Desenho e canteiro - função de arquiteto

2010/08/23 ELENARA LEITÃO  

Ainda mergulhada na leitura dos Pilares da Terra, vejo em minha cabeça um tempo em que o mestre construtor, ancestral direto dos arquitetos, era projetista e construtor. Ainda não se haviam separado esses dois afazeres e me lembrei é claro de Sergio Ferro e seu livro O CANTEIRO E O DESENHO, uma espécie de símbolo de uma geração que lutava por liberdade em um pais onde ela não existia. E essa efervescência era sentida nas faculdades de arquitetura, onde muito se discutia a função social da moradia e da cidade.  

Pintura de Sérgio Ferro

Em uma entrevista para a revista AU,  Sérgio Ferro assim definiu a ARTE : " Arte é a manifestação da alegria no trabalho, apesar da contradição nas palavras, pois trabalho vem de 'tripalium', um instrumento de tortura. E essa alegria não é possível sem liberdade. Então, arte é a manifestação do trabalho livre, no qual o autor tem diante de si o material específico de seu ofício e define, sem influência estrangeira, o que quer fazer."
E sobre Arquitetura ele disse que "atualmente é raríssima a obra de arquitetura que possa ser chamada de obra de arte. Simplesmente porque aquele que projeta e pensa não é o mesmo que manipula, não é aquele que faz, que transforma a matéria. Arte é uma idéia concreta, efetivada no material. É o momento de encontro entre o humano e o não-humano. E no material já existe muito de humano. E dessa união nasce a alegria... O eu criador varia de arte para arte. O eu da pintura e da escultura é unitário, o eu da arquitetura é coletivo, social, composto do arquiteto e dos produtores. Por isso, talvez a arquitetura devesse ser a maior e a melhor das artes. Porque não apareceria mais o ego isolado de cada um de nós, de cada arquiteto, mas sim a subjetividade humana compartilhada.Uma coisa é criar no escritório e depois mandar fazer. Outra é escutar as possibilidades advindas de cada equipe de trabalho e promover a colaboração entre parceiros. O projeto pode e deve estar aberto no momento de sua concepção para uma transformação, uma modificação, pois nenhuma previsão consegue antever todas as possibilidades que surgem no momento da realização. Daí a necessidade de colaboradores que participem da criação do projeto global e se sintam realmente responsáveis pelo que estão fazendo. Cada equipe de especialistas atuando com liberdade, responsabilidade e cooperação.
Para nós, arquitetos, o que interessa não é a estética, teoria da percepção do objeto, mas a poética, que é o fazer, o produzir. Então, quando um arquiteto chega na prancheta e começa a querer fazer algo com equilíbrio dinâmico entre as massas e etc., está se comportando como esteta, aquele que vê, e não como poeta, aquele que faz. Os ensinos no ateliê são estéticos e não poéticos. A produção é abafada, secreta e triturada."
Mais sobre Sergio Ferro nessa  entrevista no Vitruvius


Há pouco tempo coloquei aqui uma postagem sobre um arquiteto americano, um dos mais influentes de sua geração alertando para a necessidade resgate do projetar e fazer. Talvez ele e Sergio Ferro não compartilhem da mesma ideologia, mas ambos apontam para uma lacuna que vem tornando os arquitetos um acessório dentro de uma complexa indústria que visa acima de tudo o lucro. E nada tenho contra lucrar. Mas tudo tenho contra esse vir em detrimento do bem estar, da criatividade, da alegria. E se criam conceitos e nomes para vender, mais que para mudar atitudes. Se o verde é moda, vende-se o verde em forma de certidões que nada mais são do que carimbos que atestam momentos. Serão realmente eficazes ?    
Talvez eu esteja sendo romântica, inspirada numa nostálgica volta ao passado de estudante, mas a verdade é que cada vez mais as decisões sobre grandes empreendimentos passam longe da decisão do Arquiteto.

Fonte: http://www.elenaraleitao.com.br/2010/08/desenho-e-canteiro-funcao-de-arquiteto.html

Livro Viabilidade de Empreendimentos Imobiliários - Modelagem Técnica, Orçamento e Riscos de Incorporação

Com destaque para a modelagem técnica, orçamento e riscos de incorporação, publicação apresenta novos conceitos para análise qualitativa de projetos

Kelly Amorim, do Portal PINIweb

28/Janeiro/2015

Reprodução

A Editora Pini acaba de lançar o livro Viabilidade de Empreendimentos Imobiliários - Modelagem Técnica, Orçamento e Riscos de Incorporação, do engenheiro civil Pedrinho Goldman, que reúne uma série de estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira de empreendimentos residenciais, considerando as transformações da produção e da comercialização.

A publicação de 329 páginas também apresenta estudos de casos, de acordo com aspectos socioeconômicos e ambientais e os elementos intervenientes do negócio imobiliário. O objetivo da obra é destacar principalmente as variáveis qualitativas, pouco abordadas nas bibliografias já lançadas, e abrir caminho para novas pesquisas sobre a importância da modelagem como ferramenta para dar mais precisão na análise técnica durante a tomada de decisão dos investimentos.

Confira entrevista com o autor Pedrinho Goldman:

O livro é fruto de uma pesquisa acadêmica realizada por você. Que estudo foi esse?
Esta pesquisa de doutoramento realizada na Universidade Federal Fluminense RJ teve como motivação o aperfeiçoamento profissional e contribuir para o mercado da incorporação e construção, relevante na geração de empregos e de riqueza econômica para a sociedade.

A pesquisa teve como objetivo investigar os fatores que levam os empreendedores a tomada de decisão de realizar empreendimentos imobiliários residenciais, e desenvolver uma Modelagem para a elaboração dos estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira.
Concluímos que a tese atendeu seus objetivos na identificação dos fatores que interferem na tomada de decisão de empreender, e na criação de um modelo para os estudos de viabilidade. E que os estudos de viabilidade não devem ficar restritos nas questões técnicas, econômicas e financeiras. Identificamos variáveis qualitativas que exercem forte influência sobre as variáveis monetárias, e que podem gerar mudanças significativas para a tomada de decisão.

O que contempla estudo de viabilidade de empreendimentos imobiliários?
O estudo de viabilidade técnica, econômica e financeira é uma ferramenta essencial para a tomada de decisão na realização dos empreendimentos imobiliários. Este estudo contempla a projeção das receitas e despesas monetárias do empreendimento através das variáveis monetárias, e dos indicadores de resultados, usualmente apresentados através do fluxo de caixa de receitas e despesas ao longo do ciclo de vida do empreendimento.
Quais os principais erros que os profissionais cometem ao fazer essa análise?
Em nossa pesquisa identificamos que o valor geral de vendas (VGV), o preço do terreno e o custo da construção são as variáveis monetárias de maior peso monetário representativo dos estudos de viabilidade. Desta forma, estas variáveis devem ser avaliadas com critérios adequados, pois suas variações e margens de erro podem interferir fortemente nos indicadores de resultados do estudo.


O que é essa modelagem?
A modelagem para os estudos de viabilidade tem como finalidade possibilitar ao especialista utilizar as informações quantitativas e qualitativas do empreendimento, de tal forma que seus resultados possibilitem uma análise técnica, econômica e financeira adequada para subsidiar os empreendedores na tomada de decisão.
Ela está estruturada em: Características do empreendimento; Objetivos do negócio; Características sociais, econômicas e comerciais da região; Características do projeto; Variáveis monetárias de receitas; Variáveis monetárias de despesas; Variáveis qualitativas; Indicadores de resultados; Análise e interpretação dos resultados; Tendências dos resultados; Conclusões e recomendações.


Você traz como novidade a aplicação de variáveis qualitativas na análise. Por que usá-las?
As variáveis qualitativas são fatores que podem interferir direta ou indiretamente nas variáveis monetárias e nos indicadores dos estudos de viabilidade. Elas foram identificadas através de um questionário estruturado aplicado aos especialistas construtores e incorporadores, cujas respostas apontaram o seus graus de importância na tomada de decisão de empreender.

Citamos entre outros a conjuntura internacional, política pública habitacional, déficit habitacional, percepção e sensação, sustentabilidade ambiental e urbana, participação da sociedade, rede de infraestrutura e transporte, segurança.
Embora haja uma grande dificuldade na precificação destas variáveis, são fatores relevantes na tomada de decisão e devem fazer parte do conjunto desta análise, conforme estruturada em nossa modelagem. Entendemos que a busca da precificação das variáveis qualitativas abrem caminho para novas pesquisas acadêmicas, que podem beneficiar o setor privado e público imobiliário.

Para adquirir o livro, clique aqui.

Fonte: http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/negocios/novo-livro-da-pini-reune-estudos-reais-de-viabilidade-de-338023-1.aspx

Prefeitura do Rio de Janeiro aponta caminhos para enfrentar as mudanças climáticas

Rio de Janeiro. Cortesia de Ciclovivo    Rio de Janeiro. Cortesia de Ciclovivo

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, apresentou recentemente o Programa Rio Resiliente, estratégia que aponta as principais orientações da cidade para enfrentar impactos causados por mudanças climáticas e desafios urbanos nas próximas décadas. Elaborado com a participação de funcionários de 40 órgãos municipais, o programa será coordenado pelo Centro de Operações Rio (COR).

De acordo com Paes, a prefeitura está atenta às cinco prioridades definidas no Protocolo de Quioto, documento assinado em 2005, no Japão, por representantes de 168 países membros das Nações Unidas.

Os pontos mais importantes são prioridade para redução de risco de desastre, conhecimento do risco e adoção medidas, desenvolvimento de maior compreensão e conscientização, redução do risco e fortalecimento da preparação em desastres para respostas eficazes.

Com ações como implantação do Centro de Operações, integrado por 30 instituições municipais, estaduais e concessionárias, aquisição de novo radar meteorológico e fortalecimento da Defesa Civil, o Rio de Janeiro entrou para a lista das 33 primeiras cidades selecionadas para a rede “100 Resilient Cities.

A rede é vinculada à Fundação Rockefeller, organismo internacional sem fins lucrativos que incentiva iniciativas filantrópicas e possibilita a troca de experiências com cidades como Melbourne (Austrália) e New Orleans (Estados Unidos), que já passaram por desastres naturais.

Para a Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro, os deslizamentos de encostas representam o maior problema das chuvas fortes, principalmente no verão. Por essa razão, o principal foco é a proteção dos moradores que vivem em áreas de risco.

Conforme o prefeito, embora os deslizamentos sejam a mais trágica consequência das chuvas fortes na cidade, também há a preocupação com os alagamentos. Para evitá-los, diversas obras estão sendo realizadas, como os quatro piscinões na região da Grande Tijuca, na zona norte, para diminuir o acúmulo de água pluvial no entorno da Praça da Bandeira.

O prefeito Eduardo Paes lembrou a importância de minimizar o impacto dos fenômenos naturais e humanos no cotidiano da cidade. “Eles causam impactos em toda cidade. Sendo resilientes, a prefeitura pode se organizar para evitar que motoristas fiquem com carros alagados na Praça da Bandeira. Assim, podemos desviar o trânsito, com um esforço conjunto com o Centro de Operações. As ações avançaram muito, mas os desafios ainda são enormes”, concluiu.

Via Agência Brasil.

 

Fonte:Romullo Baratto. "Prefeitura do Rio de Janeiro aponta caminhos para enfrentar as mudanças climáticas" 30 Jan 2015. ArchDaily Brasil. Acessado 31 Jan 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/761258/prefeitura-do-rio-de-janeiro-aponta-caminhos-para-enfrentar-as-mudancas-climaticas

Filme "Concrete Love: The Böhm Family" é o vencedor do Prêmio Goethe de Documentários

 

Este ano o vencedor do Prêmio Goethe de Documentários foi o filme Concrete Love: The Böhm Family. O filme alemão, dirigido por Maurizius Staerkle-Drux, segue a rotina diária do arquiteto Gottfried Böhm, de 95 anos de idade, documentando sua relação com familiares e amigos e as inspirações para suas obras. O filme mergulha do fervor de Böhm em relação à arquitetura, à família e à vida. O júri elogiou: "o filme conta uma história de amor de muitas camadas, a paixão pela arquitetura e quatro gerações da história alemã. Com observações sensíveis, entrevistas íntimas e explorações fílmicas inteligentes de um extraordinário legado arquitetônico, o filme cria uma impressão duradoura dos edifícios e das pessoas."

Veja o vídeo : http://vimeo.com/117273601

O prêmio anual de 2 mil euros é concedido pelo Goethe Institut no International Leipzig Festival for Documentary and Animated Film. Os filmes participantes devem ser produzidos na Alemanha e, ao mesmo tempo, atrair o público internacional ao abordar um tema universal. O vencedor deste ano, Concrete Love, será exibido em todo o mundo e já teve sua estréia na Alemanha e Suíça. Nas próximas semanas, o documentário segue caminho para cinemas americanos, estreando no Slamdance Festival em Utah e no Berlin & Beyond em San Francisco. Assista ao trailer acima.

Via Goethe Institut

 

Fonte:Giermann, Holly. "Filme "Concrete Love: The Böhm Family" é o vencedor do Prêmio Goethe de Documentários" [Concrete Love: The Böhm Family] 31 Jan 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 31 Jan 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/761174/filme-concrete-love-the-bohm-family-e-o-vencedor-do-premio-goethe-de-documentarios

Biblioteca Nacional disponibiliza mais de 740 mil ítens digitalizados

Biblioteca Nacional

Digitalizações de mais de 740 mil itens raros podem ser acessadas, sem custo, na Biblioteca Nacional Digital (BNDigital). Acervo disponibiliza obras raras como o decreto, feito quatro dias depois da chegada da família real no Brasil, marcando o fim do pacto colonial e abrindo nossos portos às nações amigas para livre comércio de produtos.


+infos: http://goo.gl/MHiiIF
BNDigital: http://bndigital.bn.br/

Aspectos da Construção Sustentável no Brasil

O CBCS, juntamente com o Ministério do Meio Ambiente e o PNUMA -Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente desenvolveu  um estudo sobre a construção sustentável no Brasil para servir de orientação para uma futura política nacional de promoção da construção civil sustentável.


Resultado de anos de trabalhos desenvolvidos nos comitês de Água, Energia e Materiais, o trabalho contou com contribuições de diferentes entidades representativas do setor da Construção Civil, acadêmicos e profissionais do mercado. Apresentando uma visão integradora e multidisciplinar, este trabalho busca dar início a uma discussão sistemática da construção sustentável no Brasil.

Confira aqui o estudo!




Fonte: http://www.cbcs.org.br/aspectos-construcao-sustentavel/acvs/show.asp?ppgCode=DAE7FB57-D662-4F48-9CA6-1B3047C09318

Por um plano de arborização para a cidade



foto: fotografia.folha.uol.com.br

Há pouco mais de uma semana, um grupo de moradores das redondezas do Largo da Batata deram um presente à cidade de São Paulo plantando 32 mudas de árvores naquele espaço público caracterizado pela sua aridez. O propósito do grupo foi o de criar regiões de sombra e amenidades para os usuários, especialmente quando a cidade enfrenta temperaturas próximas aos 40 graus.
Depois de meses de visitas e reuniões com órgãos públicos para apresentar a reivindicação de mais árvores no Largo da Batata e não tendo obtido respostas às suas solicitações, os moradores optaram por uma solução que para muitos pareceu um ato de rebeldia civil. Como resultado da ação e do plantio disciplinado de espécie nativas, a praça amanheceu arborizada!
A “rebeldia cidadã” que vem se manifestando em várias cidades brasileiras, resulta, em grande parte, da dificuldade dos gestores públicos em oferecer soluções para problemas cotidianos, que no primeiro olhar parecem ter pouca importância. Se por um lado a cidade precisa ter uma certa regulamentação das ações individuais ou de grupos informais no espaço público, por outro, a cidade precisa conviver com as novas práticas relacionadas a esses mesmos espaços; que vão desde seu reconhecimento como lugar privilegiado para o exercício da cidadania, como também espaço merecedor de especial atenção, a começar por uma completa mudança em relação aos padrões urbanísticos adotados na sua construção.
Nos últimos anos, os movimentos de vizinhança têm crescido exponencialmente na cidade de São Paulo, quase sempre como resposta a um certo imobilismo do poder público no trato dos seus espaços urbanos. Herança da tradição do urbanismo modernista – ainda presente de forma marcante na cultura pública –, calçadas, praças, esquinas, becos, parques e escadarias não são enquadrados como os grandes temas da cidade.
Para eles se dá pouco importância: quase sempre são implantados sem projetos prévios e, quando se trata dos já existentes, a manutenção é inexistente. O espaço público em todas suas dimensões não é entendido como o local privilegiado da mobilidade urbana e da fruição da cidade. Só para reforçar sua importância, é bom lembrar que, na cidade de São Paulo, cerca de 13 milhões de pessoas utilizam o modo a pé para seus deslocamentos diários, quase o mesmo número de pessoas que circula nos transportes públicos.
No caso da arborização urbana, os absurdos se acentuam. São Paulo é um grande palimpsesto das perversões cometidas contra as árvores, as protetoras do ambiente urbano. Temos centenas de exemplos, que podem ser encontrados nas calçadas da metrópole, das piores práticas urbanísticas conhecidas na história das cidades. Para lembrar apenas alguns maus exemplos, temos a solução que encapsula a árvore em um minúsculo canteiro, que se leva como obstáculo da calçada, impedindo que as águas das chuvas sejam captadas pelo solo; outra prática corriqueira é a colocação de grades e outras formas de “proteção” que impedem o seu crescimento; e ainda as opções de “padrões urbanísticos informais” adotados na cidade vão desde a construção de calçadas destruidoras das raízes até exemplos mais extremos como o das raízes cimentadas.
Não podemos esquecer que até pouco tempo, os troncos eram caiados de branco, pois como reza a lenda, tal prática evitaria a subida das formigas ávidas por destruir os caules e folhas das nossas árvores. Prática essa recentemente abandonada pela municipalidade, que continua restrita apenas à pintura dos postes de energia elétrica.
Além dos mais diversos “padrões urbanísticos”, as árvores urbanas sempre estão subordinadas a prioridades de outros equipamentos. O primeiro e mais nefasto é a fiação aérea das operadoras de serviços públicos, que se reproduzem cada vez em maior número. É fácil constatar essa submissão observando a poda das árvores, na maioria das vezes realizada para permitir ou não atrapalhar a passagem dos fios, que, mesmo assim, sempre são responsabilizadas pela queda de energia; além do funcionamento dos sistemas dependentes do posteamento público. Para os gestores desses serviços, ao contrário de cumprirem a lei municipal que obriga o enterramento dos fios, melhor seria que as árvores não existissem para atrapalhar sua eficiência.
As árvores também são submetidas às imposições dos seus vizinhos, os moradores de prédios e casas que compartilham o uso das calçadas. Parcela considerável deles ainda tem como cultura, a priorização do acesso às garagens ou então, para a implantação de equipamentos privados, como os suportes dos sacos de lixo que infestam as calçadas da cidade. Em alguns casos, os moradores se incomodam com as folhas que caem no outono e obrigam à uma varrição diária. Enfim, práticas de uma cultura que já deveria estar extinta.
A crise hídrica e de geração de energia que afeta as nossas cidades nos obriga a refletir sobre questões que não faziam parte da pauta dos problemas urbanos. A arborização é hoje uma questão central. E, infelizmente, não temos planos ou projetos para enfrentar o problema. Em São Paulo,  a legislação atual se limita à disciplina dos serviços de poda ou corte, o qual deve ser autorizada pelo organismo responsável.
Nesses tempos atuais de mudanças climáticas, a arborização urbana tem um papel vital na sustentabilidade das cidades e é necessário definir planos e projetos para sua implantação. As árvores respondem por um conjunto multifuncional de benefícios ambientais, sociais e econômicos, que ajudam a melhorar a qualidade de vida de milhares de moradores.
Entre os arquitetos e urbanistas existe um consenso sobre a importância da arborização das cidades, como fator estético e ambiental. A princípio todos concordam que uma cidade arborizada tem menos problemas de ilhas de calor, o ruído diminui, o ar fica menos poluído e a drenagem flui melhor. Uma boa arborização atenua a temperatura ambiente, proporciona sombras agradáveis e conforto térmico nos ambientes externos. E, no que concerne à questão das enchentes, as árvores diminuem e retardam o escoamento superficial das águas em direção às baixadas, além de permitirem a infiltração da água no solo ao redor de seu tronco nas áreas de calçadas pavimentadas.
A aceleração dos eventos naturais que afetam as cidades – como ventos, descargas elétricas, tempestades e enchentes –, obriga-nos a rever todo esse conjunto de padrões urbanísticos atuais e, principalmente, a pensar na pequena escala da cidade, aquela do quotidiano dos seus moradores.
Assim, o pequeno gesto de “rebeldia civil” que resultou no plantio de 32 árvores no Largo da Batata, e que vem a contribuir para criar áreas sombreadas para que seus frequentadores possam melhor usufruir desse espaço público, também serve de alerta tanto para os gestores públicos e para os moradores da cidade. Em algum momento da nossa história urbana, demos preferência ao deus moderno da velocidade propiciada pelo transporte individual, o carro, e suas consequências. Trata-se agora de reverter o padrão urbanístico, optando pelas soluções desenhadas para a escala do cidadão que utiliza os espaços públicos e, para começar, esse usuário sempre vai preferir fruir a cidade à sombra refrescante das árvores urbanas.


Elisabete França é arquiteta e urbanista, diretora de conteúdo do portal ARQ!BACANA e doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie. Atualmente está à frente do Studio 2E Ideias Urbanas e leciona para instituições como a Fundação Álvares Penteado e USP Cidades. Entre 2005 e 2012, foi superintendente e secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Habitação da cidade de São Paulo (Sehab-SP).

Fonte e imagens completas: http://www.arqbacana.com.br/internal/arq%21ideias/read/14417/por-um-plano-de-arboriza%C3%A7%C3%A3o-para-a-cidade?utm_medium=e-mail&utm_campaign=Padr%C3%A3o&utm_source=mail2easy

AsBEA realiza seminário “Arquitetura e Tecnologia na Construção”

Evento acontece no dia 12 de março durante a Feicon Batimat, em São Paulo

Com o tema “Como a arquitetura aliada à Tecnologia pode impulsionar a Construção Civil”, acontece no dia 12 de março, em São Paulo, o seminário AsBEA “Arquitetura e Tecnologia na Construção”. O evento, que tem apoio do CAU/BR, será realizado durante o ciclo de seminários do principal salão da construção da América Latina, o Feicon Batimat.

O objetivo é propor uma reflexão sobre os impactos da tecnologia na concepção de projetos e falar sobre como a Arquitetura aliada à tecnologia de ponta pode impulsionar a construção civil.

Para tratar do tema, foram convidados o arquiteto e urbanista Affonso Orciuoli que é professor, pesquisador e fundador do Toolingroup; o engenheiro civil Resmundo Manga Conte, diretor de engenharia da BAC Engineering no Brasil. Também vão contribueir para a discussão o arquiteto e urbanista Eduardo Sampaio Nardelli, presidente da AsBEA, e a arquiteta e urbanista Miriam Addor, vice-presidente da Associação.

Para participar, os interessados devem entrar em contato pelo e-mail feicon.inscricao@reedalcantara.com.brou pelo telefone (11) 2626-9161.

Serviço:

Data: 12/03/2015
Horário: das 09h às 18h
Local: Sala Jacarandá – Hotel Holiday Inn Parque Anhembi
Endereço: Rua Professor Milton Rodrigues, 100, Parque Anhembi, São Paulo

Fonte: http://www.caubr.gov.br/?p=38668

Observação, Desenho e Descrição (Parte 2)

© Marcelo Donadussi    © Marcelo Donadussi

Escrever em Arquitetura (e a crítica em Arquitetura) é uma ação supérflua. Se você não tem interesse, não perca seu tempo. Mas alguém duvidará que os grandes arquitetos da história foram grandes escritores?

Na semana, passada publiquei a primeira parte do artigo Observação, Desenho e Descrição. Hoje, dou continuidade a ele, detalhando as etapas de trabalho e os exercícios desenvolvidos durante o Workshop ArchDaily Brasil: Clássicos da Arquitetura Brasileira.

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© Marcelo Donadussi    © Marcelo Donadussi

1. Escritura coletiva

O primeiro módulo de aula (em torno de três horas) era dedicado à descrição coletiva de uma obra. Era preciso pensar em voz alta. Os dez alunos haviam sido divididos em duplas e a cada aula uma dupla era responsável por já ter reunido previamente planimetrias e fotografias sobre a obra em questão. Essa mesma dupla ficava responsável por escrever aquilo que íamos discutindo em voz alta. Eu fazia o papel de guia da escritura. Foi a melhor maneira que encontrei para de fato guiar a escritura dos alunos. Se eu os deixasse escrever livremente, escreveriam como antes e sempre. As correções e revisões seriam mais longas, perderíamos muito mais tempo, e temo que os resultados seriam pobres.

Utilizamos o Google Docs para a escritura coletiva. Cada aluno acompanhava no seu próprio notebook o que íamos escrevendo, e quando julgasse necessário poderia escrever ele mesmo no mesmo documento ou fazer alguma correção. Essa ferramenta atendeu perfeitamente aos objetivos (lembre-se apenas de ter um bom sinal de internet). Era fundamental que cada aluno estivesse com seu notebook aberto, para que todos fossem pesquisadores independentes, e ao mesmo tempo escritores coletivos. Às vezes se formavam duplas ou trios para discutir melhores entre eles algum aspecto, e em seguida a ideia, ou a frase, era lançada à discussão entre todos. Relíamos em voz alta várias e várias vezes uma mesma frase, até que ela estivesse clara, com os melhores termos, a pontuação e conectores adequados, e de maneira direta.

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© Marcelo Donadussi     © Marcelo Donadussi

Utilizamos o projetor para ampliar as fotografias e planimetrias que fossem necessárias para discutir algum tema ou aspecto importante para a descrição. No quadro, ao mesmo tempo que eu guiava a escritura, fazia esboços daquilo que íamos descrevendo: eixos, matrizes, detalhes, plantas, seções. Escrevia as medidas (ou as várias possíveis medidas corretas que os alunos iam descobrindo). Procurava mostrar aos alunos que através do desenho especulativo poderíamos chegar a algo concreto e inegável sobre a obra, sem a necessidade de nenhum conhecimento histórico, teórico ou crítico prévio. E o que é mais importante: através de uma busca que também é projetual.

Nossa observação era direta. Ao início das aulas sempre pedia aos alunos: —alguém diga alguma coisa sobre essa obra, qualquer coisa. E daí partíamos. Agora: “qualquer coisa” quer dizer qualquer coisa objetiva, medível, concreta. Quais são as medidas da seção transversal dos pilares? Era uma pergunta frequente. Quais são as medidas fundamentais da planta geratriz do edifício? Há relações entre as medidas? Como foi a cronologia da sua construção? Descrevamos o detalhe do encaixe entre o piso da escada e o seu mastro central. Esse foi um desafio quando nos enfrentamos à escada do Solar do Unhão. “E se?” e “não seria talvez assim?” são especulações importantes para o processo de descrição. É preciso checar as possibilidades. É preciso saber duvidar de si mesmo.

Em três horas conseguíamos escrever três parágrafos. Uma boa extensão (muitos artigos têm apenas um ou dois parágrafos de interesse). As primeiras aulas foram conturbadas. É aceitável a descrença dos alunos. Muitos ainda estavam interessados nos “motivos secretos” das obras ou nas “intenções inconscientes” do arquiteto ou nas emoções causadas nos usuários. A descrição que eu propunha ia por um caminho bem diferente. Era seca, sem nomes próprios, com vírgulas estranhas, muitos pontos-finais, muitos cujos, e todos os números por extenso. Assim, perdemos um bom tempo discutindo sobre os porquês de escrever assim e não como eles (e todos) estavam acostumados. Era difícil convencer com palavras. O jeito era apelar para o trabalho: —se você não fizer como eu digo, não haverá resposta que te convença.

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© Marcelo Donadussi    © Marcelo Donadussi

2. Escritura e desenho individual à "mão solta" (postais)

O segundo módulo das aulas (entre uma hora e meia, e duas horas) era dedicado a um avanço individual sobre a descrição que havíamos começado no primeiro módulo. A obra era a mesma. Porém os alunos não poderiam dar continuidade a um tema já iniciado ou a um aspecto ou detalhe da obra já descrito. Teriam que avançar a outros lados.

As regras eram poucas e simples: 1) utilizar o verso de um postal, de tal modo que quando fosse aberto não resultasse de cabeça para baixo, 2) elaborar um desenho a modo de esquema ou croquis que revele ou destaque algum aspecto da obra, 3) realizar uma descrição curta de um ou dois parágrafos, 4) não escrever a lápis, e 5) desenhar e escrever segurando na extremidade da caneta e com o papel levantado sem o apoio da mesa, como um pintor sem cavalete. Esta última regra tem seu motivo: fazer com que os alunos desenhem e escrevam segunda uma técnica nova que eles não dominam. Essa técnica exige mais concentração no traço e mais delicadeza no contato com o papel. Os alunos queixavam-se ao início dizendo que suas letras estavam horríveis. Mas “letra bonita” não estava entre as regras. Não escapatória: a letra ficará tremida. Se eles fossem capazes de dominar essa técnica, haveria sem dúvidas um avanço em qualidade na técnica comum que eles utilizavam antes. Uma técnica mais difícil seria utilizar a mão esquerda, mas achei que seria demais. O desenho à mão solta é de uma beleza singular.

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Exercícios de desenho e descrição realizados pelos alunos     Exercícios de desenho e descrição realizados pelos alunos

Também aqui atuei como guia, um guia particular nesse momento. O conjunto texto-desenho deveria criar uma composição bela aos olhos. Pedia aos alunos que não escrevessem do modo comum: de margem à margem a partir do canto superior esquerdo, preenchendo a página inteira. Não. O branco do papel é importante. O desenho deve pedir pelo texto. O texto deve ser capaz de criar uma imagem completa sobre aquilo que se está descrevendo e deve prescindir do desenho. O desenho não é uma muleta do texto, como usualmente é, como usualmente é utilizado, como ilustração. Nosso desenho não é ilustrativo. É uma busca, uma especulação, uma revelação.

Além da dificuldade óbvia com a nova técnica de ortografia e desenho, ir além do lugar comum da forma da escritura (ou seja: margem à margem) foi um dificuldade inicial importante. As dificuldades de composição, de criar um conjunto harmonioso, que fosse belo aos olhos independentemente do seu conteúdo, perduraram durante as cinco aulas. Mas evolução houve em todos os casos e em todas as frentes, em menor ou maior grau: na capacidade descritiva, na objetividade, na técnica de desenho, na composição, no poder de observação. Restaria saber: no poder de projeção?

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Posters dos trabalhos finais    Posters dos trabalhos finais

3. Escritura e desenho individual digital

Ao final das aulas, os alunos tiveram mais um mês para desenvolver uma descrição curta, porém mais extensa do que as que estávamos fazendo em classe, um desenho técnico digital que enfatizassem as medidas fundamentais para a descrição, e um levantamento completo do material gráfico existente e disponível sobre a obra. Esta última etapa deveria ser uma síntese dos exercícios realizados em classe, uma simulação do trabalho que realizo nos Clássicos da Arquitetura: a mesma pesquisa gráfica, os mesmos desenhos especulativos, a mesma escritura objetiva.

* * *

A evolução dos trabalhos realizados pelos alunos foi perceptível e confortante. Das duas primeiras aulas, com fervorosas discussões sobre os porquês das coisas (por que escrever assim? por que não de outro jeito? por que a obra é assim? por que o arquiteto fez isso?), demos um salto em direção às próprias coisas e a como são (quais suas dimensões e as relações entre elas, de que é feita e como foi feita). As discussões, a partir da terceira classe, estiveram enfocadas em saber exatamente os comos, e em poder descrevê-los (qual a melhor palavra para descrever tal objeto?).

A técnica da mão solta também avançou, e produziu belas obras. Claro que alguns alunos mantiveram sua descrença até o fim, tanto sobre a técnica quanto sobre a metodologia, o que criou uma barrera ideológica importante, que não deixa ver tudo aquilo que se poderia. Afinal, eram alunos de mestrado e doutorado, e não se deixavam convencer facilmente. Porém alcançamos um fato indiscutível: vimos, a cada aula, e a cada obra, algo que nunca havíamos visto antes, apesar de todo o nosso conhecimento e até proximidade àquelas obras. Vimos e entendemos como foram projetadas e construídas e como são exatamente (algo que tínhamos apenas uma nebulosa ideia). Vimos suas relações e suas configurações internas, sua gestação. Fomos capazes de desenhá-las com mais precisão (isso não quer dizer mimeticamente) e a discernir sobre seus aspectos fundamentais e singulares. O que faz de uma obra ela mesma e não outra?

Ao final, pude demostrar aos alunos, sem que eu houvesse respondido de antemão, pude fazê-los responder a si mesmos o porquê de escrever em Arquitetura.

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© Marcelo Donadussi    © Marcelo Donadussi

Sobre o Workshop: realizado no PROPAR-UFRGS em Outubro de 2014.

Sobre a Exposição: a expografia e montagem estiveram a cargo de Igor Fracalossi, assim como a concepção e diagramação dos postais e posters.

 

Fonte:Igor Fracalossi. "Observação, Desenho e Descrição (Parte 2)" 29 Jan 2015. ArchDaily Brasil. Acessado 30 Jan 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/760331/observacao-desenho-e-descricao-parte-2

Animação mostra o funcionamento da cobertura retrátil do novo estádio de Atlanta

Cortesia de New Atlanta Stadium     Cortesia de New Atlanta Stadium

Foi divulgado recentemente uma animação do novo estádio do Atlanta Falcons - time de futebol americano da cidade de Atlanta -, revelando uma cobertura retrátil sem precedentes projetada pelo escritório 360 Architecture (recentemente incorporado ao HOK). De acordo com o site oficial do estádio, a cobertura dividia em oito pétalas pode rotacionar e abrir em menos de oito minutos (num movimento semelhante ao do diafragma de uma câmera).

Assista ao vídeo, a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=SPKP7FaiqEE#t=13

O estádio, já em construção,  contará com assentos para até 83 mil torcedores, uma praça pública de mais de 6.000m² e o esperado campo de 100 jardas de comprimento. A inauguração da obra está prevista para 2017.

Via Gizmodo, Atlanta Falcons

Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium
Cortesia de New Atlanta Stadium

 

Cita:Rosenfield, Karissa. "Animação mostra o funcionamento da cobertura retrátil do novo estádio de Atlanta" [360 Architecture Tops New Atlanta Stadium with Retractable "Roof Petals"] 30 Jan 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 30 Jan 2015. <http://www.archdaily.com.br/br/761116/video-aereo-mostra-a-construcao-da-cobertura-retratil-do-novo-estadio-de-atlanta>

7 cidades que estão tirando os carros de suas ruas

© Sol ©  Prefeitura de Madri     © Sol © Prefeitura de Madri

Esta é sem dúvida uma das maiores mudanças que nossas cidades estão enfrentando. O reinado do automóvel chegou ao fim e o espaço das ruas está sendo aos poucos devolvido às pessoas,

São cada vez mais evidentes os efeitos negativos que os automóveis criam nos espaços urbanos. Os mais evidentes são a poluição do ar, os acidentes de trânsito e, claro, todo o espaço que ocupam, gerando congestionamentos e ambientes desagradáveis para as pessoas que caminham.

Em muitas cidades hoje em dia, o automóvel não é a forma mais eficiente de se deslocar. Por exemplo, em Londres os automóveis têm uma média de velocidade inferior a das bicicletas. Os motoristas de Los Angeles passam 90 horas por ano presos em engarrafamentos e, segundo um estudo britânico, os condutores passam 106 dias de suas vidas procurando uma vaga para estacionar seu carro.

A Fast Company realizou uma seleção de 7 cidades que seguem em frente na iniciativa de tirar os carros das ruas, um processo que muitas outras cidades experienciarão num futuro não muito distante.

Veja a seguir quais são essas 7 cidades:

1. Madri

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© druidabruxux, via Flickr       © druidabruxux, via Flickr

Madri proibiu os automóveis em certas ruas do centro da cidade, e durante janeiro, a região peatonal se amplia  ainda mais. Essa zona se estende por mais de um quilômetro quadrado, permitindo que os moradores possam entrar com seus carros, porém, que não mora na região recebe uma multa de US$ 100,00.

Esse é um dos primeiros passos de um plano mais amplo para tornar o centro de uso exclusivo peatonal dentro dos próximos cinco anos.

Veja a seguir dois artigos sobre esse plano de Madri:

Em 2015 Madri restringirá o acesso de automóveis em 352 hectares de seu centro

O Plano de Mobilidade Urbana Sustentável que busca diminuir o uso do automóvel em Madri

2. París

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© rouilleralain, via Flickr       © rouilleralain, via Flickr

Ano passado, Paris passou por um dos episódios mais críticos de poluição atmosférica de sua história. Como resposta, restringiu-se o uso de automóveis durante alguns dias e foi oferecido transporte público gratuito durante a situação de emergência. O nível de poluição reduziu cerca de 30% em algumas horas, o que levou a cidade a iniciar algumas medidas permanentes de desincentivo ao uso de automóveis. As pessoas que não moram no centro não poderão entrar com seus carros nos finais de semana, uma regra que poderá ser estendida para toda a semana.

Até 2020 a cidade espera duplicar o número de ciclovias, proibir os automóveis movidos a diesel e fazer com que nas ruas onde há muito trânsito só possam circular automóveis elétricos e outros veículos de baixa emissividade.

Leia o artigo  “Zonas 30″ y “Zonas de Encuentro” cubrirán casi todo París, publicado no Plataforma Urbana, para saber mais sobre o tema.

3. Chengdu

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© Wikimedia Commons    © Wikimedia Commons

Uma nova cidade satélite prevista para o sudoeste chinês, Chengdu foi projetada especialmente para pedestres, tornando desnecessário ter um carro, já que todos os serviços podem ser encontrados em 15 minutos de caminhada.

O plano, projetado pelos arquitetos Adrian Smith e Gordon Gill, não proíbe os automóveis completamente, mas estipula que apenas metade das ruas pode receber o trânsito motorizado.

4. Hamburgo

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© Martin at Sea, Flickr     © Martin at Sea, Flickr

Hamburgo está tornando cada vez mais fácil se desvencilhar do automóvel. Uma nova "rede verde", que estará completamente concluída dentro de 15 ou 20 anos, conectará todos os parques da cidade, tornando possível ir de bicicleta ou a pé a qualquer lugar. A rede cobrirá 40% do espaço de Hamburgo.

O plano de Hamburgo para eliminar o uso do automóvel nos próximos 20 anos

5. Helsinki

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© jjay69, via Flickr     © jjay69, via Flickr

Helsinki espera uma avalanche de novos habitantes nas próximas décadas, porém, quanto mais gente vier para a cidade, menos automóveis serão permitidos nas ruas. Um novo plano estabelece um desenho que transformará subúrbios dependentes do automóvel em comunidades densas, caminháveis e vinculadas ao centro. A cidade também está elaborando novos serviços de mobilidade para simplificar a vida sem automóvel. Um novo aplicativo, que está sendo testado, permite que os cidadãos compartilhem carros e táxis ou encontrem o ônibus ou trem mais próximo. Helsink espera que em uma década seja completamente desnecessário ter um carro.

Para saber mais leia esse artigo: Em 2025 os habitantes de Helsinki não terão mais razões para possuir um carro.

6. Milão

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© Plataforma Urbana   © Plataforma Urbana

Milão está provando uma nova forma de manter os automóveis fora do centro da cidade, prometendo aos concutores que deixarem seus carros na garagem gratuidade no transporte público. Através de sistemas de rastreamento, sabe-se se o automóvel foi usado para transportar o cidadão ao trabalho ou não. Se o carro não está em casa, o sistema envia ao condutor um vale no mesmo valor do bilhete de transporte público.

7. Copenhague

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© Plataforma Urbana    © Plataforma Urbana

Até 40 anos atrás, o trânsito em Copenhague era como o de qualquer outra cidade grande. Agora, mais da metade da população usa a bicicleta para ir todos os dias ao trabalho.

Copenhague começou a introduzir zonas peatonais na região central durante a década de 60. As zonas livres de carros se expandiram lentamente por toda a cidade nas décadas seguintes. Foram construídos muitos quilômetros de ciclovias que conectam todas as partes da cidade. Copenhague tem uma das taxas de automóvel per capita mais baixas da Europa.

Todos esses exemplos são a prova de que nossas cidades estão mudando e que a forma como nos movemos por elas mudará completamente nos próximos anos.

Fonte: fastcoexist.com

Via Plataforma Urbana.

 

Fonte:Assael, Daniela. "7 cidades que estão tirando os carros de suas ruas" [7 ciudades que están sacando los automóviles de sus calles] 30 Jan 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 30 Jan 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/761120/7-cidades-que-estao-tirando-os-carros-de-suas-ruas

Os caminhos (e descaminhos) da prática do projeto arquitetônico

Edison Ferreira Pratini
O processo de projeto arquitetônico envolve diversas etapas e procedimentos que vão dos primeiros esboços para a concepção espaço ou volume, até a representação técnica detalhada para execução do edifício. Esse processo exige a compreensão e visualização da totalidade da concepção, não só por parte do arquiteto, mas por parte de todos aqueles envolvidos no projeto – desenhistas, engenheiros, cliente e construtores.
No processo tradicional de projeto, as etapas se desenvolvem como uma sucessão de desenhos que vão realimentando a concepção inicial. Esse processo muitas vezes se inicia por esboços ou croquis rabiscados em qualquer papel à mão no momento de um “insight” de definição do chamado partido arquitetônico. Os passos seguintes vão acrescentando mais e mais detalhes e refinamentos à medida que as áreas e dimensões são fixadas. O lápis dá lugar ao computador. Os detalhes são incorporados aos desenhos.
Fig. 1. Os esboços são desenhos cuja principal característica – e qualidade – é a imprecisão.
Paradoxalmente, à medida que a idéia inicial vai ganhando corpo e consistência – deixando de ser uma abstração, uma imagem mental um pouco difusa – a sua representação gráfica vai ganhando em complexidade e, por utilizar o sistema de projeções ortogonais do desenho técnico, torna-se mais e mais abstrata. Para manter a compreensão e visualização de projetos complexos, os arquitetos se valem de outros recursos como representações por perspectivas, modelos de volumes ou maquetes.
A popularização dos computadores pessoais e sistemas CAD na década de ’80 gerou uma grande expectativa quanto ao futuro do desenho, à resolução das questões de visualização e do processo de projeto em arquitetura. Imaginava-se sistemas que poderiam gerar alternativas de projeto a partir de um programa de necessidades ou da análise dos condicionantes, sistemas especialistas que dariam soluções num processo de consultas, sistemas automatizados que poderiam montar alternativas com um conjunto de componentes pré-fabricados, e tantas outras fórmulas mágicas não concretizadas.
Na prática, as aplicações da informática nos escritórios de arquitetura têm-se resumido à automação e racionalização do processo de desenho técnico trazida pelos programas CAD, ao aumento de produtividade, e à consistência do projeto pela integração dos dados das várias áreas envolvidas. Pouco mais se implementou no processo de projeto, mesmo tendo em vista a simples possibilidade de construção de modelos 3D para estudo de alternativas nas primeiras etapas do projeto arquitetônico. Esta prática poderia ajudar a resolver, ainda, as questões de visualização e desenvolvimento de projetos complexos, uma vez que o modelo 3D pode ser a base do projeto, em substituição aos desenhos bidimensionais. Infelizmente, no dia-a-dia dos arquitetos, os modelos 3D – ou maquetes eletrônicas – quando elaborados, servem apenas como produto de apresentação de um projeto já concluído, numa flagrante subutilização dos recursos computacionais disponíveis por todos que atuam em arquitetura.
Fig. 2. Maquete eletrônica para apresentação de um projeto já concluído
Na verdade, existem justificativas para essa situação onde o computador é rejeitado como instrumento de auxílio à concepção: muitos arquitetos referem-se à inadequação do instrumental de desenho em computador para o traçado rápido e espontâneo característico dos esboços à mão livre. Os programas também são projetados para trabalhar com mouses, tablets ou digitalizadores e conjuntos de menus que, obviamente, não permitem a liberdade, rapidez e espontaneidade necessárias para estabelecer um ciclo contínuo de informação do papel para olho para o cérebro para a mão e novamente para o papel da mesma forma que os esboços à mão livre e seu gestual fazem.
Fig. 3. O processo de “graphic thinking”, segundo Paul Laseau, é um diálogo contínuo que envolve o desenho no papel, o olho, a mente que processa o que foi desenhado e devolve para a mão o comando para novo desenho que, por sua vez realimentará o processo.
Além disso, esse mesmo instrumental também é inadequado para a geração rápida de modelos tridimensionais, por ter sido desenvolvido para operar em duas dimensões. Os programas, projetados para trabalhar com esse tipo de dispositivo pontual como o mouse e um conjunto de menus, não estimulam a elaboração dos desenhos rápidos, esboços conceituais ou modelos de estudo normalmente empregados na fase inicial do projeto. O desenvolvimento de interfaces mais amigáveis e intuitivas deverão estimular a prática do uso de modelos 3D como base do projeto desde a fase conceitual do objeto arquitetônico.
Apesar dessas dificuldades, o futuro próximo da prática do projeto arquitetônico já vem sendo delineado pelas novas gerações de estudantes de arquitetura nas escolas mais desenvolvidas, e pelos grandes escritórios americanos de arquitetura: os estudantes, mais acostumados com o instrumental computacional e menos com o lápis, passaram a usar o projeto 3D como seu ambiente de trabalho, obtendo as vistas e desenhos somente após o projeto completo; os grandes escritórios, utilizando a modelagem 3D em paralelo com desenhos CAD, começam a empregar a estereolitografia que permite construir uma réplica em resina a partir do modelo 3D. Percebe-se, portanto, uma transição gradual de todo o processo de projeto para o ambiente tridimensional.
Fig. 4. Os grandes escritórios de arquitetura começam a utilizar processos de prototipagem rápida para a construção de modelos em resina a partir do modelo 3D
Na ponta do desenvolvimento de programas e de equipamentos, busca-se interfaces mais amigáveis, com instrumentos de entrada de dados adaptados à maneira dos arquitetos. Pode-se encontrar pesquisas para desenvolvimento de intérpretes de croquis perspectivos: desenha-se em um tablet um croquis de um paralelepípedo, por exemplo, e o sistema reconhece a forma e gera um paralelepípedo tridimensional com as mesmas dimensões e proporções. Outras pesquisas vão no sentido de tornar os programas CAD inteligentes, de forma que as entidades (objetos) não sejam somente um amontoado de pontos e linhas, mas que sejam definidas e se comportem como os próprios elementos arquitetônicos que querem representar. Neste caso, uma parede não será apenas formada de dois traços paralelos, mas será um objeto íntegro, com características de peso, resistência, acabamento de superfície, cor, etc. Mais além, encontram-se pesquisas em realidade virtual, a exemplo da proposição de um sistema para a descrição de superfícies 3D e geração de esboços tridimensionais diretamente com o gestual cotidiano: ao invés de desenhar em uma folha de papel, descreve-se a forma com gestos, da mesma maneira que se usa gestos como auxiliar da fala para descrever uma forma ou dar noção de dimensões de um objeto para um interlocutor. Pode-se, desta forma, criar, moldar e manipular os objetos (criar e deslocar uma parede virtual, por exemplo, para logo a seguir abrir o vão de uma janela) como se fossem reais e existissem no local onde o usuário se encontra.
Fig. 5. Uma das pesquisas na área de realidade virtual propõe a geração e manipulação de verdadeiros “esboços” tridimensionais, descrevendo as formas com gestos no espaço
Essa evolução do uso de computadores e das novas tecnologias em arquitetura tem acompanhado, dois passos atrás, as novas tecnologias utilizadas na engenharia mecânica, principalmente na indústria automobilística e aeronáutica. Projeto e digitalização 3D, prototipagem rápida ou estereolitografia são tecnologias já bem conhecidas e testadas nessas indústrias. Seguindo essa tendência, pode-se supor que num futuro não muito remoto, os arquitetos estarão projetando em ambientes de realidade virtual, passeando por projeções holográficas de edifícios construídos com as suas próprias mãos em canteiros de obras virtuais e interativos.
Fig. 6. As indústrias automobilística e aeronáuticas já se utilizam dos recursos da realidade virtual para concepção, modelagem e manipulação dos seus componentes. Da mesma forma, num futuro próximo, os arquitetos estarão manipulando maquetes virtuais em ambiente de realidade virtual.


Este artigo foi publicado originalmente na revista Arquitetura CADesign, Ano 1, nº 2.


Edison Pratini é arquiteto, Doutor, Professor Adjunto da área de representação gráfica e tecnologias computacionais e pesquisador da Universidade de Brasília.


E-mail: pratini@unb.br.
URL: www.epratini.arq.br

Fonte: http://www.iabdf.org.br/os-caminhos-da-praacutetica.html

Download livro: Guia de obras de Oscar Niemeyer

O Guia, proposto pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil, Departamento do Distrito Federal (IAB-DF), e editado pela Câmara  dos Deputados, busca homenagear Oscar Niemeyer. Pretende também contar um pouco da história de Brasília, em seu 50º aniversário, utilizando a obra do arquiteto como base. O leitor encontrará cinquenta verbetes diretamente relacionados com a presença de Niemeyer na Capital, todos eles organizados a partir de cinco roteiros de visitação: o da Esplanada dos Ministérios, o do Eixo Monumental, o do Plano Piloto, o da Universidade de Brasília e o de Brasília como um todo.

Guia de Obras de Oscar Niemeyer

Link para baixar: http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/3565/guia_obras_Brasilia.pdf?sequence=1

Fonte: http://www.tudosobrearquitetura.com.br/2014/09/download-livro-guia-de-obras-de-oscar.html#more

Aplicativo brasileiro que permite usuários interagir com questões urbanas é finalista em concurso da ONU

Colab.re concorre na categoria Governo e Participação do World Summit Award, que premiará os melhores conteúdos digitais ao redor do mundo

Kelly Amorim, do Portal PINIweb

27/Janeiro/2015

Divulgação: Portal da Copa

O Colab.re, aplicativo brasileiro que promove a interação entre população e órgãos públicos municipais, estaduais e federais, é um dos finalistas do concurso World Summit Award (WSA), da Organização das Nações Unidas (ONU), que escolherá e os conteúdos digitais mais relevantes para a sociedade dentro do contexto no qual estão inseridos.

Além da categoria em que o Colab.re está participando, chamada de Governo e Participação, a competição premiará as melhores ideias em Saúde e Meio Ambiente; Educação; Entretenimento e Estilo de Vida; Turismo e Cultura; Mídia e Notícias; Negócios e Comércio; e Inclusão e Empoderamento.

Criado em 2013 pelos sócios Gustavo Maia, Bruno Aracaty, Paulo Pandolfi e Josemando Sobral, o Colab.re é uma rede social que reúne ferramentas para que a população fiscalize os problemas das cidades, apontando problemas rotineiros; proponha ideias e coloque projetos em debate; e avalie os serviços, instituições, e entidades ligadas ao poder público.

O aplicativo está disponível em todos os estados brasileiros, oferecendo um painel de gestão e atendimento a 30 prefeituras brasileiras, como Curitiba, Cuiabá e Rondonópolis, que adotaram o Colab.re como canal de relacionamento oficial com o cidadão. A rede social está disponível nainternet e para os sistemas iOS e Android.

O vencedor do concurso será divulgado entre os dias 1 e 3 de fevereiro em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

Fonte: http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/urbanismo/aplicativo-brasileiro-que-permite-usuarios-interagir-com-questoes-urbanas-e-337985-1.aspx

Chamada de trabalhos para o 3º CIHEL- Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono

Cortesia de 3º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono      Cortesia de 3º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono

O 3º Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono (CIHEL)acontece pela primeira vez fora de Portugal, na cidade de São Paulo, organizado de forma conjunta pelas Faculdades de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie (FAU MAckenzie) e pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU USP).

A primeira edição do encontro  aconteceu em Lisboa, em 2010, e teve como tema “Desenho e realização de bairros para populações com baixos rendimentos”. A segunda edição do encontro ocorreu em 2013, também em Lisboa, teve como tema “Habitação, Cidade, Território e Desenvolvimento”. Esta terceira edição tem como tema “HABITAÇÃO: Urbanismo, Cultura e Ecologia dos Lugares”.

O 3.º CIHEL pretende desenvolver uma abordagem ampla e multifacetada da temática HABITAÇÃO: Urbanismo, Cultura e Ecologia dos Lugares, no momento em que se desenvolvem planos para produção habitacional em larga escala e para a reurbanização de extensas áreas em vários dos países da lusofonia, tendo presente a influência da construção/reabilitação habitacional e do crescimento urbano. Paralelamente, começam a se consolidar novas formas de intervenção urbanística em assentamentos precários, resultado da vontade social e política da aplicação de novos instrumentos urbanísticos.

Este congresso visa incluir, também, as novas temáticas para o III ONU-HABITAT, definidas durante o 7º Fórum Urbano Mundial, em abril de 2014, que teve lugar em Medellín, Colômbia, proporcionando o melhor conhecimento da grande amplitude temática, e das problemáticas, potencialidades e especificidades das matérias tratadas.

O 3º CIHEL é aberto à participação de pesquisadores, acadêmicos e profissionais de todos os países de língua portuguesa que desenvolvam pesquisas com temáticas relacionas à habitação – políticas públicas, provisão, projeto, tecnologia, gestão, etc. O evento conta também com uma chamada para um Concurso de Trabalhos Finais de Graduação relativos ao tema da Habitação.

Os trabalhos podem ser enviados até dia 16 de março e o comunicado dos resultados acontecerá no dia 01 de junho. Para mais informações, por favor, acesse a página oficial do congresso.

Fonte:Romullo Baratto. "Chamada de trabalhos para o 3º CIHEL- Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono" 28 Jan 2015. ArchDaily Brasil. Acessado 29 Jan 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/761150/chamada-de-trabalhos-para-o-3o-chiel-congresso-internacional-da-habitacao-no-espaco-lusofono

Architects’ Journal divulga lista de finalistas do prêmio "Arquiteta do Ano"

© Pollard Thomas Edwards  © Pollard Thomas Edwards

O Architects’ Journal divulgou a lista de finalistas do seu prêmio anual Women in Architecture, nomeando 17 profissionais estabelecidas e emergentes que contribuíram com a profissão "em uma área em que as mulheres ainda sofrem uma alarmante discriminação." Honradas com a escolha, as nomeadas compartilharam alguns conselhos às arqui tetas.

Veja quem foram as selecionadas e saiba o que elas acreditam ser necessário para que as mulheres sejam bem sucedidas na profissão, a seguir.

© vPPR© Williamson Chong Architects© Emre Arolat Architects© Foster + Partners

Finalistas do Woman Architect of the Year 2015:

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© Allies and Morrison   © Allies and Morrison

Joanna Bacon, sócia, Allies and Morrison - "Ouça..."

“Ouça as necessidades de seus clientes e de sua equipe. Seja ambiciosa e persistente. Procure apoio em casa e inspire uma boa equipe no trabalho, reconhecendo todos os dias o quão afortunadas nós somos por estarmos envolvidas em uma profissão tão fascinante."

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© Pollard Thomas Edwards    © Pollard Thomas Edwards

Teresa Borsuk, sócia, Pollard Thomas Edwards - “Acredite em si mesma.”

"Acredite em si mesma. Se você tiver uma pausa na carreira, volte com força total."

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© Simpson Haugh and Partners    © Simpson Haugh and Partners

Rachel Haugh, sócia, Simpson Haugh and Partners - "Seja apaixonada, tenha uma perspectiva e não desista."

"Paixão, comprometimento, visão, auto-confiança, otimismo e persistência são características necessárias. Se você tiver isso, vá em frente."

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© Emre Arolat Architects      © Emre Arolat Architects

Gonca Pasolar, sócia, Emre Arolat Architects - “Tenha clareza de seu principal objetivo.”

"Tenha clareza de seu principal objetivo. Arquitetura requer comprometimento, paixão, força, renovação e paciência."

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© Estudio Carme Pinos     © Estudio Carme Pinos

Carme Pinos, fundadora, Estudio Carme Pinos - "Tenha coragem..."

"Seja clara sobre o que você quer e tenha a coragem para alcançar seu objetivo."

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© Foster + Partners     © Foster + Partners

Cristina Segni, sócia, Foster + Partners - "Divirta-se."

"Divirta-se e cerque-se de pessoas que você confia e com as quais goste de trabalhar."

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© Wright & Wright    © Wright & Wright

Clare Wrigh, sócia, Wright & Wright - “Seja o mais franca que você puder ser sobre as coisas."

"Muitas mulheres acham difícil lidar com o equilíbrio entre ser subserviente e promover seus próprios interesses. Seja o mais franca que você puder ser sobre as coisas."

Categoria "Arquitetas Emergentes":

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© Purcell    © Purcell

Laura Highton arquiteta, Purcell - “Tenha confiança."

"Tenha confiança, seja você mesma e vá em frente!"

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© DRDH Architects    © DRDH Architects

Jillian Jones, líder de equipe, DRDH Architects - “Encontre um escritório onde você se sinta apoiada e inspirada..."

"Encontre um escritório onde você se sinta apoiada e inspirada e não aceite ser subestimada ou intimidada. Não sacrifique tudo pela causa arquitetônica."

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© Stitch    © Stitch

Sally Lewis fundadora e diretora, Stitch - Explore suas opiniões.

"Tente não se fechar em um casulo de projeto muito cedo."

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© Citizen Design Bureau    © Citizen Design Bureau

Katy Marks diretora, Citizen Design Bureau - “Apenas faça se você amar."

"Apenas faça se você amar. Aprecie o apoio da família, amigos e colegas."

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© Mediamundo Arcquitectos    © Mediamundo Arcquitectos

Marta Pelegrin co-diretora, Mediamundo Arcquitectos - “Continue sonhando…”

“Continue sonhando e serja persistente para alcançar seus objetivos."

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© Croydon Council    © Croydon Council

Chloe Phelps, líder de equipe, equipe de placemaking , Croydon Council - "Mantenha-se positiva."

"Adquira o máximo de experiência possível, trabalhe de forma inteligente, mantenha-se positiva e divirta-se!"

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© vPPR    © vPPR

Tatiana von Preussen, Catherine Pease e Jessica Reynolds fundadoras, vPPR - “Não tenha medo de perguntar."

"Seja apaixonada e preparada para perseverar. Encontre um mentor. Se você não sabe alguma coisa, não tenha medo de perguntar."

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© Williamson Chong Architects   © Williamson Chong Architects

Betsy Williamson, sócia-fundadora, Williamson Chong Architects - “Aprenda tudo o que você puder sobre construção."

"Seja otimista e engajada em aprender tudo o que você puder sobre construção."

Um júri composto por 14 renomados arquitetos, entre os quais Norman Foster, Patty Hopkins e a vencedora do Prêmio Jane Drew 2013, Eva Jiricna, analisará a lista de finalistas. As vencedoras serão anunciadas no dia 27 de fevereiro em Londres, numa cerimônia que contará com a apresentação de Phyllis Lambert e Sheila O’Donnell.

Via AJ. Saiba mais sobre o prêmio aqui.

© Pollard Thomas Edwards
© Pollard Thomas Edwards
© vPPR
© vPPR
© Williamson Chong Architects
© Williamson Chong Architects
© Emre Arolat Architects
© Emre Arolat Architects
© Foster + Partners
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© Stitch
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© Wright & Wright
© Wright & Wright
© Allies and Morrison
© Allies and Morrison
© DRDH Architects
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© Estudio Carme Pinos
© Estudio Carme Pinos
© Croydon Council
© Croydon Council
© Citizen Design Bureau
© Citizen Design Bureau
© Purcell
© Purcell
© Mediamundo Arcquitectos
© Mediamundo Arcquitectos
© Simpson Haugh and Partners
© Simpson Haugh and Partners
© Pollard Thomas Edwards
© Pollard Thomas Edwards

 

Fonte:Rosenfield, Karissa. "Architects’ Journal divulga lista de finalistas do prêmio "Arquiteta do Ano"" [AJ’s Shortlisted Women Architects of the Year Share Advice for Aspiring Females] 28 Jan 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Romullo Baratto) Acessado 29 Jan 2015.  http://www.archdaily.com.br/br/761052/architects-journal-divulga-lista-de-finalistas-do-premio-arquiteta-do-ano

 
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