Novo site dos Manuais de Escopo é lançado no Secovi-SP

Evento contou com a participação de 70 pessoas; portal está mais dinâmico e com mais serviços para o usuário.

Secovi_6

Os Manuais de Escopo, cipoal de diretrizes que norteiam procedimentos a serem adotados no desenvolvimento de projetos da cadeia imobiliária, têm um novo site. O lançamento foi feito em coquetel na sede do Secovi-SP, com a presença de aproximadamente 70 pessoas.

O portal www.manuaisdeescopo.com.br abriga 14 manuais já produzidos, os quais passaram por uma série de reformulações no biênio 2011-2012, contemplando conceitos de sustentabilidade, da tecnologia BIM (Building Information Modeling) e da Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575), que entrou em vigor recentemente.

“Esse remodelamento foi necessário para que pudéssemos prosseguir com os avanços no setor”, disse Ricardo Bunemer, diretor da vice-presidência de Tecnologia e Qualidade do Sindicato. “O sucesso de um empreendimento e a sua realização com recursos otimizados, e, consequentemente, custos menores, começa pelo projeto”, enfatizou Marcos Velletri, diretor de Insumos e Tecnologia da entidade. “Os Manuais de Escopo são o ferramental necessário para a elaboração de um bom projeto”.

O site, antes, tinha finalidade de distribuição de conteúdo através de download. Com a reformulação, o usuário consegue fazer consultas em online – sem a necessidade de baixar o documento –, comporchecklists e compartilhar conteúdo nas redes sociais, além de ter à disposição uma ferramenta web que lhe permite visualizar serviços e fases, os quais podem ser selecionados para montar uma proposta técnica no próprio ambiente do portal. “O site está mais dinâmico, moderno e o relacionamento com os usuários será mais intensivo, com o envio de informações, avisos de atualização e eventos relacionados com o mercado”, disse José Pires Alvim Neto, diretor da Ação Sistemas, empresa proprietária do Navis, software de gestão especializado em escritório de projetos.

A iniciativa contempla os escopos de acústica, estrutura, instalações elétricas, instalações hidráulicas, arquitetura e urbanismo, impermeabilização, revestimentos, vedações, ventilação e ar-condicionado, coordenação de projetos, paisagismo, automação e segurança, arquitetura de infraestrutura esportiva e luminotécnica – todos com seu manual específico. Hoje, 26 mil usuários estão cadastrados no site e já foram feitos 312,5 mil downloads de manuais e checklists. A expectativa das entidades que participaram do desenvolvimento do projeto (Secovi-SP, PróAcústica, Abece, AsBea, Asbai, Abrasip, Abrava, Agesc, ANP, Abap, Abriesp e IBI) é que, com o novo site, o uso dos documentos seja potencializado.

“O lançamento do site reflete a importância que os conteúdos dos manuais sempre tiveram para o mercado. Agora ganham maior destaque com um portal mais robusto, com recursos e atualizações frequentes dos documentos”, destacou Bunemer. “Os profissionais que participaram dessa iniciativa foram os melhores do mercado. São verdadeiras referências nos setores em que atuam”, completou Velletri.

Cada manual passará a contar com um patrocinador. Interessados podem entrar em contato pelo e-mail adriano@acaoeditora.com.br ou pelo celular (11) 9-9947-9570. Para aqueles que preferirem adquirir a versão PDF ou impressa de qualquer um dos manuais, poderá fazer a encomenda pelo site, em área específica. Parte dos valores arrecadados com patrocínio e venda será repassada ao Ampliar, instituição que profissionaliza jovens em situação de risco social.

Fonte:
http://www.manuaisdeescopo.com.br/News/2013/02/26/Novo-site-dos-Manuais-de-Escopo-e-lancado-no-Secovi-SP

Empresas de Arquitetura e Urbanismo poderão pagar menos sobre a folha de pagamentos

Medida Provisória aprovada pela Câmara dos Deputados poderá incentivar empresas de Arquitetura e Urbanismo a contratar mais

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (20/02) a Medida Provisória (MP) 582/12, que amplia a desoneração da folha de pagamentos para diversos setores da economia, inclusive Arquitetura e Urbanismo. Esses setores serão beneficiados com a tributação da receita bruta em substituição às contribuições sociais para a Previdência, concedendo ainda outros benefícios, totalizando renúncia fiscal aproximada de R$ 16,48 bilhões em cinco anos (2013 a 2017).

camaraMP

“Mais do que bem-vinda, a Medida irá contribuir para o aumento significativo no quadro de colaboradores das empresas de Arquitetura e Urbanismo; temos convicção de que a atuação parlamentar do CAU deve continuar na busca e implementação de medidas que permitam o avanço da profissão também através do Congresso Nacional”, explica Roberto Simon, coordenador da Comissão de Planejamento e Finanças do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR.

Setores beneficiados

Entre os novos setores incluídos pelo relator da MP, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), poderão pagar alíquota de 2% sobre a receita, até 31 de dezembro de 2014, as empresas de arquitetura e de engenharia; transporte rodoviário coletivo de passageiros; de transporte ferroviário e metroviário de passageiros; de prestação de serviços de infraestrutura aeroportuária; as que prestam serviços de manutenção de veículos e equipamentos militares e aeroespaciais; e as de serviços hospitalares. Com alíquota de 1%, serão beneficiadas as transportadoras rodoviárias de cargas; de táxi aéreo; empresas jornalísticas e de radiodifusão (exceto cooperativas); e as que recuperam resíduos sólidos para reciclagem.

A MP seguirá para o Senado, onde precisa ser votada até 28 de fevereiro, quando perde a vigência. Para respeitar a regra de noventena (espera de quatro meses para vigência), as mudanças no texto original da MP somente valerão a partir do quarto mês após a publicação da lei.

Fonte: http://www.caubr.org.br/?p=6753

A imobilidade nas cidades

As cidades brasileiras entraram em colapso de imobilidade. A situação compromete diariamente o tempo, a saúde e a produtividade de milhares de pessoas e representa o maior desafio dos atuais gestores urbanos. O sucesso ou fracasso de uma gestão municipal estará diretamente relacionado à solução deste problema, que é muito mais complexa que construir novos corredores e viadutos, melhorar o transporte público, apelar para a tecnologia de ponta, regularizar as calçadas ou fomentar o uso de bicicletas e outros meios de transporte alternativos.

O problema não se resolve em termos quantitativos, nem na relação lógica de causa e efeito, nem com burocracia e tecnocracia administrativa. É preciso entender a complexidade do fato urbano e as relações com o território, assim como abrir a mente para novos conceitos que superem o modelo atual de construção da cidade. Isto implica enfrentar interesses de setores que se beneficiam com um modelo que redunda em muito lucro para poucos e muitos inconvenientes para todos, promover um debate participativo e democrático com a sociedade organizada, elaborar um diagnóstico da situação atual da mobilidade, conscientizar a população acerca da necessidade e conveniência de mudar hábitos e comportamentos, determinar estratégias e objetivos para o curto, médio e longo prazo.

Ponto de partida essencial é estabelecer a hierarquia dos componentes do problema: o pedestre antes que o automóvel; a calçada antes que a rua; os espaços públicos antes que as obras de engenharia do trânsito; o transporte público antes que o privado; o espaço urbano como ambiente de vivência social antes que como local de passagem entre um ponto e outro. A inversão de hierarquias em relação à situação atual significa a mudança do paradigma de gestão e do modelo de cidade em construção. Enrique Peñaloza afirma que “se a cidade é o lugar do encontro por excelência, mais que qualquer outra coisa, a cidade é seu espaço público pedestre. Os seres humanos não podem estar no espaço dos automóveis, nem nos espaços privados que não lhes pertencem. A quantidade e a qualidade do espaço público pedestre determinam a qualidade urbanística de uma cidade” (1)

A cidade de planejamento tecnocrático e fragmentado, baseado em indicadores abstratos e alheios à configuração de uma paisagem urbana e ao favorecimento da convivência social, precisa ser orientada para outros modelos que estimulem a apropriação pacífica e civilizada dos espaços públicos. Neste contexto, um projeto de mobilidade urbana terá mais possibilidades de ser resolvido que na continuidade da situação atual. Substituir os automóveis pelas pessoas nos objetivos centrais das decisões arquitetônicas e urbanísticas constitui um passo fundamental para iniciar as transformações necessárias.

As leis de uso e ocupação do solo devem ser orientadas nesse sentido. O modelo de cidade implícito nelas e as arquiteturas que hoje são permitidas construir pouco contribuem para a solução da mobilidade. Ao contrário, nos centros comerciais e edifícios residenciais e empresariais de uso exclusivo encontra-se a origem da imobilidade. Esse modelo urbano propõe a fragmentação e isolamento das funções e serviços, assim como os empreendimentos propõem edifícios totalmente dependentes do automóvel para funcionar e estabelecer as redes de contatos com a cidade, ao mesmo tempo que negam a integração social e estimulam a violência e a exclusão.

Uma nova visão de cidade torna-se imprescindível para evoluir na direção de uma sociedade mais justa e integrada e, conseqüentemente, mais favorável a resolver problemas críticos, como o da mobilidade. O estímulo do uso misto, a criação de novas centralidades urbanas, a promoção de usos que integram as pessoas, o cuidado e controle espontâneo do espaço público pelos próprios moradores são, dentre outras, orientações válidas para definir novos paradigmas de uso e apropriação da cidade pelas pessoas e, conseqüentemente, diminuir sensivelmente a presença de automóveis nas ruas. Continuar a construção da cidade com edifícios de uso exclusivo, baseados em estruturas sociais defensivas, com paisagens urbanas de muros e guaritas, significa continuar um modelo pernicioso que só contribui para engessar e complicar o funcionamento das cidades, até elas morrerem de imobilidade.

1- Enrique Peñaloza, ex-prefeito de Bogotá, no prólogo do livro de JAN GEHL La humanización del espacio urbano, Ed. Reverté, S.A, Barcelona, 2006.

Roberto Ghione é arquiteto e diretor do IAB/PE

Convocatória para a revista [I2] Inovação e Investigação em Arquitetura e Território

 

511d174eb3fc4ba2a700026d_convocat-ria-para-a-revista-i2-inova-o-e-investiga-o-em-arquitetura-e-territ-rio_homepageimage_es_es

A revista digital [I2] do Departamento de Expressão Gráfica e Cartografia da Universidade de Alicante lançou sua convocatória de originais para seu primeiro número, fazendo um chamado a todas aquelas investigações, artigos e derivas que transitam pelo campo da inovação em arquitetura e território.[I2] é um projeto digital que engloba três áreas do conhecimento: Expressão gráfica, Composição Arquitetônica e Projetos Arquitetônicos, os conteúdos abordados serão plurais e abertos como os interesses destas áreas no âmbito da investigação e inovação.

Nesta primeira convocatória, terá a recepção dos artigos até dia 31 de Março 2013. Para maiores informações visite o seguinte link .

Fonte: Britto , Fernanda . "Convocatória para a revista [I2] Inovação e Investigação em Arquitetura e Território" 25 Feb 2013. ArchDaily. http://www.archdaily.com.br/99433/convocatoria-para-a-revista-i2-inovacao-e-investigacao-em-arquitetura-e-territorio/?utm_source=ArchDaily+Brasil&utm_campaign=5754f79872-Archdaily-Brasil-Newsletter&utm_medium=email

Arquitetura residencial das superquadras do Plano Piloto de Brasília: aspectos de conforto térmico

Arquitetura residencial das superquadras do Plano Piloto de Brasília: aspectos de conforto térmico

O objetivo desta dissertação é compreender a problemática das fachadas envidraçadas, sem proteção solar e não levando em consideração a radiação solar, do Plano Piloto de Brasília e por meio de medições in loco e simulações computacionais, buscar soluções que atendam às exigências de conforto térmico e de perservação da estética da arquitetura residencial de Brasília.
BRAGA, Darja Kos. Arquitetura residencial das superquadras do Plano Piloto de Brasília: aspectos de conforto térmico. Dissertação (Mestrado Arquitetura e Urbanismo), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-UnB. Brasília, 2005. 168p.

Arquivos relacionados:


Braga_Darja_UNB (4.22 Mb | pdf)

Fonte: http://www.procelinfo.com.br/main.asp?View=%7B5A08CAF0-06D1-4FFE-B335-95D83F8DFB98%7D&Team=&params=itemID=%7BADD756D3-65D0-4243-A24F-911568FEECBB%7D;&UIPartUID=%7B05734935-6950-4E3F-A182-629352E9EB18%7D

PALESTRA: Energia solar - uma visão para a sustentabilidade

GetAttachment

Instituto de Arquitetos do Brasil (TO) e Universidade Federal do Tocantins convidam estudantes e profissionais interessados no tema Energia Solar, para participarem deste evento.


Dia : 27 de fevereiro de 2013
Local : UFT - Auditório do Bloco 03
Horário : 18 h

Energia Solar - Uma visão para a Sustentabilidade.

Eficiência Energética e Sustentabilidade estão se constituindo num assunto cada vez mais importante. O Brasil principia ações neste sentido, principalmente a partir da iniciativa de alguns empreendedores que identificam no tema uma maneira de se diferenciar no mercado. Ainda que alguns empreendimentos apresentem soluções tímidas e, muitas vezes, cosméticas, já há uma tendência num mercado que passa a valorizar produtos com conceito de sustentabilidade.

O Brasil já ocupa o quarto lugar no mundo em edificações comerciais sustentáveis, embora isto signifique 1% a 2% do mercado da construção civil nacional. Além disso, soluções de eficiência energética têm relação direta com economia de gastos, principalmente porque os preços de energia têm tendência de suba superior aos índices inflacionários. Apesar dos atuais anúncios de diminuição das tarifas de energia, analistas sérios vêem com desconfiança a permanência de tais medidas, já que passaram a ser perenes as poluidoras e caras termoelétricas.

Neste cenário, a conservação, eficiência e fontes alternativas e renováveis têm importância crescente. Ao redor do mundo, avançam pesquisas e desenvolvimento de tecnologias e sistemas de menor consumo, baixo impacto e sustentáveis, já que soluções poluentes e não renováveis encontram-se em esgotamento, inclusive pelas limitações próprias das possibilidades do planeta em fornecer recursos minerais e absorver resíduos.

Assim, nossa intenção é colaborar com a discussão de novos paradigmas em produção e consumo de energia, com ênfase em energia solar e sua conversão em energia térmica e elétrica.

Sistemas de Aquecimento Solar de Água Sanitária: Fundamentos e Aplicações

- Coletores solares: tipos e tecnologias. Descrição das principais tecnologias disponíveis no mundo e Brasil; Potencial energético: Fração Solar como mensuração do percentual coberto pela energia solar em projetos de aquecimento de água com conseqüentes reduções de consumo de combustível e níveis de emissões de GEE;

- Técnica de instalação: tipologias de instalações e aspectos importantes para o melhor aproveitamento da energia solar.

Palestrante: Daniel Kochi

                                                                                                                                                      Formado em ciências (PUC-RS); curso de extensão universitária em Células Fotovoltaicas ( PUC-RS ); curso de projetista para Sistemas de Aquecimento Solar pelo instituto EKOS; curso de Sistemas de Geração de Água Quente-Solar (Bosch LSS - Large Service System); empresário do setor metal mecânico e energia solar.

Energia Solar Fotovoltaica

Conceitos fundamentais da geração de energia solar;

Resolução 482 de 17 de Abril/2012 da ANEEL ( Agência Nacional de Energia Elétrica )

Pontos importantes da NTD – 18 ACESSO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA AO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DA CELTINS

Palestrante: Sérgio Batista da Silva

Graduado em Engenharia Elétrica e Mestre pela Universidade Federal de Uberlândia (1999/2003). Doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasilia (2010). Atualmente é professor do Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Tocantins (IFTO) - Campus de Palmas (2003). Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Geração da Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: fontes renováveis de energia, sistemas híbridos de geração distribuída - solar fotovoltaica e célula combustível não-conectados a rede convencional de energia.


Haverá sorteio de livros e assinaturas de periódicos da área após o evento.

ArquiMemória 4 - Palestras magistrais

O ArquiMemória 4, organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), através do seu Departamento da Bahia (IAB-BA), em co-promoção com a Faculdade de Arquitetura e o Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ocorrerá no Centro de Convenções da Bahia nos dias 14 a 17 de maio de 2013. O evento já conta com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA), do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC-BA), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e da Bahiatursa/Secretaria Estadual de Turismo.

O evento reunirá mais de 600 profissionais dedicados à preservação do patrimônio edificado em suas diversas vertentes - acadêmicos, gestores e técnicos de órgãos públicos e organizações não governamentais, projetistas e construtores - provenientes de todos os Estados brasileiros, do Distrito Federal e de quase vinte países das Américas, Europa, África e Ásia.

O ArquiMemória 4 terá seis palestras magistrais, proferidas pelos seguintes profissionais:

Antonio Jiménez Torrecillas, de Granada - Espanha (para foto e currículo resumido, clique aqui: www.iab-ba.org.br/arquimemoria4/?page_id=642&lang=pt)

Emilio Tuñón, de Madri - Espanha (www.iab-ba.org.br/arquimemoria4/?page_id=661&lang=pt)

Gonçalo Byrne, de Lisboa - Portugal (www.iab-ba.org.br/arquimemoria4/?page_id=673&lang=pt)

Nelson Dupré, de São Paulo - Brasil (www.iab-ba.org.br/arquimemoria4/?page_id=680&lang=pt)

Paolo Marconi, de Roma - Itália (www.iab-ba.org.br/arquimemoria4/?page_id=686&lang=pt)

Randall F. Mason, de Filadélfia - Estados Unidos (www.iab-ba.org.br/arquimemoria4/?page_id=691&lang=pt)

Urbanidade furtiva



                                                           

Para a nossa classe media desvairada o ideal é o isolamento, os condomínios horizontais fechados com cercas onde não entram estranhos, torres habitacionais defensivas como as de San Gimigniano, na Itália, e se possível integradas a shoppings e escritórios para o morador não ir à rua. Nesses cárceres semiabertos eles compram, efetuam transações bancárias, assistem filmes e leem jornal pela internet. Se o shopping não tem restaurante ordena-se pelo telefone. Se o amor mecânico não basta, ordena-se pela internet E quando for imprescindível ir ao aeroporto ou ao fórum usa-se um carro com película escura anti-arrombamento ou um blindado de terceira mão. Com essa escusa as prefeituras não cuidam dos passeios, dos espaços públicos e dos parques. Dirão que é uma questão de segurança. Não creio que seja só isso.

Torres de apartamento e de escritórios têm sido assaltadas por pseudotécnicos de manutenção e seguranças. Condomínios horizontais de luxo são roubados por “mauricinhos” filhos dos próprios condôminos, em Lauro de Freitas. Como se explica, por outro lado, os elevadores separados, a preferencia por apartamentos um-por-andar, os personal trainers e os óculos escuros de dia e de noite? Chacrinha, o nosso McLuhan debochado da comunicação, dizia que quando ele ia a uma discoteca, o burguesão, dispensando apresentações, se levantava e o convidava para tomar uma dose de scoth. O mesmo numa gafieira, onde o passista o chamava para a pista ou para tomar uma bia. Mas quando ele entrava em um ambiente e as pessoas o olhavam e baixavam a cabeça ou o olhar sabia que estava em um reduto da classe média. Essa classe é sem duvida a mais preconceituosa e segregacionista. Mas ela pode, em certas circunstancias, baixar a guarda.

Passei o final do ano numa pequena vila, hoje badaladíssima. Curiosamente ali ocorria exatamente o contrario. Na rua direita, ligeiramente torta, não havia carros, as pessoas caminham pelo leito da rua de sandálias de dedo olhando vitrines, parando para bebericar, comer e flertar, cumprimentando estranhos, inclusive vizinhos que nunca cumprimentavam. A meninada e os cachorrinhos de madames corriam soltos sob os olhares relaxados de seus donos. No interior dos bares e botecos a velha classe média, incluindo os “novos pobres” - comerciantes falidos, pensionistas ou demitidos de grandes empresas - e a emergente classe média do primeiro carro e viagem de turismo compartilhavam a mesma mesona consumindo a branquinha na falta do viski.

Nessa vila nenhum morador foi despejado e hoje são pequenos comerciantes, vendedores de lojas, guias turísticos, garçons, músicos e cantores. Através das portas e janelas das pequenas casas de suas travessas via-se a televisão e o computador antenados no mundo, A violência era zero e a classe media dava férias por um par de dias a seus preconceitos, redescobrindo furtivamente a urbanidade.

Levei algum tempo para entender, mas descobri que este milagre se devia aos que os romanos chamavam de genius loci, ou mago do local. Ele está ali há pelo menos 550 anos. É o espirito tribal de uma aldeia caeté que precedeu os Ávilas, mistos de bárbaros e nobres, mas nunca classe média, na definição de Chacrinha. Há 40 anos esse espirito se encarnou num empresário-visionário, que trocou uma próspera empresa na selva de concreto paulistana pelo que restou desse latifúndio paradisíaco de 300 km² e 12 km de praias. Misto de hoteleiro e loteador, ele conseguiu manter ali uma tradição de urbanidade já perdida na grande maioria de nossas cidades, não obstante o consumismo desenfreado. Essa é a aldeia global que poderíamos ser, mas preferimos criar cercas nos condomínios e usar viseiras de burros e óculos escuros para evitar os nossos vizinhos.

Não passei o carnaval na Praia do Forte, mas imagino quantos preferiram a informalidade daquela vila livre das convenções sociais aos camarotes de acesso restrito, aos currais com abadás de marca, seguranças e cordeiros de aluguel, da capital. Pena que depois do carnaval, ou do final de semana, tudo volte ao “normal”. 

 Paulo Ormindo de Azevedo, arquiteto e urbanista, conselheiro do CAU/BR
    

A cidade ao redor

Dona de casa insatisfeita, com filhos adolescentes; crianças brincando em quadra de edifício residencial e entre automóveis estacionados na garagem; corretor imobiliário (descendente de família que viveu tempos melhores) apaixonado por mulher aparentemente insegura; adolescentes na descoberta do amor; empregadas domésticas representantes de uma tradição de servidão; familiar da empregada feliz por acessar ao emprego formalizado; flanelinhas, trambiqueiros, entregadores e personagens de rua; homem que resiste em morar em casa sem grades; vigias de rua; imigrantes vindos do interior decadente em busca de tempos melhores; favelado tentando a sobrevivência; senhor de engenho em declínio; familiares do senhor de engenho que tentam perdurar poderes e benefícios extintos, mas que ainda persistem nas consciências de opressores e oprimidos...
 

O filme de Kleber Mendonça Filho O som ao redor retrata fielmente a classe média de Recife. Os personagens habitam sem pena e sem glória uma cidade reclusa e fechada, em espaços insignificantes como as próprias vidas, como a própria cidade. Os edifícios fechados e defensivos, as casas que ainda resistem à especulação imobiliária, o destino de morar trancado em apartamento, as decorações cafonas, os edifícios caixão, as ruas lotadas de carros durante o dia, desertas e inóspitas às noites refletem vivências cotidianas entediadas e sem graça, temerosas e inseguras, só quebradas pela manifestação de algum habitante de rua que oferece algumas faíscas de criatividade e humor popular, cada dia mais abafadas por uma sociedade careta e formalista.
 

A cidade determina os comportamentos dos habitantes, que modelam o caráter social em função dos espaços que ela oferece. E a oferta é triste: o Recife dos bairros novos, visualizado na tela grande, é menos estimulante que na realidade. As diferenças entre a cidade antiga (nunca mostrada no filme) e a nova são abismais. Resulta difícil imaginar que um povo morando nessas condições tenha a criatividade e a explosão do carnaval. Ou talvez essa explosão seja a reação a tanta rotina e irrelevância. Ou talvez seja manifestação dos bairros populares, com habitantes mais felizes que os da cidade da especulação imobiliária. Um episódio de reunião de condomínio revela a mediocridade e futilidade que determina a vida desses personagens, recriados da própria realidade.


O filme só transcorre, em diferentes situações de vida dos personagens. Aponta sutilmente a cultura ultrapassada e persistente de senhores e servos, as rotinas de mandar e obedecer, de determinar ou cumprir resignado o destino traçado por uma sociedade que vive o Século XXI atrelada a conceitos e poderes de tempos passados. Não tem narração explícita. Ele se desenvolve em enredos paralelos, realismos que identificam os moradores da cidade, entre os que se destacam o amor sem final feliz do corretor imobiliário e sua moça, a obsessão (e insatisfação) da mãe que não consegue dormir por causa dos latidos do cão do vizinho e a "invasão" dos vigias que se intrometem na vida dos vizinhos de uma rua.


O final, a vingança de um fato antigo, rebarbas de uma época de coronelismo que ainda perdura, retrata um desenlace tão banal quanto as vivências e arquiteturas exibidas. O som da morte é o mesmo som da festa. Tudo se mistura e confunde atrás das grades da vida cotidiana: a violência implícita, a especulação, o consumismo, o medo, o tédio, o racismo, as ameaças, a inveja, a arrogância, a delinquência.
 Poucas manifestações de felicidade, muito estresse de uma vida pouco merecida nos espaços desolados e pouco estimulantes que oferece a cidade ao redor.

 

Roberto Ghione é arquiteto e diretor do IAB/PE

Curso de Aplicação do Regulamento Técnico de Qualidade do Nível de Eficiência Energética em Edificações Residenciais (RTQ-R)


Objetivos O curso, que oferece 30 vagas, tem por finalidade capacitar profissionais da área de construção civil para fornecer ferramentas necessárias para a realização de projetos que reduzam os custos e economizem energia.
Custos R$ 620,00, podendo ser parcelado em duas vezes
Data e horário 1º, 2 e 3 de março de 2012 (presencial) e 4 e 5 de março (exercícios a distância). As aulas do dia 1º e 2 de março serão das 17h30 às 21h30. Já as aulas do dia 3 de março serão das 8h às 18h.
Informações       http://www.fadesp.org.br
 
Local              
Laboratório do Gedae. Setor Saúde. UFPA - Campus Guamá; Belém/PA
 

Fonte: http://www.procelinfo.com.br/main.asp?View={5FA9B445-18B7-4321-BFA4-898801A7440B}&Team=&params=itemID={E7C9B874-5B5B-4233-8E18-0D77B6C1C2F4};&UIPartUID={D90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898}

CAU/BR e IAB lançam ciclo de seminários de Política Urbana

Serão realizadas edições em sete estados de fevereiro a setembro de 2013

 O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR e o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB estão promovendo o ciclo dos Seminários de Política Urbana Quitandinha+50 – Q+50, que visa contribuir para o esforço da agenda política das cidades e das metrópoles brasileiras. Os seminários irão acontecer em sete estados brasileiros de fevereiro a setembro de 2013. O primeiro deles será sediado no Rio de Janeiro, de 27 de fevereiro a 01 de março.

 

 


Com a temática “Arquitetura, Cidade e Metrópole: democratizar cidades sustentáveis”, a primeira edição do Seminário de Política Urbana será realizada na sede do IAB-RJ. Durante três dias, representantes da Arquitetura e Urbanismo brasileiro participarão de atividades como mesas-redondas, conferências e grupos de trabalho, discutindo: “O espaço da democracia”, “Uma nova questão urbana”, “Democracia e cidade”, “Ethos urbano e urbanidade”, “Movimentos urbanos e oportunidades”, “Sistemas institucionais urbanos e metropolitanos” e “Dinâmicas urbanas contemporâneas – Bombain e Rio de Janeiro”.

PROGRAMAÇÃO:
27 de fevereiro | quarta-feira
16:00 – 17:00 Recepção e Credenciamento dos Participantes
17:00 – 17:30 Cerimônia de Abertura
Haroldo Pinheiro - Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR
Sérgio Ferraz Magalhães - Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB
Representantes de outras instituições
17:30 – 19:00 Mesa-redonda – O Espaço da Democracia
Maria Alice Rezende de Carvalho - Socióloga, Professora na Pontifícia Universidade Católica PUC-Rio
Margareth Pereira - Arquiteta urbanista, Professora no Programa de Pós-graduação em Urbanismo Universidade Federal do Rio de Janeiro PROURB/FAU-UFRJ
Luis Alberto Oliveira - Físico, Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas CBPF/MCT
Debate
19:00 – 20:30 Conferência de Abertura – Uma nova questão urbana
Bernardo Secchi - Arquiteto e urbanista
Debate
28 de fevereiro | quinta-feira
9:00 – 12:00 Grupos de Trabalho
G1- Democracia e cidade
(serviços públicos, infraestrutura, moradia, mobilidade, saneamento)
Coordenador: Irã Dudeque, IAB
G2 – Ethos urbano e urbanidade
(espaços públicos e coletivos, regionalidades espaciais e culturais,
cultura urbana, ecologia)
Coordenador: Jefferson Salazar, FNA
G3 – Movimentos urbanos e oportunidades
(participação social, novos atores sociais, planej. participativo)
Coordenador: Gilson Paranhos, CAU
12:00 – 14:00 Intervalo
14:00 – 16:00 Grupos de Trabalho (continuação)
16:00 – 18:00 Mesa-redonda
Sistemas Institucionais Urbanos e Metropolitanos
Angela Gordilho Souza - Arquiteta e urbanista, Professora no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal da Bahia
PPGAU-FAUFBA
Mauro Osório - Economista, Professor no Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ
Elisabete França - Arquiteta e urbanista, São Paulo
Jorge Guilherme Francisconi - Arquiteto e urbanista, Brasília/DF
Debate
18:00 – 19:30 Conferência
Dinâmicas urbanas contemporâneas – Bombaim e Rio de Janeiro
Suketu Mehta - Escritor e jornalista, Professor na New York University NYU
Debate
1 de março | sexta-feira
9:00 – 12:00
14:00 – 17:00
Conclusões
Coordenação: Paulo Ormindo, Coordenador da Comissão de Política Urbana e Ambiental CPUA CAU-BR
Apresentação dos relatórios dos seminários locais – CAU/UF
Coordenadores, relatores e presidentes CAU/UF e IAB-Depts

Inscrições pelo site www.iabrj.org.br

Fonte:  http://www.caubr.org.br/?p=6614

O compromisso com o Ofício

Homenagem ao arquiteto e urbanista Severiano Mario Porto em seu aniversário de 83 anos

Marcelo de Borborema Correia - conselheiro do CAU/BR

Aqui estou eu com o propósito de escrever uma homenagem a meu mestre na passagem do seu aniversário de 83 anos. Muitos anos se passaram desde que eu trabalhava em seu escritório e também já faz muitos anos que ele fechou o escritório de Manaus e voltou a morar no Rio de Janeiro. Quando eu era estudante, descobri uma grande paixão pela Arquitetura através das suas obras, das suas idéias e dos seus ideais. E isto criou raízes em mim.

Severiano 1O seu legado em Manaus está em retalhos. Mas muitas de suas grandes obras sofreram: o estádio Vivaldo Lima estava em ótimo estado e foi covardemente demolido; o belo plano para a Universidade do Amazonas está sendo descontinuado e descaracterizado; o centro de pesquisa e proteção ambiental de Balbina – para mim a sua grande obra – está em ruínas; e a sua própria casa que foi desmontada e doada ao IAB-AM foi inexplicavelmente perdida pela administração passada.

Nos últimos anos é notável o esforço acadêmico em retomar o discurso de uma arquitetura amazônica e sustentável. A obra de Severiano tem sido um tema recorrente.

SeverianoÉ importante lembrar que ele não é nada uma pessoa acadêmica, muito pelo contrário, orgulha-se de quando era estudante ter passado mais tempo num canteiro de obras do que em sala de aula. Quando arquiteto, dedicou-se a estudar incansavelmente soluções construtivas que enriquecessem de forma técnica e cultural tanto o canteiro de obras quanto o funcionamento do edifício.

Ele é um grande construtor e um grande homem, logo um grande arquiteto.

Das inúmeras histórias que ouvi dele mesmo, uma me marcou especialmente. Quando ele chegou a Manaus, Severiano detalhava seus projetos como se fazia na época. Digo: da melhor forma que se fazia no Rio de Janeiro. A aplicação destes detalhamentos de marcenaria nos canteiros de obras em Manaus não foi bem sucedido no começo. Havia por parte dos trabalhadores falta de compreensão do projeto e irritação. Severiano foi bastante sensível ao notar que não se tratava de uma incapacidade do trabalhador, mas sim uma falha de projeto. Concluiu que a cultura local de trabalhar a madeira não estava contemplada. Segundo ele, isso afetou diretamente a auto-estima do trabalhador e consequentemente o andamento da obra. Imediatamente ele se aventurou em viagens de estudo pelo interior da Amazônia, coletando todo o tipo de informação sobre a cultura de construção cabocla e a variedade de matérias primas locais.

SeverianoNo seu carro – o gol branco que ele estacionava debaixo do seu quarto –  tinha em destaque um adesivo do IAB com a frase “a natureza cria, o arquiteto transforma”. Discordando dela, Severiano rasurou severamente a palavra “transforma” e escreveu por cima “INTEGRA”. Ele exibia isso com uma certeza sobre o seu ofício: “o arquiteto integra”.

Manaus, 19 de fevereiro de 2013

Fonte:  http://www.caubr.org.br/?p=6597


Eletrobras Procel e Sebrae: parceria a serviço da eficiência energética

 

Rio de Janeiro – A Eletrobras Procel Indústria e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ) desenvolvem ferramentas para informar sobre uso eficiente de energia e água nas empresas

Ivana Varela, para o Procel Info

Rio de Janeiro – Duas ferramentas computacionais capazes de prever a otimização de recursos por micro e pequenos empresários, além de permitirem também o planejamento melhor dos seus gastos, foram desenvolvidas através de uma parceria da Eletrobras Procel Indústria juntamente com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ). O objetivo principal dessas ferramentas chamadas “Auto Avaliação” e “Avalie” é contribuir para identificar o potencial de conservação de energia e, desta forma, aumentar a competitividade e a produtividade das micro e pequenas empresas brasileiras.
O software Auto Avaliação tem por objetivo levantar dados e informações preliminares para orientar os empresários, principalmente de micro e pequeno portes, quanto ao nível da eficiência no uso da energia e água em suas atividades, contribuindo para identificar potenciais de conservação de energia e, desta forma, aumentar a competitividade e a produtividade das micro e pequenas empresas brasileiras. Já o Avalie, por sua vez, faz uma avaliação do desempenho energético de cada micro e pequena empresa comparando-o com o desempenho energético de um grupo de empresas do mesmo setor no período de 2001 a 2003.
Fernando Perrone, gerente do Departamento de Projetos de Eficiência Energética da Eletrobras, explica como funciona os dois softwares na prática: “A avaliação é dividida em duas etapas. Na primeira, é realizada uma análise do comportamento praticado pela empresa em três áreas que influenciam o perfil de uso da energia e água: práticas de gestão, instalações e aspectos construtivos, com base num questionário que deverá ser respondido pelo empresário. Na segunda etapa, há a avaliação do estágio em que se encontra a empresa quanto ao uso da energia, apontando os pontos que podem ser melhorados. O sistema encaminha também automaticamente as respostas do questionário para o Sebrae, compondo um quadro geral do setor, sendo possível comparar o seu resultado com a média das outras empresas do segmento. Vale a pena ressaltar que os dados das empresas não são divulgados nominalmente. O Avalie, por outro lado, faz uma avaliação do desempenho energético de cada micro e pequena empresa. Tal como o Auto Avaliação, o acesso ao Avalie é online e, ao acessá-lo, o empresário lança os dados de sua empresa no sistema e recebe um relatório comparando o seu desempenho energético atual com o desempenho energético de empresas do mesmo setor no período de 2001 a 2003”, completa.
O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no estado do Rio de Janeiro, Sebrae, foi uma das primeiras instituições do estado a se dedicar ao tema eficiência energética. Desde 1974, por meio do “Programa Sebrae de Eficiência Energética”, começou a desenvolver e aplicar a metodologia nessa área. O objetivo do programa é contribuir para o desenvolvimento sustentável, ajudando esse segmento a implementar ações relacionadas ao uso eficiente da energia, e promover a busca contínua de “boas práticas” no uso de todas as formas de energia pelos empresários, gerando, assim, ganhos efetivos de competitividade aos empreendimentos, além de maior equilíbrio ambiental. Na parceria, o Sebrae atua promovendo desde o estudo, a avaliação e o desenvolvimento de técnicas mais econômicas e eficientes para o uso da energia nesse segmento, até a elaboração de manuais e a conscientização de funcionários e empresários.
Para alcançar este objetivo, o Sebrae estabelece parcerias com instituições renomadas do setor, como foi o caso da Eletrobras Procel, abrangendo desde o desenvolvimento de projetos conjuntos até a disponibilização de conteúdos de interesse produzidos no âmbito do programa. Os softwares de computador são apenas um dos diversos produtos do convênio firmado entre o Sebrae-RJ e a Eletrobras. O desenvolvimento dos softwares levou cerca de um ano e recebeu investimentos de R$ 28 mil, sendo aproximadamente R$ 20 mil só da Eletrobras.

O engenheiro eletricista Ricardo Wargas, que há 11 anos é responsável pela gerência de inovação e acesso à tecnologia do Sebrae, participou e desenvolveu diversas ações nesse campo, entre diagnósticos, cursos, palestras, missões técnicas, acumulando experiências e se tornando grande conhecedor no tema eficiência energética, sempre voltado aos pequenos negócios. Para ele, a eficiência energética é uma das questões mais importantes da atualidade e é fácil entender porque está na pauta de chefes de Estado, dirigentes de grandes corporações mundiais, cientistas, formadores de opinião, entre outros. “O tema também é fundamental para o Brasil, tanto que, recentemente, o governo criou mecanismos para reduzir as tarifas de energia elétrica. A decisão visa estimular a economia e aliviar custos do setor industrial”, diz ele.
A Eletrobras considera que esse tipo de iniciativa agrega valor a um produto que oferece uma energia limpa e sustentável para a sociedade. O uso eficiente de energia faz parte do DNA da Eletrobras desde sua criação, e foi reforçado com o início do Procel na década de 80. Acredita-se que estes softwares irão trazer muitos benefícios para os empresários, mas também para a sociedade como um todo, que terá mais energia disponível para o crescimento da economia.
Os softwares estão disponíveis gratuitamente para download no site do Sebrae Nacional em Auto Avaliação e Avalie.

Fonte: http://www.procelinfo.com.br/data/Pages/LUMIS8D1AC2E8ITEMID1915C4610E5D48D29BBC85B910E7B11EPTBRIE.htm

Arquitetura Moderna no Recife : 1949-1972

O Recife possui um valioso patrimônio da chamada Arquitetura Moderna que, apesar de desconhecido do grande público, vem sendo prestigiado internacionalmente desde os anos 1940, com a exposição Brazil Builds, organizada pelo Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa), em 1942, que exibiu três projetos pernambucanos. O tema, objeto de estudos da arquiteta e urbanista Guilah Naslavisky, foi transformado no livro “Arquitetura moderna no Recife 1949 – 1972”, que será lançado no dia 28 de fevereiro, às 18h30, no Museu da Cidade do Recife.
A publicação estuda e identifica as edificações que constituem exemplares notáveis do patrimônio arquitetônico do Recife, como os edifícios Pirapama (Boa Vista), Acaiaca (Boa Viagem) e o edifício-sede do Bandepe (hoje Santander, Bairro do Recife), destacando o trabalho dos arquitetos Acácio Gil Borsoi, Delfim Amorim e Mario Russo e dos alunos da então Universidade do Recife, hoje UFPE. O livro, que contém cerca de 200 fotografias, tem como objetivo sensibilizar a população em relação ao que de melhor possui o Recife, o valor desses imóveis, o uso e a preservação do patrimônio artístico.
“Arquitetura moderna no Recife 1949-1972” tem como público-alvo os profissionais do setor, estudantes universitários, pesquisadores, como também espera contribuir para a formação de artistas e artesãos, imprescindíveis às atividades de restauro. O prefácio e a apresentação são dos arquitetos Carlos Lemos e Sônia Marques.
O projeto foi beneficiado pela Lei de Incentivo à Cultura da Prefeitura da Cidade do Recife, com apoio da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) e parceria da Vital Engenharia Ambiental. Produção Cultural de Edileusa da Rocha, com Assistência de Produção de Margarida Dantas. Projeto Gráfico e Capa, Gisela Abad. Fotografia de Eduardo Aguiar, Fred Jordão, Nani Azevedo e Eudes Santana (Capa).


VITÓRIA RÉGIA ANDRADE - Instituto de Arquitetos do Brasil / Depto. PE -Presidente

Energia Solar - Palestra 27/02/2013



Instituto de Arquitetos do Brasil (TO) e Universidade Federal do Tocantins convidam estudantes e profissionais interessados no tema Energia Solar, para participarem deste evento.


Dia : 27 de fevereiro de 2013
Local : UFT - Auditório do Bloco 03
Horário : 18 h 


Energia Solar - Uma visão para a Sustentabilidade.
 
Eficiência Energética e Sustentabilidade estão se constituindo num assunto cada vez mais importante. O Brasil principia ações neste sentido, principalmente a partir da iniciativa de alguns empreendedores que identificam no tema uma maneira de se diferenciar no mercado. Ainda que alguns empreendimentos apresentem soluções tímidas e, muitas vezes, cosméticas, já há uma tendência num mercado que passa a valorizar produtos com conceito de sustentabilidade. 
 
O Brasil já ocupa o quarto lugar no mundo em edificações comerciais sustentáveis, embora isto signifique 1% a 2% do mercado da construção civil nacional. Além disso, soluções de eficiência energética têm relação direta com economia de gastos, principalmente porque os preços de energia têm tendência de suba superior aos índices inflacionários. Apesar dos atuais anúncios de diminuição das tarifas de energia, analistas sérios vêem com desconfiança a permanência de tais medidas, já que passaram a ser perenes as poluidoras e caras termoelétricas. 
 
Neste cenário, a conservação, eficiência e fontes alternativas e renováveis têm importância crescente. Ao redor do mundo, avançam pesquisas e desenvolvimento de tecnologias e sistemas de menor consumo, baixo impacto e sustentáveis, já que soluções poluentes e não renováveis encontram-se em esgotamento, inclusive pelas limitações  próprias das possibilidades do planeta em fornecer recursos minerais e absorver resíduos.
Assim, nossa intenção é colaborar com a discussão de novos paradigmas em produção e consumo de energia, com ênfase em energia solar e sua conversão em energia térmica e elétrica.


Sistemas de Aquecimento Solar de Água Sanitária: Fundamentos e Aplicações
- Coletores solares: tipos e tecnologias. Descrição das principais tecnologias disponíveis no mundo e Brasil;  Potencial energético: Fração Solar como mensuração do percentual coberto pela energia solar em projetos de aquecimento de água com conseqüentes reduções de consumo de combustível  e níveis de emissões de GEE;
- Técnica de instalação: tipologias de instalações e aspectos importantes para o melhor aproveitamento da energia solar.  
 
Palestrante: Daniel Kochi. Formado em ciências (PUC-RS); curso de extensão universitária em Células Fotovoltaicas ( PUC-RS ); curso de projetista para Sistemas de Aquecimento Solar pelo instituto EKOS; curso de Sistemas de Geração de Água Quente-Solar (Bosch LSS - Large Service System); empresário do setor metal mecânico e energia solar.

Energia Solar Fotovoltaica
Conceitos fundamentais da geração de energia solar;
Resolução 482 de 17 de Abril/2012 da ANEEL ( Agência Nacional de Energia Elétrica )
Pontos importantes da NTD – 18 ACESSO DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA AO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DA CELTINS

Palestrante: Sérgio Batista da Silva
Graduado em Engenharia Elétrica e Mestre pela Universidade Federal de Uberlândia (1999/2003). Doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasilia (2010). Atualmente é professor do Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Tocantins (IFTO) - Campus de Palmas (2003). Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Geração da Energia Elétrica, atuando principalmente nos seguintes temas: fontes renováveis de energia, sistemas híbridos de geração distribuída - solar fotovoltaica e célula combustível não-conectados a rede convencional de energia.

Att.

Daniel Kochi
Arasol Energia Solar Ltda.
(63) 3215 2188 / 8456 5602

Conselho de Arquitetura quer seleção de projetos por concurso

Representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU-PR) estiveram com o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Paulo Salamuni (PV), para pedir apoio a projetos que a entidade vem defendendo desde o início de seu funcionamento, em dezembro de 2011. O presidente do Conselho, Jeferson Dantas Navolar, falou que uma das metas da gestão é convencer o poder público a contratar projetos por critério de qualidade.
“Queremos o apoio da Câmara para que os projetos públicos para a cidade sejam contratados por concurso. Todas as grandes obras do mundo foram feitas assim. Fixa-se o prazo, o preço, mas a qualidade é a variável”, defendeu Navolar. Ele citou como exemplo o novo prédio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR ), cujo projeto foi contratado nestes moldes.
Os arquitetos colocaram-se à disposição para participar dos debates da Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Casa. Sugeriram que já em 2013 os vereadores iniciem a discussão sobre a revisão do Plano Diretor da cidade. “2014 é o ano da revisão do Plano Diretor e este debate poderia iniciar agora, com a participação da sociedade”, ressaltou Navolar.
Salamuni reconheceu a necessidade de entidades como o CAU serem inseridas nas discussões na Câmara. “É importante que instituições como esta nos tragam para o rumo certo das discussões. Vocês, que conduzem uma categoria, muitas vezes ficam à margem. Temos que abrir a Câmara para a sociedade civil, sair da redoma”, disse.
Assistência técnica gratuita
Navolar pediu também apoio da Câmara para que se faça valer em Curitiba a lei federal 1188/2008, conhecida como Lei de Assistência Técnica Gratuita, que garante a famílias de renda até três salários mínimos assistência gratuita para o projeto e a construção de habitação. “Assim como o poder público contrata médicos e enfermeiros, por que não contratar um arquiteto. Queremos fazer levar a arquitetura a quem não tem”, ressaltou.
 
                                                                                                                                                                   O conselheiro João Carlos Dorio, Salamuni e o presidente do CAU-PR. (Foto – Anderson Tozato)

 
 

Mangueira: Quem homenageou quem?

Visto o desfile realizado pela Mangueira fica uma pergunta que não quer se calar: Foi o G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira que homenageou Cuiabá ou foi a cidade de Cuiabá, elevada no dia 1º de janeiro de 1727 à categoria de vila com o nome de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, que homenageou a Mangueira, no Sambódromo de Oscar Niemeyer, na Sapucaí?
Patrocinando o enredo “Cuiabá: Um Paraíso no Centro da América!” a prefeitura de Cuiabá desembolsou dos cofres públicos, segundo notícia vinculada pela mídia local, R$ 3,6 milhões, a meu ver para se auto-homenagear.
Como na mitologia grega, o Deus Éolo é quem comandava os ventos para cada direção cardinal, e acredito que temos o direito e dever de propagar aos mesmos quatro ventos as belezas e cultura da nossa querida cidade. É claro, sem esquecer que na mitologia grega, Cécias é o deus responsável pelo vento predominante na nossa capital, pois Cécias é o vento nordeste. Valorizar e divulgar a cultura são importantes para um povo, não é verdade?
Pois bem… Retornemos à nossa Cidade Verde.
A despeito de toda a divulgação proporcionada pela tradicional Mangueira, mostrando ao Brasil e ao mundo uma capital do interior do país, no Centro Geodésico da América do Sul, será que efetivamente foi divulgado o “paraíso” e nossa cultura no enredo da Estação Primeira?
Gerou-se uma expectativa positiva no início do desfile, ao citar a obra do cuiabano Fernando Tadeu “Esperando o Trem: Sonhos e Esperanças de Cuiabá”. Todavia, a escola não se aprofundou em conteúdo tão profícuo disponível.
Onde foram parar nosso Siriri e Cururu? O rasqueado cuiabano de Vera e Zuleika, Vera Capilé e outros grandes artistas, homens e mulheres, que com sua cultura musical influenciada pela vivência com as fronteiras do Paraguai, permitiram “a fusão melódica que construiu nosso rasqueado com o som das rezadeiras, com o siriri, a viola de cocho, o ganzá nas influências da bacia pantaneira”? E Dunga Rodrigues?… Uma revolucionária do seu tempo, professora, membro da Academia Mato-grossense de Letras… Cuja irreverência e simpatia encantava a todos?
Não percebi nos carros alegóricos ou em qualquer ala nada que retratasse a pintura… Adir Sodré, Jonas de Barros, Gervane de Paula, João Sebastião e muitos outros importantes artistas e escultores que os cuiabanos e os “paus rodados” possuem em suas casas em lugar de honra e que são constantemente elogiados pelos que aqui visitam, foram esquecidos… Nossa pintura foi esquecida ao som dos tamborins e da “bateria surdo um”.
Já ia me esquecendo… Nosso “tchá cô bolo”, a forma carinhosa do linguajar cuiabano legítimo, que Dona Eulália há 52 anos serve, ou quem sabe na “Casa de Dona Bem Bem”, mas que na ala da Estação Primeira de Mangueira, pela Rede Globo, virou: “bolo de arroz com café”… Triste aculturamento!!!!
Não poderia deixar de citar a literatura, nossa poesia, crônica e críticos de artes com: Manuel de Barros, Moisés Martins, Ivens Scaff, Dom Aquino Correa, Lenine Póvoas e Aline Figueiredo… E o nosso teatro com Nico e Lau e principalmente nosso saudoso e irreverente, em sua arte única e crítica com os políticos… O inesquecível Liu Arruda.
É… Parece-me que foi Cuiabá com nossos R$ 3,6 milhões que homenageou a Mangueira, viabilizando seu desfile elegante e bonito, com lindas fantasias e carros alegóricos, mas pouco “paraíso” e cultura cuiabana.
O trem da Estação Primeira passou e Cuiabá ficou nos trilhos, com nossa “Moreninha Cuiabana”, que foi à Prainha esperar o VLT chegar… Que pena!!!!


Arq. Eduardo Chiletto
Conselheiro Federal do CAU
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil


Fonte:  http://eduardochiletto.wordpress.com/2013/02/12/mangueira-quem-homenageou-quem/

Paulo Casé 80 anos: vida, obra e pensamento



Paulo Casé 80 anos: vida, obra e pensamento Alfredo Britto, Regina Zappa, Roberto Segre

Paulo Casé é um dos mais profícuos arquitetos brasileiros. Com a sua assinatura e ousadia foram erguidas mais de uma centena de construções no país e no exterior. Em mais de 50 anos de carreira, Paulo Casé virou referência para gerações de arquitetos e firmou seu nome com um profissional criativo, engajado, plural. O livro reúne uma rica cronologia de vida, os trabalhos mais significativos dessa trajetória, revelando os alicerces criativos de cada projeto escolhido e conjugando croquis, imagens das construções e comentários, além de análises do próprio Casé que é, como se verá, também um talentoso arquiteto das palavras.

Fonte e maiores informações: http://www.casadapalavra.com.br/livros/426/Paulo+case+80+anos_+vida%2C+obra+e+pensamento

Plano de Saúde para arquitetos e urbanistas

Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil vai oferecer Plano de Saúde para arquitetos e urbanistas registrados e seus familiares
Com objetivo de garantir assistência em saúde para os 100 mil arquitetos e urbanistas registrados no Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU, o CAU/BR aprovou em sua 14a Reunião Plenária (24 e 25/01) proposta de credenciamento de administradora de saúde e tornou público seu edital.
... O conselheiro Roberto Simon, coordenador da Comissão de Planejamento e Finanças do CAU/BR, explica a importância dessa conquista: “Queremos uma estrutura nacional que garanta isonomia aos estados, que ofereça diversidade de planos, para que o arquiteto e urbanista possa escolher aquele que melhor atende a suas necessidades”.
Além da diversidade de atendimento e o respeito à regionalização, o Conselho quer a manutenção dos valores praticados no mercado, a transferência de carências, além do cumprimento às normas da ANS. Uma das exigências do CAU/BR será a locação de equipe específica para atendimento aos arquitetos e urbanistas beneficiados. Por sua vez, a gestão administrativa e a fiscalização do atendimento prestado pelos planos de saúde será feita pelo Conselho. “Assim, o beneficiado terá a quem recorrer caso tenha um problema não assistido pelo Plano de Saúde, podendo ligar para o Conselho, que fará a intermediação do atendimento na busca de uma solução”, informa Simon.
As administradoras de benefícios credenciadas deverão disponibilizar aos arquitetos e urbanistas e familiares, por intermédio das operadoras de saúde, planos privados de assistência à saúde coletivo por adesão, com abrangência nacional e estadual, padrão enfermaria e apartamento individual, contemplando adequada cobertura, em razão da disposição geográfica dos arquitetos e urbanistas, pelos 27 estados da federação. A escolha do plano ficará a cargo do arquiteto e urbanista, que escolherá, ainda, uma administradora de benefício credenciada, de acordo com a cobertura mais adequada às suas necessidades.
A análise da documentação e o credenciamento dos habilitados ocorrerá em sessão pública no dia 20 de fevereiro de 2013, às 09h, na sede do Conselho. Os interessados deverão comparecer com antecedência, portando toda a documentação exigida.Para conferir o edital clique aqui.

Fonte: http://www.caubr.org.br/?p=6446

CAU - ABNT com 50% de desconto para arquitetos e urbanistas

As normas da ABNT poderão também ser consultadas gratuitamente nas sedes do CAU

 
 
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR firmará, neste mês, convênio com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT para oferecer a arquitetos e urbanistas registrados acesso gratuito às normas nas sedes do CAU nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal e, ainda, 50% de desconto na aquisição.
O convênio foi aprovado durante a 15a Reunião Plenária do CAU/BR, realizada nos dias 7 e 8 de fevereiro, no San Marco Hotel, em Brasília/DF. O diretor da ABNT Odilão Baptista Teixeira apresentou a proposta ao plenário, e apontou as vantagens para os arquitetos e urbanistas. “A aquisição direta pelo site da ABNT é a garantia de que se trata da última versão da norma, ou seja, da que está efetivamente vigente”, explica Odilão, e completa: “o uso das normas da ABNT é voluntário, mas se torna obrigatório quando algum órgão as adota como regra”.
O convênio prevê a participação do CAU na construção das normas ligadas à Arquitetura e Urbanismo, como explica o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro: “temos forte interesse na parceria com a ABNT, especialmente em participar da construção das normas relacionadas a Arquitetura e Urbanismo, contribuindo assim para sua qualificação e consequentemente para a qualificação dos serviços que os arquitetos e urbanistas prestam à sociedade”. O diretor da ABNT retribui: “a participação do CAU será muito bem-vinda”.
A parceria também prevê desconto para arquitetos e urbanistas na realização dos cursos da ABNT, de análise e interpretação de normas técnicas. Há cursos em variados temas: acessibilidade, qualidade, responsabilidade social, segurança do trabalho, entre outros. Mais informações no site da ABNT: http://www.abnt.org.br.
As normas da ABNT contribuem para o desenvolvimento, fabricação e fornecimento de produtos e serviços mais eficientes e seguros. Fundada em 1940, a ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 1992.
É membro fundador da ISO (International Organization for Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização).
Para ter acesso às normas e aos cursos da ABNT com desconto o arquiteto e urbanista registrado e em situação regular no CAU deverá acessar o site do Conselho do seu estado ou do CAU/BR e clicar no banner do convênio, que o levará para o portal de vendas da ABNT, já com o desconto. Aguarde, em breve, mais este benefício oferecido pelo CAU.

Fonte: http://www.caubr.org.br/?p=6426

CAU - Novo ambiente do profissional na internet

CAU/BR lança versão 2.0 do Sistema de Informação e Comunicação do CAU

 
Em atendimento às solicitações da categoria profissional, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR lança dia 15 de fevereiro nova versão do Sistema de Informação e Comunicação do CAU – SICCAU, onde disponibiliza os serviços online. Além de nova identidade visual e navegabilidade, agora o Sistema pode ser acessado em todos os navegadores (Internet Explorer, Safari, Chrome, FireFox), possui compatibilidade com dispositivos móveis (smartphones e tablets) e incorporou novos requisitos de acessibilidade e teclas de atalho e acesso rápido, facilitando o uso.
 
“O acesso por qualquer navegador era uma demanda antiga”, explica o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro, “mas que só agora conseguimos concretizar, após um ano de muito trabalho para disponibilizar aos arquitetos e urbanistas os serviços essenciais ao exercício profissional, colocando as resoluções publicadas pelo CAU/BR em prática no Sistema”.
 
A pedido do presidente, e em parceria com a Ouvidoria do CAU/BR, foi incorporado, ainda, uma pesquisa de satisfação para os arquitetos e urbanistas opinarem sobre os serviços do CAU. Além de qualificar o atendimento do CAU como ótimo, bom, regular ou ruim, o profissional conta com um espaço para deixar registrado suas ideias, sugestões, comentários, elogios ou críticas.
 

CAU junto às prefeituras

Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil participa do Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas 2013

encontro-prefeitos1-300x169

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR esteve no Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas 2013, realizado no Centro de Convenções de Brasília entre os dias 28 e 30 de janeiro. O evento teve como principal objetivo criar parceria entre a União e os municípios, a fim de desenvolver o crescimento econômico do país, levando em conta a inclusão social, o equilíbrio ambiental e a participação dos cidadãos.

Os folders do CAU/BR, com a apresentação do Conselho e as atribuições dos arquitetos e urbanistas, foram distribuídos no estande do Ministério das Cidades. Participaram do evento os conselheiros do CAU/BR: Antonio Francisco de Oliveira (PB), Luiz Afonso Maciel de Melo (RR), Raimundo Nonato da Silva Souza (PA), Roberto Lopes Furtado (MA) e Oscarito do Nascimento (AP).

Roberto Furtado opinou sobre a atuação do CAU junto aos municípios: “notamos a necessidade de reforçar a aproximação do CAU aos municípios para acompanhamento dos prefeitos às questões técnicas de moradia”. Oscarito do Nascimento completou dizendo: “o CAU/BR vai agir junto aos programas de moradia para exigir que os projetos tenham acompanhamento de arquitetos e urbanistas”.

encontro-prefeitos21

O Encontro contou com a presença de cerca de quatro mil participantes – entre prefeitos, secretários e outros colaboradores dos governos municipais. Diversos assuntos foram discutidos, principalmente a questão do papel dos arquitetos e urbanistas, não somente na formação de equipes técnicas qualificadas para a gestão municipal, mas também para o desenvolvimento dos projetos necessários à obtenção de recursos para a execução das mais diversas obras a serem realizadas.

Além de apresentar os principais programas do governo federal executados em parceria com os governos municipais, o evento ofereceu algumas oficinas técnicas sobre o sistema de convênios e outros instrumentos de modernização administrativa.

Fonte: http://www.caubr.org.br/?p=6390

Sobre a tragédia de Santa Maria

Consternados ainda com a tragédia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e mesmo sem um laudo pericial, podemos adiantar que um dos principais fatores é o desrespeito à formação profissional.

Qualquer um se sente capacitado em projetar e construir, a vida é construída por palpites. E o mais preocupante é que o próprio poder público a quem cabe fiscalizar, não prioriza os investimentos para garantir profissionais capacitados para atender a demanda que uma cidade tem.

Nossa memória traz logo dados que levantamos quando participamos da Campanha Nacional dos Planos Diretores Participativos em 2005 e 2006. Praticamente a metade dos municípios paulistas não tinha nos seus quadros de funcionários arquitetos.
Esse número foi confirmado quando o CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo divulgou os primeiros resultados dos cruzamentos de dados recolhidos no cadastramento de profissionais de Arquitetura e Urbanismo.
Mais de 30% dos municípios paulistas e brasileiros não têm sequer um arquiteto e urbanista residindo no seu território que dirá trabalhando na Prefeitura. Isto ocorre em São Paulo, imaginem no resto do País.
Diante deste novo caso de descaso na cidade de Santa Maria, podemos questionar quem são os "técnicos" que fazem e que aprovavam os projetos nessa cidade? E quem fiscaliza? Tinham atribuição profissional para fazer isso? Temos dois Conselhos para atuar nessa fiscalização, alem do Corpo de Bombeiros, que não fiscaliza, só aprova.

Reconhecemos que as entidades locais de arquitetos e urbanistas foram ágeis. O Conselho dos Arquitetos e Urbanistas do Rio Grande do Sul divulgou logo um comunicado informando as providências tomadas e de imediato se deslocaram até Santa Maria logo pela manhã de domingo para verificar a situação junto aos órgãos públicos que pudessem envolver os profissionais arquitetos e urbanistas da cidade.

E lá conseguiram verificar que não existia RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) de Arquiteto e Urbanista. O SAERGS – Sindicato dos Arquitetos do Rio Grande do Sul, filiado à FNA - Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas, também prontamente divulgou comunicado informando sobre como proceder para obter informações oficiais e como colaborar doando sangue e prestando solidariedade.

Entendemos que os colegas arquitetos e urbanistas que têm na sua atuação uma forte vocação social se comportaram conscientemente dentro do que estava ao alcance deles para atender a demanda da sociedade. Infelizmente, precisou uma tragédia para se retomar publicamente uma discussão tão presente no dia a dia do SASP e da FNA e histórica entre as entidades de arquitetos.
Destinar recursos públicos para a contratação de um profissional arquiteto e urbanista não é despesa. É, sim, investir na construção de cidades com qualidade e segurança. Profissionais que estão capacitados para não só projetar e construir espaços bonitos e seguros, mas também contribuir na elaboração da legislação e controle do espaço urbano.
Cabe aos governantes, responsáveis pelos executivos municipais, entenderem a importância da profissão e a nós, direção das entidades, a responsabilidade de não deixar cair no esquecimento o ocorrido, conscientizando e cobrando dos gestores públicos o exercício do nosso real papel que é atender a sociedade.
Daniel Amor, Presidente do SASP e Conselheiro do CAU BR
 
Fonte: Editorial do NEWLETTERS do SASP

Paradigmas de gestão urbana

Planejamento e gestão urbana são instrumentos que permitem orientar o desenvolvimento das cidades e do território e implementar as táticas e estratégias de acordo com as políticas desejadas para alcançar os objetivos que se propõem. Cabe à gestão pública determinar o modelo de cidade em função dos interesses gerais dos cidadãos e à sociedade organizada a participação ativa em prol das necessidades e expectativas.

O planejamento de médio e longo prazo, urbano e territorial, constitui a ferramenta capaz de garantir o modelo de cidade que melhor atende aos diferentes grupos sociais, instância soberana que subordina os interesses passageiros dos governantes de turno ao objetivo superior determinado pelo bem estar coletivo em uma previsão de longa duração. Planejar a longo prazo e em função do interesse geral é o signo de maturidade social e política de uma sociedade, cujas consequências tornam se evidentes na configuração urbana.

O planejamento exige a análise crítica do paradigma de gestão para propor as mudanças requeridas pelas demandas sociais, especialmente em momentos de pujança econômica e de transformações na estrutura da cidade e do território. As cidades brasileiras encontram-se em uma contraditória encruzilhada de crescimento econômico e de subdesenvolvimento urbano, cujas consequências manifestam-se nos problemas crônicos de carência de saneamento, marginalidade, violência e imobilidade.

O momento atual é de decisão entre a manutenção de um paradigma visivelmente esgotado e a possibilidade real de implementar outro que enalteça aos cidadãos e qualifique os espaços das cidades. Nossas sociedades organizadas e os governantes devem assumir a transcendência do momento para optar entre favorecer a vivência social ou manter o status quo dos interesses de quem se beneficia com o lucro derivado do crescimento urbano; escolher uma gestão humanista e existencialista ou manter a estrutura burocrática e comercial de configuração (ou desfiguração) dos espaços urbanos; favorecer o interesse geral ou continuar atrelado aos conchavos setoriais; promover efetivas políticas de inclusão social ou perseverar no estímulo à violência e à marginalidade com edifícios e condomínios fechados e defensivos; promover a integração urbana e social ou perdurar o modelo fragmentado e excludente; colocar as pessoas no centro das decisões urbanísticas e arquitetônicas ou prosseguir agindo em beneficio dos automóveis; promover a construção participativa ou permanecer com a imposição das soluções que satisfazem aos núcleos de poder; assumir a sustentabilidade ou persistir no esgotamento dos recursos; preservar a cultura e a memória dos fatos físicos transcendentes ou sacrificar o patrimônio em benefício do ganho providencial; fazer da cidade o âmbito da convivência democrática ou insistir com imposições autoritárias;  elevá-la ao nível transcendente de manifestação cultural ou insistir na chatice de configuração em função do lucro imobiliário; decidir, em definitivo, entre um modelo que sublime a cidade como manifestação da urbanidade e civilidade da sociedade com ações sensíveis e inteligentes ou persistir na improvisação e irracionalidade manifestas nas paisagens urbanas decadentes e nas diferenças sociais vergonhosas.


Sempre existem ocasiões para transformar paradigmas consagrados por setores de poder, especialmente em momentos de crescimento econômico e de consenso político. As cidades brasileiras encontram-se em um momento histórico que pode ser transcendente se aproveitado com inteligência e consciência da oportunidade. O modelo urbano atual demonstra claros sinais de esgotamento e novos paradigmas merecem ser pensados e avaliados para sua implementação. Exemplos de outras realidades merecem ser considerados para formular modelos que respondam às circunstâncias e exigências próprias, com ações que possam ficar marcadas na história da cidade e que possam promover a definitiva virada para o desenvolvimento social e o efetivo engrandecimento. Orientar a iniciativa privada em beneficio do interesse geral e em função de um paradigma que estimule a inclusão social, a vivência coletiva e a qualificação dos espaços públicos constitui o maior desafio das administrações municipais comprometidas genuinamente com o efetivo desenvolvimento urbano e com a transcendência de ações orientadas à valorização do significado cultural das cidades e seus habitantes.


Roberto Ghione é arquiteto e diretor do IAB/PE
 
IAB Tocantins Copyright © 2009 Blogger Template Designed by Bie Blogger Template
Edited by Allan