Cidades Sustentáveis: Palmas em foco

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O debate contemporâneo dos citadinos palmenses versa sobre a expansão urbana. A contradição dos defensores desta medida se fixa na ausência de estudos que demonstrem a viabilidade (orçamentária,ambiental e social) da proposta em relação ao Plano-diretor participativo.
Ressalta-se também, a falta de um debate amplo com a sociedade, essencialmente no que se refere à aplicabilidade da função social da propriedade e da cidade. Palmas, cidade conhecida pelos vazios urbanos, se depara com a pretensão do legislativo municipal em expandir os seus limites urbanos, condição que ocasionaria reflexos imediatos no custo de manutenção da cidade. A abordagem critica sobre o tema deveria considerar: a possibilidade de elevação dos impostos municipais; a influencia direta nos custos do transporte coletivo (contrariando o PNMU); a consolidação da segregação socioespacial já existente na cidade; entre outros fatores impactantes. Neste contexto há indicativos de que o poder público municipal deveria concentrar a sua gestão no espaço urbano atual (perímetro urbano), ou seja, adensar os vazios urbanos existentes na região central da cidade. O debate técnico tem demostrado que a transformação do rural em urbano deveria ser desestimulado,
em razão de se tratar de um modelo ultrapassado, ante as concepções modernas de planejamento e gestão do território. Os custos de urbanização neste modelo proposto são insuficientes para cobrir os encargos inerentes ao suporte à expansão urbana sem planejamento. A cidade que cresce desordenadamente se endivida por não conseguir fazer face às despesas decorrentes da expansão, além de ferir princípios de sustentabilidade ambiental, econômicos e sociais consagrados na constituição federal. Neste contexto a UFT objetiva contribuir neste debate e promove este fórum com a finalidade de possibilitar maior conhecimento técnico sobre o assunto e produzir um documento que expresse o posicionamento acadêmico acerca do complexo tema.

Data : 15 de março de 2012

Local : Auditório CUICA - UFT - Palmas/TO

Programação:
18h30min
Abertura

19h00
Os custos da urbanização dispersa: por uma cidade sustentável
Síntese: Para contribuir com a compreensão do fenômeno da dispersão urbana e com a avaliação de seus impactos sobre a sociedade e o meio ambiente, o pesquisador do Núcleo de Estudos de População (Nepo) da Unicamp, mostrará o resultado de tese de doutorado na qual construiu um indicador de dispersão urbana inédito no Brasil.
Palestrante: Prof. Dr. Ricardo Ojima – Universidade Federal do Rio
Grande do Norte - UFRN


20h
Plano-Diretor: aspectos jurídicos para alteração
Síntese: Para compreensão do processo legislativo sobre iniciativas de Projeto de Lei Complementar que versem sobre alteração de Plano-Diretor, o renomado jurista autor de diversas obras, abordará esse tema à luz da Constituição Federal, Estatuto da Cidade e legislaçãopertinente. Estará esclarecendo quais os requisitos para os procedimentosde encaminhamento de PLCs que alterem o Plano-Diretor Participativo.
Palestrante: Prof. Dr. Toshio Mukai – Universidade de São Paulo - USP

21h
Debate

Prêmio Pritzker 2012: Wang Shu

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Acaba de ser anunciado o ganhador do Premio Pritzker 2012. O arquiteto chinês Wang Shu, de 48 anos, é o laureado deste ano. Seu escritório Amateur Architecture Studio, em sociedade com a sua mulher LU Wenyu está sediado em Hangzhou, República Popular da China.

O propósito do Prêmio Pritzker, fundado em 1979 por Jay A. Pritzker e sua mulher, Cindy, é honrar anualmente um arquiteto vivo cuja obra construída demonstre uma combinação de talento, visão e comprometimento, que haja produzido contribuições consistentes e significantes à humanidade e ao entorno construído através da arte da arquitetura. O laureado recebe um prêmio de 100 mil dólares e uma medalha de bronze.

wang_shu_ningbo_museum_41241-530x351                                                                          © Iwan Baan - Museu histórico Ningbo / Wang Shu

Veja o trabalho de Wang Shu aqui e as obras publicadas em ArchDaily Brasil: Nova Academia de Arte em Hangzhou, Museu Histórico de Ningbo.

O distinguido jurado que selecionou o laureado de 2012 consistia em seu presidente, o Lorde Palumbo, internacionalmente conhecido patrono da arquitetura de Londres;  presidente da curadoria da Serpentine Gallery;  primeiro presidente do Conselho Artístico da Grã-Bretanha,  primeiro presidente da Tate Gallery Foundation;  primeiro diretor do Arquivo Mies van der Rohe do Museu de Arte Moderna, Nova York; e, alfabeticamente: Alejandro Aravena, arquiteto e diretor executivo da Elemental em Santiago, Chile; Glenn Murcutt, arquiteto e Prêmio Pritzker em 2002, Sydney, Australia; Juhani Pallasmaa, arquiteto, professor e autor de livros, Helsink, Finlândia; Karen Stein, escritora, editora e consultora de arquitetura em Nova York; Stephen Breyer, da Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos, Washington, D.C.; Yung Ho Chang, arquiteto e educador, Pequim, República Popular da China; e Zaha Hadid, arquiteta e Prêmio Pritzker em 2004. Martha Thorne, decana associada de relações internacionais, IE School of Architecture, Madri, Espanha, é a diretora executiva do prêmio.

Durante o anúncio da decisão do jurado, Pritzker afirmou: “O fato que um arquiteto chinês tenha sido selecionado pelo jurado representa um passo significante para perceber o papel que a China terá no desenvolvimento dos ideais arquitetônicos. Além disso, durante as últimas décadas, o sucesso da urbanização chinesa será importante tanto para o país como para o mundo. Essa urbanização, como a urbanização em todo o mundo, precisa estar em harmonia com a cultura e as necessidades locais. As oportunidades sem precedentes para o planejamento e desenho urbano possibilitadas pela China irão querer estar em harmonia tanto com sua longa e única tradição do passado como com suas futuras necessidades para o desenvolvimento sustentável.”

O presidente do jurado do prêmio, Lorde Palumbo, agregou, desde sua casa na Inglaterra sobre as razões do jurado para a decisão do ano: “A questão sobre a relação apropriada do presente com o passado é particularmente oportuna. O recente processo de urbanização na China convida ao debate sobre quando a arquitetura deveria ser ancorada na tradição ou quando deveria olhar somente ao futuro. Como com qualquer grande arquitetura, a obra de Wang Shu permite transcender esse debate, produzindo uma arquitetura que é atemporal, profundamente enraizada no seu contexto e ainda assim universal.”

Depois de saber que havia recebido o prêmio, Wang Shu teve essa reação: “Isso é mesmo uma grande surpresa. Estou tremendamente honrado em receber o Prêmio Pritzker. Me dei conta repentinamente que tinha feito muitas coisas durante a última década. Isso prova que trabalho duro e persistência levam a resultados positivos.”

Ele chama seu escritório de ‘Amateur Architecture Office’, mas o trabalho é virtuoso, de um total controle dos instrumentos da arquitetura – forma, escala, material, espaço e luz. (Karen Stein, jurado do Prêmio Pritzker).

wang_shu_hangzhou_9823-530x349                                                                          © Iwan Baan - Nova Academia de Artes em Hangzhou / Wang Shu

Wang graduou-se em arquitetura no Nanjing Institute of Technology, Departamento de Arquitetura, em 1985. Três anos depois, ele recebeu o grau de Mestre no mesmo instituto. Recém formado, trabalhou na Academia de Belas Artes de Zhejiang, em Hangzhou, fazendo pesquisas sobre arquitetura e contexto em relação à renovação de edifícios antigos. Quase um ano depois, ele estava trabalhando no seu primeiro projeto – um Centro Juvenil de 3.600 metros quadrados para a pequena cidade de Haining (próximo a Hangzhou). Finalizou-se o projeto em 1990.

Por quase todos os seguintes dez anos, ele trabalhou com artesãos para ganhar experiência no modo atual de construir, sem o peso da responsabilidade projetual. Em 1997, Wang Shu e sua mulher, Lu Wenyu, fundaram seu escritório em Hangzhou, chamado “Amateur Architecture Studio”. Ele explica o nome: “Para mim, ser um artesão ou um operário é ser um amateur, um amante, um amador, ou quase a mesma coisa”. Sua interpretação sobre o mundo é relativamente próxima a uma das definições completas do dicionário: “uma pessoa que se compromete num estudo, esporte ou outra atividade, por prazer mais que por benefício financeiro ou razões profissionais”. Na interpretação de Wang Shu, a palavra “prazer” pode muito bem ser substituída por “amor pelo trabalho”.

Por volta do ano 2000, ele havia completado seu primeiro grande projeto, a Biblioteca do Wenzheng College na Universidade de Suzhou. Mantendo sua filosofia de dar uma escrupulosa atenção ao contexto, e com uma cuidadosa consideração sobre a tradição dos jardins de Suzhou, o que sugere que edifícios localizados entre águas e montanhas não deveriam ser proeminentes, ele projetou a biblioteca com quase a metade do edifício enterrado. Além disso, quatro edifícios adicionais são muito menores que o corpo principal. Em 2004, a biblioteca recebeu o Architecture Art Award of China.

Seus outros grandes projetos finalizados, todos na China, incluído o Museu de Arte Contemporânea de Ningbo e cinco casas dispersas em Ningbo, as quais receberam menção pelo Holcim Awards de Construção Sustentável no Pacífico Asiático. Na mesma cidade, ele construiu o Museu Histórico de Ningbo, em 2008. Na sua cidade natal de Hangzhou, ele projetou a primeira fase do Campus Xingshan da Academia Chinesa de Arte em 2004, e, logo, completou sua segunda fase em 2007.

Verdadeiro com seus métodos de economia de materiais, ele utilizou mais de dois milhões de ladrilhos provenientes de demolições de casas tradicionais para cobrir os telhados dos edifícios do campus. Nesse mesmo ano, em Hangzhou, ele construiu os Apartamentos de Pátios Verticais, que consistiam em seis torres de 26 andares, os quais foram nominados, em 2008, para o German based International High-Rise Award. Também terminado em 2009, em Hangzlou, estava a Hall de Exibição da Rua Imperial da Dinastia Song do Sul. Em 2006, ele concluiu a Casa Cerâmica em Jinhua.

Outro reconhecimento internacional inclui a Medalha de Ouro Francesa da Academia de Arquitetura em 2011. Um ano antes, ele e sua mulher foram laureados com o German Schelling Architecture Prize.

Desde 2000, Wang Shu tem sido o chefe do Departamento de Arquitetura da Academia Chinesa de Arte em Hangzhou. Ano passado, ele se tornou o primeiro arquiteto chinês a ocupar a posição de “Professor Visitante Kenzo Tange” na Harvard Graduate School of Design em Cambridge, Massachusetts. Ele é também frequentemente palestrante convidado em muitas universidades pelo mundo, incluindo nos Estados Unidos: UCLA, Harvard, University of Texas, University of Pennsylvania, entre outras. Participou em inúmeras grandes exposições internacionais em Veneza, Hong Kong, Bruxelas, Berlim e Paris.

Fonte:

Fernandes , Giovana . "Prêmio Pritzker 2012: Wang Shu" 27 Feb 2012. ArchDaily. Accessed 28 Feb 2012. http://www.archdaily.com.br/35138/premio-pritzker-2012-wang-shu/

Herman Hertzberger premiado com a Medalha de Ouro 2012 RIBA

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O Royal Institute of British Architects (RIBA) selecionaram o internacionalmente aclamado arquiteto holandês Herman Hertzberger como Medalista de Ouro Real de 2012, no final do ano passado.
Hertzberger estabeleceu seu escritório Architectuurstudio HH em 1958 e desde então fez contribuições significantes ao mundo da arquitetura moderna. Ele não é apenas um arquiteto, mas também um professor e escritor. Hertzberger ganhou um grande número de concursos, foi nomeado membro honorário de diversas entidades culturais e recebeu prêmios internacionais de arquitetura, tanto por projetos individuais como por sua obra como um todo.
Continue lendo mais informações sobre Herman Hertzberger e veja o vídeo abaixo:

http://vimeo.com/37158732

Sua prática é conhecida por suas muitas escolas, complexos habitacionais e centros culturais encontrados pela Holanda bem como em outros países. Alguns de seus edifícios famosos, incluindo a sede da Empresa de Seguros Centraal Beheer em Alpedoorn, o Centro Musical Vredenburg em Utrecht e o Ministério de Negócios Sociais e Empregos em Haia.
Ao fazer o filme “Uma estrutura para vida” (A Structure for Life) sobre Hertzberger, Tony Chapman visitou cinco de suas escolas, quatro escritórios, quatro edifícios culturais, quatro empreendimentos habitacionais e dois edifícios universitários em Amsterdã, Arnhem, Berlim, Breda, Colônia, Delft, Haia, Leeuwarden e Utrecht. Estas 19 construções resumem seus 50 anos de arquitetura.
Para o arquiteto holandês Herman Hertzberger, a estrutura de um edifício não é um fim em si mesmo, é literalmente o quadro para a vida que acontece dentro dele, uma vida que é determinada por seus usuários. Isso vale para uma escola, uma casa ou um escritório – todos os tipos de edifícios que ele transformou em uma carreira de 50 anos em arquitetura.”

Referência: RIBA

Fonte: Helm , Joanna . "Herman Hertzberger premiado com a Medalha de Ouro 2012 RIBA" 26 Feb 2012. ArchDaily. Accessed 27 Feb 2012. http://www.archdaily.com.br/34689/herman-hertzberger-premiado-com-a-medalha-de-ouro-2012-riba/

Viagem a uma terra de cidades conflagradas

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Relatora da ONU para o Direito à Moradia começa a narrar o que viu numa missão de duas semanas pela Palestina e Israel – com seus assentamentos humanos tão próximos e tão contrastantes

Por Raquel Rolnik, em seu blog

Entre os dias 29 de janeiro e 12 de fevereiro, visitei algumas cidades em Israel e na Palestina, como Relatora da ONU para o Direito à Moradia Adequada. Em uma área de menos de 40 mil quilômetros quadrados, numa terra disputada milímetro a milímetro, estas cidades se debatem entre muros e fronteiras.

Em Jerusalém, cada uma das pedras branco-amareladas que vão desenhando colinas, muralhas, igrejas, mesquitas, casas e tumbas, já foi de cananeus, filisteus, babilônios, gregos, romanos, cruzados, islamitas, hebreus e, numa sucessão de ocupações, massacres e peregrinações, a cidade constituiu um tecido carregado de simbolismo e tensão. Mesmo com a anexação de sua parte oriental e a expansão de suas fronteiras pelos israelenses, depois da vitória militar na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Jerusalém ainda é uma cidade dividida. Nos bairros palestinos da parte leste, Jerusalém é uma cidade árabe, que resiste, com suas vielas e o canto dos muezim. Na parte oeste, e em toda a sua volta, os bairros lembram a paisagem da periferia de cidades europeias, com seus blocos de edifícios e pequenos centros comerciais.

Uma linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilho) foi construída recentemente onde antes passava a Green Line — a fronteira entre Israel e Jordânia estabelecida em 1948. Para alguns, o VLT rasga o coração da cidade árabe para juntar os dois pedaços da cidade judia – a velha Jerusalém ocidental e os assentamentos judaicos que foram construídos para além da Green Line, numa estratégia clara, por parte dos israelenses, de consolidar a ocupação. Para outros, ela é o elemento de ligação e tentativa de costura das duas cidades – a judia e a árabe – que, há 45 anos, resistem a uma unificação que, na prática, nunca existiu.

A apenas 60 Km dali, em Tel Aviv, a sensação é de que estamos num lugar totalmente diferente: cidade de praia, com palmeiras e arquitetura modernista, ciclovias a beira mar e arranha-céus high tech. Poderia ser a Califórnia, ou algum enclave liberal dos Estados Unidos. Tomando cerveja ou café pelos bares, ou paradas em algum engarrafamento, as pessoas parecem estar infinitamente longe da permanente tensão que paira no ar de Jerusalém. Mas foi em Tel Aviv que, no último verão, centenas de pessoas ocuparam as ruas e acamparam nas praças, durante várias semanas, protestando contra o custo e a falta de opções de moradia popular.

Distante 100 km de Tel Aviv está Gaza, uma cidade sitiada. Na verdade, não se trata de uma cidade, mas de uma somatória de campos de refugiados palestinos – que lembram muito nossas favelas consolidadas – encravados em vários núcleos urbanos distribuídos em uma exígua faixa de terra de 45 km por 10 km de largura. Ali, apenas uma minoria tem permissão de entrar ou sair deste território. Desde que o Hamas ganhou as eleições e passou a governar a faixa de Gaza — sem reconhecimento por parte da Autoridade Palestina, nem da comunidade internacional — Israel impôs um bloqueio por terra e mar, controlando e limitando a passagem de pessoas e mercadorias. Sem gasolina suficiente, nem peças de reposição, o meio de transporte mais utilizado em Gaza é uma espécie de carroça plana, puxada por burros, contrastando com os carrões brancos das agências internacionais e com algumas Mercedes e Hi-Lux que, de repente, aparecem nas ruas esburacadas e empoeiradas. Apesar do bloqueio, objeto de protestos das agências internacionais, Gaza vive um boom de construção, graças aos materiais que chegam pelos túneis clandestinos que todos compram – menos a ONU e agências oficiais de cooperação dos países.

Do outro lado do muro que separa Gaza de Israel, em Sderot — que nasceu como uma espécie de “cidade-nova” planejada e construída para acolher levas de imigrantes judeus que vieram principalmente do Oriente Médio, Norte da África e mundo árabe nos anos 1950 e 1960 —,  os sinais do conflito podem ser vistos no memorial para os mortos atingidos pelos foguetes disparados de Gaza e, principalmente, na presença de abrigos antiaéreos construídos pelo governo israelense em cada um dos apartamentos, escolas e pontos de ônibus da cidade, a fim de proteger os moradores de ataques.

Falei apenas de um pedaço muito pequeno desta região, o chamado centro de Israel e a faixa de Gaza. Na Galileia, no deserto do Neguev ou, sobretudo, na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel, são ainda muitas e diversas as cidades e complexas as fronteiras. Mas isso fica para um outro post…

SONY DSC                                                                                    Raquel Rolnik é urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e relatora especial da Organização das Nações Unidas para o direito à moradia adequada.

Fonte: http://ponto.outraspalavras.net/2012/02/24/jerusalem-tel-aviv-gaza-sderot-cidades-entre-muros-fronteiras/

3ª reunião Plenária do CAU/TO

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Na noite do último dia 17, no bloco III da UFT, ocorreu a 3ª Reunião Plenária do CAU/TO que contou com a presença do presidente Lucas Rodrigues Dantas e dos conselheiros Evervino Moura dos Santos Junior, Giovanni Assis, Marlon Fernando Lins, Marivaldo Ribeiro, Patricia Orfila Barros dos Reis, Pedro Lopes Junior e Riknelson Pereira Luz. Participaram ainda, o conselheiro federal Gilmar Scaravonatti e seu suplente Luis Hildebrando Ferreira Paz, bem como, demais convidados que irão compor o quadro funcional do CAU/TO, em cargos de livre provimento ( 01(uma) assessoria contábil e planejamento, 01(uma) assessoria júrídica e 01(uma) assessoria de comunicação e marketing) e cargos temporários de nível superior e médio que neste primeiro momento de instalação serão em total de 04(quatro) funcionários, 02(dois) de cada nível, sendo que já foram definidos os nomes de Márcia Alves Matos e Motozalém de Souza Santana para a área de gerência e Euclides Muniz da Silva Junior e Thiago Pio da Silva para a área de atendimento.

Aberta a plenária pelo presidente do CAU/TO, Lucas Rodrigues Dantas, foi aprovada a pauta do dia e passada a palavra ao conselheiro federal Gilmar Scaravonatti que explanou sobre as 4 (quatro) reuniões realizadas pelo CAU/BR ( 02(duas) plenárias e 02(duas) reuniões de comissões) onde diversas resoluções de interesse da categoria e de implementação do CAU já foram aprovadas e que constam nos links abaixo para conhecimento geral.

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A seguir, houve a manifestação dos conselheiros estaduais sobre a implantação do CAU/TO que deliberaram pela aprovação das notas técnicas 001 e 002/2012 que tratam respectivamente do aluguel da sede e quadro funcional do CAU/TO tidas como prioritárias para o início de funcionamento das atividades do Conselho. A seguir foi discutida a Resolução 001/2012 que dispõe sobre o fornecimento de passagens e concessão de diárias às pessoas a serviço do CAU/TO que por não ser de concenso entre os conselheiros passará por uma revisão e nova redação, com as sugestões e encaminhamentos propostos pelos mesmos, devendo ser aprovada na próxima Plenária no mês de março/2012.

Finalizando a reunião, o presidente Lucas informou sobre o convênio firmando com o IAB/TO para o funcionamento da sede provisória do CAU/TO na atual sala do IAB/TO localizada na 206 Sul (Arse 22), Av. LO-05, Lote 08, Sala 07 sendo que, o início de funcionamento ocorreu no último dia 23 de fevereiro estando desta maneira instalado e apto ao atendimento aos profissionas de arquitetura e urbanismo do estado do Tocantins.

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Informações necessárias:

Endereço: 206 Sul (Arse 22), Av. LO-05, Lote 08, Sala 07 – 77020-504 Palmas/TO

Telefone provisório: 8448 8081

Site: www.cauto.org.br

E-mail: atendimento@cauto.org.br

Resoluções do CAU/BR :

http://www.caubr.org.br/img/anexos/RES-8-2011)ARQUITETO-DIA.pdf

http://www.caubr.org.br/img/anexos/RES-10-2011)ARQUITETO(ENG-SEG).pdf

http://www.caubr.org.br/img/anexos/RES-12(NR-REGISTRO-PF)CAU-BR(FINAL).pdf

http://www.caubr.org.br/img/anexos/RES-13(NR-REGISTRO-PJ)CAU-BR(FINAL).pdf

http://www.caubr.org.br/img/anexos/RES-14(CARTEIRA-PF)CAU-BR(FINAL).pdf

http://www.caubr.org.br/img/anexos/RES-15(FORMA-REGISTRO-PJ)CAU-BR(FINAL).pdf

http://www.caubr.org.br/img/anexos/RES-16(ELEIÇÕES-MULTA-DISPENSA)CAU-BR(FINAL).pdf

A Solidão dos Edifícios (Parte 2) / Rafael Moneo

Moneo_01 © flickr jmtp

 

Arquitetura sempre apresentou uma inerente arbitrariedade como algo discreto. Em outras palavras, a arbitrariedade da forma desaparecia na construção, e a arquitetura atuava como ponte entre as duas. Hoje, a arbitrariedade da forma é evidente nos próprios edifícios, porque a construção é destituída do jogo projetual. Quando a arbitrariedade é tão claramente visível nos edifícios mesmos, a arquitetura está morta; o que eu entendo como o atributo mais valioso da arquitetura desaparece.

O preço de tal atitude é pago pela arquitetura, visto que muito frequentemente alguns arquitetos nos apresentam com uma imagem de fragilidade e com um gosto pelo ficcional. Essa é a consequência natural do imediatismo. Curiosamente, isso não acontecia com a arquitetura do Movimento Moderno, na qual a ideia de imediatismo não poderia ser aplicada. Quer estejamos considerando a técnica quer os objetivos sociais, os arquitetos do Movimento Moderno respeitavam tanto a técnica quanto o programa do edifício. Embora sua arquitetura talvez não tenha sido bem sucedida em solucionar os problemas impostos simultaneamente, eles se empenharam em envolver tais preocupações em suas obras, e, consequentemente, sua arquitetura não pode ser caracterizada por seu imediatismo. Logo, a ideia de arquitetura sempre implicou uma consciência do mundo exterior mais além do poder das imagens. Mas, hoje em dia, a falta de contato com o mundo exterior trás consigo a fantasia de uma arquitetura autônoma, controlada exclusivamente pela prancheta.

Poderia ser argumentado que no futuro a arquitetura irá carecer da condição de quase perpetuidade que ela detinha no passado e irá desde agora ser caracterizada como efêmera. Isso explicaria a condição rarefeita dos nossos edifícios, apesar de suas pedras. A arquitetura é influenciada atualmente por essa condição efêmera e, logo, se apresenta como efêmera, independentemente do seu material. E isso nos impõe uma questão maior: Já não é a arquitetura atual capaz de perdurar como era no passado? Existe na arquitetura atual uma sensação de que as obras são perecíveis? Acredito que essas perguntas devem ser respondidas afirmativamente, e somente assim seremos capazes de contrapor tal tendência, reconhecendo o gratificante modo no qual os edifícios aceitavam sua própria vida no passado. A construção de um edifício incorpora uma enorme carga de esforços e um grande investimento. A arquitetura, em princípio, quase por princípios econômicos, deveria ser durável. Os materiais deveriam proporcionar longa vida aos edifícios. Um edifício, antigamente, era construído para durar para sempre ou, pelo menos, nós certamente não esperaríamos que ele desaparecesse. Mas, hoje em dia, as coisas mudaram. Embora resistamos em manter nossa arquitetura dessa forma, ela está muito afastada da arquitetura tradicional, apesar do nosso declarado respeito pela história. Nós provavelmente sabemos inconscientemente que a arquitetura já não irá durar tanto quanto costumava. Mas rejeitamos tais ideias, ainda que as situações reais afetem a arquitetura e a marquem com o sabor do efêmero. Se a arquitetura é efêmera, ela pode ser imediata.

Se a arquitetura uma vez contribuiu para a realidade da ficção, a partir daqui eu irei contribuir com a ficção da ficção. O orgulho da arquitetura era fazer real a ficção, porque a maneira como a arquitetura era produzida implicava uma continuidade entre forma, como invenção mental, e forma construída, de tal maneira que a última se tornava a única realidade existente. O mundo ideal era transformado num mundo real, porque o que caracterizava a arquitetura era o fato que ela deveria ser construída. Era um produto mental que tomava sua consistência do ato de expressão isolado, tornando-se, ao mesmo tempo, uma realidade independente. A arquitetura de hoje tem perdido contato com seus suportes genuínos, e o imediatismo é a natural consequência dessa mudança crítica sofrida pelo papel da arquitetura no mundo. Eu ainda acredito numa arquitetura da realidade, porém eu deveria reconhecer a grande amplidão para a qual minha convicção é a manifestação de um desejo maior do que eu posso prever sensatamente para o futuro.

Eu não acho que este seja o momento adequado para discutir tais importantes preocupações, mas, em minha opinião, essas discussões deveriam ter lugar na escola, e eu gostaria de seguir esses problemas com estudantes interessados. Contudo, eu gostaria de responder a algumas questões que eu introduzi. Os arquitetos deveriam perceber que a arquitetura, o trabalho no qual eles estão envolvidos, suas obras, é uma complexa realidade que inclui muitas presenças; por essa razão, o imediatismo-fantasia não é possível. Todas essas presenças são refletidas no múltiplo espelho que é o edifício. Eles deveriam estar conscientes na operação de projeto, de modo a evitar a redução que sempre distorce a realidade arquitetônica. O fato que os arquitetos podem tornar-se cientes das várias maneiras nas quais seu trabalho é limitado, que ele apresenta limites reais, desde a ideologia ao tijolo, não impede a arquitetura de ser possibilitada. A habilidade de acomodar as múltiplas presenças inerentes ao edifício deveria ser a chave com a qual o arquiteto condense disparidade na singular presença autoportante dos edifícios.

Em tanto que eu considero desenhos e modelos o suporte necessário e natural para nossas discussões sobre arquitetura na escola, eu encorajo os estudantes a entender o imenso prazer que a atual produção de arquitetura, a construção de edifícios, oferece. Isso significa que eu gostaria de acompanhar os estudantes em sua iniciação como arquitetos, de estar ao lado deles quando se tornarem criadores de edifícios. Nós estamos vivendo num mundo discontínuo –em tempos de incertezas, como o Professor Cobb gosta de dizer–, e os arquitetos, negligentes aos seus desejos e intenções, sofrem ao estar desprotegidos ante a diversidade da sociedade na qual eles trabalham. Portanto, uma vez que o arquiteto tenha adquirido suas habilidades, o treinamento dos seus olhos, o primeiro imperativo é ganhar o conhecimento crítico que irá permitir a escolha das coordenadas dentro das quais sua carreira irá desenvolver-se; essas são as coordenadas para as quais seus edifícios irão referir-se.

Uma iniciação arquitetônica inclui atualmente, em minha opinião, uma forte familiaridade com a história –uma história que já não é um depósito de formas ou um atelier de estilos, mas uma que simplesmente oferece o material para se pensar a evolução da arquitetura, assim como a maneira com a qual os arquitetos trabalhavam no passado.

Agora, por que eu insisto tanto na convicção que edifícios não são nem o resultado de um processo nem a materialização de um desenho? Em outras palavras, por que eu insisto na ideia que edifícios não são propriedades exclusivas do arquiteto? Principalmente porque eu acredito que a presença do arquiteto rapidamente desaparece e que, uma vez completados, os edifícios tomam vida própria. Os arquitetos suportam todas as dificuldades envolvidas em erguer um edifício –artefatos que, quiçá a princípio, podem parecer refletir nossas intenções, expressar nossos desejos e representar os problemas que discutimos na escola. Por um tempo, consideramos nossos edifícios como espelhos; na sua reflexão reconhecemos quem somos, e eventualmente quem fomos. Somos tentados a pensar que um edifício é uma declaração pessoal dentro do contínuo processo da história; mas hoje eu tenho certeza que uma vez que a construção é finalizada, uma vez que o edifício assume sua própria realidade e seu próprio papel, todas aquelas preocupações que ocupavam o arquiteto e seus esforços se dissolvem. Chega um momento em que os edifícios não precisam de nenhum tipo de proteção, nem dos arquitetos nem das circunstâncias. Finalmente, circunstâncias permanecem apenas como alusões, permitindo aos críticos e historiadores ganhar conhecimento sobre os edifícios e explicar aos outros como eles tomaram forma.

O edifício mesmo descansa solitário, em completa solidão –sem mais declarações polêmicas, sem mais problemas. Ele adquiriu sua definitiva condição e permanecerá só para sempre, mestre de si mesmo. Eu gosto de ver o edifício assumir sua condição própria, vivendo sua própria vida. Portanto, eu não acredito que arquitetura é somente a superestrutura que introduzimos quando falamos sobre edifícios. Prefiro pensar que arquitetura é o ar que respiramos quando os edifícios tenham alcançado sua radical solidão.

Estão todas essas considerações presentes no nosso trabalho? Eu gostaria que estivessem. Porque quando os arquitetos percebem que um edifício controla sua própria vida, sua aproximação ao projeto é diferente; muda radicalmente. Nossas preocupações pessoais tornam-se secundárias e a realidade final do edifício torna-se o autêntico objetivo do nosso trabalho. É a materialidade do edifício, seu próprio ser, que se torna a única e exclusiva preocupação. Essa atitude nos permite estabelecer a distância necessária entre o edifício e nós mesmos.

De todas as artes figurativas e plásticas, a arquitetura é provavelmente aquela na qual a distância entre o artista e seu trabalho é a maior. Um pintor ou um escultor pode deixar sua marca direta na tela ou na pedra; ele é inextricavelmente atado à sua obra. Isso não acontece na arquitetura. Na nossa disciplina, uma distância natural nos separa da nossa obra; essa distância deveria sempre ser mantida, especialmente quando nossos pensamentos começam a ser materializados em projeto. Manter essa distância é reconhecer a realidade arquitetônica, mas é também a precondição para iniciar um projeto. Arquitetura implica a distância entre nosso trabalho e nós mesmos, com isso, ao final, a obra permanece sozinha, autoportante, uma vez que ela tenha adquirido sua física consistência. Nosso prazer reside na experiência dessa distância, quando vemos nosso pensamento suportado por uma realidade que já não nos pertence. O que é mais, uma obra de arquitetura, se bem sucedida, pode ocultar o arquiteto.

Referência: Aula Magna, Kenzo Tange Visiting Professor Chair / Harvard University Graduate School of Design, 1985

Texto original em inglês / Tradução ao português: Igor Fracalossi

 

Fonte: Moneo , Rafael . "A Solidão dos Edifícios (Parte 2) / Rafael Moneo" 23 Feb 2012. ArchDaily. Accessed 26 Feb 2012. http://www.archdaily.com.br/33413/a-solidao-dos-edificios-parte-2-rafael-moneo/

E-mails de atendimento do CAU

Os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo - CAU/UF de 23 estados e do Distrito Federal já ativaram os e-mails de atendimento aos seus profissionais. Os arquitetos e urbanistas devem enviar suas dúvidas para atendimento@cauuf.org.br, substituindo "UF" pela sigla da Unidade da Federação, com exceção dos estados de Alagoas, Pará e Pernambuco, que ativarão seus e-mails em breve.
Visando ampliar o atendimento, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR criou novos e-mails por temas de interesse, para o esclarecimento de questões específicas:
Anuidades e impressão dos boletos: anuidades@atendimentosiccau.org.br
Senha de acesso ao SICCAU: senhas@atendimentosiccau.org.br
Registro de Profissionais: registroprofissional@atendimentosiccau.org.br
Registro de Empresas: registroempresa@atendimentosiccau.org.br
Registro de Responsabilidade Técnica e Certidões: rrt@atendimentosiccau.org.br
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Para outras informações, consulte as perguntas mais frequentes em Dúvidas nos sites do CAU.


Assessoria de Comunicação CAU/BR

Jornada de Habitação

O Manifesto de São Paulo

Stefano Boeri

Promovido pela Secretaria Municipal de Habitação da cidade de São Paulo, a Jornada de Habitação (São Paulo Calling) é um projeto que se desenvolverá de janeiro a junho de 2012 e que se propõe a debater as políticas desenvolvidas pela cidade de São Paulo e outras implantadas em metrópoles localizadas em diferentes e distantes partes do planeta, que enfrentam os mesmos problemas relacionados aos assentamentos informais.

Jornada da habitação

Durante seis meses, uma mostra itinerante analisará as características, as diferenças e as causas dos assentamentos informais de Roma, Nairóbi, Medellín, Mumbai, Moscou e Bagdá.

Ao mesmo tempo, seis laboratórios que se manterão em São Paulo, nos bairros de São Francisco, Cantinho do Céu, Bamburral, Heliópolis, Paraisópolis e no Centro, vão realçar as experiências práticas e diretas da vida dos moradores.

Convencidos de que a consciência coletiva das necessidades desses assentamentos informais e a auto-organização empresarial, seja o primeiro aspecto a ser considerado e incentivado para uma política pública urbana eficaz, a cada mês uma favela de São Paulo sediará palestras e debates com a participação de convidados internacionais e dos moradores do bairro. Ao mesmo tempo, serão promovidas atividades como feira de rua, festas, shows de música e torneios de futebol, não somente para aproximar os que falam sobre a cidade daqueles que vivem na cidade, mas também porque os três milhões de pessoas que vivem em assentamentos informais são protagonistas ativos das transformações e das teorizações que ali acontecem.

Os laboratórios e as pesquisas que fazem parte do projeto São Paulo Calling destacarão temas importantes, comuns aos assentamentos informais presentes hoje no mundo, que podem ser resumidos em 11 pontos de um primeiro esboço de manifesto¹.

1) As favelas são cidades

3.000.000 de pessoas vivem em assentamentos precários na cidade de São Paulo. 8.000.000 de pessoas vivem nas favelas de Mumbai; 2.500.000 de pessoas vivem nas áreas pobres de Nairóbi Os assentamentos informais não são um corpo estranho, apartado, ao contrário, são uma importante parte da cidade contemporânea.

2) As favelas são rápidas

A cidade informal cresce rapidamente, às vezes mais do que a capacidade da administração pública em planejar o seu desenvolvimento.

3) As favelas são necessárias

Em vários países, os assentamentos informais são a principal forma de acesso à vida urbana de milhares de migrantes e camponeses. Território para onde se dirige um fluxo incontrolável de urbanização que todos os anos movem milhões de habitantes do planeta, do campo para as cidades.

4) As favelas são pequenas cidades

Muitas vezes distantes do centro, as favelas são sistemas autônomos, distintos, transformando o sistema urbano ao qual pertencem em uma unidade composta de “várias pequenas cidades”.

5) As favelas nunca são iguais

Cada favela tem sua característica, sua linguagem, sua atividade, sua música, seu ritual e suas aspirações.

Cada uma delas segue sua lógica de organização e de identidade.

6) As favelas são áreas urbanas dinâmicas de produção e comércio

Nas favelas, as necessidades de sobrevivência e a ausência de restrições e regulamentos podem incentivar o desenvolvimento generalizado de pequenas empresas artesanais e de serviços ao cidadão, que substituem o welfare público e alimentam um mercado particular de produtos.

7) As favelas representam um modelo auto-organizado de economia do conhecimento

Nas favelas é possível viver com pouco e optar por aprender.

Cada ideia pode tornar-se um ofício e a criatividade produz economia.

8) As favelas representam um novo modelo de urbanização e sociabilidade

Os assentamentos informais têm uma estrutura física única, composta de milhares de pequenas construções edificadas em clusters. Uma estrutura compacta, pequena, intimista, onde cada canto é vida.

Intimidade significa que todo mundo sabe da vida de todos, ter intimidade com seus vizinhos para os bons e maus momentos.

9) As favelas são o espaço ideal para a organização de grupos legais e ilegais

As favelas são o território para a implantação de organizações de todo o tipo. Religiosas, comerciais, de serviços, culturais, às vezes, organizações criminais vinculadas ao tráfico de drogas. Essas organizações informais podem aumentar o grau de autoproteção dos assentamentos informais.

10) As favelas continuam a mudar

As favelas estão em contínua mutação e evolução. Se modificam e crescem, atendendo às exigências dos indivíduos e das famílias que ali moram. Revelam uma história de desenvolvimento fundamental, que é configurado através da biografia de cada migrante, cada família, cada comunidade que nela vive.

11) Uma cidade viral

As favelas são uma cidade ecológica, que não mudam nunca o território de forma irreversível. Mas são também “cidades viral”, onde todos os espaços livres são ocupados, o que transforma a paisagem em uma natureza biohumana: cada espaço é ocupado, não existem lacunas em que a cidade possa desacelerar, respirar.

As favelas são, portanto, uma parte essencial da cidade contemporânea.

Os assentamentos informais não são temporários, mas descrevem uma parte da cidade já existente. Arquitetura, redes sociais e as atividades econômicas são irremediavelmente envolvidas, como as raízes e os ramos de uma floresta. Melhorá-los não significa pensar um novo modelo de cidade, mas ajudar um ramo a crescer para que os outros também cresçam.


(1) Os pontos desse manifesto são resultado da colaboração entre Stefano Boeri e Urbz (Mumbai), acrescido da contribuição da Secretaria Municipal de Habitação da Cidade de São Paulo e dos pesquisadores envolvidos no Projeto São Paulo Calling.

Fonte e maiores informações: http://www.saopaulocalling.org/

A crise de governabilidade de Salvador/BA

O novo Conselho Diretor do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento da Bahia (IAB-BA), recentemente eleito e empossado, na condição de entidade representativa dos arquitetos e urbanistas baianos, importantes atores da construção de nossa capital, vem a público manifestar sua preocupação com alguns acontecimentos recentes que demonstram a grave crise de governabilidade que afeta nossa cidade.
A recente rebelião da Policia Militar pôs em evidência as enormes diferenças sociais de seu território. Dos 109 assassinatos ocorridos em Salvador durante a greve, 99 foram em bairros pobres e apenas dez nos bairros ditos nobres. Mais grave é que a Força Nacional foi concentrada em pontos turísticos e bairros nobres, enquanto na periferia as milícias instauraram um clima de terror, com encapuzados promovendo a execução sumária de dezenas de cidadãos.
No processo de aprovação da nova Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (LOUOS), realizado em uma sessão extraordinária da Câmara de Vereadores no dia 29 de dezembro de 2011, com o apoio explícito da Prefeitura Municipal de Salvador – que, logo após, sancionou a lei – e do Governo do Estado da Bahia – que orientou os vereadores da sua base a votarem a favor – foram alterados, através de emendas, diversos parâmetros urbanísticos estabelecidos pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano em vigor. Dentre estas alterações, promovidas sem audiência pública prévia, sem a apresentação e discussão dos estudos técnicos que as justificassem e sem que fossem explicitados os benefícios que trariam para a população soteropolitana, se destacam a ampliação significativa do potencial construtivo em diversas áreas da cidade, como Santa Cruz, Patamares, Itapuã, Stella Maris e Praia do Flamengo, e a permissão para que os "hotéis de turismo" que venham a ser construídos em alguns trechos da orla ultrapassem em 50% o limite de altura até então em vigor, possibilitando o sombreamento da faixa de praia em determinados horários. Estas alterações correspondem a um grave precedente e promoverão o adensamento e a mudança radical da paisagem soteropolitana. Igualmente preocupante é a alteração da composição do Conselho Municipal de Salvador, também através da nova LOUOS, que deixa de ser deliberativo para se tornar consultivo e tem a participação da sociedade civil organizada bastante reduzida.
A crise de governabilidade se explicita também através da autorização, concedida pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (SUCOM), para a ocupação de espaços públicos por grandes equipamentos privados, especialmente durante o verão, quando são erguidos gigantescos camarotes que, usufruídos por uma parcela bastante restrita de soteropolitanos e turistas durante os poucos dias de carnaval, ocupam, por longos meses, os passeios e as praças públicas da cidade, com contrapartidas irrisórias aos cofres municipais.
O IAB-BA reafirma seu compromisso com a defesa da cidade e se coloca à disposição da sociedade e dos seus governantes para discutir um projeto para Salvador focado na construção de uma cidade mais justa, igualitária e civilizada, na qual o Poder Público privilegie os interesses coletivos. Considerando que em 2012 se definirão politicamente os rumos que a capital baiana tomará pelos quatro anos seguintes, devemos começar imediatamente a discutir que cidade queremos.

Salvador, 24 de fevereiro de 2011.

Nivaldo Andrade
Nivaldo Vieira de Andrade Junior , Arquiteto e Urbanista, presidente do IAB-BA

Boas práticas ambientais nas cidades serão premiadas

cidade_práticas ambientais Podem concorrer projetos ligados à prevenção de desastres em áreas urbanas, construções e mobilidades sustentáveis, prevenção de acidentes com substâncias perigosas nas cidades, entre outros temas de sustentabilidade urbana.

 

Municípios com experiências bem sucedidas em sustentabilidade ambiental urbana podem participar do processo de seleção promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), que vai premiar boas práticas ambientais nas cidades.

São oito temas e os interessados podem inscrever projetos arquitetônicos, urbanísticos, paisagísticos, de infraestrutura ou de recuperação de áreas degradadas; bem como de serviços públicos relacionados à gestão de resíduos sólidos e drenagem urbana; além de programas de fiscalização integrada de áreas protegidas; criação de conselhos, comitês de bacias, consórcios públicos, entre outras iniciativas, limitando-se a oito experiências por município. Veja os detalhes no edital.

Os interessados devem fazer a pré-inscrição por meio de formulário eletrônico disponível no site do MMA e protocolar a inscrição na Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério até o dia 16 de março, às 17 horas. Todas as experiências habilitadas participarão do processo seletivo para a premiação.

Serão escolhidas três experiências por tema e a premiação será durante o 1º Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, dia 29 de março, em Brasília, onde as iniciativas serão expostas.

As boas práticas selecionadas serão publicadas pelo Ministério e expostas em eventos de grande divulgação pública, como a Semana do Meio Ambiente e a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro.

Para informações adicionais, acesse www.mma.gov.br/sustentabilidadeurbana

Fonte: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=7165

Grupo Técnico BIM AsBEA marca presença no AU - Autodesk University 2011

Dois membros do Grupo Técnico BIM AsBEA, Joyce Delatorre e Miriam Castanho, apresentaram suas experiências em BIM no evento AU Brasil em setembro de 2011. Em seguida foram convidadas a participar do evento AU - Autodesk University 2011.

O encontro aconteceu entre 29 de novembro e 01 de dezembro em Las Vegas e contou com a presença de mais de 8 mil pessoas de diferentes países. Mais de 900 apresentações de diferentes indústrias foram realizadas e no hall de exposições dos fornecedores foi possível ter acesso às principais novidades tecnológicas disponíveis.

Diversos estudos de caso sobre a implementação de BIM em escritórios, sobre a aplicação da tecnologia em projetos e sobre métricas de retorno de investimento foram apresentados.

Dentre as novidades, foi possível verificar como o mercado de AEC (arquitetura, engenharia e construção) tem conseguido evitar Solicitações de Mudança através de projetos de melhor qualidade e com informações mais claras proporcionados pelo uso da tecnologia BIM, como o BIM pode auxiliar nas práticas de LEAN Construction e, como Estações Totais podem ser utilizadas no auxílio ao controle de qualidade e de produção em obra.

O que se percebeu, do ponto de vista do estado da arte da implantação da tecnologia BIM, é que mercado brasileiro encontra-se em pé de igualdade com o mercado externo. O que de fato temos ainda é uma pouca adesão quantitativa de todas as disciplinas envolvidas na cadeia da construçao civil.

É possível acessar o conteúdo das palestras gratuitamente neste link.

Fonte: http://www.asbea.org.br/escritorios-arquitetura/noticias/grupo-tecnico-bim-asbea-marca-presenca-no-au-autodesk-251337-1.asp

Concurso vai selecionar projeto para revitalização das passagens subterrâneas de Brasília

Objetivo da disputa é melhorar o traçado urbano das 16 passagens do Plano-Piloto


Mauricio Lima

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O governo do Distrito Federal (GDF) e o departamento distrital do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-DF) realizarão um concurso público para a revitalização urbanística das 16 passagens subterrâneas localizadas no Plano-Piloto de Brasília. Segundo a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), o objetivo é melhorar o traçado urbano dessas passagens para torná-las mais funcionais. 

Os projetos terão que levar em conta situações como topografia, proximidade dos prédios residenciais e comerciais, acessibilidade, oferecimento de espaços para instalação de lojas e postos de serviço do governo nas próprias passagens subterrâneas, além de facilidades para estacionamento no subsolo em áreas anexas. Além disso, os projetos deverão ser compatíveis com as regras ambientais vigentes no Distrito Federal.

Segundo a diretora-presidente da Codeplan, Ivelise Longhi, o concurso reflete a atual política do GDF de "retomar discussões sobre a questão urbanística da cidade a partir de debates mais amplos e democráticos, que passem pelo planejamento das ações de forma estratégica".

O edital deve ser publicado no dia 27 de fevereiro, no diário oficial do Estado. O resultado do concurso sairá em 21 de abril, data de aniversário de Brasília. A comissão julgadora será formada por cinco renomados profissionais indicados pelo IAB-DF e pelo governo. O vencedor deverá detalhar todas as passagens a partir do projeto inicial e terá prazo de até 90 dias para a elaboração do projeto completo.

Fonte: http://www.piniweb.com.br/construcao/urbanismo/concurso-vai-selecionar-projeto-para-revitalizacao-das-passagens-subterraneas-de-251156-1.asp

Lançamento da Coleção AsBEA – “Fachadas” e “Não Edificados” no MCB / São Paulo – SP

 

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A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA) realizará no dia 28 de fevereiro de 2012, o lançamento de mais dois títulos da sua coleção: “Fachadas” e “Não Edificados”. Com entrada gratuita, o evento acontece às 19h30 no Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, em São Paulo.

Uma iniciativa da associação, a Coleção AsBEA visa a promoção da arquitetura brasileira e de seus diferenciais frente ao contexto de um mercado internacional cada vez mais competitivo. Para isso, divulga um recorte da produção arquitetônica dos escritórios associados propiciando, aos mais diversos públicos, o acesso a este conteúdo.

A primeira publicação da entidade que enfatiza temas específicos a partir da visão do profissional foi a obra “Detalhes em Arquitetura“, lançada no início de 2011. O livro abordou os detalhes dos projetos de escritórios de arquitetura, dificilmente percebidos pelo público em geral e, entretanto, fundamentais para qualidade do projeto final.

“Acreditamos que a Coleção AsBEA, também desempenha um importante papel na promoção da Arquitetura Brasileira. A entidade possui um projeto de promoção e internacionalização da Arquitetura junto a APEX-Brasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, e assim cumpre esta meta, criando obras que contribuam para a criação de um Acervo Nacional de consulta e pesquisa”, ressalta o arquiteto Ronaldo Rezende, presidente da associação.

Com o sucesso de venda no último ano da primeira obra da Coleção AsBEA, dois novos títulos chegam ao mercado para valorizar a produção nacional, organizados pela J.J. Carol Editora. Em “Fachadas”, o tema demonstra a expertise e capacidade técnica em 72 projetos de 27 escritórios associados, como Carlos Bratke Arquiteto Ltda., Botti Rubin Arquitetos Associados S/C Ltda., Batagliesi & Associados Ltda., Aflalo & Gasperini e Levisky Arquitetos Associados.

“Projetos Não Edificados” traz esboços de 79 projetos não construídos, que destacam a fonte de inspiração e o diferencial de cada um deles. Estão presentes concepções de 35 escritórios, entre eles Fernanda Marques Arquitetos Associados Ltda., Zanettini, Warchavchik Arq., De Fournier & Associados Projetos e Urbanismo Ltda. e Indio da Costa.

SERVIÇO

Lançamento da Coleção AsBEA

Data: 28 de fevereiro de 2012

Horário: 19h30

Preço especial no lançamento: 80 reais

Local: Museu da Casa Brasileira

Av. Faria Lima, 2.705 – Jd. Paulistano

Tel.: (11) 3032-3727

Entrada Gratuita

Estacionamento: Evento noturno – preço único: R$ 15

Bicicletário com 20 vagas

Acesso a portadores de necessidades especiais.


Citar: Helm , Joanna . "Lançamento da Coleção AsBEA – “Fachadas” e “Não Edificados” no MCB / São Paulo – SP" 23 Feb 2012. ArchDaily. Accessed 24 Feb 2012. http://www.archdaily.com.br/34247

David Harvey no Brasil para conferências e lançamento de livro

 

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O geógrafo britânico David Harvey visitará o Brasil na próxima semana para realizar as conferências de lançamento do livro O enigma do capital e as crises do capitalismo. Serão três dias de eventos em universidades de São Paulo: na segunda-feira, dia 27/02, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) no Teatro TUCA; na terça-feira, dia 28/02, na Universidade de São Paulo (FAU-USP); e no Rio de Janeiro: na quarta-feira, dia 29/02, o autor se apresenta na Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ).

Todos os eventos são gratuitos e sem necessidade de inscrição prévia.Confirme presença na página no Facebook do evento: David Harvey no Brasil (fevereiro de 2012).

Programação completa

27/02 | Segunda-feira | 19h30 – São Paulo (SP)
Teatro TUCA da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Rua Monte Alegre, 1024 – CEP 05014-001, Perdizes – Tel. (11) 3670-8458
Com a presença de Leda Paulani (FEA/USP) e João Ildebrando Bocchi (FEA, PUC-SP)
Realização: APROPUC, Núcleo de Estudo de História: Trabalho, Ideologia e Poder (NEHTIPO), Departamento de História da PUC-SP, Faculdade de Ciências Sociais da PUC-SP e Boitempo Editorial
Apoio: PUC-SP e Teatro TUCA

28/02 | Terça-feira | 18h30 – São Paulo (SP)
Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU/USP)
Rua do Lago, 876 – CEP 05508-900, Cidade Universitária – Tel. (11) 3091-4801
Com a presença de Ermínia Maricato (FAU/USP) e Mariana Fix (LabHab)
Realização: FAU/USP, Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da FAU (LabHab), Pós-Graduação FAU/USP e Boitempo Editorial

29/02 | Quarta-feira | 18h – Rio de Janeiro (RJ)
Salão Nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (IFCS/UFRJ)
Largo de São Francisco, 01 – 2º Andar – CEP 20051-070 – Centro
Com a presença de Marco Aurelio Santana (PPGSA-IFCS-UFRJ)
Realização: Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA-IFCS/UFRJ), Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS-UFRJ), Núcleo de Estudos Trabalho e Sociedade (NETS-IFCS/UFRJ) e Boitempo Editorial

Fonte: Helm , Joanna . "David Harvey no Brasil para conferências e lançamento de livro" 23 Feb 2012. ArchDaily. Accessed 24 Feb 2012. http://www.archdaily.com.br/34116/david-harvey-no-brasil-para-conferencias-e-lancamento-de-livro/

Philippe Panerai no Brasil

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Philippe Panerai no Brasil, 01-02 de março


O arquiteto e urbanista francês, Grand Prix d’Urbanisme da França,1999, professor de arquitetura da École des Beaux Arts de Paris, Philippe Panerai, estará no Brasil entre os dias 29 de fevereiro e 04 de março.
Em Curitiba, Panerai fará palestra sobre Projeto Urbano e Planejamento, dia 01 de março, às 11h, no âmbito do “II Encontro Internacional de Curitiba em Planejamento Urbano”, evento promovido pela Prefeitura da cidade, Governo do Paraná e Banco Interamericano de Desenvolvimento.
No Rio de Janeiro, dia 02 de março, a partir das 18h, Philippe Panerai terá encontro com arquitetos e urbanistas na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil do Rio de Janeiro, IAB-RJ, à rua do Pinheiro,10.
O arquiteto francês mantém escritório de projetos urbanísticos em Paris e é autor de inúmeros livros, tais como:
-Formes urbaines, de l'îlot à la barre, (1997)
-Analyse urbaine, (1999)
-Projet urbain, (1999) avec David Mangin.
-Paris métropole : Formes et échelles du Grand-Paris, (2008)


Convidamos os colegas para participarem do encontro no IAB-RJ.

Registro de novas empresas de Arquitetura e Urbanismo e mistas

Está disponível no Sistema de Informação e Comunicação do CAU – SICCAU o registro para empresas recém-criadas ou que não tinham registro no CREA.
Todas as empresas que atuam na área de arquitetura e urbanismo ou mistas devem ter registro como pessoa jurídica no CAU. É o que prevê a Lei nº 12.378, de 2010, que regulamentou a profissão e criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo.
Para fazer o registro de uma nova empresa, o responsável deverá seguir estes passos:
1. Acessar o site do CAU do seu estado, em www.cauuf.org.br, substituindo “UF” pela Unidade da Federação.
2. Clicar em “Serviços Online”, localizado no menu superior à esquerda.
3. Na página de abertura do SICCAU, clicar em “Solicitar Registro de Empresa”, localizado no menu inferior.
4. Preencher o requerimento de pessoa jurídica, respeitando os campos obrigatórios.
5. Anexar os documentos necessários para o registro (em formato digital – PDF ou JPG, com até 2MB compactados):
a. Documento de constituição da empresa (Contrato Social, Estatuto ou Requerimento Individual), registrado na Junta Comercial, incluindo os últimos aditivos;
b. Ficha Cadastral com CNPJ da empresa fornecido pela Receita Federal;
c. Documento de vínculo contratual do responsável técnico com a empresa (carteira profissional assinada ou contrato de prestação de serviço);
d. RRT de Cargo e/ou Função do(s) responsável(eis) técnico(s).
Note que arquitetos e urbanistas só podem ser responsáveis técnicos por no máximo três empresas cada, independentemente destas estarem registradas no CAU ou no CREA.
Após a análise e validação dos documentos, o requerente receberá uma mensagem por e-mail com o número do registro da empresa e senha para acessar o SICCAU. Deverá então emitir o boleto e pagar a anuidade de 2012 ao CAU.


EMPRESAS JÁ CADASTRADAS NO CREA
Empresas que possuíam o registro de pessoa jurídica no CREA mas ainda não constam do cadastro do SICCAU devem solicitar o registro por e-mail. Para isso, anexar os documentos listados acima e incluir a Certidão de Registro e Quitação do CREA – Pessoa Jurídica, com os nomes dos responsáveis técnicos, objeto social e capital da empresa, em cópias frente e verso (formato digital – PDF ou JPG, com até 2MB). Esta Certidão não precisa ser atualizada e, na falta dela, aceita-se outro documento emitido pelo CREA para a empresa.
Encaminhar os documentos para atendimento@cauuf.org.br, substituindo “UF” pela Unidade da Federação, com exceção de empresas dos estados AL, PA, PE, RN e RO – ainda não estão com os e-mails ativos –, que devem enviar mensagem para registroempresa@atendimentosiccau.org.br.
Para outras informações, consulte as perguntas mais frequentes em “Dúvidas” nos sites do CAU.


Assessoria de Comunicação CAU/BR

Abertas Inscrições - XXIV Congresso Panamericano de Arquitetos - Maceió/2012

 

LogoXXIVCongressoPanamericano2012

A organização do XXIV Congresso Panamericano de Arquitetosque será realizado em Maceió/AL, de 27 a 30 de novembro de 2012,informa que já estão disponíveis as inscrições para o evento através do site:

www.xxivcpa.com.br

Também podem ser feitas inscrições para chamada de trabalhos científicos,reservas de hotéis, passeios adicionais, transfers, além de conhecer maiores detalhes do evento.

Visite nosso website e faça já sua inscrição!

Arq. Rafael Tavares

Arquiteto e Urbanista

Presidente IAB/AL

Coordenador Executivo XXIV CPA

www.iabal.com.br

Paulo David recebe a Medalha Alvar Aalto 2012

 

Paulo David

© FG+SG – Fernando Guerra, Sergio Guerra

O arquiteto  português da Ilha da Madeira, Paulo David  recebeu a Medalha Alvar Aalto, um prêmio atribuído pela Fundação Alvar Aalto, conjuntamente com a Associação Finlandesa de Arquitectos (SAFA), o Museu Finlandês da Arquitetura, a Sociedade  Arquitêtonica Finlandesa e a cidade de Helsinque, e  que reconhece a excelência em criatividade arquitetônica.

Entre 4 e 26 de Fevereiro, o Museu Finlandês da Arquitetura dedicará uma mostra à obra do arquiteto português. Em edições anteriores, receberam a medalha, entre outros: James Stirling, Jørn Utzon, TadaoAndo, ​​Álvaro Siza, Glenn Murcutt,  Steven Holl e Rogelio Salmona.

Fonte e mais  imagens de projetos do arquiteto Paulo David:

http://www.archdaily.com.br/33367/paulo-david-recebe-a-medalha-alvar-aalto-2012/

Citar: Helm , Joanna . "Paulo David recebe a Medalha Alvar Aalto 2012" 21 Feb 2012. ArchDaily. Accessed 21 Feb 2012. <http://www.archdaily.com.br/33367>

Arquiteto francês monta casa contêiner em apenas três dias

O arquiteto francês Patrick Partouche aproveitou contêineres usados para construir uma casa luxuosa de dois andares. A construção está localizada na cidade de Lille, ao norte da França, e foi montada em apenas três dias. A opção é uma alternativa para às casas pré-fabricadas.
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Para o arquiteto, esta possibilidade é como a realização de um sonho, que permite a produção de casas mais eficientes, baratas e que estão de acordo com o pensamento sustentável, em que todas as questões sociais, econômicas e ambientais podem ser consideradas.
A casa, que possui 240 metros quadrados, foi construída a partir de oito contêineres, previamente equipados com isolamento térmico e acústico. O piso térreo concentra a sala de estar, cozinha, garagem, banheiro e lavanderia. No segundo pavimento estão três quartos, um escritório, um banheiro, um lavabo e um possível dormitório para visitas.
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Os contêineres foram dispostos lado a lado, sendo quatro deles em cada andar. Para que a casa tomasse forma eles passaram por modificações, que incluem a abertura de portas internas e revestimento em madeira, que deixaram o interior parecido com o de uma residência comum.
As aberturas normais dos contêineres foram mantidas e funcionam como grandes janelas, que permitem maior aproveitamento da luminosidade e ventilação naturais. A estética aplicada à decoração é contemporânea, mas mantém traços industriais, que combinam com a essência da utilidade tradicional dos grandes recipientes de armazenamento. Os elementos decorativos foram criados com folhas de recipientes reciclados.
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O projeto se preocupou com a eficiência energética da construção e, ainda assim, alcançou um recorde na rapidez com que foi construído. O próximo ideal do arquiteto é expandir a produção para alcançar o nível industrial.

Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/4289/arquiteto_frances_constroi_casa_conteiner_em_apenas_tres_dias/

CEF–Concurso público para arquiteto

A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, por meio da Superintendência Nacional de Desenvolvimento Humano e Profissional, realizará, sob a responsabilidade da FUNDAÇÃO CESGRANRIO, Concurso Público com vistas à formação de cadastro de reserva para os cargos de Advogado, Arquiteto e Engenheiro, nível superior da Carreira Profissional, para lotação nas Unidades da Federação constantes no Anexo II, mediante as condições estabelecidas neste Edital.

Remuneração: R$ 7.734,00 mensais

Inscrições: As Inscrições pela Internet estarão abertas de 27 de Fevereiro a 13 de Março de 2012 às 23:59 h pelo HORÁRIO DE BRASÍLIA.

Taxa de inscrição: R$ 73,00

Edital : http://www.cesgranrio.org.br/pdf/caixa0112_s/caixa0112_s_edital.pdf

Fonte: http://www.cesgranrio.org.br/concursos/evento.aspx?id=caixa0112_s

Habitação Sustentável em Aço

08/02/2012 | Notícia | Portal Met@lica - 08 de fevereiro de 2012

 

Andrade Morettin Arquitetos Associados

O escritório brasileiro Andrade Morettin Arquitetos Associados recebe o prêmio pelo seu projeto de habitação em aço e um contrato com a organização Living Steel para construir o projeto vencedor em Recife, em 2008.

O concurso: O Living Steel é um programa mundial, criado em fevereiro de 2005 por 11 grandes grupos siderúrgicos para estimular a inovação nos projetos e na construção de habitações para responder ao desafio global da urbanização crescente. Os escritórios foram desafiados a desenvolver abordagens inovadoras para construção sustentável usando aço para responder às aspirações econômicas, ambientais e sociais de uma população mundial em crescimento. A implantação de boas práticas e inovação em design e construção em aço foram determinantes para demonstrar o valor oferecido pelo aço como alternativa para atender às demandas da questão habitacional.

Living Steel

O Enfoque

Acreditamos que a consciência a respeito do Global Warming e as conseqüentes medidas que disso resultam, configuram uma nova ordem Mundial. Consequentemente, entendemos que a questão proposta pelo concurso exige um pensamento abrangente capaz de verificar (especular) qual será o papel da arquitetura neste novo contexto e a quais parâmetros deve se referir.

Pensamos desenvolver um modelo arquitetônico cuja essência consiste em responder de forma direta e econômica a estes parâmetros, ou seja, não apenas se adequar às questões de sustentabilidade ambiental e social, mas ter sua própria concepção originada e contida nestes parâmetros: uma "Arquitetura Essencial".

Sua beleza consiste na capacidade de revelar estes conceitos: está de tal forma vinculada a seu contexto que não pode ser entendida fora dele: é exposta a estes parâmetros que esta arquitetura se revela.

A Definição de Lugar

Acreditamos que a arquitetura deve ser concebida para o lugar, adequada a seu contexto específico. Cabe, portanto, determinar qual será a noção de lugar adotada para o projeto.

Pareceu-nos que se trata de projetar, não apenas para um lote específico em Recife, mas também apontar caminhos para o importante problema habitacional de uma realidade específica do planeta; uma faixa que é identificável, não por sua delimitação geopolítica e sim por suas características bioclimáticas.

Trata-se da Zona tropical úmida, que ocupa quase 50% de toda região intertropical do planeta. Caracterizada pela intensa insolação; pelo alto índice pluviométrico, altas temperaturas com pouca flutuação e grande umidade.

Fonte: http://www.cbca-acobrasil.org.br/noticias-ultimas-ler.php?cod=5478&bsc=&orig=noticias-ultimas

Cinema e Arquitetura: Documentário – ” Oscar Niemeyer – A vida é um sopro”

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Oscar Niemeyer é uma das lendas vivas da arquitetura, e é através de documentários como este, realizado por Fabiano Maciel que podemos conhecer e entender um pouco mais do espírito de sua obra e quais são as ideias que o permitiram criar uma arquitetura única, muitas vezes menosprezada e outras tantas admirada. É um interesse registro que convidamos nossos leitores a desfrutar e comentar.

É possível contar a história de um povo através da sua arquitetura? Dizem que o aspecto mais importante da aparência dos edifícios está no que vislumbramos a respeito das sociedades que os construíram. Seguindo este raciocínio, podemos afirmar que a arquitetura de Oscar Niemeyer e outros arquitetos da sua geração é, com certeza, o que de melhor o Brasil produziu. Uma arquitetura com alma própria, inspirada na geografia de nosso país, que acabaria por influenciar arquitetos no mundo inteiro.

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Oscar Niemeyer – A vida é um sopro é um filme que, sem pretender ser inovador ou genial como o personagem que lhe serve de tema, procura se pautar na clareza de suas linhas e na poética de suas formas, para (re)construir a história do maior ícone da Arquitetura Moderna Brasileira. Uma história indissociavelmente ligada às transformações do país neste último século.

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No documentário, de 90 minutos, o arquiteto conta de forma descontraída como concebeu seus principais projetos. Mostra como revolucionou a Arquitetura Moderna, com a introdução da linha curva e a exploração de novas possibilidades de utilização do concreto armado. Fala também sobre sua vida, seu ideal de uma sociedade mais justa e de questões metafísicas como a insignificância do Homem diante do Universo.

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Produzido pela Santa Clara Comunicação e rodado em vídeo digital e 16mm no Brasil, na Argélia, França, Itália, Estados Unidos, Uruguai, Inglaterra e Portugal, A vida é um sopro é costurado por imagens de arquivo inéditas e raras, e por depoimentos de personalidades como os escritores José Saramago, Eduardo Galeano e Carlos Heitor Cony, o poeta Ferreira Gullar, o historiador Eric Hobsbawn, o cineasta Nelson Pereira dos Santos, o ex-presidente de Portugal Mário Soares e o compositor Chico Buarque.

Título original: A Vida É Um Sopro
Ano: 2007
Duração: 89 min.
Origem: Brasil
Diretor: Fabiano Maciel
Roteiro: Adam Horowitz, Richard Jefferies, Edward Kitsis, Historia original de Brian Klugman, Steven Lisberger, Lee Sternthal
Pariticipam: Chico Buarque de Hollanda, Lúcio Costa, Carlos Heitor Cony

Fonte:

Helm , Joanna . "Cinema e Arquitetura: Documentário – ” Oscar Niemeyer – A vida é um sopro”" 10 Feb 2012. ArchDaily. Accessed 20 Feb 2012.  http://www.archdaily.com.br/30298/cinema-e-arquitetura-documentario-oscar-niemeyer-a-vida-e-um-sopro/

Prêmio ABCEM 2012

Data: 14 de Agosto de 2012
Local: Frei Caneca Shopping & Convention Center
Endereço: Rua Frei Caneca, 569
Tel: (11) 3816.6597
E-mail: abcem@abcem.org.br
Site: http://www.abcem.org.br/premio-abcem-2012.php

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Informações

Informações

Participe do Prêmio Abcem 2012 e seja reconhecido como um profissional que se destaca em obras e projetos arquitetônicos inovadores e que tenham sua concepção voltada para o uso do aço estrutural em suas diferentes formas, tipos e aplicações.

Inscrição gratuita!

Premiação

Os vencedores de cada categoria farão jus a um prêmio em dinheiro, no valor de R$ 9.000.00 (Nove mil reais).

Aos demais arquitetos cujos projetos se enquadrarem neste regulamento e forem considerados pela Comissão Julgadora como concorrentes ao PRÊMIO, serão entregues certificados de participação.

Divulgação dos Resultados e Entrega dos Prêmios

Os resultados serão informados aos participantes na cerimônia de abertura do CONSTRUMETAL 2012 - dia 14 de Agosto de 2012.

A cerimônia de entrega dos PRÊMIOS ABCEM 2012 ocorrerá durante a abertura do evento, CONSTRUMETAL 2012 – Congresso LatinoAmericano da Construção Metálica, que será realizado em São Paulo, no Frei Caneca Shopping & Convention Center, de 14 a 16 de agosto de 2012.

A divulgação dos três projetos vencedores será feita através da Revista Construção Metálica com matérias e sinopses sobre as obras vencedoras. Além dos vencedores, todos os projetos participantes serão também divulgados no site da ABCEM (www.abcem.org.br).

Ao inscrever o projeto para concorrer ao PRÊMIO, o candidato concorda com a cessão irrestrita à ABCEM de todos os direitos de divulgação dos detalhes do projeto, na forma de mídia impressa, vídeos, painéis, fotos e site da ABCEM.

Fonte: http://www.cbca-acobrasil.org.br/eventos-detalhes.php?cod=700&bsc=

4º Concurso CBCA para estudantes de Arquitetura

16/02/2012 | Notícia | Revista Arquitetura & Aço - 16 de fevereiro de 2012

“O concurso estimula gradativamente os estudantes a exercitarem o uso correto da tecnologia do aço”.
Arquiteto Prof. Dr. Siegbert Zanettini, diretor da comissão julgadora do Concurso CBCA de Estudantes de Arquitetura.

“Os projetos da edição 2011 me surpreenderam quanto à qualidade técnica ao resolverem um problema urbanístico complexo com criatividade. Além disso, a interface com estudantes do exterior, com formação diferenciada, geografias e culturas distintas, traz, sem dúvida, perspectivas diferentes e um novo repertório arquitetônico”.
Engenheira Profa. Da Escola da Cidade Heloisa Maringoni, orientadora da equipe brasileira.

4º Concurso CBCA

Critérios de avaliação

Aspectos como conceito arquitetônico, contemporaneidade, criatividade, coerência estrutural, inserção urbana, integração entre os modais de transporte e seu impacto no edifício, além da sustentabilidade, foram avaliados. Também foram valorizados os projetos que conseguiram explorar contextos urbanos complexos, como aqueles localizados em centros históricos ou em regiões de difícil acesso.

Processo de seleção

Dos 33 trabalhos recebidos de 11 estados, 13 participaram da etapa final, sendo três os escolhidos. A equipe vencedora, formada por cinco alunas do 4º ano da Associação de Arquitetura e Urbanismo da Cidade de São Paulo – Escola da Cidade – representou o Brasil no 4º Concurso Alacero de Diseño en Acero para Estudiantes de Arquitectura 2011. Os 2º e 3º lugares ficaram com a Universidade Federal do Paraná e uma menção honrosa foi dada à equipe da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Jurados do Concurso CBCA

Profº Drº Siegbert Zanettini – ABCEM – Diretor da Comissão Julgadora; Engenheiro Ivan Lippi – ABECE; Arquiteta Convidada Licia Maria de Campos; Engenheira Catia Mac Cord – Gerente Executiva do CBCA; Arquiteta Silvia Scalzo – CBCA (ArcelorMittal); Arquiteto Marcio Sequeira – CBCA (Usiminas); Carlos Gaspar – CBCA (Gerdau).

 

Fonte e reportagem completa: http://www.cbca-acobrasil.org.br/noticias-ultimas-ler.php?cod=5484

 
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