbano, e Singapura é geralmente citada como exemplo de uma cidade que acertou em seus fundamentos
Com mais de 5.5 milhões de habitantes, Singapura implementou um catalogo de soluções urbanas que assegura sua posição entre as 10 cidades mais sustentáveis no ranking ARCADIS.
Algumas estratégias são:

  1. Comprometimento com o planejamento sustentável
Uma das formas mais eficazes de reduzir a pegada de carbono de uma cidade é reformar seus edifícios e traze-los para padrões sustentáveis. Graças à Autoridade de Edifícios e Construções de Singapura (BCA),desde 2005, milhares de edifícios receberam o certificado “Green Mark”, em um caminho para o objetivo da cidade de se tornar 80% sustentável até 2030.
Um exemplo destes esforços se mostra na sede do BCA, um edifício Net-Zero. O mais sustentável de Singapura, que está sendo usado de teste para futuros projetos arquitetônicos sustentáveis.
Mas a Cidade-Estado vai muito além de ser apenas um bom exemplo de urbanismo: A Cúpula das Cidades Mundiais incentiva líderes mundiais a visitarem Singapura e discutir sobre maneiras que possam planejar cidades mais habitáveis para um futuro sustentável.

Fonte e artigo completo: http://blog.gbcbrasil.org.br/?p=1627

Como tornar cidades mais eficientes energeticamente

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Fazer o retrofit de uma pequena porção de edifícios teria um grande impacto na emissão de carbono das cidades
Muitos programas incentivam proprietários de residências e outros tipos de edifício a realizar melhoras para tornar os edifícios mais eficientes energeticamente, por vezes até oferecendo subsídios ou incentivos fiscais. Agora, urbanistas talvez tenham uma maneira de determinar onde estes programas podem obter o melhor retorno para o investimento: Uma nova pesquisa mostra como identificar edifícios que, “retrofitados” para maior eficiência energética, terão o maior impacto no total de emissões de gás carbono de uma cidade.
A nova descoberta, que requer somente o mínimo de informações sobre edifícios e seu consumo de energia, desenvolvido por Marta González e Franz-Josef Ulm, professores do MIT de Engenharia Civil e Ambiental. Os resultados foram publicados no periódico Interface, publicado pela Royal Society, no Reino Unido.
Os autores apontam que 44% de toda energia usada em edifícios dos Estados Unidos são destinadas à aquecimento e refrigeração, contabilizando por 20% do total de emissão de dióxido de carbono do país. Então, reduzir consideravelmente a emissão do gás neste setor poderia auxiliar o país atingir sua meta de emissão de gases estufa.
Porém, nem toda habitação é criada da mesma forma, e fazer um retrofit nos edifícios menos eficientes pode causar um impacto muito maior nas emissões do que em um que tem uma performance aceitável. Descobrir como identificar os edifícios mais carentes de melhorias, contudo, em uma escala útil para prefeituras e companhias de fornecimento de energia elétrica não é uma tarefa simples.
González explica que existem 82 parâmetros diferentes que podem afetar na eficiência térmica de um edifício, mas a maior parte destas informações requerem medições detalhadas e presenciais, em alguns casos necessitando ainda de equipamentos específicos, tornando impraticável uma análise em escala de cidade. Mas após estudos cuidadosos de áreas amostrais de Boston e Cambridge, em Massachusetts, a equipe descobriu que é possível usar apenas oito destes parâmetros para chegar a conclusões que são quase tão precisas quanto, tornando a tarefa muito mais praticável.
“Meu trabalho é reduzir o número de variáveis que você precisa saber”, diz González. “Existe alguma maneira de fazer planejamento urbano sem saber de todos os detalhes?” E neste caso, ela e a equipe descobriram que existe. Os parâmetros isolados, diz, “são as variáveis que importam. Você realmente pode focar nestes oito.”
Fonte e artigo completo: http://blog.gbcbrasil.org.br/?p=1701

Plantando ar saudável: uma solução natural para solucionar a poluição e o calor nas cidades

 


Este post foi originalmente escrito por  e publicado no TheCityFix.
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A natureza é capaz de ajudar as cidades a enfrentar problemas como o ar muito sujo ou muito quente? Com base em um novo relatório divulgado pela The Nature Conservancy – em colaboração com C40 Cities Climate Leadership Group – a resposta parece ser um qualificado “sim”.
O relatório “Planting Healthy Air” (Plantando Ar Saudável, em tradução livre) identifica o potencial retorno do investimento do plantio de árvores em 245 cidades globais, que atualmente abrigam cerca de um quarto da população urbana do mundo. Através da coleta e análise de informações geoespaciais sobre a cobertura florestal, de material particulado e densidade populacional, e alavancando os estudos existentes, o estudo estima o escopo de árvores de rua atuais e futuras para tornar o ar urbano mais saudável. Os benefícios que as árvores poderiam dar às cidades serão ainda mais cruciais no futuro, conclui o estudo, já que um quarto de milhão de pessoas pode morrer a cada ano devido ao aquecimento urbano até 2050, a menos que as cidades tomem medidas proativas para se adaptarem ao aquecimento global
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(Árvores urbanas, cidades resfriadas: O cimento e o concreto das cidades absorve a energia do sol e a irradia de volta para o ambiente, esquentando o ar nas cidades. As árvores fornecem sombras e previnem que o concreto esquente, além de resfriar o ar pela transpiração de água. As árvores podem resfriar bairros em cerca de 4º Fahrenheit)

Place branding: a identidade e a resiliência das cidades

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O conceito de place branding ajuda a entender o que torna um lugar singular (Foto: Caio Esteves)
O que nos faz gostar mais de um lugar do que de outro? Como reconhecemos a cultura local dos lugares? Por que algumas cidades são claramente autênticas e outras parecem cenários de alguma produção cinematográfica?
Mundo afora nos deparamos com várias cidades e regiões com um posicionamento forte, com características distintivas claras, que atraem pessoas do mundo todo: visitantes, moradores, talentos, investidores etc. Esse posicionamento das cidades surge de uma abordagem chamada place branding, um conceito recente e pouco disseminado no Brasil.
Algumas das principais questões presentes na discussão de place branding na América do Sul também estão presentes no resto do mundo. A prática e a reflexão sobre o conceito estão em sua fase inicial, e somos ainda mais unidos pelas dúvidas do que pelas certezas. Mais do que as dúvidas a respeito da disciplina, enfrentamos uma situação política e econômica adversa. Enquanto os países desenvolvidos planejam suas marcas-lugar com a perspectiva de décadas, na América Latina – especificamente no Brasil – ainda carecemos de planejamento que transcenda o mandato de quatro anos das administrações. No contexto brasileiro, pensa-se menos em uma marca-lugar da sociedade para a sociedade do que em uma marca-governo, disfarçada de marca-lugar.

Nove livros sobre cidades para ler em 2017

 

Com a aproximação das festas e feriados de final de ano, a rotina se atenua e podemos ler os livros que deixamos de lado durante o ano. Em tempos de crescimento das áreas urbanas e do aumento da representatividade das cidades para a sustentabilidade do planeta, é fundamental que busquemos entender melhor o lugar que escolhemos para viver a fim de, assim, construir uma melhor convivência para todos. Separamos algumas indicações de leitura para que sigamos alinhados nos debates sobre cidades sustentáveis.
(Foto: Ninocare/Pixabay)
(Foto: Ninocare/Pixabay)

Morte e Vida nas Grandes Cidades – Jane Jacobs

“Jacobs é mundialmente conhecida pelos princípios de desenvolvimento urbano que defendeu no livro “Morte e vida de grandes cidades”, publicado em 1961. Na obra, a especialista analisa a fundo as práticas de planejamento e remodelagem urbana que nortearam o desenvolvimento das cidades ao longo dos anos 50 nos Estados Unidos. As funções dos espaços públicos, os aspectos que contribuem para a segurança e o bem-estar, os elementos que levam determinados locais a se tornarem áreas vivas e pulsantes da cidade enquanto outros acabam esquecidos e degradados e a importância vital da diversidade de usos são alguns dos pontos explorados pela autora no livro que, décadas depois de publicado, ainda é um guia para planejadores urbanos em todo o mundo” – Trecho do post Cem anos de Jane Jacobs: lições da jornalista que mudou a forma como pensamos as cidades.

Cidades para Pessoas – Jan Gehl

“Na minha opinião, nós precisamos fazer bairros ou centros de cidades muito melhores, baseados na ideia de pessoas caminhando muito mais e pedalando muito mais quando isso for possível. Muitas cidades decidiram fazer isso. Na minha cidade, Copenhague, 45% das pessoas vão ao trabalho ou à escola de bicicleta, mas não era assim 20 anos atrás. Quanto mais infraestrutura, mais seguro se torna e mais pessoas pedalam, pois é bom para o clima, é bom para você, bom para a economia, bom para a poluição, é bom para o barulho. É realmente muito bom” – Trecho da entrevista concedida por Jan Gehl ao TheCityFix Brasil, disponível no post “Defensor de cidades mais humanas, Jan Gehl provoca em entrevista: “O que você está esperando, Brasil?”

Retrofit: quando é vantajoso requalificar ou modernizar uma edificação?

Do atendimento a novos usos a exigências securitárias, motivos não faltam para modernizar o espaço

Nanci Corbioli
Nascido como solução para renovar edifícios antigos e assim preservar o patrimônio histórico e arquitetônico, o retrofit se mostrou como recurso viável também nos casos de prédios residenciais ou de escritórios e até mesmo plantas industriais, galpões de armazenagem e unidades de vendas a varejo. Quando a localização compensa o investimento, um projeto de requalificação, desenvolvido com foco nas novas demandas de uso e combinado a materiais, tecnologias e instalações atuais, garante fôlego à edificação, que passa a ter maior valor de mercado e vida útil significativamente ampliada.

Prédio onde antes funcionava o hipermercado Carrefour da rua Pamplona, em São Paulo. As obras para receber o futuro Shopping Jardim Pamplona devem ser concluídas em outubro de 2016. No pico das obras, o canteiro chegou a ter mil homens trabalhando a cada dia

Esse é o caso do Shopping Jardim Pamplona, empreendimento do Carrefour Property Division, responsável pela gestão dos ativos imobiliários do Grupo Carrefour. O conjunto de mais de 40 mil m² está sendo implantado entre a rua Pamplona e a avenida Nove de Julho, no bairro paulistano do Jardim Paulista, no ponto onde já funcionava uma loja da rede francesa de hipermercados. O antigo prédio, construído no começo da década de 1970 e dividido em subsolo, térreo e mais quatro pavimentos, está passando por pilaobras de retrofit desde janeiro de 2016. Os objetivos são aumentar sua capacidade de carga, ampliar a área construída e renovar as instalações da edificação para que ela possa receber uma nova unidade do Carrefour, 60 lojas, praça de alimentação e terraço gourmet. 'É uma localização estratégica, em região que concentra população de alto poder aquisitivo, o que justifica o elevado grau de investimento', detalha Raul Nahas, diretor comercial da RR Compacta, construtora responsável pelas obras civis. O Carrefour fechou as portas do imóvel em 31 de dezembro de 2015 e a partir daí as obras tiveram início.

Impressão 3D na construção: em breve uma realidade em escala

Maurício Bernardes

Com base nas pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de novos produtos estima-se que o mercado de impressão 3D movimentará US$ 120 bilhões em 2020 e cerca de US$ 300 bilhões em 2025.
Em relação à construção civil há uma expectativa de que os custos de construção possam cair drasticamente com o uso desta tecnologia em escala, em função da significativa redução do uso de mão de obra em canteiros.
Países como os EUA, Japão, Alemanha e Reino Unido estão investindo grandes cifras em pesquisa de técnicas de impressão 3D, em diferentes setores da economia, tais como medicina, indústria, fabricação de veículos e aviação.
Para se ter uma ideia da aplicação deste conceito na medicina, atualmente as “bio-impressoras” estão sendo usadas em pesquisas com tecidos vivos (“impressos”), e que são monitorados após a introdução de doenças com o objetivo selecionar os tipos de tratamento mais eficazes.
Recentemente a startup americana Organovo, “bio-imprimiu” (3D) seu primeiro tecido de fígado humano para testes, depois de em 2010 ter usado uma técnica inovadora para “bio-imprimir” o primeiro vaso sanguíneo humano, esperando que nos próximos 10 anos haja condições concretas de “bio-impressão” de órgãos completos.


CAU/SC busca arquiteto e urbanista para vaga com salário de R$ 7,6 mil

Interessados podem inscrever-se no concurso até o dia 16 de janeiro

Luísa Cortés, do Portal PINIweb

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CAU/SC) está com uma vaga aberta para arquitetos e urbanistas, no regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O emprego tem carga horária de 40 horas semanais e remuneração mensal de R$ 7.699,28.

Para concorrer, o interessado deve ter diploma de conclusão de curso superior em Arquitetura e Urbanismo, registro no CAU e Carteira Nacional de Habilitação Permanente, categoria B. Além da remuneração mensal, o profissional também receberá vale alimentação no valor de R$ 658,91, plano de saúde, seguro de vida em grupo e vale transporte.
Confira o edital completo e seus anexos clicando aqui

A Sustentabilidade Além do Corporativo


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As construções são a representação do trabalho dos homens e, assim como a arte, muitas vezes se transformam no espelho social de uma época. La Belle epoque na França, os arranha-céus de Manhatan, são marcos de épocas vivas até hoje no imaginário ocidental. No entanto, a complexa materia-diase-sustentabilidade-alem-do-corporativo1sociedade atual nos faz distante daquilo que não nos pertence. O tempo passa em meio aos compromissos e as intermináveis horas no trânsito, que não nos deixam sentir o pulsar da cidade e de suas obras extraordinárias, muitas vezes a poucos metros de nós. É assim que tem sido, embora tentemos mudar esta realidade.
Ser-estar, pertencer à comunidade que nos cerca, conhecer as pessoas que estão próximas. Por que isso é tão difícil? Vivemos num mundo mais virtual do que real. A todo momento, desesperados, checamos as redes sociais, e-mails, respondemos mensagens e, se sobrar tempo, damos uma olhada para o indivíduo (esse individuo nunca foi tão individual) que está do nosso lado. Quem sabe apenas para sabermos se estamos vivendo de verdade no mundo real.
Nos anos 1970 algum poeta disse: “Pare o mundo que eu quero descer”. Hoje, mais de quarenta anos depois, o mundo está ainda mais confuso e complexo. E a palavra-chave para resolver toda esta situação é uma só: SUSTENTABILIDADE. A princípio esse termo estranho era interpretado apenas como uma releitura (o mundo adora releituras) de Ecologia, que aos poucos foi caindo em desuso, pois representava apenas assuntos ligados a Natureza. Porém, era preciso um termo mais “moderno” para caracterizar a sociedade em que vivemos.materia-diase-sustentabilidade-alem-do-corporativo2
Aos poucos, mesmo que cognitivamente, vamos entendendo que a sustentabilidade é muito mais que somente o cuidado com a Natureza. Aprendemos também que o meio ambiente é muito mais do que aquilo que estávamos acostumados a enxergar. Ele é tudo a nossa volta. Então por que não semeamos o bem para retornar coisas positivas para toda a sociedade?
Está cada vez mais claro no mundo corporativo que pagaremos um preço muito alto no futuro se os bens materiais e naturais continuarem a ser explorados como se não houvesse amanhã. Mas grandes mudanças já são realidade. Na construção civil, por exemplo, o método tilt-up, surgido nos EUA, é um exemplo de otimização de serviço e bens naturais. Por ser confeccionado diretamente no canteiro de obras, com as paredes sendo erguidas diretamente do chão de forma impressionante, o processo tilt-up economiza materiais, transporte, tempo e põe menos em risco a segurança dos colaboradores, sendo muito competitivo e já produzido por grandes construtoras, como a Diase.

Fonte e artigo completo: http://blog.gbcbrasil.org.br/?p=2385

Condomínios Residenciais Certificados

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A certificação ambiental não é o objetivo final de uma edificação, e, sim, um meio de tornar nossas construções e cidades, por meio da inserção de práticas sustentáveis contabilizadas no dia-a-dia, melhores e mais eficientes.
Muito debate-se sobre a necessidade das certificações, e, inclusive, defende-se que tais instrumentos não são necessários para projetos que já consideram a sustentabilidade como premissa. Eu concordo plenamente! Porém, uma certificação ambiental vai além da simples inserção de algumas práticas relacionadas com arquitetura bioclimática e passiva. Ela é uma metodologia paramentada de responsabilidade, que garante, da concepção do edifício até sua conclusão, diversas estratégias efetivas e pontuáveis de sustentabilidade, que depois de concluídas serão ainda auditadas por uma organização de renome e de terceira parte.
Antes aplicada apenas a edifícios comerciais das capitais do país, as construções sustentáveis, hoje, iniciam sua expansão e inclusão também nos condomínios residenciais (horizontais e verticais) de todos os tipos e tamanhos. Neste cenário, o Brasil permanece como um dos líderes no ranking mundial de certificações LEED, e esta onda positiva de certificação não poderia deixar de considerar o maior volume construtivo do país: os edifícios residenciais. Desta forma, condomínios residenciais verdes tornam-se fundamentais para a disseminação das práticas de construção sustentável, pois permite uma conexão direta com os moradores e gerenciadores, facilitando a popularização dos conceitos básicos de sustentabilidade.
Para que estes conceitos sejam aplicados no dia-a-dia, a educação da população de uma forma geral tem papel fundamental, pois, além de disseminá-los, ainda cria uma massa crítica capaz de cobrar efetivamente a pratica de politicas sustentáveis às construtoras e incorporadoras, incluindo incentivos fiscais aos governos municipais.

VEJA MAIS:

Além disso, condomínios verdes não tratam apenas de educar a população, seus moradores e gerenciadores, mas também de reduzir consumos e recursos cada vez mais limitados nos centros urbanos. Calcula-se que, em média, um condomínio residencial vertical em São Paulo consome até 4 vezes mais água do que uma residência comum (SABESP, 2016). Isso se deve basicamente à falta de medição individualizada de água nas unidades habitacionais, que permitem um consumo desenfreado do recurso. Este é um típico exemplo de como uma questão cultural associada a um mau uso do recurso poderia ser facilmente adaptada caso o edifício buscasse algum tipo de certificação.
Certificação LEED, consolidada em mais de 150 países, é mais comumente aplicada em edifícios comerciais e de serviços, em tipologias construtivas como escolas, museus, shopping centers, lojas de varejo, entre outros. Nos Estados Unidos, os edifícios residenciais são certificados pelo LEED Novas Construções, pois é comum entregar todos os componentes internos dos apartamentos, inclusive, em alguns casos, eletrodomésticos instalados. Porém, a cultura brasileira de entrega de condomínios ainda não evoluiu efetivamente com este tipo de abordagem, e avança lentamente por este caminho (alguns dos projetos pilotos listados a seguir são exemplos dessa nova cultura citada).
Portanto, tornou-se necessária a criação de um Referencial voltado para condomínios residenciais, que atendesse às necessidades locais, ao mesmo tempo em que incentivasse a evolução do mercado imobiliário residencial em prol da sustentabilidade.
Em Agosto de 2014, foi lançado o Referencial GBC Brasil CASA voltado para o mercado de residências unifamiliares e desde o final de 2015 iniciou-se a Fase Piloto para Condomínios Residenciais Multifamiliares (horizontais ou verticais). Este modelo pretende avaliar não só as unidades habitacionais individuais, mas também toda a área comum do condomínio e seu entorno. Esta é uma nova fase da organização que contará com o trabalho voluntário de mais de 200 profissionais da área de construção civil sustentável (membros dos comitês técnicos do GBC Brasil), e que, em conjunto com os 10 projetos pilotos escolhidos para aplicação prática, criarão os conceitos que delinearão a nova fase das construções residenciais sustentáveis no país.
Fonte e artigo completo: http://blog.gbcbrasil.org.br/?p=1826

Tornando cidades mais inteligentes – pesquisadores do MIT criam ferramentas que coletam e sintetizam dados para urbanistas melhorarem a qualidade de vida urbana

MIT-BlogImagine como pode ser sua cidade em um futuro não tão distante. O transporte na cidade é abundante, prazeroso e de baixo impacto. Existem ciclovias seguras e eficientes, e qualquer um pode pedir um taxi que é barato, autônomo e de emissão mínima. Como menos pessoas dirigem, e quase ninguém fica parado no trânsito, a qualidade do ar é excelente. Existem muitos parques e espaços públicos abertos, já que o carro não é mais tão importante. A vida na sua cidade é feliz, saudável e sustentável. A cidade é, acima de tudo, inteligente.
A cidade inteligente, assim como a casa inteligente, se baseia na “internet das coisas”, onde produtos conectados à rede coletam, armazenam e compartilham dados dos usuários, enquanto se comunicam entre si para criar ambientes melhores e altamente eficientes. Em uma cidade inteligente, a internet das coisas se expande para além da residência em uma infinidade de dispositivos urbanos conectados e automatizados. A comunicação entre estes dispositivos permite que vastas quantidades de informações municipais possam ser coletadas e eventualmente organizadas. A cidade inteligente usa estes dados coletados para aprender sobre seus residentes, gradualmente auxiliando pesquisadores entender redes vastas e complexas.
Porém, diferentes cidades inteligentes podem ser descritas ou definidas, mas subjacente a todas elas estão um conjunto de redes sociais e sistemas interconectados, um entendimento que permite o planejamento urbano, aliado a grandes quantidades de dados, melhorar muito a qualidade da vida urbana. Sarah Williams, professora do MIT e diretora do Laboratório de Projetos de Dados Cívicos – um centro de pesquisas urbanísticas que utiliza visualização e coleta de dados para entender melhor as complexidades da vida urbana e ter melhor base para tomada de decisões. “Quando dados se tornam compreensíveis para um grande número de pessoas, estas se tornam bem posicionadas para impulsionar mudanças sociais. Criar ferramentas que sintetizam e coletam dados transforma nossa percepção de mundo, nos mostrando os efeitos de políticas públicas enquanto provê informações essenciais para desenvolver novas estratégias de urbanismo”, diz Williams.
Ao mesmo tempo, outros pesquisadores estão desenvolvendo novas tecnologias que irão alimentar as cidades do futuro, como veículos autônomos e medidores inteligentes de energia, usando uma abordagem de sistemas para construir soluções efetivas para o melhoramento da vida urbana e a solução de problemas da sociedade.

Transporte em Cidades Inteligentes
O transporte é um dos maiores problemas, e uma das áreas mais essenciais para inovações na cidade inteligente – particularmente a promessa de veículos autônomos. Pesquisadores do SMART (Aliança Singapura-MIT para Pesquisas e Tecnologia – Singapure-MIT Alliance for Research and Technology) testaram durante seis dias carrinhos de golf autônomos, em um grande parque público, onde passageiros podiam solicitar os veículos, através de um aplicativo, marcando viagens de e para locais pré-determinados. Os pequenos carros, uma versão minimalista de um veículo autônomo, com uma velocidade máxima de apenas 25km/h, habilmente navegaram o parque, cuidando para evitar colisões com pedestres e ciclistas. “Se implementado de forma mais ampla, veículos autônomos tem o potencial de mudar como pensamos mobilidade individual, especialmente em ambientes urbanos. Carros que podem se guiar de maneira autônoma para buscar clientes, leva-los seus destinos, e se estacionar (ou atender o próximo cliente) podem oferecer um serviço de mobilidade que é quase tão conveniente quanto carros particulares, com a sustentabilidade do transporte público”, diz Emilio Frazzoli, pesquisador do departamento de Aeronáutica e Astronáutica, também parte do SMART.
Outra contribuição de Frazzoli para a tecnologia de veículos autônomos foi um modelo matemático, desenvolvido com Carlo Ratti (diretor de um laboratório de Urbanismo do MIT), que remove a necessidade de semáforos, permitindo que veículos autônomos, agindo em conjunto como parte da internet das coisas, se comuniquem, melhorando o fluxo e velocidade do tráfego.
Fonte e artigo completo: http://blog.gbcbrasil.org.br/?p=2250

Os Edifícios Reais e os Edifícios Virtuais

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Os empreendedores da construção civil atuam em dois universos distintos: o universo dos edifícios reais já construídos e ocupados e o universo dos edifícios que ainda serão construídos e que se encontram no processo projetual ou fazem parte de ações planejadas para o futuro. Certamente que para a maior parte destes empreendedores, os edifícios virtuais são oportunidades muito mais interessantes e em muitos aspectos, pois, por serem novos, poderão representar a sua criatividade mais recente ou a aplicação de uma tecnologia que nunca antes fora utilizada ou até mesmo um novo desafio de origem técnica ou estética. Porém, apesar disto tudo e apesar de que estas considerações são de fato verdadeiras e ocorrem no mundo da construção civil, a massa edificada real brasileira e internacional é muito maior do que a massa edificada virtual e que se tornará real nos próximos vinte ou trinta anos, ou mesmo nos próximos cinquenta anos.

As estatísticas internacionais apontam para um valor hoje de cerca de 150 bilhões de metros quadrados[i] já construídos em todos os locais do planeta e em todos os tempos, mas a questão que se coloca é: quanto mais ainda construiremos no nosso planeta nas próximas décadas ou até o final deste século. Alguns estudos sugerem um acréscimo adicional de 73 bilhões de metros quadrados até 2030. Outros sugerem um acréscimo de 100 bilhões de metros quadrados ou seja, até 2025, 70% a mais do que possuímos hoje. Por outro lado, parece pouco provável que a atividade da construção civil ou a atividade humana no planeta construa no intervalo entre 10 e 15 anos aquilo que levamos alguns milhares de anos para edificar. Entretanto, quer tenhamos uma posição mais otimista, ou seja, construiremos um pouco menos, ou quer tenhamos uma posição mais pessimista, ou seja, construiremos de fato 70% a mais até 2025, não podemos negar que são os edifícios reais e não os virtuais, os causadores dos impactos ambientais globais hoje. Os edifícios são hoje os responsáveis por cerca de 40% de emissões globais de CO2 anualmente e são eles os responsáveis por 34% de toda a demanda global de energia[ii]. Não é difícil perceber que estes números estão bem próximos da realidade pois um pouco mais do que 50% de toda a população mundial vive em cidades e as cidades são por excelência, grandes concentrações de edifícios. Diante de uma conjuntura como esta, as questões que surgem são: o que fazer com esta enorme massa edificada? O que fazer com os bilhões de metros quadrados que entram em obsolescência a cada ano, ou que necessitam de manutenção e atualização tecnológica para a sua sobrevivência? Como resolver a equação econômica destas intervenções onde os investimentos são financeiramente factíveis? Não podemos simplesmente deixa-los envelhecer pois os custos de reabilitação não seguem exatamente uma curva linear e a falta de manutenção em um dado sistema do edifício acaba por afetar um outro sistema e assim sucessivamente. Em alguns casos a taxa de obsolescência é tão elevada que a reabilitação arquitetônica torna-se economicamente inviável.
Fonte e artigo completo: http://blog.gbcbrasil.org.br/?p=2278
 
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