Livro Sustentabilidade e Inovação na Habitação Popular: O Desafio de propor Modelos Eficientes de Moradia

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Editado pelo IAB/SP e lançado em 17 de dezembro, pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano - CDHU, traz depoimentos e projetos que buscam novas propostas arquitetônicas destinadas à população de menor poder aquisitivo. O leitor poderá conferir na segunda parte da publicação, os projetos vencedores do concurso “Habitação para todos – Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura de Novas Tipologias para Habitação de Interesse Social Sustentáveis”, promovido pela CDHU e pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP).

 

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Estudo afirma que floresta amazônica vale mais em pé do que derrubada

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                                                                                                                                                                  O valor da floresta amazônica em pé é muito maior do que a madeira, carne bovina e outros produtos que são obtidos com sua destruição. Essa é a ideia central do trabalho intitulado “Environmental Services As Strategy for Sustainable Development in Rural Amazonia” (Serviços Ambientais como Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia Rural), um dos finalistas da 10ª edição do Prêmio Péter Murányi 2011 - Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O autor dele é o pesquisador Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Serviços Ambientais da Amazônia (INCT-Servamb).
De acordo com Fearnside, o valor da mata em pé tem o potencial de formar uma base econômica para sustentar a população no interior da região muito melhor do que a economia atual. Para fazer essa afirmação, Fearnside se baseia nos serviços ambientais que a floresta amazônica fornece aos seres humanos. “São os benefícios que a sociedade recebe dela a partir das suas funções ecológicas, tais como a manutenção da biodiversidade, o ciclo hidrológico e o armazenamento de carbono, que evita o aquecimento global. O problema é que ninguém paga por estes serviços hoje, mas isto pode mudar.”
Para usá-los como estratégia para o desenvolvimento sustentável na Amazônia, no entanto, seria necessário, segundo o pesquisador, primeiro quantificá-los melhor. “Isto tem sido o foco de muitas das minhas pesquisas, especialmente sobre como evitar o aquecimento global. Depois, para poder tomar medidas contra a destruição e quantificar os seus benefícios, precisamos entender o funcionamento do processo de desmatamento, incluindo o efeito de decisões políticas, tais como a construção de estradas e a criação de áreas protegidas. Temos feitos vários avanços nesse sentido.”
Outra área essencial é a negociação de mecanismos institucionais para recompensar os serviços ambientais, inclusive em nível internacional. Ou seja, é preciso criar formas de transformar o valor da floresta em pé no alicerce de uma economia baseada em manter ao invés de destruir este ecossistema.
O serviço ambiental que está mais próximo de poder ser transformado em dinheiro é a capacidade da floresta de estocar carbono, para evitar o efeito estufa. “Os serviços ligados à água e à biodiversidade estão menos próximos de gerar fluxos monetários substanciais, apesar de ter igual importância”, diz Fearnside. “A parte mais carente na discussão em curso é a proposta social, ou seja, como seria usado o dinheiro para sustentar a população e também garantir a manutenção da floresta e os seus serviços”, finaliza o pesquisador.
Seu trabalho está disponível no site http://philip.inpa.gov.br/.
Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2275/estudo_afirma_que_floresta_amazonica_vale_mais_em_pe_do_que_derrubada/

Lançamento do Conselho de Arquitetura e Urbanismo atrai mais de 900 profissionais em São Paulo

     CAU_forum                                                                                                                                                        Em 25 de março, arquitetos e urbanistas tiveram a oportunidade de participar do lançamento oficial do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, CAU, durante o Dia do Arquiteto, no Fórum Internacional da Arquitetura e Construção/Expo Revestir 2011, em São Paulo. O público, de mais de 900 pessoas, era formado majoritariamente por profissionais da área interessados em saber informações sobre o processo de transição e o que muda de imediato no dia a dia do exercício profissional.

A apresentação do CAU foi conduzida pelos integrantes do Colégio Brasileiro de Arquitetos (CBA) que reúne em fórum de articulação e discussão cinco entidades nacionais: Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP); Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura de Arquitetura e Urbanismo (ABEA); Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura (AsBEA); Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA) e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).

O trabalho articulado deste grupo foi fundamental para que este pleito obtivesse sucesso depois de mais de meio século de luta. Durante o evento, os representantes das cinco entidades fizeram explanações com o objetivo de  alinhar o nível de conhecimento dos presentes a respeito do conselho e do processo de transição, sanar as principais dúvidas de forma direta e clara e apresentar o canal pelo qual os profissionais poderão obter mais informações até que o CAU comece a funcionar até dezembro de 2011 o site provisório do CAU.

Linha do Tempo: A criação do CAU, pleiteada por mais de meio século, foi aprovada no dia 30 de dezembro de 2 010 pelo então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O conselho regulamenta a profissão de arquitetura e urbanismo e deve começar a funcionar até dezembro de 2011.

Neste momento de transição do sistema Crea/Confea para o CAU, dúvidas sobre o que muda em relação à atuação profissional, eleições, contribuição e estrutura têm sido levantadas pelos profissionais em todo o território nacional.

Fonte: http://www.asbea.org.br/escritorios-arquitetura/noticias/lancamento-do-conselho-de-arquitetura-e-urbanismo-atrai-mais-de-212692-1.asp

Agora instalada na Oca, Bienal de Arquitetura busca tom mais crítico

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Programado para o fim deste ano, evento abandona perfil de feira

FABIO CYPRIANO
DE SÃO PAULO

A 9ª Bienal de Arquitetura (BIA), programada para novembro e dezembro, pretende ser menos chapa branca do que as edições anteriores.
Com a mudança de sede, do pavilhão da Bienal para a Oca, altera-se também o perfil da exposição. "Vamos ser mais reflexivos. A ideia é que haja um debate", diz o curador, Valter Caldana, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie.
Com isso, a mostra que costumava ser uma feira de arquitetura terá um caráter mais crítico, o que já se percebe no título, "Arquitetura para Todos Construindo a Cidadania". "Nas bienais anteriores, as salas especiais eram dedicadas a arquitetos renomados, o que foi importante. Mas agora elas serão vinculadas ao tema da mostra", diz Caldana.
O próprio formato dessas salas é inovador: em abril, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) deve lançar edital de ocupação dos espaços.
"Queremos mostrar o que funciona e o que não funciona na relação do cidadão com a arquitetura; dentre os vários mecanismos de apropriação dos espaços, há casos positivos, mas há também aqueles que impedem o desfrute da cidadania", avalia Caldana.
Além das salas especiais, a 9ª BIA continuará contando com as representações nacionais e a exposição geral de arquitetos. "Temos correspondentes em 23 países que estão selecionando projetos relacionados ao tema", diz o curador.
Caldana deseja que a bienal tenha caráter didático: "Temos de falar não só para arquitetos. Por isso, estamos negociando que a mostra se espalhe pela cidade, como em estações do metrô e no Museu da Casa Brasileira".
"A proposta é que seja mesmo uma bienal espalhada pela cidade de São Paulo e mesmo em algumas ruas, que vamos chamar de ruas culturais", reforça a presidente da seção paulista do IAB, Rosana Ferrari.
Em 2010, ela passou pelo constrangimento de perder a sede da BIA, que desde 1973 ocorria no pavilhão da Bienal, porque a Fundação Bienal programou para a mesma época mostra comemorativa de seus 60 anos.
O prefeito Gilberto Kassab acabou cedendo outro espaço projetado por Niemeyer, a Oca, que fica a apenas alguns metros do local original.
A BIA também deixará de ocorrer apenas na capital do Estado, segundo a presidente: "O Danilo [Santos de Miranda] nos ofereceu toda a rede do Sesc no interior, o que nos deixa muito felizes".

Souto Moura distinguido com Pritzker 2011

O arquiteto Eduardo Souto Moura venceu a edição de 2011 do Prémio Pritzker pelo seu "rigor e precisão", bem como "sensibilidade" em integrar as obras no seu contexto. A distinção de Souto Moura, um dos expoentes máximos da chamada "Escola do Porto", foi saudada pelos arquitetos portugueses. A cerimônia de entrega do prêmio decorrerá em Washington em junho.




 Souto Moura distinguido com Pritzker 2011
O Estádio Municipal do Braga e a reconversão do Convento de Santa Maria do Bouro numa pousada foram duas obras de Souto Moura elogiadas pelos jurados. Francisco Neves ,Lusa.
"A arquitetura de Eduardo Souto Moura não é óbvia, frívola ou pitoresca. Está imbuída de inteligência e seriedade (...) requer um encontro intenso, em vez de um olhar rápido. E, como a poesia, tem a capacidade de comunicar emoções àqueles que despendem tempo para escutar", escrevem os jurados do Prémio Pritzker
Em 2004, Souto Moura ganhou o prémio Secil de arquitetura para a construção do Estádio Municipal de Braga. Os jurados referiram-se a esta obra como "musculada, monumental e integrada numa paisagem poderosa".
Os elementos do júri também elogiaram a "reinterpretação" feita por Souto Moura em Amares, apontando "espaços consistentes com a sua história e de conceção moderna" na recuperação e adaptação para pousada do Mosteiro de Santa Maria do Bouro.
Arquitetos portugueses saúdam distinção
O presidente da Ordem dos Arquitetos considera que a distinção de Souto Moura revela o "reconhecimento que a arquitetura portuguesa tem" a nível internacional, sustentando que "muito poucos países se podem orgulhar de terem dois arquitetos vivos com o Prémio Pritzker". 
Eduardo Souto Moura é o segundo português a vencer o prémio Pritzker, depois de Álvaro Siza Vieira ter sido laureado em 1992.
Souto Moura é "um dos melhores arquitetos portugueses entre os quatro ou cinco que protagonizam a nossa arquitetura", sustentou João Belo Rodeia.

Por seu lado, o presidente do Conselho Diretivo Regional Norte da Ordem dos Arquitetos salienta que a atribuição do prémio Pritzker a Souto Moura é "uma oportunidade de divulgar a arquitetura portuguesa no mundo".
"É uma honra para a arquitetura portuguesa e para a arquitetura do Porto que um arquiteto português volte a integrar esta lista que nos últimos 30 anos tem reunido os mais notáveis
arquitetos do mundo", comenta José Fernando Gonçalves.

Do mesmo modo, o arquiteto Alexandre Alves Costa interpreta a entrega do maior galardão mundial como "uma honra para os portugueses, para Portugal e para a Escola do Porto".
"É um arquiteto excecional e merece muitíssimo o prémio", em virtude da "obra notável" desenvolvida por Souto Moura, sublinha o professor catedrático da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, em declarações à Lusa.

Também o arquiteto João Carrilho da Graça considerou que a atribuição do Pritzker 2011 representa "uma consagração internacional muito merecida", com "uma obra que fez mudar a atenção dos arquitetos para novas propostas de trabalho".
Carrilho da Grança considera "fantástico e uma situação muito excepcional" a atribuição do Pritzker pela segunda vez o galardão a um arquiteto português.

Souto Moura e Siza Vieira "são contemporâneos, têm uma história de relação de trabalho, mas com autonomia. Álvaro Siza já ganhou todos os prémios internacionais que há para ganhar e é talvez o português que maior consagração atingiu até hoje", apontou.
O arquiteto de 58 anos, natural do Porto, iniciou a carreira ao colaborar com Siza Vieira, entre 1974 e 1979, um ano antes de terminar a licenciatura na Escola Superior de Belas Artes.
"Nobel da Arquitetura"
O maior galardão mundial na área da arquitetura é promovido pela Fundação Hyatt, que no ano passado distinguiu a dupla japonesa Kazuyo Sejuma e Ryue Nishizawa.
O Pritzker, criado em 1979, visa distinguir todos os anos um arquiteto vivo. Além de Souto Moura e Siza Vieira, foram distinguidos Oscar Niemeyer (1988) Frank Gehry (1989), Tadao Ando (1995), Renzo Piano (1998), Norman Foster (1999), Rem Koolhaas (2000), Zaha Hadid (2004) e Peter Zumthor (2009).
A 2 de junho, em Washington, Souto Moura vai receber o prémio no valor monetário de 71 mil euros e uma medalha de bronze com base nos desenhos de Louis Sullivan, arquiteto de Chicago apontado como o "pai" dos arranha céus.

Fonte:  http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Souto-Moura-distinguido-com-Pritzker-2011.rtp&article=428317&layout=10&visual=3&tm=4

1°Seminário sobre Mobilidade Urbana Sustentável de Niterói

1°Seminário sobre Mobilidade Urbana Sustentável de Niterói

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Acontece dias 14, 15 e 16 em Niterói o o primeiro evento sobre mobilidade urbana em Niterói, Rio de Janeiro. O evento está aberto à profissionais ligados a área, administração Pública e sociedade Civil, tendo como objetivo a exposição de temas atuais voltados para a Mobilidade Urbana Sustentável, e abrindo a discussão juntos aos palestrantes.

Local: La Salle - Institutos Superiores

Rua Gastão Gonçalves,79/ 3°andar - Santa Rosa - Niterói - RJ

Data : 14/4 (Quinta) e 15/4 (Sexta) das 18h às 22h e

16/4 (Sabado) às 14h

Inscrições podem ser feitas via Internet, pelo site http://www.nitbikers.com.br/ ou na sede da NITTRANS, praça Fonseca

IAB-RS comemora 63 anos com festa no Solar Conde de Porto Alegre

 Arquitetos de várias gerações estiveram reunidos para celebrar as conquistas e realizações da entidade  

                    

              IAB_layout18                                                                                                                                                                    O Solar Conde de Porto Alegre foi palco das comemorações do 63º aniversário do Departamento Rio Grande do Sul do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RS) na noite dessa sexta-feira. Arquitetos de várias gerações estiveram reunidos para celebrar as conquistas e realizações da entidade, em especial o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). “Desde que, há mais de cinquenta anos, o IAB lançou a proposta de um conselho próprio, nunca deixamos de sonhar com esse dia. Uma geração inteira de jovens arquitetos, incluindo alguns dos mais talentosos expoentes da arquitetura brasileira e rio-grandense, viram suas vidas transcorrer sem esmorecerem na luta por esse ideal, não poucos tombando sem ver sorrir a vitória”, declarou o presidente do instituto, Carlos Alberto Sant’Ana, em seu discurso.

“Hoje temos muito a comemorar, mas refletir também o que falta fazer”, afirmou Sant’Ana, que tem como meta, agora, terminar as reformas da sede do IAB-RS e construir, no Solar, um Centro de Cultura e de discussão para as futuras gerações de arquitetos.

O aniversário do IAB-RS foi brindado, também, com o lançamento do livro “O Caminho da Bala”, romance de Carlos Raimundo Pereira no qual o Solar é um dos palcos da trama e o Conde de Porto Alegre um dos personagens principais do livro, antes mesmo de tornar-se conde.

Um sarau musical com as flautistas Cibele Endres e Greizi Kirst, que interpretaram músicas barrocas, e com o vocal Mandrialis, que presenteou o público com um repertório de autores gaúchos – acompanhado pelo pianista Alexandre Fritzen da Rocha e com regência de João Paulo Sefrin –, deu ainda mais brilho à festa.

Fonte:

http://www.iab-rs.org.br/noticia.php?id=1148&PHPSESSID=7fc905de3f202e0dc48cdaf0ca0abea8

Madeira: uso sustentável na construção civil

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O desmatamento na região amazônica e suas conseqüências em relação às mudanças climáticas no planeta, hoje, são repercutidos internacionalmente como o principal problema ambiental do Brasil. Outras regiões do país muitas vezes percebem este desmatamento como algo distante de seu dia-a-dia, embora contribuam indiretamente para esta situação. A maior parte da produção madeireira da Amazônia, segundo o IMAZON – Fatos Florestais – 2005, é consumida no Brasil, sendo o Estado de São Paulo o maior consumidor, respondendo por 15% do consumo nacional, utilizando a madeira principalmente na indústria moveleira e na construção civil.
O livro "Madeira: uso sustentável na construção civil" amplia o conhecimento de profissionais da construção e de consumidores que buscam informações sobre este importante produto, oferecendo espécies alternativas com propriedades semelhantes às das espécies tradicionais e apresentando os novos mecanismos disponíveis no mercado, que garantem ao consumidor consciente a aquisição de uma matéria-prima de origem legal, extraída de maneira responsável e não predatória.
Esta publicação é resultado da ação conjunta da Gerência de Ecoeconomia da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São Paulo, do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e do Comitê de Meio Ambiente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo. Contribuíram também para a elaboração da presente publicação profissionais de importantes e expressivas entidades e empresas, como o Grupo de Produtores Florestais Certificados na Amazônia, da Coordenação do Programa Cidade Amiga da Amazônia da Associação Civil Greenpeace e da Coordenação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável WWF-Brasil.

Fonte:

http://www.ipt.br/publicacoes/3.htm

CBCS lança ferramenta de seis passos para seleção de materiais sustentáveis

Passos apontam para escolha de empresa alinhada a princípios de sustentabilidade


Mauricio Lima

i261988                                                                                                                                                               O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) lançou uma nova ferramenta online para a escolha de fornecedores alinhados a princípios de sustentabilidade. O tutorial, dividido em seis passos básicos, já está disponível no site do CBCS.
A iniciativa surge a partir de uma parceria da CBCS com a Associação de Fabricantes de Materiais (Abramat), a Companhia de Desenvolvimento Urbano de São Paulo (CDHU) e a Editora PINI, e conta com o apoio da Associação Nacional de Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (Anfacer).
"A expectativa é de que o setor dê um salto de qualidade, reduzindo a necessidade de reposição e manutenção e minimizando o consumo de recursos naturais e os impactos ambientais da atividade de construção", afirma Vanderley John, coordenador do comitê de materiais do CBCS e conselheiro da entidade.
Seis passos Na primeira etapa, a ferramenta dá acesso, no site da Receita Federal, ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas para que o usuário identifique a formalidade da empresa. Na etapa seguinte, é possível verificar se o fornecedor possui licença ambiental para funcionar. Além disso, o usuário também é orientado sobre como selecionar madeira de origem legal.
Em um terceiro momento, o profissional pode checar se o fornecedor está envolvido em casos de trabalho escravo ou infantil. O respeito às normas técnicas e as certificações de qualidade pelo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) são verificados na etapa seguinte.
Nos dois últimos passos, a ferramenta oferece roteiros identificar a política de responsabilidade social do fornecedor e eventuais práticas de propaganda enganosa.
Segundo Vera Hachich, conselheira do CBCS, não há sustentabilidade sem que haja o cumprimento da legislação do país. "Se você comprar um produto sem origem confirmada ou que não esteja em conformidade com a legislação brasileira, você não está fazendo uma construção sustentável. Este é o grande alerta que a ferramenta dos seis passos vai dar ao mercado", afirma Vera.

Fonte: Portal Piniweb
http://www.piniweb.com.br/construcao/sustentabilidade/cbcs-lanca-ferramenta-de-seis-passos-para-selecao-de-materiais-211978-1.asp

Espirais de Madeira: Uma História da Arquitetura de Curitiba

  biblioteca%20Espirais%20Madeira                                                                                                                                                           Espirais de Madeira: Uma História da Arquitetura de Curitiba
Irã Taborda Dudeque

São Paulo, Studio Nobel/Fapesp, 2001. 450 p. ilus. ISBN 85-85445-96-3

A obra que ora se publica é absolutamente sui generis por vários motivos.
Em primeiro lugar porque trata da arquitetura de Curitiba num arco histórico muito amplo: dos anos 1920 até meados da década de 1990. A cidade de Curitiba tem sido objeto de grande interesse internacional em função dos resultados colhidos pelo planejamento e pela gestão urbana inovadora, consistente e sistemática, que lhe garantiram uma qualidade de vida muito superior a das demais cidades brasileiras. No entanto, pouco se sabe sobre sua arquitetura, com exceção, talvez, do período em que os arquitetos invadiram a cidade (1960-1968) [...]. ...

O autor busca compreender a relação da cidade de Curitiba com sua arquitetura, retornando aos anos 1920, 30, 40 e 50 para estabelecer, com precisão, suas relações, procedências e influências. [...]

Em segundo lugar, pela metodologia utilizada. Graduado em História, pela UFPR (em 1992), e em Arquitetura, pela PUCPR (em 1994), o autor utiliza, de forma criativa, as técnicas de pesquisa que [...] buscam na imprensa as fontes historiográficas para situar na imprensa as fontes historiográficas para situar e compreender as transformações da cultura urbana ao longo desse período. [...]

Em terceiro lugar porque o fio condutor dessa análise são poucas residências escolhidas a partir de uma listagem preparada por professores do curso de arquitetura e urbanismo da PUCPR e da UFPR e que, portanto, apresenta o ponto de vista da corporação arquitetônica. [...]

Finalmente, em quarto lugar, há a vivacidade da linguagem. Alguns poderão considerá-la desabusada, agressiva ou extemporânea num contexto acadêmico. Mas essa linguagem deve ser encarada exatamento no sentido inverso: irônica, culta e com agudo senso do momento e do ridículo. [...]

... O trabalho de Irã Taborda Dudeque mostra uma face original, ampla e inovadora, que ultrapassa de muito suas origens acadêmicas como dissertação de mestrado. [...]
PAULO BRUNA
Orientador da dissertação. Notas extraídas da apresentação do livro.


Sumário
Bentinho, o espólio de Escobar e o dilema de uma cidade
À sombra do mato virgem
Os fôlegos da cadela desdentada
Perretianos & pré-clássicos: o ocaso da mazorca arquitetural
Marteladas no piano de borracha
Resplendarás, Curitiba!
Os exigentes requisitos do sistema funcional
Os arquitetos invadem Curitiba
A invenção de um vernáculo
Visto, revisto, imprevisto
Hereges e marginais: contra um repertório da vida elegante
Madeira: agnosia, agonia & triunfo agônico
Panorama do agora
Um possível espólio de um outro Escobar


O autor, IRÃ TABORDA DUDEQUE (1968), é historiador e arquiteto, mestre e doutorando pela FAUUSP, professor do curso de arquitetura e urbanismo da PUCPR e do UNICENP. Autor de Cidades sem Véus: Doenças, Poder & Desenhos Urbanos (Curitiba, Champagnat, 1995). Sua monografia “Rua da Liberdade-Barão do Rio Branco: 180/1916 - Fragmentos de Urbanística Moderna e a Afirmação de uma Cidade” foi premiada no seminário nacional O Estudo da História na Formação do Arquiteto promovido pela FAUUSP, 1994.

 

Fonte: http://www.docomomo.org.br/biblioteca%20Espirais%20Madeira.htm

Centro Cultural Oscar Niemeyer na Espanha será aberto ao público neste sábado

 

Primeiro empreendimento do arquiteto no país tem auditório, espaço de exposição, mirante e edifício polivalente


Da Redação
Será inaugurado hoje para o público o Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Avilés, Principado de Astúrias, na Espanha. Este é o primeiro empreendimento do arquiteto brasileiro no país europeu. O local havia sido aberto no aniversário de 103 anos do arquiteto, em dezembro do ano passado, mas só agora o acesso ao público será liberado.
i262286 Obra foi construída toda em concreto, marca do arquiteto

O projeto do Centro Cultural foi doado pelo arquiteto à Fundação Príncipe de Astúrias como uma forma de agradecimento ao prêmio recebido da instituição em 1989. Com uma área construída de 14,3 mil m², o empreendimento é composto por um auditório com capacidade para 900 espectadores, um espaço de exposição de cerca de 4 mil m², um mirante e um edifício polivalente que abrigará cinema, salas de ensaio, de reuniões e de conferências, entre outros espaços da administração. No exterior, há uma praça central para espetáculos e atividades ao ar livre.
"É um terreno muito esplêndido, com 200 m por 100 m, aberto sobre a paisagem, de modo que a ideia natural era criar uma praça", afirma Oscar Niemeyer em um vídeo explicativo do projeto. "De um lado, está o auditório e, do outro, o museu. Queria que o terreno estivesse limpo, no mesmo nível com os dois prédios, dando mais ênfase para a arquitetura", completa.
Para não deixar os dois prédios "soltos no terreno", o arquiteto projetou uma passarela para interligar o auditório e o museu. O edifício polivalente, por sua vez, fica ao fundo do terreno. "No prédio da administração, um bloco todo envidraçado sobre pilotis, foram a simplicidade e a flexibilidade interna que procurei atender em primeiro lugar", conta o arquiteto.
Já o auditório foi projetado como um palco aberto para a praça. Assim, tanto as pessoas que estão sentadas na plateia, como quem está do lado de fora do prédio consegue assistir às apresentações.
No museu, por fim, Niemeyer opta por contrastar a simplicidade da cúpula externa com um ambiente interno moderno. "O piso intermediário que projetei cobrindo parte do grande salão e criando níveis diferentes vai dar ao interior do edifício um aspecto mais leve e variado", afirma.
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Local havia sido aberto no aniversário de 103 anos do arquiteto, em dezembro do ano passado


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Projeto do Centro Cultural foi doado pelo arquiteto à Fundação Príncipe de Astúrias

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Vista aérea do centro

Fonte: Portal Piniweb
http://www.piniweb.com.br/construcao/arquitetura/centro-cultural-oscar-niemeyer-na-espanha-sera-aberto-ao-publico-212078-1.asp

Holandeses criam conceito de torre comercial que produz energia limpa

towerofpower%20proposta%20pelo%20nl%20architects%20para%20taiwan     Torre 1 proposta para Taiwan pela NL Architects. A torre conceito oferecerá museus, escritórios, centro de conferências, observatório e estacionamento além de produzir energia elétrica. Com 2.000 rotores a torre produzirá 8 MW. (Imagem:Divulgação) 
                                                                                                                                                                  O NL Architects, escritório de arquitetura holandês, desenvolveu dois conceitos de torre recentemente apresentados à competição “Taiwan Conceptual Tower International Competition”.
A primeira delas é denominada “Tower Power” e tem como conceito a sustentabilidade, oferecendo diversos serviços além da geração de energia elétrica. A segunda torre é chamada de “Tower of Change”, e consiste em um novo conceito de restaurante giratório que muda constantemente a visão sobre a paisagem. Além disso, o prédio possui um museu, escritórios, centro de conferências e estacionamento.
  tb_8                                                                                                                                                                                      Como a primeira torre tem a sustentabilidade em todo o seu conceito, ela é a principal novidade deste projeto. A ambição dos arquitetos é conseguir criar uma torre de 300 metros, com funções de turismo e recreação que servirá como um "modelo de construção verde".
A oportunidade de criar um edifício que é pensado em reduzir ao máximo o impacto de uma construção desse porte na terra, incentiva ainda mais os seus projetistas. A tentativa é de que seja possível criar um edifício ícone de referência que "minimiza a utilização dos recursos da terra”. Eles pretendem produzir arquitetura com o mínimo possível de resíduos.
A torre pensada por eles poderia combinar o potencial simbólico de um observatório, com a capacidade de produzir energia. Tornando-se um ponto de referência e também uma turbina de vento.
A Tower Power possui dois mil rotores que, juntos, produzem oito megawatts. Ela não é apenas um símbolo de boas intenções, mas de fato foi planejada para produzir energia verde. Em vez de ser mais um ícone 'vazio', a torre é um objeto útil, funcional e ecologicamente correto.
Sem aparência técnica obrigatória de turbinas de vento como conhecemos, a torre é uma tentativa de investigar como as usinas do futuro podem ser transformadas em objetos de beleza.
          
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                                                                                                                                                          A estrutura da torre apresenta um exoesqueleto que é uma rede envolvida em torno do edifício que, em conjunto com o núcleo do prédio, suporta os elementos necessários. A construção é talvez uma reminiscência de tecelagem de bambu ou andaimes de bambu. A tecelagem da estrutura cria um padrão intrincado de espaços vazios, que podem ser ocupados pelas turbinas eólicas de eixo vertical.
O projeto todo contém espaços funcionais tradicionais, como hall de entrada, estacionamento, museus, escritórios, centro de conferências e um observatório.

Redação CicloVivo
Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2248

"Palmas a última capital projetada do séc. XX: uma cidade em busca do tempo"‏

Escrevo este para compartilhar a publicação do meu livro digital: "Palmas a última capital projetada do séc. XX: uma cidade em busca do tempo", que se encontra no site da Editora Cultura Acadêmica - selo pertencente a Editora da UNESP - com download gratuito a partir de cadastro no site:
http://www.culturaacademica.com.br/titulo_view.asp?ID=128

Desde já, agradeço a todos que visitarem o site e baixarem a obra.

Valéria Cristina Pereira da Silva

Arquitetura Sustentável do Amazonas

                                                                                                                                                             
Materiais ecológicos e consciência são fundamentais
 Passarim-provocou-poucos-residuos-tecnologia_ACRIMA20110324_0029_23 Passarim é exemplo de obra limpa, que provocou poucos resíduos por usar mais tecnologia ( Divulgação).
                                                                                                                                                                 O conceito sustentável na arquitetura tem dimensões práticas e poéticas, para estabelecer uma relação de respeito, harmonia, convivência e interação de corpo, mente e alma. Assim define o arquiteto Roberto Moita, que pensa que a relação com o meio ambiente, a construção e o design não é fria, envolvendo apenas a preocupação com a geração de carbonos, mas que também deve gerar empatia com a natureza. “É preciso trocar práticas prosaicas pela consciência de sustentabilidade urbana. A arquitetura precisa emocionar, além de promover o de materiais ecológicos. É necessário ter uma relação melhor com a natureza do que simplesmente buscar selos. Hoje, mais de 90% das pessoas promovem supressão vegetal antes de fazer qualquer obra. Isso indica necessidade de se refazer os paradigmas de qualidade de moradia”, diz Moita.
Para ele, temos o privilégio de morar numa cidade, uma grande capital, com fragmentos florestais urbanos. “Mas a população não deseja isso agora. Temos que ativar sua consciência, que é latente, para colocá-la em prática”.
Para isso, o arquiteto confia na promoção de campanhas de educação permanentes e constantes, como separar o lixo, não parar em lugar reservado para deficientes (se não for um), racionalizar a água, entre outros. O ser sustentável tem muitas dimensões dentro de várias modalidades, sejam econômicas, ambientais, sociais, de design, moda, entre outras. Na arquitetura, na busca pelo design limpo, existe a questão climática, do uso do condicionamento ambiental natural, como ventilação cruzada e sombra.
Uma construção limpa, que gere pouco resíduo e promova menor desperdício, se faz com industrialização, parafusos e obra fora do sistema convencional de pedra, reboco e tijolo. Aí entram em cena as paredes acartonadas, o drywall, leves e acústicas. “Isso confere leveza também no peso. Uma casa assim pesa a metade de uma construída no sistema convencional. Isso é um item inicial de sustentabilidade, onde se tem ainda menos matéria-prima embarcada e imobilizada”. Assim é o sítio Passarim, de propriedade de Roberto Moita, no Tarumã, construído sobre estrutura metálica (em vermelho), com piso e forro de madeira, e paredes de drywall.
Ali, a dimensão da paisagem se integra ao sítio e vice-versa. A arquitetura frondosa convive com o meio. “O telhado toca nas copas das árvores, gerando a continuação do ambiente sombreado. A sombra gera conforto e economia, porque reduz a carga térmica na edificação”.
Na obra, o chão é forração natural do solo, as folhas, que formam uma espécie de carpete. A forração serve de nutriente para o bosque, desacelera a descida da água da chuva e reduz a erosão no solo.
O Passarim é particular e mostra ser possível construir de forma limpa, reduzindo resíduos no meio ambiente, diminuindo impactos e sem ser um conceito fora dos padrões do mercado, ou seja, caríssimo. É factível, real, desde que se queira.
Exemplos existem, falta massificar
O arquiteto cita como obras verdes o Parque do Mindu, cuja construção começou em 1994, o campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), entre outras, que apresentam preocupação com a floresta. Os exemplos existem, falta a massificação do conceito.

Fonte : Portal Acrítica
http://acritica.uol.com.br/amazonia/Arquitetura-Sustentavel-Amazonas_0_449955132.html

Sustentabilidade 2

Na obra, o mais importante é ela estar nas mãos de um profissional qualificado, algo tão imprescindível quanto é o Projeto nas mãos do Arquiteto.Este responsável, seja o próprio Arquiteto, seja um Engenheiro ou uma construtora, aliado a fornecedores e mão-de-obra com referências, serão guias do sucesso de sua obra e tornarão reais duas palavras mágicas: aproveitamento e qualidade. Dentro do aproveitamento está, por exemplo, o combate incansável ao desperdício. Sua gestão traz resultados não apenas à preservação de recursos mas também ao seu bolso – para se ter uma idéia de sua dimensão, uma pesquisa da UFMG em vários Estados brasileiros: nossa construção civil desperdiça em média 20% dos materiais. É como construir uma casa com as sobras de outras quatro. Em algumas médias regionais, desperdícios de argamassa e madeira chegam a alarmantes 90%. E por fim, dentro da qualidade na obra, faço as duas últimas sugestões: a primeira é a economia inteligente. Explico: materiais de má qualidade, mão-de-obra sem qualificação, erros de execução, de entrega, de utilização de ferramentas, de orçamento e de outras espécies são fonte da maior parte do desperdício. Não por coincidência, são trapalhadas que começam na economia burra – aquela onde o custo baixo vem antes da consulta ao Arquiteto e ao Engenheiro quanto à competência da mão-de-obra e à qualidade dos materiais. A segunda sugestão vêm da primeira, onde proponho algo simples: questionar seu fornecedor e seu Engenheiro sobre a procedência dos materiais. Parece desnecessário? A ausência desta pergunta é o cenário da famosa foto-clichê. Das árvores amazônicas, diz o Ibama, 85 a 90% têm origem ilegal e metade do seu destino está na construção civil e moveleira do Sul e Sudeste.
Esta última sugestão me lembra um Projeto que engloba várias soluções citadas aqui: uma igreja, provida de alojamentos, vestiários e refeitório, que está sendo desenvolvida em uma imensa área verde. Imersa em sombras de árvores, posicionada estrategicamente para aproveitar o sol e a ventilação exatos que cada ambiente necessita, possuirá uma estrutura toda em madeira, levantada por um mutirão que utilizará apenas material de reflorestamento. A meta é o desperdício zero, durante e depois da obra: nada de ar condicionado, nem lâmpadas ligadas antes do pôr-do-sol. Tudo simples, econômico e correto, apresentando ainda uma arquitetura única e com mais conforto que muitas obras repletas de dispositivos que consomem energia.
Assim, vemos que sustentabilidade não é um bicho de sete cabeças, mas também que ela já faz parte de nossa vida. E ao contrário da introdução onde quis prender sua atenção, não há nada de moda nela: o químico sueco Svante Arrhenius já anunciava o aquecimento global e a dependência suicida do petróleo em 1896. É... a sustentabilidade é mais antiga e muito maior do que qualquer moda.
“Quando a última árvore cair, quando o último rio secar e quando o último peixe for pescado, vocês entenderão que dinheiro não se come” – Greenpeace
 
Fernando Gallo é Arquiteto, Urbanista e integra a ONG internacional Friends of the Earth. Formado pela Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp/Bauru, desenvolve Projetos e possui obras em Bauru e várias outras cidades.

Fonte:
http://www.soarquitetura.com.br/template.asp?pk_id_area=19&pk_id_topico=532&pk_id_template=5

Moradia Ideal: Resumo do desafio



Veja os finalistas e vote no link abaixo:
http://www.changemakers.com/pt-br/moradiassustentaveis

Lançamento do livro: Indio da Costa – cartas a um jovem Arquiteto

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Água: recurso de todos

É comemorado nesta terça-feira (22) o Dia Mundial da Água. Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data tem o objetivo de estimular o debate sobre a preservação desta fonte natural. Além de mudar hábitos e adotar atitudes ecológicas no dia-a-dia, uma boa alternativa para quem pensa no futuro do planeta é transformar a casa em um ambiente sustentável. Segundo a arquiteta Vanessa Trad, é possível reformar ou construir residências levando em consideração a preservação dos recursos que vêm da natureza.

"O projeto de casas altamente sustentáveis reaproveita as águas pluviais. Por meio de um sistema de captação instalado no telhado, o líquido é enviado a um reservatório de armazenamento, onde existe uma espécie de filtro. Depois disso, a água é tratada e encaminhada para uma caixa d´água extra, onde fica pronta para o uso. Vale lembrar que em cidades como São Paulo, onde a chuva é ácida, não conseguimos realizar um tratamento doméstico, ou seja, tornar a água potável. Mesmo assim reutilizamos o recurso natural em vasos sanitários, para lavar calçadas e carros ou regar plantas", exemplifica.
Além de colaborar com a vida no planeta, o sistema de reuso traz vantagens para o bolso. Segundo Vanessa, as residências ecológicas diminuem grande parte do valor da conta de água, que ainda é um dos produtos mais caros do mundo. A instalação pode ser feita por empresas de arquitetura, que avaliam o número de moradores e seus hábitos e o tamanho da residência. "Esse é o tipo de investimento a longo prazo. Apesar de ser mais fácil instalar o sistema em casas que ainda estão na planta, também é possível viabilizar o projeto em uma residência já construída. Aqui no Brasil somos privilegiados porque ainda temos água em abundância, mas precisamos estar alertas para que este recurso não fique cada vez mais escasso", ensina a arquiteta.

Um problema de todos
Apesar de o planeta ser formado por 2/3 de água, somente cerca de 0,008% do total desse recurso é potável. Para piorar a situação, grande parte das fontes, como rios, mares e lagos, está sendo contaminada pela ação do homem. Segundo a ONU, 50% da taxa de doenças e morte nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou pela sua contaminação. A naturóloga Katia Leite acredita que a preservação do recurso ainda depende da conscientização individual e da soma dos esforços de cada um:
"A água é o recurso natural mais importante do mundo, afinal nossa vida é inviável sem ela. Claro que os governos podem e devem cuidar das leis e da fiscalização do uso das águas comercialmente e em processos industriais, mas quem pode efetivamente usar o recurso no dia-a-dia, com racionalidade, precaução e parcimônia, somos nós", explica.
Se você não tem condições de arcar com projetos de arquitetura para transformar o lar em um ambiente sustentável, pode adotar soluções simples de preservação. Confira abaixo algumas dicas para economizar este recurso:
  • Hoje em dia existem válvulas de descarga que possuem dois botões: um que é utilizado para a urina e consome menos água, e outro para as fezes, que utiliza o reservatório todo da caixa.
  • Verifique a tubulação da casa, trocando os canos furados que desperdiçam grande quantidade de água.
  • Escove os dentes com a torneira fechada. "Para facilitar, encha um copo com água e use somente esta quantidade para enxaguar a boca depois da escovação", ensina Katia.
  • Essa é para as crianças: programe o horário do banho antes de alguma atividade que o pequeno goste de fazer, como lanchar ou encontrar os amigos. "O fato dele não querer se atrasar para curtir o que vem depois torna o banho mais ágil", aponta a naturóloga.
  • A água utilizada no cozimento de legumes pode ser usada para preparar outros pratos, que além de tudo ficam mais nutritivos e gostosos. Já a água utilizada na máquina de lavar pode auxiliar na limpeza da casa. Basta bom senso e cuidado.
  • Adote sistemas de coleta seletiva e reciclagem. "Se temos menos lixo, gastamos menos água nos processos de reciclagem. Se temos menos aterros, contaminamos menos o solo e os lençóis freáticos", lembra Kátia.
Fonte: http://www.personare.com.br/quem-somos/equipe

Igreja de São Francisco - Salvador - Bahia - Brasil


Durante todo o período do Brasil Colônia, as correntes estilísticas eram importadas da Europa e aqui adaptadas às condições materiais e sociais. O que não nos faltava eram madeiras da melhor qualidade e metais preciosos, como ouro e prata.
A mão de obra treinada pelos padres e frades foi se tornando especial e cada vez mais talentosa. Por isso temos um sem número de extraordinários conjuntos arquitetônicos espalhados por nosso país.
A pedra fundamental do conjunto formado pela Igreja e Convento da Ordem Terceira de São Francisco, em Salvador, foi lançada em 1708. A igreja foi terminada em 1723 e o convento em 1752. Todo o complexo, a decoração interior da igreja e tudo o mais, só ficaria pronto em 1782.
A planta da igreja é incomum: tem três naves, ao contrário das demais construções religiosas franciscanas que têm uma nave só. A fachada é voltada para um grande largo onde levantaram um cruzeiro; as duas torres laterais são relativamente simples e o volume central é mais decorado, especialmente no frontão, o que torna sua arquitetura um belo exemplo da arte colonial brasileira.
A Igreja de São Francisco é famosa sobretudo por sua exuberante decoração interna. Quase todas as superfícies do interior - paredes, teto, colunas, capelas - são recobertas em ouro e jacarandá, com intrincados entalhes e douraduras. Nos florões, frisos, arcos e volutas, vemos inúmeras figuras de anjos e pássaros. O teto possui pinturas de Frei Jerônimo da Graça, feitas entre 1733 e 1737.
Na sacristia, na entrada e no altar estão os célebres azulejos retratando cenas alusivas à vida de São Francisco de Assis, seu nascimento e renúncia aos bens materiais; foram pintados por Bartolomeu Antunes de Jesus, um dos grandes mestres da azulejaria portuguesa.
É das mais ricas do Brasil e há quem a considere o mais belo exemplo do Barroco português em todo o mundo, o que é bastante expressivo se nos lembrarmos que os portugueses deixaram também sua marca na Ásia e na África.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Portal:Arquitetura_e_Urbanismo

Veja imagens no link abaixo:

O aniversário do movimento Bauhaus

 

1919: Inauguração da escola Bauhaus em Weimar

Edifício central da Universidade Bauhaus em Weimar 
Edifício central da Universidade Bauhaus em Weimar

No dia 21 de março de 1919, o arquiteto Walter Gropius inaugurou a Escola Bauhaus em Weimar, no Leste da Alemanha. Apesar de subsequente perseguição pelo regime nazista, movimento alcançou renome mundial.

Ao fundar o movimento Bauhaus – que significa "Casa de construção" –, o arquiteto Walter Gropius criou uma instituição de ensino com idéias vanguardistas, numa época em que o mundo enfrentava séria crise econômica. Engenheiros e arquitetos buscavam uma maneira simples de produzir em série objetos de consumo baratos.
No primeiro manifesto da Bauhaus, publicado em 1919, Gropius declarou que a arquitetura é a meta de toda atividade criadora. Completá-la e embelezá-la foi, antigamente, a principal tarefa das artes plásticas. "Não há diferença entre o artesão e o artista, mas todo artista deve necessariamente possuir competência técnica", pregava o fundador da Bauhaus.

Aprendizado em três fases

Entre professores e alunos, havia liberdade de criação, desde que obedecendo a convicções filosóficas comuns. O currículo da Bauhaus previa três fases: o primeiro semestre era o fundamento da própria Bauhaus. Inspirava-se nas ideias de Alfred Hozel, da Academia de Stuttgart. Ele havia elaborado um método de ensino para libertar os estudantes de preconceitos em relação ao "belo" e à "estética" adquiridos nas escolas primárias e nos ginásios. Era a preparação intelectual para a próxima fase.
Na segunda etapa, eram desenvolvidos problemas mais complexos e mais diversificados, como projetos industriais, pintura, escultura, arte publicitária, teatro, arte cênica e dança. Concluída esta fase, o aluno recebia o diploma da Bauhaus e podia começar o curso de arquitetura propriamente dito.
Em 1925, o governo cortou os subsídios à escola, obrigando sua transferência para outra cidade, Dessau, também no leste alemão. Lá se construiu uma universidade seguindo os planos de Gropius, mas que foi fechada pelos nazistas em 1932. A difusão do movimento se deu através de exposições na Alemanha e no exterior, além de publicações.
Quando a perseguição nazista se acirrou, seus principais expoentes emigraram para a Inglaterra e os Estados Unidos. Hoje, a Bauhaus de Weimar é uma escola superior, enquanto Dessau abriga a Fundação Bauhaus.

Gaby Reucher (rw)
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,782396,00.html?maca=bra-uol-all-1387-xml-uol

Sistema de Coleta de Lixo

A idéia de um sistema subterrâneo de coleta de lixo em Barcelona é de 1992, quando a cidade sediou os Jogos Olímpicos. Desde então, o projeto tem sido implantado sistematicamente e 70% da área metropolitana já possui bocas de lixo conectadas diretamente aos centros de coleta. Plástico, latas e papel são reciclados e o lixo orgânico vira energia. Em cinco anos, a capital da Catalunha eliminará definitivamente os caminhões de lixo.

Veja a notícia completa no link abaixo:

http://www.cidadespossiveis.com/post/606689809/a-ideia-de-um-sistema-subterraneo-de-coleta-de

Estádio taiwanês é totalmente coberto por placas fotovoltaicas

   3522140777_57069a85ee_o                                                                                                                                                           Desde que a cidade taiwanesa de Kaohsiung recebeu o direito de sediar jogos mundiais de rugby os organizadores começaram a investir tecnologia e dinheiro em um estádio diferenciado. A principal novidade é que a estrutura é totalmente coberta por painéis solares.
O estádio foi projetado pelo escritório de arquitetura Toyo Ito e tem capacidade para até 40 mil pessoas. Além de ser um exemplo desde o projeto, os idealizadores se orgulham de não ter ocorrido nenhum acidente enquanto as equipes de construção trabalhavam no local.
A preocupação com o meio ambiente pode ser vista em diversos pontos do complexo esportivo. Através de suas 8.844 placas fotovoltaicas o estádio poderá gerar até 1,14 milhões de kWh de eletricidade por ano, impedindo assim que 660 toneladas de gás carbônico que sejam liberadas na natureza. Todas as matérias-primas usadas no estádio são 100% reutilizáveis e locais, demonstrando mais uma vez os cuidados com a sustentabilidade
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Durante as inter-temporadas, quando a cidade não recebe jogos, toda a energia excedente, que for produzida na estrutura poderá ser comercializada. Mesmo tendo produção própria e limpa, o estádio conta com sistemas que geram mais economia energética. Este é um projeto pioneiro da ilha chinesa.
Esse deve ser um novo padrão para construções esportivas. Ao redor do edifício, que ocupa 19 hectares, existem parques desportivos, ciclovias, viveiro ecológico, proporcionando ao visitante um acesso ao ambiente natural.
O projeto arquitetônico do estádio é inovador. Ao invés de fachadas inteiramente fechadas o World Games Stadium, como é chamado, é aberto oferecendo uma cordial saudação aos visitantes. A direção em que ele foi construído também fornece maior conforto e abrigo em relação ao sol e ao vento, tanto aos atletas quanto aos torcedores.
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Redação CicloVivo
Fonte:http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2200

Lançamento do livro: Gerenciamento do risco em habitações precárias

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Maiores informações:

http://www.annablume.com.br/

Revista Eletrônica – e-metropolis

Com imensa satisfação anunciamos que já está no ar o novo número da Revista Eletrônica de Estudos Urbanos e Regionais, e-metropolis. A publicação, no seu 4° número, vem tentado consolidar um percurso que traga contribuições teóricas e empíricas para a área dos estudos urbanos e regionais, abrindo oportunidades ao exercício do pensamento sobre as cidades, sempre tendo em mente os aspectos plurais que devem estar, necessariamente, presentes em tais estudos, de forma a que vários aspectos deste organismo tão complexo que é o espaço urbano sejam privilegiados. Este raciocínio foi, mais uma vez, o fio condutor que ajudou os editores a construir este número da e-metropolis, que caracteriza-se, portanto, pela reunião de assuntos dos mais diversos, que giram em torno da questão principal que nos move: como acontece a vida nas cidades?

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ACESSE A REVISTA!

23ª Edição - Opera Prima



Temos o prazer de informar que o regulamento completo da 23ª EDIÇÃO DO
CONCURSO OPERA PRIMA para os formandos de 2010 está disponível no site  






Atenciosamente,


Comissão Organizadora
OPERA PRIMA 2011
                                                                                                                                  




Revista online sobre Sketchup

A comunidade virtual sobre sketchup SketchUcation acaba de lançar a primeira edição da revista online CatchUP WebMag.

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Oscar Niemeyer: de vidro e concreto

                                                                                                                                                                 O brasileiro Oscar Niemeyer é justamente reconhecido como um dos grandes arquitetos da história – o sentimento é quase unânime. Entretanto, há controvérsias sobre aspectos específicos de sua obra. Este livro considera um deles: relações entre o espaço interno dos seus trabalhos e o espaço externo às edificações, natural ou construído. Varia a natureza da “pele” dos edifícios, facultando mais ou menos possibilidades de passagem entre dentro e fora (abertura x fechamento), mais ou menos visibilidade entre interior e exterior (transparência x opacidade). Há certa tendência no tempo: projetos mais antigos são mais abertos e mais transparentes; mais recentes, são mais fechados e mais opacos. Quais as implicações disto? Quais as sensações das pessoas ao usufruírem as alternativas? Como avaliar a transformação?

Maiores informações na seção livros do link abaixo:
http://www.fredericodeholanda.com.br/

Prêmio IV Centenário de São Luís do Maranhão

                                                                                                                                                       Investigar o passado, procurando conhecer as suas origens, e definir ou fixar o presente, é de todos os tempos, de todos os povos, desde que atingem estes a um certo grau de cultura na escala da civilização” – lembrava José Ribeiro do Amaral, o venerável mestre da História maranhense, em obra comemorativa dos trezentos anos de fundação de São Luís do Maranhão.
A velha capital prepara-se, já agora, para comemorar o seu IV centenário, em 8 de setembro de 2012. Retorna um momento dos mais oportunos para que se proceda a outro balanço dos tempos, de modo a encontrar-se neles o “grau de cultura” – de realizações materiais e espirituais, na mais diversa ordem – tomada “a escala da civilização” que lhes foi acrescentada no correr de quatro séculos.
São Luís tem peculiaridades que sobremodo a distinguem no conspecto das cidades brasileiras, à vista do que é a sua geografia, do que tem sido a sua história, do que foi o cabedal de empreendimentos de quantos aqui nasceram ou aqui se estabeleceram, a pulsação de sua vida, seus modos de ser e viver, a riqueza de suas tradições, sua contribuição específica para o patrimônio comum da Nação e da Humanidade, com méritos reconhecidos pela UNESCO, entre pouquíssimas cidades no mundo.
Singularmente, também, a esta cidade, às vésperas de seus quatrocentos anos, falta-lhe ainda um estudo abalizado e individualizado de sua História, que evidencie os variados aspectos de sua evolução no tempo e no espaço e assinale, num traço avaliativo, iniciativas, direções, alcance e significado do que se pode compendiar como passagem e permanência do humano sobre o seu chão.
De fato, não sendo poucos os autores e as obras que tratam da História do Maranhão, a História da cidade de São Luís aí se inclui, não decerto como um acréscimo ou apêndice, mas, sem dúvida, somando-se e confundindo-se com os passos do povoamento e ocupação da Conquista, da Colônia, assim como da Província e do Estado. Não por acaso, Maranhão é como se designava, indistintamente, o Estado ou sua capital, até ainda por volta da primeira década do século que passou. E embora, nessa simbiose, ressalte a preeminência da capital como centro e cérebro de decisões que dirão interesse para o amplo raio – geo-físico, político-econômico ou sócio-cultural – que se projeta como território da gente maranhense, podem ocultar-se, na mesma perspectiva, aspectos que, exalçando a cidade de La Ravardière em estudo à parte, reafirmariam o valor de seus feitos, tanto quanto a razão de seus defeitos, seus caminhos e descaminhos, promessas e possibilidades a alcançar.
O Instituto Geia identifica, nas celebrações do IV Centenário de São Luís, uma oportunidade especial para promover o melhor conhecimento e maior divulgação do valor histórico da capital maranhense. Com esse objetivo, lança o PRÊMIO IV CENTENÁRIO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO

Maiores informações:
http://www.geia.org.br/premioliterario/

A moderna construção sustentável

 Por Márcio Augusto Araújo


A moderna Construção Sustentável é um sistema construtivo que promove intervenções sobre o meio ambiente, adaptando-o para suas necessidades de uso, produção e consumo humano, sem esgotar os recursos naturais, preservando-os para as gerações futuras.

A Construção Sustentável faz uso de ecomateriais e de soluções tecnológicas e inteligentes para promover o bom uso e a economia de recursos finitos (água e energia elétrica), a redução da poluição e a melhoria da qualidade do ar no ambiente interno e o conforto de seus moradores e usuários. Esse tipo de construção nunca é intuitiva. Mesmo quando emprega produtos ou processos artesanais (por ex. paredes de adobe ou taipa de pilão), o faz conscientemente, buscando o sucesso ambiental integral da obra, e não apenas uma construção.

Trata-se de um modelo diferente da Construção Ecológica ou Natural, que, grosso modo, pode ser definida como aquela que permite a integração entre homem e natureza, com um mínimo de alteração e impactos sobre o meio ambiente. A construção ecológica, à maneira das habitações de outros seres vivos (castores, abelhas, formigas), usa recursos naturais locais de maneira integrada ao meio e, quase sempre, instintiva e intuitivamente. É o caso das habitações indígenas, das construções de terra pré-islâmicas nos países árabes e dos iglús, dos esquimós. Esse tipo de habitação ?que ainda responde por mais da metade das habitações no planeta- é praticamente impraticável nos modernos centros urbanos, onde a heterogeneidade de povos e culturas e o estilo de vida e produção exigem materiais oriundos de lugares distantes e uma construção civil executada por profissionais da área.

Como denominador comum, construção sustentável e ecológica têm o fato de gerarem habitações que preservem o meio ambiente e de buscarem soluções locais para problemas por elas mesmas criados. A Construção Sustentável difere da Ecológica por ser produto da moderna sociedade tecnológica, utilizando - ou não - materiais naturais e produtos provenientes da reciclagem de resíduos gerados pelo seu próprio modo de vida.

A obra sustentável

A sustentabilidade de uma obra moderna é avaliada pela sua capacidade de responder de forma positiva aos desafios ambientais de sua sociedade, sendo ela mesma um modelo de solução. A Casa Sustentável deve(ria): a) usar recursos naturais passivos e de design para promover conforto e integração na habitação; b) usar materiais que não comprometam o meio ambiente e a saúde de seus ocupantes e que contribuam para tornar seu estilo de vida cotidiano mais sustentável (por exemplo, o usuário de embalagens descartáveis deveria usar produtos reciclados a partir dos materiais que, em algum momento, ele mesmo usou); c) resolver ou atenuar os problemas e necessidades gerados pela sua implantação (consumo de água e energia); d) prover saúde e bem-estar aos seus ocupantes e moradores e preservar ou melhorar o meio ambiente.

Todos esses desafios teriam de ser considerados em todo o ciclo de vida da habitação, sendo esta pensada como uma obra aberta: sempre passível de ampliação e melhoramentos.

Casa Saudável

Não há casa sustentável sem ser saudável. A finalidade de uma construção sustentável não é apenas preservar o meio ambiente, mas também ser menos invasiva aos seus moradores. Ela não pode ser geradora de doenças, caso de prédios que geram a Síndrome do Edifício Doente (SEE*). A Casa Sustentável deve funcionar como uma segunda ou terceira pele do próprio morador, porque ela é sua extensão, como ensina o geobiólogo espanhol Mariano Bueno. Ela é seu ecossistema particular, e, assim como no planeta Terra, todas as interações devem ocorrer reproduzindo ao máximo as condições naturais: umidade relativa do ar, temperatura, alimento, geração de resíduos e sua transformação, conforto, sensação de segurança e bem-estar, etc.

Escolha dos materiais

A escolha dos materiais na Construção Sustentável deveria, em princípio, obedecer a critérios de preservação, recuperação e responsabilidade ambiental. Isso significa que, ao se iniciar uma construção, é importante considerar os tipos de materiais que estão de acordo com o local (como sua geografia, ecossistema, história, etc.) e que podem contribuir para conservar e melhorar o (meio) ambiente onde será inserida. Materiais que guardam relação direta com o estilo de vida do local e do usuário devem ser avaliados. Por exemplo, se o morador reside e trabalha em uma área urbana, possivelmente comprará alimentos envolvidos por embalagens plásticas descartáveis; é muito provável também que utilize um automóvel para se deslocar da casa para o escritório e vice-versa.

Assim sendo, nada mais justo que este mesmo usuário/consumidor/cliente opte, conscientemente, pelo uso de um produto resultante de um resíduo gerado para atender às suas necessidades -no caso, as embalagens descartadas poderiam retornar no formato de telhas e a areia de fundição usada para manufaturar os moldes que deram origem às peças de seu automóvel ganha uma nova etapa de seu ciclo de vida, como blocos de concreto reciclados.

Deve-se lembrar que toda Construção Sustentável é saudável. Esse tipo de obra caracteriza-se pelo uso de materiais e tecnologias biocompatíveis, que melhoram a condição de vida do morador ou, no mínimo, não agridem o meio ambiente em seu processo de obtenção e fabricação, nem durante a aplicação e em sua vida útil. Que produtos convencionais estariam fora dessa lista? Por exemplo, todos aqueles que emitem gases voláteis (os famosos COVs - compostos orgânicos voláteis), como tintas, solventes, resinas, vernizes, colas, carpetes sintéticos e de madeira. Em seu lugar, a solução mais simples e de mercado é buscar sempre produtos à base de água ou 100% sólidos (isto é, que em contato com o oxigênio não emitem gases ou odores).

Márcio Augusto Araújo é consultor do IDHEA - Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica,idhea@idhea.com.br.
 
Fonte.- idhea.com.br

Planeje seu Espaço Profissional

 
A maioria das pessoas passa cerca de um terço de suas vidas trabalhando e poucas são aquelas que têm consciência do quanto é importante que o ambiente de trabalho possua algumas características que podem ser determinantes para a sua saúde. A configuração do ambiente pode afetar diretamente o bem-estar tanto físico quanto emocional das pessoas, determinando até o seu desempenho profissional. São vários os fatores que influenciam a qualidade do ambiente e eles devem ser levados em consideração no momento de escolher o lugar onde se pretende permanecer por um período tão longo de tempo.
O planejamento do local de trabalho deve contemplar uma boa iluminação, ambiente arejado, espaço suficiente para que a circulação ocorra sem dificuldades, ausência de odores fortes, baixo nível de ruídos, temperatura agradável, além de condições de segurança. Estes são itens básicos para se começar a criar um ambiente favorável ao bom desempenho no trabalho.
Também é importante que o mobiliário e os equipamentos atendam adequadamente às necessidades de cada tipo de trabalho e sejam ergonomicamente projetados, oferecendo conforto, de modo a proporcionar uma boa postura e mobilidade ao longo do dia. A beleza visual, por sua vez, ajuda a proporcionar a sensação de bem-estar que se espera sentir num local onde se permanece tantas horas durante o dia. O local de trabalho deve ser pensado como um sistema cujos elementos se inter-relacionam de tal modo a produzir o equilíbrio do todo.
É preciso atentar, também, para as cores que serão utilizadas porque nosso sistema nervoso reage a elas, afetando diretamente o humor. Escolhe-se a cor mais adequada a cada ambiente em função da resposta que se deseja provocar nas pessoas em termos de comportamento. Não é por acaso que os projetistas das grandes redes de lanchonetes escolhem o amarelo, o laranja e o vermelho. Eles sabem que essas cores são estimulantes e produzem o efeito de ativar a impulsividade. O resultado é que os indivíduos tornam-se mais propensos a reagir compulsivamente ao produto que estiver sendo oferecido ali. Em outras palavras, a comprar.
Por outro lado, os funcionários que permanecem o dia todo expostos a um ambiente carregado de cores vivas, têm seus centros nervosos continuamente excitados. O resultado é negativo para sua saúde porque provoca irritabilidade, estresse e apatia, além de outras consequências.
Em vista disso, deve-se optar por tons que tendem à neutralidade, por não interferirem tanto no humor. Tons suaves do lilás, verde, azul, rosa e laranja-claro podem ser usados porque, além de alegres, são aconchegantes. O verde claro tem efeito calmante e é altamente recomendado para ambientes terapêuticos, como hospitais e clínicas. Já o cinza, o preto e o marrom escuros tendem a provocar um efeito depressivo e devem, portanto, ser evitados.
O branco vai bem com qualquer ambiente e possui a vibração de todas as cores. Ele ilumina e amplia o ambiente, mas, em excesso, tende a produzir efeito desestimulante, entediante. As cores mais fortes e impactantes devem ser reservadas para pequenas áreas ou para os acessórios, complementando a decoração com um pequeno toque de contraste, nunca nas paredes, piso ou teto.
Quando o conjunto dos elementos com os quais interagimos cotidianamente é adequado, desenvolvemos uma predisposição positiva para trabalhar e isto se reflete na produtividade. O processo que gera essa predisposição, embora inconsciente, é o responsável pela fácil fluidez no desempenho das tarefas no dia-a-dia. Isso ocorre porque, num ambiente favorável, não desperdiçamos nossa energia para destacar dificuldades, reclamando de condições insatisfatórias.
Situações de baixa interferência externa negativa fazem com que toda a energia disponível seja canalizada para a atividade na qual se está concentrando. Condições favoráveis de trabalho levam o indivíduo a tornar-se o único responsável pelo seu desempenho. Ele não é alimentado com nenhum argumento que justifique uma má performance, de modo que fica desimpedido, livre para dar o melhor de si. Se estiver se sentindo devidamente aparelhado para realizar um bom trabalho, ele buscará em si mesmo as razões de suas falhas ou fracassos, quando – e se – ocorrerem.
Um bom desempenho no trabalho interessa a ambos, empregado e empregador. A este pelas razões óbvias, relacionadas a lucro; àquele, pelo aumento de sua auto-estima, conseqüência do sentimento de auto-gratificação, além do reconhecimento externo.
Há, evidentemente, muitos outros fatores que exercem influência importante sobre o sentimento de bem-estar, de satisfação pessoal e, por conseqüência, em produtividade no trabalho e não devem de forma alguma ser desconsiderados. O aspecto físico do ambiente de trabalho, porém, precisa ser elevado à categoria de elemento determinante do humor e pré-disposição. E, embora seja verdade que quase todo mundo prefere trabalhar num lugar bonito e bem decorado, isso só não basta: a adequação dessa estética às necessidades das pessoas que ali permanecerão tem que estar em primeiro lugar.
A falta de planejamento e o descuido com o ambiente de trabalho podem gerar conseqüências nefastas sobre a vida das pessoas, porque, ao desprazer, se associa diretamente a desmotivação, abrindo um perigoso caminho para o estado depressivo, que hoje é responsável por um número enorme de afastamentos do trabalho.
Também outras patologias estão diretamente ligadas à falta de planejamento e ao uso inadequado de equipamentos, como é o caso da DORT – Disfunção Osteomolecular Relacionada ao Trabalho, mais popularmente conhecida como LER, cuja principal causa é o esforço repetitivo associado às más condições de trabalho, como postura inadequada, excesso de horas numa mesma posição, fadiga mental e/ou muscular e estresse.
Artigo elaborado a partir de entrevista concedida pela autora à Revista Espaços Profissionais, Editora Online, que originou a matéria especial intitulada “Motivação: Item Fundamental”. A íntegra da entrevista foi publicada na revista Espaços Profissionais, Ano 2 - nº 6.

Mariuza Pregnolato Tanouye é psicóloga clínica com especialidade em Psicologia Analítica e Terapia Corporal. Escreve crônicas, artigos e trabalhos científicos, ministra palestras e cursos.                                E-mail: mptanouye@hotmail.com

Fonte: Artigo.com
 
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