Dia do Arquiteto e Urbanista 2012

Prezados colegas,
Hoje comemoramos o primeiro Dia do Arquiteto e Urbanista - e os 105 anos do nascimento de Oscar Niemeyer, colega que nos deixou há poucos dias.
Este dia 15 de dezembro de 2012 também marca um ano desde a posse do primeiro Presidente do CAU/BR, data que definiu a vigência plena da Lei 12.378/2010: a fundação do CAU.
Creio que temos o que comemorar: instalamos o CAU/BR e demos condição de implantação do CAU em todas as Unidades da Federação. Superamos as dificuldades iniciais, que não foram poucas, aprovamos os atos necessários para o funcionamento do Conselho e já temos instrumentos novos e suficientes para prosseguir lutando pela elevação da qualidade do ensino de Arquitetura e Urbanismo no Brasil, por melhores condições para o desempenho da profissão.
Devo agradecer às entidades de arquitetura e urbanismo - particularmente IAB, FNA, AsBEA, ABEA E ABAP -, que vêm cumprindo sua missão de contribuir para a melhor evolução do Conselho que criaram; aos colegas arquitetos e urbanistas, que tiveram paciência com a difícil transição do antigo para o novo Conselho e tanto colaboraram com sugestões e críticas para a melhoria de seus serviços; aos Conselheiros Federais e Estaduais do CAU, que se aplicaram com eficiência - voluntária e duramente - a superar as necessárias tarefas deste primeiro ano; aos funcionários do CAU/BR e CAU/UFs, pela extrema dedicação com que se entregaram ao trabalho que lhes foi entregue.
Lembro das gerações de arquitetos que lutaram pela realização de um conselho autônomo, nossos líderes nessa batalha cinqüentenária - muitos deles já ausentes - e lhes rendo todas as honras devidas neste dia. Tantos são!, impossível nominá-los a todos. Pude, hoje em Porto Alegre, participar emocionado das homenagens a três deles: Demétrio Ribeiro, Carlos Fayet e Albano Volkmer; sem dúvida, representam muito bem a todos os demais que estiveram na vanguarda.
Agora é enfrentar a nova fase, o segundo ano de nosso mandato - já com base sólida, com informações mais claras sobre a situação da Arquitetura e Urbanismo em nosso país, e condições adequadas para desenvolver políticas que elevem a qualidade da profissão e dignifiquem a prática profissional dos arquitetos e urbanistas.
É o desafio para 2013, para o qual contamos com a participação atenta e ativa de todos os colegas brasileiros.
Abraço cordial,

Haroldo Pinheiro
Haroldo Pinheiro,
Presidente do CAU/BR.

Lançamento Livro - Memória do Arquiteto

Memória do Arquiteto

Lançamento do Livro:

“ Memória do Arquiteto – Pioneiros da Arquitetura e Urbanismo no Paraná”

Data : 17 de dezembro de 2012, às 11h

Local : Teatro da Reitoria da UFPR – Cutitiba/PR

CBCS Notícias

Vejam no CBCS Notícias#6, última edição de 2012, a cobertura especial sobre o projeto ACV-s - Avaliação de Ciclo de Vida Simplificada, que traz entrevistas com Cláudio Oliveira Silva, gerente de projetos da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) e Sérgio de Almeida Pacca, pesquisador e professor da EACH USP. O boletim informativo destaca também informações sobre o Seminário inaugural do novo CT Gerenciamento de Riscos, além de um documento recentemente elaborado com perguntas e respostas sobre a FISPQ - Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos.
A versão PDF deste e dos boletins anteriores está no site do CBCS.

http://issuu.com/cbcs_sustentavel/docs/cbcs_noticias_6?mode=window&viewMode=singlePage&from=CBCS

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Integrar é o caminho

A sociedade brasileira afunda na desintegração social e este processo fica evidente na violência que assola as grandes cidades, no avanço do crime organizado e no abismo que separa as condições urbanísticas de diferentes setores. A reação natural, elementar e primária da sociedade menos vulnerável é a de autodefesa. Diante da sensação de insegurança, a proteção individual e familiar ganha destaque e protagonismo até o ponto de virar psicose social. Criam-se aparatos que alimentam uma próspera indústria da segurança acompanhada da correspondente extorsão, que cria dificuldades para vender facilidades.

A arquitetura e o urbanismo refletem, na construção da cidade, este processo que prioriza a segurança como condição de projeto. Edifícios-fortaleza, condomínios fechados e paisagens urbanas de muros, portões e guaritas definem a maioria das cidades contemporâneas brasileiras. Criou-se um circuito viciado em que edifícios excludentes e antissociais alimentam a própria marginalidade e propiciam a violência urbana ao propor estruturas defensivas e desestimulantes do convívio cidadão e da natural apropriação e vivência dos espaços públicos. Em nome da segurança cria-se mais insegurança, afastam-se as pessoas do convívio social, fomenta-se o deterioro das calçadas e do mobiliário urbano e decreta-se a morte da cidade como lugar de manifestação social cotidiana e coletiva. O resultado é uma sociedade individualista, egoísta e narcisista, carente de qualquer rasgo de humanidade e de respeito pelo próximo carente, e uma cidade sem alma, dominada pelos automóveis, sem espaços públicos que estimulem a natural apropriação das pessoas.

A sociedade atingiu um estágio no qual resulta preciso virar o jogo se queremos evoluir para um grau elementar de civilidade. O paradigma da defesa torna-se contraproducente para o objetivo de urbanidade almejado. Integrar é o caminho a iniciar: estimular a inclusão social, dignificar e priorizar as ações nas periferias e favelas, desenvolver efetivas políticas de promoção social, propiciar o uso misto, investir no melhoramento ostensivo do espaço urbano, fomentar o transporte público eficiente e qualificado, restringir o uso do automóvel. De igual forma, substituir a cultura do individualismo pela sociabilidade, do egoísmo pela solidariedade, da exclusão pela inclusão, da cidade segregada pela cidade aberta, do automóvel pelo pedestre e do interesse particular e mesquinho pelo geral e solidário na procura de uma sociedade melhor.

O desafio é possível. Cidades como Bogotá e Medellín superaram, em curto período de tempo, realidades ainda mais adversas com determinação política, favorecimento do interesse geral, planejamento persistente e qualidade arquitetônica e urbanística ostensível. O urbanismo com planejamento de longo prazo e a arquitetura qualificada e participativa são caminhos comprovadamente eficientes para empreender uma mudança radical em direção a uma sociedade sadia e uma cidade civilizada.


Roberto Ghione é arquiteto e diretor do IAB/PE

O Desafio da Ética na Sociedade do Conhecimento

 

tags: ARQUITETURA, ESPAÇO URBANO

Estive no 1o. Encontro do CAU/SC no dia 8/12/12 para conversar sobre o tema “O Desafio da Ética na Sociedade do Conhecimento”. Abaixo um resumo do que falei levando em conta também algumas colocações feitas pelos arquitetos presentes. Desejo que o CAU tenha vida longa e melhore a vida dos arquitetos e de todos os que de um modo ou de outro relacionam-se à arquitetura, ou seja, a todos nós.

Ética é uma das questões mais importantes no contexto de nossa sociedade, tanto da esfera pública, quanto de nossas vidas privadas. Somos éticos quando refletimos sobre o que fazemos, quando medimos e qualificamos nossas ações levando em conta o que somos e podemos ser, com base no reconhecimento do outro, seja ele nosso próximo, a sociedade ou até mesmo o planeta. Sem a ética não sabemos nos situar em nenhuma esfera de nossas vidas. Sem a ética nos tornamos alienados, ou seja, figuras desconectadas de uma reflexão sobre o sentido da vida em sociedade.

Mas o que é ética hoje? Como ela vem sendo entendida? O que é ética no mundo do trabalho, na família, no cotidiano, na escola? O que os meios de comunicação tem feito da ética? Ética é, principalmente, a relação que estabelecemos uns com os outros. É o questionamento sobre o sentido da convivência baseada na pergunta “o que estamos fazendo uns com os outros?”.

Ética é um tipo de postura e, consequentemente, de ação, certamente mediada em princípios tais como o respeito à subjetividade, à dignidade da pessoa, à diversidade, ao outro. Mas não se trata de uma pura ação. Antes trata-se da relação entre pensamento e ação. Neste sentido, para que cheguemos à ética, precisamos lutar pela desmistificação da separação entre teoria e prática. Esta é uma das questões mais fundamentais quando falamos de ética como a “filosofia prática” que ela, de fato, é. Ética é a capacidade de pensar e fazer a partir de uma princípio de autonomia pessoal em que cada sujeito se questiona sobre o que pensa e faz, levando em conta que o questionamento já é, em si mesmo, pensamento e ação que terá consequências concretas. Quem não pensa por conta própria é levado a pensar o que os outros para ele definiram como verdade. É neste sentido que muitos introjetam aquilo mesmo que lhes faz mal, que édito contra eles mesmos. A heteronomia pode até ser moral, mas não é ética, pois enquanto a moral é confirmação do hábito ou do previamente estabelecido, a ética implica seu questionamento.

No entanto, falamos de ética como de uma palavra mágica que, pelo simples fato de ser pronunciada, adquire validade concreta. Isso tem dois lados. De um, muitos acreditam que basta “falar” ética para ser ético. De outro, é verdade que a palavra ética tem um poder performativo radical. Quando pronuncio ética, a palavra como que ricocheteia sobre mim exigindo que eu a realize na prática. Isso quer dizer que se alguém fala em ética sem ser ético, uma contradição se escancara.

Ao mesmo tempo, vivemos em uma sociedade caracterizada por uma relação imediata com a informação e certa ideia de conhecimento que parece não prever muito espaço e tempo para o cultivo da subjetividade que nos permitiria a invenção da ética entre nós. Os relacionamentos já não são baseados em princípios éticos porque não existe mais a esfera da subjetividade, ou, em outros termos, da interioridade, da consciência de si, do autoquestionamento e da crítica social. Aquilo que antigamente chamávamos de “alma”. Experimentamos nos diversos contextos da experiência vivida, transformações profundas que alteram nosso modo de ver e, portanto, de agir no mundo. As novas tecnologias, a Internet, as Redes Sociais, têm levantado muitas questões que tanto o campo da filosofia, quanto o da antropologia, da sociologia e da educação procuram responder. A contradição entre um mundo de informação e a desvalorização da comunicação e da educação é uma delas. Nossa cultura desvaloriza, igualmente, a cultura… Como fomentar a subjetividade se estas esferas que a criam estão aviltadas em nossos meios?
Perguntar pelo sentido do conhecimento em nossos dias é uma questão que se torna cada vez mais urgente. Ele também nos coloca o sentido do autoconhecimento que, visto de um ponto de vista crítico, ainda teria muito a nos dizer sobre nossa potencialidade ética (e que será sempre, por fim, política). Mas quem quer autoconhecimento hoje? Só que esta pergunta esconde uma outra: onde está o desejo? E outra: quem tem direito a seu desejo hoje? Neste campo, a pergunta ética por excelência é “o que cada uma de nós está fazendo consigo mesmo?” quando nos entregamos às ordens de uma sistema econômico, social e comunicacional deturpados?

Neste contexto, a reflexão sobre a ética se torna fundamental como modo de pensar e promover a ação nas variadas experiências no mundo da vida levando em conta os problemas culturais de nosso país que vão do analfabetismo generalizado à corrupção. Também a arquitetura tem seu papel e sua responsabilidade nessa seara: desde o questionamento sobre o lugar dos profissionais de arquitetura até as questões relativas à política do espaço relacionada à habitação e ao direito à cidade, no qual incluo o direito visual à cidade. O arquiteto é o filósofo prático do espaço que é algo sempre partilhado, tanto na vida privada quanto na esfera pública. Seu papel social não é pequeno quando estamos em uma sociedade ignorante do sentido coletivo do espaço, do sentido da cidade. O sentido do conhecimento também foi perdido quanto ao espaço. Nossa cultura sofre disso. A reflexão sobre a ética permite re-situar o sentido do conhecimento e da cultura, dirigindo-nos a uma valorização da educação em termos de formação que transcende o espaço da escola e nos liga novamente ao sentido da vida como um todo, ao espaço que habitamos, a cidade onde vivemos, a sociedade que ajudamos a formar com todas as nossas ações.

A ética em nossos dias começa com a reflexão que não pode parar.

Para seguirmos pensando sugiro uma passeio no belo projeto de pesquisa de um grupo da UFMG http://www.mom.arq.ufmg.br/mom/index.html que tem como coordenadora a Silke Kapp e outras pessoas

Fonte: http://filosofiacinza.com/2012/12/11/o-desafio-da-etica-na-sociedade-do-conhecimento/

3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com deficiência em Brasília

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A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) realizou entre os dias 3 e 6 de dezembro, em Brasília, a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O evento foi promovido pela Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD) e o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade).

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR participou representado pelo conselheiro federal Sinvaldo Gonçalves de Moura.

Com o tema “Um olhar através da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, da ONU: Novas Perspectivas e Desafios”, o evento previu a participação de cerca de dois mil participantes, sendo 886 delegados que representam os 27 entes federados do país. Nas etapas municipais e estaduais, 10.328 participantes da sociedade civil e do governo debateram os quatro eixos do regimento da conferência nacional, que norteiam as discussões do evento:

Eixo I – Educação, esporte, trabalho e reabilitação profissional;
Eixo II – Acessibilidade, comunicação, transporte e moradia;
Eixo III – Saúde, prevenção, reabilitação, órteses e próteses;
Eixo IV – Segurança, acesso à justiça, padrão de vida e proteção social adequados.

As etapas regionais aconteceram de novembro de 2011 a setembro de 2012. Cada conselho municipal, estadual e distrital elaborou até 40 propostas por eixo temático para a conferência nacional. Os resultados dessas atividades serão debatidos e levantados nos grupos de trabalho.
A abertura do evento, no dia 3, contou com a presença da ministra-chefe da SDH/PR, Maria do Rosário Nunes, o secretário da SNPD, Antonio José Ferreira, e o presidente do Conade, Moisés Bauer.

A conferência foi realizada em três pisos do Centro de Convenções Brasil 21. Houve ainda uma tenda externa de 2.100 m², que vai abrigar cinco estandes (Plano Viver sem Limite; Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; Conade; GDF; Petrobrás; e Oficina de cadeira de rodas e meios auxiliares de locomoção) e a exposição “Para Todos – O Movimento Político das Pessoas com Deficiência”.

Em paralelo ao evento principal, ocorreu nos dias 4, 5 e 7 de dezembro a eleição para composição da nova gestão para o biênio 2013/2015 do Conade. O processo eleitoral foi realizado sempre às 19h30, no auditório do 8º andar da SDH/PR. Foram eleitas 16 organizações nacionais, uma vaga para os conselhos estaduais e outra para conselhos municipais.

Cenário Brasileiro

De acordo com o Censo do IBGE 2010, existem no país 45,6 milhões de pessoas que se declaram com deficiência. Esse número equivale a 23,9% da população total. A tabela completa com os números de cada um dos estados e por deficiência pode ser encontrado em www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/indicadores/censo-2010.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e Assessoria de Comunicação do CAU/BR

http://www.caubr.org.br/?p=4688

Transcender

A transcendência marca o sentido da passagem do homem pela vida. Transcendemos em filhos, obras, pensamentos e ações. A vida nos dá oportunidades de oferecer nosso legado para nossos semelhantes, de melhorar as condições do mundo que habitamos e que habitarão as gerações futuras. Os grandes homens são aqueles que, sem querer, oferecem aportes que o próprio tempo e o tempo da historia reconhecerão como contribuição substancial para o enaltecimento da humanidade. São aqueles que aportam essa contribuição com alegria e humildade, em um pé de igualdade com os semelhantes, no trabalho cotidiano, no pensamento oferecido com prazer e generosidade. São aqueles que expressam sua verdade com coragem, que enfrentam aos homens pequenos - aqueles que pretendem dominar desde a arrogância e o poder -, que oferecem a vida por uma causa e lutam até o fim pela dignidade das pessoas. São aqueles que possuem a inteligência de cultivar as amizades e as coisas boas da vida com alegria e com o prazer da convivência. Os grandes homens são aqueles que transcendem na vida das pessoas.
Em 5 de dezembro um grande homem, brasileiro, formalizou sua entrada para a historia da humanidade. Ele possuía, ademais, o dom da criatividade manifestada como arte brasileira, superadora do dogma internacional, expressão do próprio espírito de liberdade, do pensamento sem concessões, da imaginação fértil que a América Latina oferece ao mundo. Uma criatividade que permitiu construir uma utopia, que materializou sonhos coletivos, que colocou o Brasil no centro do debate arquitetônico internacional, que surpreendeu com a imaginação e a coragem de suas obras primeiras, que enriqueceu o modernismo internacional com aportes de genuína brasilidade.
Em 5 de dezembro e hoje, o mundo rende tributo a nosso grande homem com a gloria merecida, especialmente por sua obra pioneira. Orgulho e reflexão para nós, colegas arquitetos, que permite alimentar os sonhos de um mundo melhor através da profissão escolhida. Em 5 de dezembro de 2012 nasceu para a eternidade nosso colega Oscar Niemeyer. Viva Oscar!!!

Roberto Ghione é arquiteto e diretor do IAB/PE

Niemeyer: "A vida é uma merda. Já nascemos condenados a desaparecer"

Em entrevista inédita, o arquiteto falou dos projetos, de política, dos amigos e da vida

Marcelo Auler

   Eu acho a vida uma merda, apesar de seus encantos. Já nascemos condenados”. O desabafo foi feito por Oscar Niemeyer, em maio de 2011. Ao questionar  ao que estávamos condenados ao nascer, fiquei surpreso com a resposta: “a desaparecer”, desabafou o arquiteto que àquela altura já acumulava 103 anos muito bem vividos e ainda reclamava como se a morte lhe estivesse próxima. No seu caso, a “sentença” demorou 19 meses para ser cumprida. Ao morrer na noite de quarta-feira, Niemeyer já contabilizava 104 anos e 355 dias ou, mais precisamente 37.986 dias, contando com os dias 29 de fevereiro dos anos bissextos. Pode não ter sido um recorde mas, sem dúvida, foi uma experiência fantástica.

Apesar disto, nesta entrevista que foi gravada pelas câmaras da TV Brasil e jamais divulgadas, na qual a proposta inicial era falarmos de Darcy Ribeiro, Niemeyer declarou que com mais de cem anos, uma obra admirada mundialmente, inúmeros prêmios recebidos, ele achava que lhe faltaram momentos importantes na vida. Na conversa, ele falou um pouco sobre tudo. Da amizade e do respeito que tinha por Darcy, à sua admiração Leonel Brizola mas, apesar da voz baixa, se empolgava ao falar de Luiz Inácio Lula da Silva Lula e, embora não tenha querido compará-los, não titubeou em mostrar a diferença entre ele e Juscelino Kubitschek de Oliveira, seu grande amigo.

Como não poderia deixar de ser, reafirmou sua posição de comunista, que manteve até seus últimos dias, e lembrou as perseguições no período da ditadura: “Me lembro que fui chamado na polícia umas duas ou três vezes. Na última, eu vinha da Europa”. Em seguida, resumiu:  “Não sofri, como outros amigos que foram presos, apanharam, conheceram a tortura. Nada disto ocorreu comigo. Eles tinham prazer em me levar para a polícia e fazer inquérito”.

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A entrevista, gravada pela TV Brasil em maio de 2011, nunca foi ao ar.


Fonte e entrevista completa em :
 http://www.jb.com.br/rio/noticias/2012/12/06/niemeyer-a-vida-e-uma-merda-ja-nascemos-condenados-a-desaparecer/

"A vida é um sopro".

Na tarde de hoje, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFT prestou uma homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer, exibindo o filme " A vida é um sopro", que retrata a vida e obra do arquiteto, que faleceu na última quarta-feira, dia 05/12/2012.

 

O nosso centenário Oscar Niemeyer foi um dos grandes ícones da cultura brasileira do século XX, aguerrido militante comunista e fundador da arquitetura moderna no Brasil. Será eternizado em aproximadamente 500 obras espalhadas por quase todos os continentes, sendo Brasília o ápice da sua produção e reconhecimento internacional.

Com traço marcante, sua obra é caracterizada pela leveza no uso de materiais de natureza brutal, como é o caso do concreto armado. A graciosidade e leveza das curvas presentes na volumetria dos seus prédios é a marca que garantiu muitas vezes a qualificação da sua genialidade, cujas comparações levaram o arquiteto e seus admiradores a travarem assimilações românticas e poéticas com as “curvas da mulher” e das “montanhas do Rio de Janeiro”.

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), no intuito de homenagear Oscar Niemeyer, deliberou que dia 15 dezembro, data do seu nascimento, será comemorado o dia do arquiteto - decisão que tem o total apoio do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB - TO). 

Dra. Patricia Orfila
Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil
Departamento Tocantins


O arquiteto das curvas

 O arquiteto Oscar Niemeyer (Foto: Reuters)

O arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, morreu no Rio às 21h55 desta quarta-feira (5). Ele estava internado desde 2 de novembro no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul. Reconhecido internacionalmente por suas obras, Niemeyer completaria 105 anos em 15 de dezembro. Nesta quarta, um boletim médico informava que o estado de saúde do arquiteto havia piorado e era considerado grave.
Infográfico Niemeyer (Foto: Arte/G1)
Ainda segundo o hospital, Niemeyer respirava com a ajuda de aparelhos e encontrava-se sedado por causa de uma infecção respiratória.
Visita à Passarela do Samba
Em fevereiro, Niemeyer fez uma visita ao Sambódromo, durante a fase final das obras de reforma da Passarela do Samba que mantiveram o traçado original que o arquiteto projetou há 30 anos. Ele enfrentou o sol forte de meio-dia e percorreu num carrinho aberto toda a extensão da Avenida.
"Está muito bom. Melhorou muito. Este não é um trabalho só meu, é o trabalho de um grupo. Estou entusiasmado", disse Niemeyer, na ocasião.
O projeto de Niemeyer previa um equilíbrio entre os dois lados da Sapucaí, como se fosse um espelho. Com a obra, a Sapucaí passou a ter 12.500 lugares a mais, podendo acomodar 72.500 pessoas.
Trabalho em ateliê para festejar 104 anos
Autor de mais de 600 projetos arquitetônicos, Niemeyer decidiu festejar os seus 104 anos do jeito que mais gostava: trabalhando em seu ateliê de janelas amplas diante da Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Em agosto de 2011, ele lançou o livro "As igrejas de Oscar Niemeyer" (Editora Nosso Caminho), na galeria de um shopping da Zona Sul do Rio.
Embora ateu convicto, o arquiteto selecionou fotos e desenhos das 16 obras religiosas, entre capelas e igrejas, que realizou ao longo de sua carreira.
"As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim. Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor", explicou Niemeyer, na ocasião.
Histórico de internações
O arquiteto foi internado várias vezes ao longo dos últimos anos. A última foi em 2 de novembro, quando voltou ao Samaritano, seis dias depois de ter recebido alta. Desta vez, Niemeyer foi submetido a tratamento de hemodiálise e fisioterapia respiratória.
No dia 13 de outubro, o arquiteto deu entrada no Hospital Samaritano após sentir-se mal, apresentando um quadro de desidratação. Ele ficou internado por duas semanas.
Em maio, Niemeyer também esteve internado no mesmo hospital, quando deu entrada com desidratação e pneumonia. Depois de 16 dias, com passagem pela UTI, recebeu alta.
Em abril de 2011, o arquiteto ficou internado por 12 dias por causa de uma infecção urinária. Também já foi submetido a cirurgias para a retirada da vesícula e de um tumor no intestino.
Em 2010, Niemeyer também foi internado em abril, devido a uma infecção urinária.
Em 2009, o arquiteto ficou internado por 24 dias no Samaritano, entre setembro e outubro, após dores abdominais. Ele chegou a passar por uma cirurgia para retirar um tumor no intestino grosso, uma semana depois de ter sido operado para a retirada de um cálculo na vesícula.
Em junho do mesmo ano, o arquiteto foi internado no hospital Cardiotrauma de Ipanema, também na Zona Sul, queixando-se de dores lombares. Ele passou por uma bateria de exames e recebeu alta médica algumas horas depois. Na ocasião, exames de sangue e uma tomografia indicaram que Niemeyer estava apenas com uma lombalgia.
Em 2006, o arquiteto chegou a ficar 11 dias internado, após sofrer uma queda e passar por uma cirurgia.
Filha do arquiteto morreu em junho
A designer Anna Maria Niemeyer, única filha de Oscar Niemeyer, morreu aos 82 anos, em consequência de um enfisema pulmonar, em 6 de junho.
Segundo o administrador Carlos Oscar Niemeyer, filho de Anna, o avô esteve pela última vez com sua mãe, três dias antes, durante uma visita ao Hospital Samaritano, onde Anna Maria ficou mais de 40 dias internada.
Ainda de acordo com Carlos Oscar, durante o tratamento, Anna chegou a receber alta, mas voltou a ser internada no dia 1º de junho. Ela teve cinco filhos,13 netos e quatro bisnetos.
Carlos Oscar contou que sua mãe e o avô eram muito próximos e costumavam se falar todos os dias. Ele disse que Niemeyer ficou muito abalado ao receber a notícia da morte da única filha.
"O pai receber a notícia da morte de um filho é uma coisa extremamente difícil, imagina para um pai de 104 anos, a situação é ainda mais complicada", comentou Carlos, durante o sepultamento de Anna Maria Niemeyer.
Oscar Niemeyer manifestou vontade de ir ao enterro da filha no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Mas, de acordo com os parentes, ele não compareceu após os médicos avaliarem que as condições de saúde do arquiteto não eram favoráveis.

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/12/morre-no-rio-o-arquiteto-oscar-niemeyer.html

Viver o território, imaginar a América

Viver um território qualificado, sustentável e promissor, com cidades racionalmente planejadas; imaginar uma América inclusiva, solidaria, autêntica e protagonista do mundo globalizado; persistir na diversidade integrada e na imaginação criativa. Sonhos e desafios para um continente em procura do seu destino de grandeza foram alimentados, desde o campo da arquitetura e o urbanismo, no XXIV Congresso Pan-americano realizado em Maceió, com esplêndida organização do IAB-AL liderado por Rafael Tavares.
            Entre 16 e 30 de novembro, Maceió concentrou a 142º reunião do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil, reunião dos Conselheiros Federais e comissões do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, reunião de representantes de todos os países integrantes da FPAA (Federação Pan-americana de Associações de Arquitetos) com eleição e transferência da presidência do argentino cordobés Jorge Monti para o brasileiro curitibano João Suplicy, reunião de grupos de trabalho da UIA com presença do presidente Albert Dubler, premiação de arquitetura alagoana, exposições e um congresso rico em palestras e debates esclarecedores e instigantes.
            Iniciado com palestra magistral de João Figueiras Lima, Lelé, medalha de ouro do evento, o congresso ofereceu reflexões acerca da identidade Latino-Americana na intervenção de Fernando Lara, atualização de sua produção arquitetônica na palestra de Louise Noelle Grass, e táticas alternativas criativas apresentadas por Fernando Diez.
            David Letherbarrow apresentou uma analise critica do processo criativo de Louis Kahn. Os colegas Roberto Moita, Gustavo Penna e Mauro Munhoz apresentaram sua produção recente, assim como Edwin Quile resumiu o contexto da produção arquitetônica em Porto Rico.
            O tema da habitação popular esteve presente nos debates coordenados por Débora Cavalcante acerca da experiência no Uruguai e no programa Minha Casa Minha Vida e por Thiago Holzmann da Silva acerca da Lei de Assistência Técnica, com a participação de Clovis Ilgenfritz da Silva, Cesar Dorfman e Jonny Stica.
            A organização social em procura de um mundo melhor foi retratada pela experiência Oasis, pelo arquiteto Edgard Gouveia, e a problemática urbana Latino-americana foi apresentada por Luis Tagle Pizarro, com o caso de Lima. Ainda, a organização dos Conselhos Profissionais, iniciativas e estímulos para o empreendorismo e os estádios para a Copa 2014 estiveram presentes nas temáticas gerais.
            Um dos momentos culminantes foi a apresentação da experiência de desenvolvimento social e urbano de Medellín, por Juan David Botero, exemplo de planejamento, de inclusão social, de transformação urbana, de qualificação arquitetônica e de valorização dos espaços públicos. Demonstração que através da arquitetura e o urbanismo, um futuro melhor para as cidades do continente é possível com decisão política comprometida com o interesse geral e com planejamento urbano inteligente.
 
     Roberto Ghione é Arquiteto e Diretor do IAB/PE

Aplicação da norma ABNT NBR 10151:2000 ao controle do ruído no meio ambiente - Conceitos, procedimentos e uso de instrumentos de medição


Público-alvo:
Destina-se a preferencialmente a pessoal de nível superior, sobretudo, engenheiros e arquitetos, funcionários municipais direta ou indiretamente responsáveis por ações de fiscalização de ruído ambiental, com base na legislação federal.

Objetivo:
O curso foi especialmente desenvolvido para  capacitar os participantes no correto entendimento sobre o controle de ruído no meio ambiente, envolvendo legislações e a norma técnica.

Conteúdo programático:Sons, vozes, ruídos e vibrações.
Propagação do som no ar.
Fonte sonora extensa e fonte sonora pontual; sonora linear.
Frente de onda.
Período, frequência e comprimento de onda.
Som puro, som complexo e ruído.
Meios de qualificação e de quantificação sonora.
Propagação esférica e cilíndrica do som.
Interferências nos modelos de propagação dos sons.
Nível sonoro.
Exercício analítico. Experiência de Fletcher e Munson.
Análise sonora por bandas ou faixas de frequências.
Medidores analisadores sonoros.
Ponderação de níveis sonoros em “A” e “C”.  Medições em dB(A).
Superposição ou “soma” de níveis sonoros.
Conversão de uma análise sonora por faixas de frequências para o nível sonoro em dB(A).
e para o nível classificado em NC.
Exercício analítico. Ruído ambiente e adequação de valores conforme a finalidade de uso do recinto.
Apresentação da futura norma ABNT NBR 10152 - “Medição e avaliação de ruído em ambientes internos”, da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Legislação sobre controle da poluição sonora.
Resoluções do CONAMA e norma ABNT NBR 10151:2000 ao Controle do Ruído no Meio Ambiente - Conceitos, Procedimentos e Uso de Instrumentos de Medição".
Medições estatísticas.
Histograma de uma amostragem manual de níveis sonoros em dB(A).
Cálculo do Nível de Pressão Sonora Equivalente “Leq”.
Demonstração de uso de um medidor de nível sonoro em dB(A).
Exercício prático.

Carga horária:
16 h, em 2 dias, das 8 h 30 min às 17 h 30 min

Material didático fornecido: Norma ABNT NBR 10151:2000 / Apostila com conceitos

Incluso:
Certificado de participação / Coffee-break

Local:
São Paulo – Av. Paulista, 726 – 10º andar - Bela Vista

Investimento: Sócios da ABNT - R$ 740,00
Não sócios - R$ 925,00
Datas:
São Paulo - 6 e 7 de dezembro  
Datas para 2013: 
São Paulo - 31 de janeiro e 1º de fevereiro / 21 e 22 de março / 23 e 24 de maio / 1º e 2 de agosto / 3 e 4 de setembro / 21 e 22 de novembro  
Mais informações sobre pagamentos e política de descontos clique aqui 

Fonte:  http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=1352

João Suplicy, do Paraná, eleito o novo presidente da FPAA

Luis Hildebrando Ferreira Paz, Conselheiro Federal do CAU/BR pelo Tocantins, representa o estado na posse do arquiteto brasileiro, João Suplicy, do Paraná, eleito o novo presidente da Federación Panamericana de Asociaciones de Arquitectos (FPAA ), na sexta-feira (30), durante o XXIV Congresso Panamericano de Arquitetos, que aconteceu em Maceió, Alagoas. Foto com os arquitetos, Gilvan Rodrigues da Silva, presidente CAU/AL, Albert Dubleur, presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA), a arquiteta representante da FAPA para America Central, Haroldo Pinheiro, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU Brasil), Rafael Tavares, presidente do IAB-AL e João Suplicy o novo presidente da FAPA.
Suplicy vai suceder o arquiteto argentino, Jorge Monti e definiu na sua posse como um reconhecimento da importância da arquitetura brasileira no cenário mundial e também do país nas áreas da política, economia e cultura.

João Suplicy_Maceió

Lei de Assistência Técnica ainda não é realidade no Brasil

lei-11888                                                                Embora tenha sido sancionada em 2008, a lei 11.888/08 ainda não é realidade em boa parte do Brasil. Esta legislação dispõe sobre a ajuda técnica na área de construção civil para famílias de renda e foi tema de um fórum de discussão na tarde desta quinta-feira (29) na 24ª edição do Congresso Pan-americano de Arquitetos, que é realizado em Maceió.

De acordo com o arquiteto Clóvis Genfritz, do Instituto dos Arquitetos do Brasil seccional Rio Grande do Sul – IAB/RS, a lei prevê que as famílias de baixa renda são cadastradas pela prefeitura e as entidades, com o IAB e Sindicatos dos Engenheiros, cadastram os arquitetos e engenheiros. A Caixa Econômica Federal e o governo federal pagam pelo trabalho dos profissionais, que por sua vez elaboram os projetos e acompanham as obras.

“Cabe aos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia, os CREA’s, e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo estaduais, fiscalizar o exercício profissional”, destaca.

O arquiteto e urbanista conselheiro do CAU/BR, César Dorfman, ressalta que a assistência técnica vem no bojo da arquitetura para a população pobre. “Os arquitetos trabalham para 8% da população, segundo dados da União Internacional dos Arquitetos, a UIA. Essa assistência é uma via de mão-dupla: ajuda a família e amplia o campo de atuação dos profissionais”, assinala.

Ele lembra que os financiamentos para a habitação popular estão sendo feitos via construtora, mas as entidades que representam os profissionais da área tecnológica (arquitetos e engenheiros) precisam impedir este acesso direto aos recursos federais sem que antes passe pelo crivo de especialistas que avaliem todas as condições e não visem apenas o lucro.

lei2-11888

“Precisamos esquecer a ideia de que arquitetura para pobre é arquitetura pobre. Tem que ser a mesma arquitetura e urbanismo dignos. O espaço público é tão importante quanto às edificações”, defende Dorfman.

Já o arquiteto e urbanistas, Jonny Lessa, frisou que no dia-a-dia do trabalho do arquiteto pouco ou nada se trabalha em projetos populares e que o profissional é visto como elite.

“Os arquitetos precisam ajudar a transformar e participar do planejamento das cidades. A revitalização dos espaços já construídos precisa ser alvo dos profissionais. Não é uma tarefa fácil porque precisa de cadastro prévio, dar título de posse, criar assentamentos verticalizados: esse manejo é complicado, mas necessário.

Tiago Holzman, arquiteto e urbanista coordenador do fórum, ressaltou o exemplo da cidade do Rio de Janeiro. “Em parceria com o IAB/RJ, a prefeitura no projeto ‘Morar Carioca’, que vem revitalizando as favelas da cidade, urbanizando-as”, afirma.

Fonte: http://www.caubr.org.br/?p=4355

Interesses da profissão é debatido por membros do IAB

O fórum sobre interesses da profissão foi apresentado na tarde de quinta-feira, 29, pelo presidente do IAB-BA, Nivaldo Andrade, pelo presidente do IAB-DF, Paulo Henrique Paranhos, pelo coordenador geral de Concursos do IAB-RJ, Luiz Fernando Janot, e pelo vice-presidente do IAB-RJ e diretor do IAB Nacional, Pedro da Luz Moreira.
A abordagem girou em torno de temas sobre realização profissional, sobre o exercício profissional, concurso público de projetos, sobre a carência de algumas matérias nas universidades, sobre o reconhecimento da arquitetura como cultura e apareceu de novo, criticas sobre o programa do Governo Federal “Minha Casa Minha Vida”.
De acordo com Nivaldo Andrade este programa de habitação em massa está sendo realizado sem projetos bons, que pensem nas cidades. “As moradias são feitas sem estruturas para uma habitação de boa qualidade, pois os postos de saúde, escolas, transporte público e comércios, como padaria, mercadinho; ficam muito distante das residências”, informou.

IAB_Maceió

Fonte: http://www.caubr.org.br/?p=4364

Seminário Internacional CAU/BR de 05 a 07 de dezembro em Brasília-DF

Seminário_CAUBR

O ESTADO DA ARTE DE CONSELHOS PROFISSIONAIS DE ARQUITETURA E URBANISMO NO MUNDO

Experiências e Desafios

05 a 07 de dezembro de 2012

Memorial JK, Brasília/DF

CAU/BR - Identidade Profissional - gratuidade prorrogada até 31 de dezembro

A gratuidade das carteiras de identidade profissional dos arquitetos e urbanistas foi prorrogada até 31 de dezembro de 2012. Porém, o prazo para integrar a nova numeração dos registros do Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU terminou hoje, dia 30 de novembro.

Quem participou da atualização cadastral e da coleta de dados biométricos até esta data receberá número de registro de acordo com a data de formatura, do mais antigo para o mais recente. Os que fizerem posteriormente receberão numeração sequencial. 

Até 31 de dezembro, fique atento ao calendário e cidades para coleta dos dados biométricos no seu estado. Os Conselhos estaduais poderão determinar novo roteiro itinerante ou atender apenas na capital. O procedimento para agendamento continua o mesmo: entre no SICCAU e escolha entre os locais e datas disponíveis para o seu atendimento.

Quem ainda não fez a atualização cadastral e respondeu ao censo dos arquitetos e urbanistas poderá fazê-lo até 31 de dezembro, mas não deixe para a última hora, para evitar filas na coleta de dados biométricos – única etapa presencial do processo. Lembramos que a validade das carteiras do CREA expira em 31 de dezembro de 2012.

A partir de 2013, os arquitetos e urbanistas que não tiverem solicitado ainda suas carteiras poderão fazê-lo a qualquer momento, mas ao custo de R$ 40,00 (quarenta reais). O calendário de 2013 será divulgado oportunamente, por cada estado.

Para esclarecimento de dúvidas, consulte o CAU do seu estado ou ligue para 0800 883 0113.

Formação nas universidades de arquitetura é tema do primeiro fórum de discussão do XXIV CPA

A formação nas universidades de arquitetura foi o tema do primeiro fórum de discussão da 24ª edição do Congresso Pan-Americano de Arquitetos (XXIV CPA), que foi coordenado pelo representante do Instituto de Arquitetos do Brasil em Minas Gerais, Mauro Campello, e que aconteceu na manhã desta quarta-feira, 28, no auditório do Centro de Convenções e de Exposições Ruth Cardoso.

Para discorrer sobre a temática, foram convidados a professora da Universidade Pública de La Paz, Sofia de Castillo, e o professor da Universidade do Uruguai, Dicílio Amandola. Ambos mostraram sistemas de ensino usados nas instituições onde trabalham e atraíram a atenção, principalmente, do público estudantil.

De acordo com a estudante do 7º período do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Bianca Ponte, a palestra foi muito proveitosa, pois esclareceu várias dúvidas. “Consegui esclarecer muitas dúvidas com todas as explicações. Acredito que seja sempre necessário abordar este assunto”, disse. Bianca também elogiou a palestra do coordenador Mauro Campello sobre o sistema de credenciamento entre universidades nacionais e do Mercosul.

Mauro Campello adorou o resultado do fórum. “Para nós é uma satisfação observar que conseguimos cumprir nossos objetivos. O resultado não poderia ter sido melhor: sala cheia, perguntas esclarecidas e troca de experiências”, disse o representante do IAB-MG.

Fonte: Assessoria de Comunicação do CAU/BR e Assessoria de Imprensa do Congresso Pan-Americano de Arquitetos

Lelé abre ciclo de conferências do XXIV Congresso Pan-Americano de Arquitetos

Conferência ministrada por Lelé expõe experiências de alta qualidade e baixo custo para o planejamento das cidades

 Congresso Pan-Americano de ArquitetosA primeira conferência do XXIV Congresso Pan-americano de Arquitetos aconteceu na noite de terça-feira, 27, após a solenidade de abertura, com o diretor do Centro de Tecnologia da Rede Sarah – CTR, João da Gama Filgueiras Lima, mais conhecido como Lelé.

 O arquiteto e urbanista falou das suas experiências com a utilização de argamassa armada, da mecatrônica, com o desenvolvimento de aparelhagem para hospitais, da urbanização de praças e apresentou projetos que integram os espaços, a jardins e ao meio ambiente. A explanação sobre seus projetos em Salvador, Rio de Janeiro, Goiás e Brasília levaram aos fatores que promoveram o surgimento do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat –  IBTH para realizar obras no setor público. “Os resultados do Instituto foram pequenos, pois a burocracia governamental impede a realização de projetos. Como os feitos para o programa Minha Casa Minha Vida; projetos rigorosamente pensados que não tiveram sucesso”, explicou Lelé.

Para o arquiteto e urbanista, agraciado com a Medalha de Ouro durante solenidade de abertura do evento, a Arquitetura e Urbanismo é sustentável; os profissionais da área devem se manter firme em suas opiniões e sempre levar em conta a melhoria da qualidade de vida da população: “a boa Arquitetura é sempre sustentável, ela tem que prever conforto e economia”. O fundador do IBTH disse, ainda, que Maceió ainda pode ser planejada, por conta da sua população, que ainda é pequena.
Lelé tem um currículo extenso, destacando-se pela colaboração na construção de Brasília com Oscar Niemeyer; pela criação de projetos sociais a baixo custo; pelos projetos para a rede de hospitais Sarah Kubitschek e recentemente pela concepção do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Habitat, criado há três anos em Salvador.
Lelé contribuiu efetiva e pioneiramente para a criação do CAU e foi o primeiro a participar do evento “CAU conversa com”, no qual arquitetos e urbanistas de grande expressão nacional são convidados para um bate-papo com os conselheiros federais do Conselho, por ocasião das reuniões plenárias, que ocorrem mensalmente. Assista aos vídeos do CAU conversa com Lelé.
 
Fonte: Assessoria de Comunicação do CAU/BR e Assessoria de Imprensa do Congresso Pan-Americano de Arquitetos

QUEM MUDA A CIDADE SOMOS NÓS: REFORMA URBANA JÁ!


Foi nesta manhã a primeira reunião do CONSELHO ESTADUAL DAS CIDADES DO TOCANTINS (composto por aproximadamente 40 membros), no auditório do Memorial Coluna Prestes.
Pauta:

1. Posse do Conselho para o biênio 2012 – 2014;

2. Apreciação e deliberação referente ao Regimento Interno do Conselho das Cidades;

3. Convocação da Conferencia Estadual das Cidades;

4. Assuntos Gerais.

O Conselheiro Titular que representa as entidades profissionais e acadêmicas é do Instituto de Arquitetos do Brasil (TO), o arquiteto Wilson Carvalho Oliveira.

 
 

                                                Arquiteto Wilson Carvalho Oliveira.
 

Como Melhorar o Ensino de Arquitetura (em 12 passos)

Universidade Adolfo Ibañez

Universidade Adolfo Ibañez / José Cruz Ovalle y Asociados. Imagem © Roland Halbe.

Você pode argumentar que a formação do arquiteto está muito boa do jeito que está. Na verdade, o mais provável é a melhor que já existiu. Mas não é boa o suficiente. Assim como arquitetos e designers precisam entregar mais valor no futuro, a educação que apoia e dá à luz o futuro da profissão precisa provar sua relevância.

Por James P. Cramer. Reproduzido, com permissão, do DesignIntelligence. Se você gostou deste artigo, você também pode desfrutar de In Defense of an Architecture Education, que afirma que, apesar da estagnação econômica, a profissão ainda vale a pena perseguir, e Thoughts on Architectural Education, uma coleção de observações e frustrações de um estudante de Arquitetura.

É de responsabilidade da profissão dar suporte a evolução do ensino superior. O capital humano está em perigo. Temos um problema de abastecimento de talento enquanto olhamos para o horizonte.

Há uma natureza mutante do trabalho de projeto. Neste contexto muitos educadores reconhecem que o ensino superior não tem acompanhado as grandes mudanças que ocorrem nas profissões de projeto. Quem tem? Mude e a incerteza enfrentará todos nós. Apontar o dedo não vai nos levar a um lugar mais alto. É hora de arquitetos e educadores adotarem uma aprendizagem, uma abordagem de não culpar para mudar.

Conheça as 12 etapas que irão ajudar a fornecer a estudantes de projeto, educadores e profissionais as melhores oportunidades para o sucesso de hoje, a seguir…

Quem agora duvida de que vivemos em uma época de grandes mudanças? Embora possamos reconhecer que o futuro da nossa indústria de AEC é ficção, podemos, no entanto, imaginar relevância futura com base em tendências em tecnologia, demografia, urbanização, entrega de construção, a globalização e as mudanças econômicas. A realidade sóbria é que o jogo de prática profissional está mudando. Vai tornar-se mais forte ou mais fraco, e a educação vai desempenhar um papel importante nos níveis de sucesso futuro. Devemos também nos preparar para ciclos permanentes de mudanças revolucionárias. Existem inúmeras frentes estratégicas que precisam ser abordadas. Práticas integradas e multidisciplinares têm mudado todos os modelos de negócio. Sustentabilidade é a condução do projeto. Os praticantes estão aprendendo a dar ainda mais serviços e experiências pelo dinheiro. Empreiteiros estão estabelecendo estúdios de projeto. A tecnologia está mostrando sinais de nova inteligência artificial, que não só vai atrapalhar, mas também alterar propostas de valor. Estamos em uma encruzilhada.

A recente reunião do Design Futures Council focou em passos para a nova saúde nas profissões de projeto. O ponto foi que “a mudança nunca mais vai ser tão lenta como ela é hoje.” E assim, devemos agir. Não vai ser fácil para os projetistas, educadores ou alunos. Alguns vão dizer que o ensino de projeto tornou-se demasiado egoísta e sem a sua visão própria. Se este ponto de vista é cegamente aceito sem ação, então isso só pode significar que o valor da educação arquitetônica certamente irá diminuir. Se assim for, então o futuro da profissão estará em perigo. Complacência, se isso se estabelecer na educação, será o inimigo para a transformação bem sucedida da profissão. Ação rápida é mais certamente estratégica. Ela não deve ser uma opção. A falta de compromisso com a melhoria contínua sozinha poderia matar as gerações futuras da profissão de arquitetura. A profissão não tem a menor chance de ter sucesso no futuro, se ela não pode obter os melhores e mais brilhantes – o melhor capital humano – regenerando a profissão ano após ano.

Eu tenho uma proposta. Na base, eu acredito que deve haver uma abordagem nova e que devemos questionar os nossos padrões de hábitos atuais. Devemos fazer as coisas de forma diferente. Chamar isso de uma abordagem de próximo nível ou alinhamento estratégico. Para medir o pulso do potencial disto, só precisa olhar para o que vemos hoje em empresas com profissionais melhor-da-turma. A inovação vive nestas empresas. O fascinante é que, apesar dos pessimistas, a profissão de projeto é pioneira em novas satisfatórias realidades que incluem cenários inesperados ascendentes na satisfação de carreira e remuneração monetária.

Nós descobrimos que aqueles que abraçam o empreendedorismo na profissão não estão lidando apenas com as ameaças que pesam sobre a cabeça, mas, ainda mais importante, eles também estão se concentrando agora em ajustes que trarão crescimento no futuro. Suas previsões de crescimento para a profissão. Não meramente a sobrevivência. Compreender suas ações nos proporciona uma sensação de território frente onde pode haver um alinhamento mais forte entre a academia e a profissão. Isso pode se tornar um ponto ideal entre a profissão e a academia. É uma escolha que nós temos agora, para re-energizar a educação profissional. Os participantes serão recompensados.

Em vez de perpetuar crenças passadas e obsoletas e dogmas, por que não trazer dinamismo e liderança para alinhar com a indústria da construção de hoje e realidades ambientais? Isso poderia exigir uma nova competência contextual na educação arquitetônica. Além disso, implica satisfazer a nova responsabilidade social que vai com as aspirações dos estudantes utópicos. Na verdade, as escolas têm muitas oportunidades para alinhar e liderar a profissão em mudança. Isto significará evitar as armadilhas e conveniências das aldeias de clausura dentro da universidade que, em alguns casos, perderam de vista a educação profissional.

Aqui está uma proposta para trazer o ensino de projeto para a frente em uma posição de valor cada vez mais indispensável.

1. Obcecado com manter-se atual. Fornecer um programa de campus para faculdades e pessoal que atualize as últimas estatísticas e métricas sobre a profissão de projeto. Por exemplo, métricas de remuneração e métricas de negócios de sucesso. Trazer os alunos, professores e administração juntos para compartilhar conhecimentos sobre as realidades atuais das profissões. Os graduados de hoje devem compreender as reais oportunidades e definir metas de acordo com isso. Livrar-se da velha mitologia de uma profissão que não existe mais. Infelizmente, alguns educadores estão desencorajando seus alunos por todas as razões erradas. Por exemplo, os alunos devem ser abastecidos com transparências sobre as últimas referências sobre remuneração em projeto, bônus e modelos de ações de propriedade. Nós não precisamos ouvir outra história sobre as falhas nos negócios de Lou Kahn como se fosse o fim da história. É apenas uma parte da história. A maior parte da história é a de aprender com os erros e estudar o sucesso. Hoje existem centenas de histórias que fornecem estudos de caso sobre o arquiteto bem-sucedido. É hora de entender essa realidade.

2. Ensinar liderança, além de ensino de projeto. Sim, habilidades de liderança de negócios e comunicação deve ser ensinado a todos os alunos antes de se formarem. Cada graduado deve ser capaz de levantar-se em uma reunião da AIA ou associação e fornecer uma sinopse confiante da sua origem e áreas de interesse. Eles devem ser capazes de estabelecer contato com os olhos e usar a linguagem atual da prática profissional. Eles devem estudar fitas de vídeo de si mesmos na escola (ou se inscrever em uma aula de teatro ou aula de debate) até que tenham confiança em suas habilidades de comunicação. Os alunos devem aprender que, na realidade, os projetistas estão no negócio de comunicação. Sem isso, o valor dos projetistas na sociedade e à volta da mesa de negócio não tem a virilidade – a voz – para avançar no futuro.

3. Aprender fazendo, com as mãos sobre os programas, educação cooperativa e como pode ser difícil, mas o seu valor não pode ser negado. Pois quando se trata de áreas como a construção de experiência no local de supervisão, análise de custos, taxas e ajustes de negócios para as alterações de escopo, e dia-a-dia de gerenciamento de projetos, a melhor maneira de adquirir a necessária compreensão de como os edifícios são feitos é praticando a arte e a ciência, em vez de estudá-la. Isso não vai ser fácil. A recessão atingiu os modelos de educação cooperativa e os estágios de forma dura. No entanto, os dogmas e princípios certamente vão evoluir. Tornando-se um arquiteto bem-sucedido ou gestor de uma empresa de projeto não são esforços que se traduzem bem em palestras e análises acadêmicas.

4. Maximizar o que vou chamar de projeto empresarial de educação continuada de projeto, ofertas que trazem profissionais para a escola tanto digitalmente como ao campus. Criar programas sociais e intelectuais que constroem pontes entre a profissão e a educação. Um número surpreendentemente pequeno de profissionais bem-sucedidos ativamente ensinam. Isso não precisa ser um recurso perdido. A profissão também precisa de educação contínua de alta qualidade. Isso fornece uma oportunidade para reunir atividades intensas e relevantes entre a escola e a profissão.

5. Corpo Docente e professores titulares veteranos estão necessitando de renovação. Algumas escolas admitem a uma percentagem de pesos mortos. Isso não tem que ser dessa maneira. Um programa de intercâmbio entre as escolas poderia ser estabelecido para professores titulares veteranos e corpo docente que precisam de alguma regeneração e um novo ambiente. Cada escola pode participar neste programa, que poderia ter um mês de programação de 12 a 24 meses. Isto poderia ser coordenados por uma das associações, como um modelo de pessoal AIA / ACSA atuando conjuntamente. Esta iniciativa é importante porque a complacência não tem lugar na educação de projeto se os estudantes estão esperando obter retorno daquilo que estão pagando. Educadores e profissionais afins devem estar sempre insatisfeitos e com fome de participar no futuro desdobramento da profissão.

6. No estúdio, ensinar as métricas atuais em finanças, marketing, serviços profissionais e operações. Este é o modelo Design + Enterprise. Torná-lo uma parte de cada projeto no ambiente de criação. Embutida em todos os ateliers devem estar lições que revelam informações sobre o projeto de gestão que as empresas usam agora para inspirar confiança. Isto inclui os custos, o tempo de construção, eficiência de projeto, métricas de metros quadrados e a sobrecarga de marketing provável que o projeto trouxe com ele.

7. Programas especiais de aula devem mostrar os melhores talentos em projeto e práticas de negócios. Equilibrá-los. Se, por exemplo, há oito cadeiras de destaque num semestre, insira gestão prática de liderança na frente dos alunos, também. O objetivo de aprendizagem não deve ser só para entender o que a empresa faz e suas saídas, mas também a forma como a empresa faz e seus processos. Pergunte às empresas sobre cobrir os orçamentos dos projetos premiados e como eles funcionam. Pergunte-lhes sobre o lucro e se eles estão cumprindo suas metas. Peça-lhes para ter uma conversa franca com os alunos sobre a migração de valor e planejamento estratégico, mudanças de taxas, responsabilidade social e novas estratégias do processo de entrega. Peça-lhes para cobrir as questões de transição proprietário/líder em suas empresas.

8. A Faculdade devem ser encorajada a estabelecer papéis formais com as empresas. Isto levaria os educadores até as empresas em uma base regular. A profissão precisa alcançar os educadores neste quesito – não muito diferente de uma ação afirmativa. Educadores podem integrar o conselho político, talvez, ou um consultor em tecnologia ou como perito para a empresa em uma área de especialidade, tais como acústica, iluminação, negociação de contratos, ética, etc Deveria haver mais dar e receber entre professores e profissionais da prática. As empresas têm de pagar por estes serviços de consultoria política e dos educadores. As escolas devem definir a meta de que cada membro do corpo docente torne-se um membro da diretoria ou conselheiro para uma prática profissional, uma empresa de construção, uma fabricantes de produtos ou outro agente da indústria. Isto irá fornecer relevante troca e fornecer valor e uma nova visão sobre o sistema. Ele também vai criar um retorno social, respeito e admiração, algumas coisas que precisamos ter mais entre as escolas e a profissão.

9. Cada empresa deve fazer um compromisso financeiro para o programa da faculdade de sua escolha. Minha opinião é que cada empresa – mesmo a menor – deve contribuir com um mínimo de US $ 2.500 por ano para o ensino superior. E para as empresas de porte médio, grande e extra-grande eu recomendo deixar um orçamento preliminar como uma percentagem dos lucros líquidos. A empresa típica ganha um lucro de 9 por cento. Um por cento poderia fluir para as escolas de sua escolha. Como o retorno sobre o investimento cresce, ainda mais investimentos podem ser feitos. Subjacente a esta estratégia é a atitude que deveria haver mais desenvolvimento a fluir a partir da prática para a educação. Cadeiras e doações devem ser muito mais agressivamente estabelecidas. Quando isso acontecer, isso tenderá a tornar os programas mais forte e mais valorizados no contexto da construção da profissão para o futuro. É preciso apenas um pouco de imaginação para ver como isso pode ser valioso, e pode-se argumentar que o futuro da profissão depende disso. Com disciplina, mais de US $ 25 milhões em doações anuais podem ser fornecidos para nossas escolas de arquitetura credenciadas anualmente.

10. Estabelecer um sistema de meritocracia de recompensas com funcionários e professores. Não é tempo bem gasto desafiar o sistema de posse, francamente, mas pode haver um energizado coaching de liderança em torno da meritocracia, alto desempenho e pagamento por excelência. O foco deve ser sobre o que pode ser feito. A profissão deve apoiar isso com doações, cadeiras e presentes.

11. Instalações em faculdades e universidades devem, no mínimo, refletir as do exercício profissional. Um bom projeto, boa organização e as mais recentes ferramentas devem estar no local. Espaços na escola de projeto devem inspirar, ser bem concebidos, ter boa curadoria e não ser autorizado a declinar em um tratamento vale-tudo bagunçado.

12. Aprendizagem digital e a distância é uma realidade e deve ter um papel legítimo como uma opção na formação do arquiteto. Definir um espaço de mercado ágil para permitir que os graduandos com graus não acreditados busquem isso e se qualifiquem para a licenciatura.

Haverá sempre, naturalmente, escolas melhores e piores. Isto também é verdade na prática. Assim como alguns alunos recebem uma educação inferior, alguns empregados na prática, não são orientados bem. O futuro exige mais se desejamos uma profissão forte. Esta é uma das maiores oportunidades para a mudança. Ela pode re-energizar a profissão de projeto do futuro. Respeito à educação de projeto pode ser exponencialmente maior. Devemos encorajar os líderes para definir metas que eles podem nunca encontrar. Estamos em uma corrida com mudança e como novos nichos de valor são descobertos nós precisamos aproveitar e implantar estes. Precisamos de uma forte ligação entre o ensino e a prática em torno das questões de mudanças, previsões e ações que podem melhorar o futuro.

James P. Cramer é editor fundador de DesignIntelligence e co-presidente do Design Futures Council. Ele é presidente do Grupo de Greenway, uma consultoria de gestão a previsão que ajuda as organizações a navegar na mudança para agregar valor.

Reproduzido com permissão de DesignIntelligence.

Fonte: Britto , Fernanda . "Como Melhorar o Ensino de Arquitetura (em 12 passos)" 24 Nov 2012. ArchDaily. http://www.archdaily.com.br/82422/como-melhorar-o-ensino-de-arquitetura-em-12-passos/

Defesa de tese: Estratégias separatistas e ordenamento territorial: a criação e Palmas na consolidação do Estado do Tocantins




 
A tese defendida por José Manoel Miranda de Oliveira, no dia 12 de novembro de 2012, junto ao Programa de Pós-Graduação do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia, com o título: Estratégias separatistas e ordenamento territorial: a criação e Palmas na consolidação do Estado do Tocantins, orientada pelo Professor Dr. William Rodrigues Ferreira, foi desenvolvida a partir dos pressupostos teórico-metodológicos da lógica-dialética, situando as estratégias separatistas e o ordenamento territorial como problema e a criação de Palmas na consolidação do Estado do Tocantins como objeto empírico. O primeiro capítulo versa sobre a compreensão da história dos separatistas da região norte de Goiás e sua posterior conversão em autonomistas. O segundo capítulo foi estruturado a partir das intervenções direcionadas à criação e construção de Goiânia e Brasília para se entender o contexto político e econômico voltados para a escolha do território destinado para a criação e a construção de Palmas. As contradições entre construir e consolidar espaços e o processo de formação da identidade urbana de Palmas formaram as diretrizes básicas do terceiro capítulo. A economia e o ordenamento territorial das cidades banhadas pelo lago, as relações entre capital e trabalho e as perspectivas de redivisão territorial do Estado do Pará formaram os elementos básicos dos objetivos do quarto capítulo. As conclusões foram estruturadas em 11 estratégias e 11 corolários, resultantes das ações separatistas e das intervenções efetivadas no ordenamento territorial do Estado a partir da criação de Palmas.


Foto de um dos momentos da arguição. Na fila da direita, a Banca composta pelos seguintes pesquisadores: Prof. Dr. William Rodrigues Ferreira (UFU), Orientador, Profª. Dra. Amália Inês Geraiges de Lemos (USP), Prof. Dr. Elizeu Ribeiro Lira (UFT), Profª. Dra. Beatriz Ribeiro Soares (UFU), Prof. Dr. Júlio Cesar de Lima Ramires (UFU). Na mesa do fundo, colaborando no manuseio da parafernália, meu amigo Bazolli que no dia seguinte defendeu a sua tese, conforme já noticiado por este veículo.



 
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