Pesquisa da USP utiliza pneus velhos para melhorar concreto

A borracha moída misturada à argamassa cimentícia proporciona mais tenacidade e capacidade de deformação

Dellana Wolney
Marcelo Scandaroli
Um projeto realizado na Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo (USP), em Lorena (SP), está reciclando a borracha de pneus velhos e misturando ao concreto. O objetivo é facilitar o aparecimento de propriedades diferenciadas na argamassa cimentícia, pois com a adição da borracha, o material final adquire mais tenacidade e capacidade de deformação.
De acordo com Clodoaldo Saron, professor da USP, a pesquisa teve início há três anos e ainda está em fase de desenvolvimento detalhado para compreender melhor a quantidade exata de agentes compatibilizantes entre a borracha e o concreto, bem como a integração mais adequada entre os materiais.

"O ponto chave da pesquisa até o momento é este. Apesar de já ter existido estudos de outra natureza, eles não tiveram a preocupação de integrar de fato as propriedades da borracha à matriz de cimento, o que é fundamental, pois trata-se de materiais de naturezas químicas diferentes. Então, se houver simplesmente a mistura da borracha no concreto, não resultará nesse mesmo efeito ligante", acrescenta Saron.

Telhas zipadas são produzidas sob medida para coberturas de grande porte

Fixação do sistema acontece por meio de encaixes, o que elimina a necessidade de perfurações para passagem de parafusos

Redação AECweb / e-Construmarket
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Inicialmente usada em obras industriais, telhas zipadas começam a ser usadas em outras tipologias de projeto
(Crédito: Divulgação/Abcem)
Indicadas para obras que necessitam de elevados níveis de estanqueidade, as telhas zipadas são produzidas de forma contínua e sem nenhum tipo de emenda. O material, normalmente, é fabricado no próprio canteiro e sua fixação acontece por meio de encaixes, o que elimina a necessidade de perfurações para passagem de parafusos. “É comum que sejam projetadas já nos comprimentos das águas, evitando as sobreposições”, complementa o engenheiro Fulvio Zajakoff, vice-presidente de coberturas metálicas da Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem).
Há alguns anos, a solução era quase que exclusivamente usada em obras industriais. “Atualmente, o sistema de telhas zipadas já é aproveitado em obras de varejo, centros de distribuição, aeroportos, arenas esportivas, entre outras”, elenca o profissional. O material também está bastante presente em edificações que apresentam linhas arquitetônicas ousadas ou curvilíneas, pois sua flexibilidade facilita desde a concepção até a execução final do projeto. O sistema também pode ser especificado para ambientes com microclimas agressivos, como os encontrados próximos do mar, rodovias ou aeroportos.
As telhas zipadas têm como matéria-prima diferentes tipos de metais, sendo que os mais aproveitados são o aço galvanizado, galvalume ou alumínio - todos previamente pintados ou naturais. “Também é possível fabricá-las em cobre, zinco e aço inox”, afirma o engenheiro. A cobertura aceita receber elementos de isolamento térmico e acústico, como lã de PETpoliuretano (PUR) ou poliestireno expandido (EPS). Essas soluções precisam ser especificadas pelo projetista, já que o desempenho sonoro e térmico varia em função do tipo de material, espessura e densidade. “O especialista é o responsável por customizar a telha conforme as necessidades e especificidades técnicas de cada cenário”, diz.

Como projetar rampas

Regulado por uma norma técnica, o elemento de circulação responde à acessibilidade universal e é obrigatório em edifícios públicos

Redação AECweb / e-Construmarket
As rampas consomem muito mais área do que outras formas de circulação vertical, como escadas e elevadores, porque devem ter inclinação suave. Esse fator torna limitada a sua aplicação, pois não é todo projeto que dispõe de espaço suficiente. Nos edifícios públicos, são elementos da acessibilidade universal e devem cumprir exigências normativas. Já em espaços privados, como residências, podem ter inclinação mais acentuada. “O desenho das rampas deve nascer junto com o projeto, pois inseri-las posteriormente é quase impossível”, diz o arquiteto Pablo Emilio Robert Hereñú, titular do escritório Hereñú+Ferroni Arquitetos.
Há empreendimentos que se destacam, justamente, pelo uso desse recurso arquitetônico. As rampas do edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), projetado por Vilanova Artigas, estão entre as melhores referências. “Todo esse prédio é organizado em meios níveis ligados pelas rampas, que se integram também a outros espaços, com eventos acontecendo nos seus giros. Constituindo mais do que um elemento de circulação, elas tornam o percurso mais agradável”, comenta.
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Os elementos construtivos mais frequentes para compor as rampas são concreto e aço (SantaGig/Shutterstock.com)
Exemplos menos felizes dessa solução arquitetônica são as rampas que dão acesso às passarelaspara pedestres sobre rodovias. São muitas, de percurso cansativo e burocrático. Trata-se de um jogo de rampas vertical, isolado. Segundo Hereñú, porém, é difícil pensar em outro desenho para elas. O ideal é que os patamares intermediários cheguem a ambientes como um pequeno bar ou uma banca de jornal, que dão um sentido mais urbano ao percurso. Ou que se integre com a topografia, como ocorre na passarela projetada também por Artigas, na Avenida 9 de Julho, em São Paulo. “Rampas são, portanto, projetos que exigem muita integração, seja com os espaços do edifício, seja com os espaços urbanos”, reafirma o arquiteto e urbanista.

As 10 cidades mais habitáveis do mundo

Publicação americana levou em consideração quesitos como moradia, transporte, sustentabilidade e cultura local


© Depositphotos.com / Nanisimova_sellOs aspectos sustentáveis integraram os quesitos que ajudaram a montar o ranking.
A revista Metropolis Magazine elegeu as 10 cidades mais habitáveis do mundo em 2016. Para chegar a esse resultado foram avaliados aspectos como moradia, transporte, sustentabilidade e cultura de cada país.
O processo de escolha se deu por meio de uma pesquisa minuciosa e uma análise corporativa. Ao final foi elaborado um ranking das cidades que devem ser consideradas exemplos de bem-estar. A grande vencedora foi a cidade de Copenhague, localizada na Dinamarca.
Confira abaixo o ranking completo com as dez cidades mais habitáveis do mundo em 2016. Aqui nós demos ênfase apenas aos projetos sustentáveis de cada cidade:
1 – Copenhague, Dinamarca
Copenhague é uma das cidades mais ecologicamente responsáveis do planeta e tem como principal objetivo ser a primeira capital livre de emissões de carbono até 2050. Possui mais de 400 km de ciclovias, sendo que cerca de 40 mil pessoas transitam por ela por dia. “Hoje quase 45% da população de Copenhague usa bicicletas, resultado dos esforços por parte da cidade para melhorar a infraestrutura”, informa o site da revista.
2 – Berlim, Alemanha
A cidade possui pequenas ações sustentáveis que fazem dela um local único. As hortas urbanas estão espalhadas por todo os cantos de Berlim, sacolas plásticas dão lugar para as caixas de papelão e bolsas de pano, a infraestrutura é toda planejada para favorecer as pessoas que andam de bicicleta, entre outras ações sustentáveis.
3 – Helsinque, Finlândia
Exemplo mundial de como ser sustentável, a cidade criou em 2002 o Plano de Ação em Sustentabilidade que trabalha para controlar a poluição, cuidar da natureza e da população. Um grande destaque é na área de transporte urbano com o sistema de compartilhamento de bicicletas, projeto muito usado nos últimos anos.
4 – Singapura, República de Singapura
Singapura foi considerada a cidade mais verde de seu continente. O local possui um grande comprometimento com o planejamento sustentável e, para tentar reduzir ao máximo as emissões dos gases poluentes, restringiu aquisições de veículos, resultando em menos poluição e menor trânsito.

Berlim transforma base petrolífera em bairro sustentável

O projeto erguerá 1.100 unidades de imóveis, sendo, inteiramente, construídos com base em conceitos sustentáveis


Ingenhoven ArchitectsNovo bairro será construído em uma área de mais de 29.000 metros quadrados.

O escritório alemão de arquitetura Ingenhoven, com o apoio de outros 32 escritórios, tem trabalhado em um grande projeto que promete mudar para sempre a rotina dos moradores do distrito de Charlottenburg, em Berlim. A criação de WerkBundStadt, nome dado à nova construção, refere-se ao novo bairro sustentável que está sendo erguido na capital alemã.
O local onde antes existia a antiga base petrolífera da cidade, tem passado por grandes transformações desde o ano passado, quando o projeto do bairro saiu do papel. Contando com uma área de mais de 29.000 metros quadrados e o auxílio de funcionários do distrito, proprietários da área, do Senado e, principalmente, da comunidade local, a iniciativa tem conquistado grande repercussão em todo o país.
De acordo com os responsáveis pelo projeto, a estimativa é de que um total de 1.100 unidades sejam construídas em WerkBundStadt, sendo que 330 destes imóveis devem ser disponibilizados para locação. A ideia principal do planejamento criado para a área é o aproveitamento ecologicamente correto do terreno, através da utilização de técnicas de construção com foco em sustentabilidade.
Para mais informações, acesse o site da Ingenhoven.

Empresa desenvolve projeto que pode aumentar em 300% a oferta de energia solar

O principal objetivo desse equipamento é baratear o custo da energia solar e diminuir o valor cobrado pela eletricidade

Reprodução / Facebook – V3SolarEquipamento produz 20 vezes mais energia do que os painéis tradicionais.

Ouve-se falar repetidamente sobre as energias sustentáveis, derivadas de fontes renováveis e limpas e com quase nenhuma ou nada de emissão de CO2 e gases do efeito estufa. Uma dessas fontes é a energia solar, sistema no qual a luz do sol é aproveitada e convertida para gerar calor e eletricidade em casas, apartamentos, empresas e outros projetos.
Diversas empresas vêm tentando encontrar soluções e uma forma de desenvolver novas tecnologias com esse tipo de fonte alternativa, porém alguns obstáculos são encontrados quando os assuntos são custos e eficiência.
Felizmente a empresa V3 Solar superou alguns obstáculos e projetou uma nova tecnologia rotacional avançada batizada de Spin Cell. O produto é uma placa solar de tamanho pequeno e forma de cone, que promete diminuir de forma significativa os gastos energéticos, o impacto ambiental e ainda aumentar a eficiência na produção de energia.
A sede da V3 Solar está localizada na Califórnia e é a empresa responsável por toda a pesquisa realizada para o desenvolvimento dessa nova tecnologia. O intuito é baratear o custo desse tipo de energia em 300%, já que o equipamento possui maior eficácia no aproveitamento de luz do sol e produz 20 vezes mais energia utilizando a mesma quantidade de silício que os painéis tradicionais.

Brasileiros conquistam primeiro lugar em concurso latino-americano de arquitetura em aço

Edição é a primeira em que duas equipes são declaradas vencedoras. Prêmio será dividido com chilenos

Luísa Cortés, do Portal PINIweb
 SLIDE SHOW      http://www.au.pini.com.br/au/solucoes/galeria.aspx?gid=16793                                                                                                                                                    
A equipe brasileira vencedora do 9º Concurso para Estudantes de Arquitetura do CBCA acaba de conquistar também, ao lado da equipe chilena, o 9º Concurso Alacero de Diseño en Acero para Estudiantes de Arquitectura 2016. É a primeira vez que dois grupos alcançam, juntos, a primeira colocação.
Os estudantes André Mesquita Britto, Caio Ferraz de Almeida Prado, Kamal Yazbek e Pedro Fagundes Herman, da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), venceram a competição juntamente com os alunos da Universidade de Santiago do Chile. O projeto brasileiro teve a orientação do professor Francisco Barros e coorientação da professora Stella Tedesco.
A premiação de R$ 10 mil foi dividida entre as equipes e a Menção Honrosa foi destinada ao grupo representante do Instituto Politécnico Nacional, no México.

A proposta do concurso era planejar um Centro Cultural que utilizasse o aço como material construtivo e trouxesse melhoria de qualidade de vida para a população, por meio da criação de um novo espaço de convivência.

Pesquisadores do MIT desenvolvem sistema que indica a estabilidade de um edifício, por meio de vibrações do ambiente

A ideia é utilizá-lo após eventos como terremotos

Luísa Cortés, do Portal PINIweb
Divulgação: MIT

Pesquisadores do Massachusets Institute of Technology (MIT) desenvolveram um modelo computacional que sente as vibrações do ambiente, indicando assim, a estabilidade de um edifício. O sistema publicado na revista científica Mechanical Systems and Signal Processing pode ser utilizado para monitorar uma construção e descobrir sinais de danos.
"A implicação mais ampla é, que após um evento como um terremoto, veríamos imediatamente as mudanças dessas características e onde houve danos no sistema", explica o professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental do MIT, Oral Buyukozturk.
O modelo desenvolvido foi testado no próprio Edifício Verde do MIT, que tem 21 andares e foi executado completamente com concreto armado. "O desafio é extrair os sinais vitais dos dados dos sensores e ligá-los às características estruturais do edifício, o que tem sido um desafio à comunidade da engenharia", reforça Buyukozturk.

Para isso, foi construída uma simulação computacional do Edifício Verde, na forma de um modelo de elementos finitos, ou seja, uma simulação numérica que representa uma grande estrutura física e toda a física subjacente a ela, como uma coleção de subdivisões menores e mais simples.

Codhab-DF premiará melhor projeto para edifícios de uso misto

A equipe vencedora receberá um prêmio de R$ 30 mil e assinará um contrato de execução do projeto no valor de R$ 300 mil

Dellana Wolney
O concurso nacional de arquitetura realizado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF) está com inscrições abertas até o dia 18 de novembro. O objetivo da competição é a construção de edifícios de uso misto (unidades habitacionais e comércio) em dois lotes da Região Administrativa de Santa Maria – RA XII, no Distrito Federal.
A avaliação da comissão julgadora será baseada nas propostas e seguirá critérios como: conceito e inovação; adequação às normas; clareza; funcionalidade e atendimento ao programa de necessidades; sustentabilidade socioambiental; exequibilidade, economia e viabilidade técnico-construtiva; entre outros.

O projeto da equipe vencedora receberá um prêmio de R$ 30 mil e assinará um contrato de execução do projeto executivo completo, no valor de aproximadamente R$ 300 mil. O segundo colocado receberá R$ 20 mil e o terceiro, R$ 10 mil.
Para mais informações sobre a inscrição clique aqui. 

Andrade Morettin lança livro sobre os 20 anos de trabalho

Edifício BOX 298, por Andrade Morettin Arquitetos – Foto: Nelson Kon
Redação Galeria da Arquitetura
No dia 29 de outubro será lançado em São Paulo o livro Andrade Morettin – cadernos de arquitetura, da BEĨ Editora. São 208 páginas que retratam os projetos arquitetônicos e a história do Andrade Morettin Arquitetos, fundado em 1997 pelos arquitetos e urbanistas Marcelo Morettin e Vinicius Andrade. O evento acontece no Edifício BOX 298, na Vila Madalena, um dos projetos desenvolvidos pelo escritório paulistano.
São ao todo cinco cadernos. O primeiro reúne textos críticos e uma extensa entrevista com os sócios do escritório, redigidos por críticos da arquitetura como Fernando Serapião e Edwin Heathcote. Os demais focam na apresentação de projetos específicos, como o Edifício Pop,  o Edifício BOX 298, a Residência RR, o Impa e o IMS São Paulo, com detalhes de desenvolvimento das obras.
Crédito: divulgação/Andrade Morettin Arquitetos

ONU-Habitat publica documentos traduzidos sobre desenvolvimento urbano

Créditos: Cidade de Quito, no Equador, onde aconteceu a Habitat III (Ecuadorpostales/ Shutterstock)
Redação Galeria da Arquitetura
A terceira conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III), que aconteceu em Quito, capital do Equador, entre os dias 17 e 20 de outubro, reuniu representantes dos Estados-membros para elaboração de uma nova agenda urbana para o mundo. 
E para tornar os documentos temáticos da conferência acessíveis, eles foram traduzidos para o português pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos no Brasil (ONU-Habitat), com apoio de voluntário online da ONU, e estão disponíveis no site do Habitat III

exposição ‘lina bo bardi na linha do tempo’, na escola da cidade




A Escola da Cidade promove a exposição “Lina Bo Bardi na Linha do Tempo“, de 04 a 30 de novembro. A mostra apresenta um painel cronológico das obras construídas da arquiteta Lina Bo Bardi, organizado pelo arquiteto e autor da biografia de Lina, Zeuler Lima, a partir de maquetes digitais analíticas e de fotografias.
A programação da exposição inclui uma aula aberta com Zeuler Lima, no dia 08 de novembro, às 20h, na Escola da Cidade. A exposição e aula são parte integrante do programa de pós-graduação Civilização América, e são organizadas pelo curso “Arquitetura, Educação e Sociedade”.
Arquiteta, designer, cenógrafa, editora, ilustradora, Lina Bo Bardi (Roma, Itália 1914 – São Paulo SP 1992) é uma das figuras mais importantes da arquitetura latino-americana. Dona dos traços eternizados em icônicas obras como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), a Casa de Vidro e o Sesc Pompeia. Abrangente e interdisciplinar, a atuação de Lina extrapola os campos da arquitetura e do urbanismo; assinou produções para o teatro, cinema, artes plásticas, cenografia, mobiliário e participou da curadoria de diversas exposições.

Amanda Levete é responsável pelo projeto do novo edifício do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia em Lisboa

Espaço busca renovar o acesso ao rio Tejo a partir da cidade, regenerando o bairro

Luísa Cortés, do Portal PINIweb
Com projeto da arquiteta Amanda Levete, o novo edifício do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) foi inaugurado na última quarta-feira em Belém, Lisboa, Portugal. O design procurou criar espaços de exposições sob uma cobertura ondulante, que proporcionará um novo espaço público acima das galerias. O empreendimento foi encomendado pela Fundação EDP.
O MAAT terá mais de sete mil m² de espaço público novo e irá propor um campo de prática cultural, explorando a convergência entre a arquitetura, a tecnologia e a arte contemporânea. Isso também acontecerá a partir do seu programa, de exposições, eventos públicos e envolvimento com a cidade de forma transdisciplinar. O espaço também busca renovar o acesso ao rio Tejo a partir da cidade, regenerando o bairro.

“Ao compreender a ambição da [Fundação] EDP para Lisboa, o nosso projeto baseia-se no contexto do local, criando ligações físicas e conceptuais na zona ribeirinha que se repercutem no coração da cidade”, comenta a arquiteta responsável pelo design, Amanda Levete.

Projeto acessível e compacto ganha concurso de conjunto habitacional

O trabalho de Leandro Sasse busca otimizar os espaços e possui unidades adaptadas a portadores de necessidades especiais

Luísa Cortés, do Portal PINIweb
Na segunda-feira (10) foram divulgados pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (CODHAB) os vencedores do concurso nacional de projetos de arquitetura e complementares de unidades habitacionais coletivas na Quadra 700 de Sol Nascente, na Região Administrativa de Ceilândia, em Brasília (DF).
Leandro Sasse, de Blumenau (SC), ficou em primeiro lugar na competição. O projeto elaborado por ele, possui três volumes soltos e um único eixo de circulação vertical, localizado no centro da edificação. Estas características servem para otimizar os acessos e garantir mais espaço para a instalação de um elevador. Os volumes retangulares e
estreitos dinamizam a circulação horizontal, bem como melhoram a iluminação e ventilação natural do conjunto.
Os módulos são compactos e propiciam a densidade demográfica do local, além de reduzir os gastos de implementação do projeto. São 22 unidades habitacionais, todas com acessibilidade.
Dentro das unidades, os locais de longa permanência estão voltados para o exterior da edificação, o que garante maior incidência de luz natural e privacidade. Os ambientes de serviço, por sua vez, ficam no interior do edifício, juntamente com as instalações hidráulicas.
As medidas tomadas para garantir a sustentabilidade da construção estão resumidas na utilização de sistemas modulares e pré-fabricados, visando diminuir a quantidade de resíduos gerados na obra, concentração das áreas molhadas e instalações em uma única parede hidráulica.

Também haverá cisternas para armazenar a água da chuva, central de coleta seletiva e um bicicletário. Uma área verde combinada a um paisagismo proposto faz parte do projeto, com a finalidade de criar um microclima local, com espaços de integração sombreado, reduzindo as temperaturas.

Museu do Amanhã ganha prêmio internacional de melhor do ano na América Latina

Espaço competiu com o Museo Internacional del Barroco no México e o Space Caribbean na Jamaica

Luísa Cortés, do Portal PINIweb
No último fim de semana, o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, ganhou o prêmio internacional Leading Culture Destinations, na categoria de melhor museu do ano na América Latina. O projeto também ficou entre os finalistas na categoria de melhor arquitetura, em que competia com o Tate Modern Switch House, de Londres, na Inglaterra, e com o The Broad, de Los Angeles, nos Estados Unidos. Era o único participante da América do Sul.
“É importante saber que temos um reconhecimento desta natureza, mais ainda porque é pelo conjunto da obra, não por apenas um fator”, declarou o diretor-geral do museu, Ricardo Piquet. “Acho que contribuíram para este reconhecimento o conteúdo, a arquitetura e também a revitalização de toda a orla do Centro do Rio, incluindo a Praça Mauá”, completou.
Inaugurado em dezembro de 2015, o museu chama a atenção por sua arquitetura, de autoria de Santiago Calatrava. O espaço abriga exposições científicas sobre possibilidades para o futuro, com diretrizes sustentáveis. São proporcionadas experiências imersivas, ambientes audiovisuais e instalações interativa.

O projeto do museu é caracterizado pela sua cobertura branca de 48 peças de aço, que se assemelham a asas e se movimentam ao longo do dia, conforme a posição do sol. Com 3.810 toneladas, o telhado possui 338,34 metros de comprimento e 20,85 metros de altura. Quanto à geração de energia, foram instalados 5.492 painéis de células fotovoltaicas, divididos em 24 módulos e capazes de produzir 247,9 MW por ano.

Edo Rocha lança livro sobre conforto em projetos

Crédito: Tanio Marcos
Redação Galeria da Arquitetura
O livro O conforto na arquitetura e no design é o novo trabalho do arquiteto Edo Rocha. Convidado pela Editora Essential Idea, o autor apresenta de forma didática as referências ao conforto que adota em seus projetos. O lançamento está previsto para o dia 17 de outubro, em São Paulo. 
Segundo o autor, o conceito do que é confortável depende de inúmeras percepções durante o desenvolvimento dos projetos, como sensibilidade, gosto e culturas. Na elaboração dos textos, Edo Rocha procura demonstrar como estas percepções ocorrem até que seja possível conceber um projeto que proporcione bem-estar aos usuários. 
Crédito: Divulgação/agênciamam


Projeto de iluminação pública: veja dicas de especialistas

Créditos: Vista aérea do município de Barcelona, na Catalunha, Espanha (kavalenkava volha/ Shutterstock.com)
Redação Galeria da Arquitetura
Projetos de iluminação pública assumem a responsabilidade de proporcionar segurança e acolhimento aos espaços. Para equilibrar essas demandas, é necessário que o nível de luminância seja compatível com a área e que a temperatura da cor garanta aconchego aos usuários, sobretudo em praças e parques.
Outro fator importante a ser considerado no projeto é a frequência de troca e reparo das lâmpadas. Nesse sentido, o LED leva vantagem. “A manutenção é otimizada, uma vez que sua vida útil é extremamente elevada se comparada com as convencionais”, diz Widimar Ligeiro, arquiteto e light designer.
Economia e sustentabilidade
Além de uma vida útil maior, a tecnologia LED também proporciona economia aos projetos de iluminação pública. Em artigo publicado no Portal AECweb, o engenheiro eletricista Marcos Santos explica que a troca de 200 lâmpadas a vapor de mercúrio por luminárias de LED é capaz de gerar uma economia de, aproximadamente, 30 megawatts anuais. “Isso representa um grande benefício para a cidade, cujo investimento pode ser usado para suprir outras demandas da população”, destaca.
Ainda de acordo com Santos, a iluminação pública é responsável por 25% das emissões de CO2 na atmosfera. “Por isso, a opção por LEDs se mostra não apenas a mais econômica, mas a que menos agride o meio ambiente”.
É importante ressaltar que a troca de luminárias na iluminação pública requer o cadastro e o diagnóstico da área, exigindo corpo técnico especializado principalmente para especificação e compra dos materiais.
Créditos: Praça vermelha, em Moscou, na Rússia, enfeitada para as festas natalinas (vvoe/ Shutterstock.com)

O desafio dos projetos de casas pequenas

Casa Solar da Serra, por 3.4 Arquitetura – Foto: Joana França
Redação Galeria da Arquitetura
Projetos de casas pequenas demandam certo cuidado adicional dos arquitetos. Afinal, inserir um programa com conforto e funcionalidade em uma metragem reduzida exige muita criatividade. Garantir a sensação de amplitude e aproveitar cada centímetro do imóvel são alguns dos obstáculos a serem vencidos.
Para entender quais são os principais cuidados que esse tipo de projeto demanda, conversamos com os arquitetos Fabrizio Lenci, do vapor 324, Diogo Santos, do 3.4 Arquitetura, e Diego Morera, do MAPA (MAAM+Studio Paralelo). Confira as dicas:
Entenda a necessidade de cada cliente
Para Lenci, o primeiro passo é definir quais ambientes são imprescindíveis e quais podem ser descartados do projeto arquitetônico. “Em um apartamento de 60 m², não há necessidade de dois banheiros”, afirma. No entanto, a proporção e o tamanho de cada área dependem das preferências dos moradores. Com isso em mente, é importante priorizar locais onde eles passam a maior parte do tempo.
Morera concorda: “conhecer as necessidades do cliente é fundamental, pois em um espaço reduzido, somente a personalização proporciona sentimento de domínio e vínculo com o projeto. Trata-se de otimizar ao máximo, descobrir o essencial e priorizá-lo”. Foi o que aconteceu na casa MINIMOD, de apenas 27 m². “Ao distribuir os espaços, privilegiamos as áreas de convívio, que são as mais utilizadas, compactando as de serviço.”
                                                          Casa MINIMOD, por MAPA (MAAM+Studio Paralelo) – Foto: Leonardo Finotti

 
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