Acessibilidade nos aeroportos

CAU e Ministério das Cidades se encontram para firmar parceria sobre a fiscalização de acessibilidade em aeroportos para a Copa de 2014


O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), Haroldo Pinheiro, reuniu-se nesta quinta-feira (26/07) com o diretor de Políticas de Acessibilidade e Planejamento Urbano do Ministério das Cidades, Antônio Borges, para firmar parceria entre o CAU e o Ministério para fiscalização dos projetos de acessibilidade dos aeroportos para a Copa de 2014.
Antônio Borges afirmou que as obras devem permitir o acesso de todas as pessoas às dependências dos aeroportos: “A acessibilidade deve ser pensada para todas as pessoas, incluindo grávidas, obesos, idosos”, disse. Haroldo Pinheiro defendeu que o tema deve ser tratado como uma questão ética: “É dever do arquiteto e urbanista pensar em uma acessibilidade universal, que não restrinja a locomoção das pessoas”.
A proposta do Ministério das Cidades é a de que o CAU e outras entidades possam ajudar no monitoramento das obras, tendo em vista a Copa das Confederações, que ocorrerá em 2013 no Brasil, um ano antes da Copa do Mundo. A próxima reunião sobre o assunto deve acontecer na primeira quinzena de agosto, com o intuito de definir uma proposta de trabalho conjunta.

27 de julho de 2012

Fonte:  http://www.caubr.org.br/noticia43.html

Maringá irá sediar Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura 2013

Maringá irá sediar o Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura (Enea) de 2012. A notícia foi confirmada após uma pré-comissão organizadora ir até Salvador (BA), onde aconteceu a edição deste ano, para apresentar a Maringá e formalizar a candidatura. O Maringá e Região Convention & Visitors Bureau (MRCVB) apoiou a captação de mais este evento que é o que concentra o maior número de estudantes de arquitetura e urbanismo do Brasil.

O Enea é organizado pela Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura (FeNEA) e aborda inúmeros temas relativos a arquitetura e urbanismo, assim como seu ensino, pesquisa e extensão. O principal objetivo do evento é promover a troca de experiências e o debate entre os acadêmicos de arquitetura e urbanismo do Brasil.

Fonte: http://maringa.odiario.com/blogs/maringacvb/2012/07/30/maringa-ira-sediar-encontro-nacional-de-estudantes-de-arquitetura-2013/

IAB Convida!

Prêmio Soluções para Cidades 2012

prc3aamio-soluc3a7c3b5es-para-cidades

Apresentação:

Tema: Habitação de Interesse Social em Áreas de Risco, usando sistemas construtivos à base de cimento portland.

Esta terceira edição do Prêmio é mais uma iniciativa do Programa Soluções para Cidades desenvolvido pela ABCP. O objetivo do Programa é apoiar os municípios na efetivação de intervenções que qualifiquem e acelerem o desenvolvimento urbano nas áreas de Habitação, Mobilidade e Saneamento. Este ano foi priorizado o tema da Habitação de Interesse Social, pela atualidade da discussão que coloca de um lado o déficit habitacional brasileiro e por outro a política habitacional em vigor no país.

Tendo em vista que a qualidade do projeto arquitetônico e urbanístico de Habitação de Interesse Social é fundamental na produção e desenvolvimento sustentável das cidades, esse Concurso Nacional para Estudantes de Arquitetura e Urbanismo visa contribuir tecnicamente, apresentando soluções inovadoras e viáveis dentro do contexto sócio econômico e ambiental apresentado.

Propõe-se para essa edição um exercício projetual para o reassentamento de 133 famílias (considerando a media de quatro pessoas por família) residentes em áreas de risco, localizado no Sertão da Sesmaria, Município de Ubatuba, litoral norte de São Paulo (ver Bases do Concurso).

Alem da proposta de implantação das habitações deverão ser contempladas estruturas de contenção e manejo de águas, e equipamentos de apoio aos moradores como esporte, lazer e comércio.

Organização e Promoção:

Entidade promotora - Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

Entidade organizadora - Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo (IAB/SP)

Apoio – Instituto Geológico – Secretaria Estadual do Meio Ambiente

Quem pode participar:

Estudantes de Arquitetura e Urbanismo, regularmente matriculados em faculdades brasileiras, orientados por professor(a) arquiteto(a).

Tipo de concurso:

Nacional, para estudantes

Cronograma:

16 de julho de 2012 – Lançamento do Edital e abertura das inscrições.

20 de agosto de 2012 – Encerramento das consultas.

23 de agosto de 2012 – Entrega dos trabalhos.

24 a 26 de agosto de 2012 – Análise dos trabalhos pela Comissão de Seleção.

30 de agosto de 2012 – Divulgação dos resultados.

Premiação:

1º Prêmio R$ 5.000,00

2º Prêmio R$ 3.000,00

3º Prêmio R$ 2.000,00

Comissão Julgadora:

Arq. Rafael Schimidt IAB/SP

Arq. Ligia Pinheiro ABCP

Para mais informações e inscrições, consulte aqui a página oficial do concurso, ou também através da página do IAB-SP .

Fonte: http://concursosdeprojeto.org/2012/07/29/premio-solucoes-para-cidades-2012/

CAU implanta Ouvidoria

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) convidou para implantar a Ouvidoria Geral o arquiteto e urbanista José Eduardo de Castro Bicudo Tibiriçá, que fica responsável, a partir de agora, por zelar pelo aperfeiçoamento constante do Conselho.

“Estamos implantando uma ouvidoria dentro dos princípios da independência e autonomia. O Tibiriçá terá trânsito livre a reuniões de qualquer instância do CAU, além de acesso a todos os documentos, sejam de ordem administrativa, técnica ou política”, destaca o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro. “Para cumprir sua função de controle social, terá também espaço nos nossos canais de comunicação sempre que quiser, sem necessidade de autorização de ninguém”, completa. O ouvidor terá mandato de um ano, com até duas prorrogações.

Tibiriçá falou à Assessoria de Comunicação do CAU/BR:

Eu queria convidar os colegas a comigo pensar o que poderia ser uma ouvidoria dos arquitetos e urbanistas. A gente sabe que historicamente no mundo a forma como a ouvidoria é entendida, ou seja, como um instrumento de identificação dos anseios e necessidades de uma população a ser atendida por um organismo, é antiga. Ela nasceu no mundo em 1809, na Suécia, mas entre nós, ela é muito recente, coisa de 10-15 anos, apareceu em Curitiba. De lá pra cá, as nossas experiências com ouvidoria foram se enriquecendo, se multiplicando, mas a gente pode dizer que ela ainda está em formação.

Entre nós arquitetos e urbanistas, isso é uma total novidade. É a primeira vez que um conselho de Arquitetura e Urbanismo passa a existir na nossa história. E este fato é de uma importância tamanha para o aperfeiçoamento da nossa profissão, que a nossa ouvidoria também não poderia ser uma coisa como sempre foi – mais do mesmo – não pode ser. Então, a nossa proposta de trabalho é uma ouvidoria voltada para o futuro, ou seja, uma ouvidoria pró-ativa, que caminhe junto com os arquitetos e urbanistas, uma ouvidoria que saiba identificar o que que realmente o arquiteto e urbanista está precisando para exercer, da melhor forma possível, a sua profissão, esteja ele aonde estiver. Nós não vamos privilegiar eixos de concentração de adensamento profissional. Absolutamente. O nosso CAU vai buscar entender e atender os nossos arquitetos e urbanistas, estejam eles em São Paulo ou no interior de Minas Gerais, no interior do Acre, ou em qualquer ponto deste país.

Está sendo feito um esforço extraordinário para que a gente tenha um canal direto de comunicação e entendimento com todos os arquitetos. Hoje nós já temos tecnologia que possibilita esse tipo de sonho. Eu posso dizer para vocês que isso não é mais sonho, já está bem avançado e certamente ainda dentro deste ano de 2012 nós vamos poder anunciar para vocês uma ferramenta de aproximação de todos nós. Acredito que esta forma de entender ouvidoria vai ajudar a fortalecer o CAU, a nos unirmos em torno desta ideia, deste novo conselho, que nasceu após uma luta de mais de 52 anos, uma luta árdua em que infelizmente muitos dos que começaram não estão mais entre nós, e por isso mesmo aumenta nossa responsabilidade em fazer com que este Conselho seja realmente aquele conselho dos sonhos de todos nós.

Nesse sentido, a Ouvidoria vai buscar entender, escutar, identificar as necessidade e anseios de todos nós profissionais, do Brasil todo, no sentido de poder formular propostas de projetos, de políticas, etc, de forma a auxiliar o aperfeiçoamento do nosso CAU. A nossa ouvidoria vai ser um instrumento importante no desenvolvimento e aperfeiçoamento deste Conselho, que estamos começando a fazer agora. E quando eu digo “nós estamos fazendo”, somos nós todos, nós aqui e cada um no seu posto de trabalho – veja que hoje não falamos mais em prancheta, são nossos postos de trabalho, que muitas vezes não tem mais nem a nossa antiga régua T –, mas é este o futuro que temos que olhar. Quero que o nosso CAU, e que a ouvidoria, seja um instrumento importante nessa busca. Que o nosso CAU seja o conselho realmente de todos os arquitetos. E seja um conselho que esteja ao nosso lado, estejamos aonde estejamos. Esta é a nossa ideia, é a nossa vontade e vou precisar muito do apoio de todos vocês.

Mini Currículo

  • Vice-presidente nacional da ASBEA;
  • Vice-presidente nacional do IAB;
  • Vice-presidente nacional do Sinaenco;
  • Foi conselheiro do Conselho de Habitação e Urbanismo da Federação do Comércio do Estado de São Paulo;
  • É membro do Conselho de Legislação Urbana do Secovi;
  • Foi membro do Conselho Metropolitano de Política Urbana e da Comissão Normativa de Legislação Urbana da Prefeitura de São Paulo;
  • Foi agraciado com a personalidade do ano em Arquitetura e Urbanismo em 2006, pelo Sinaenco.

Confira a galeria de vídeos.

11 de julho de 2012

Fonte: http://www.caubr.org.br/entrevista2.html

Crítica

A cultura arquitetônica de uma sociedade evolui se, junto com os arquitetos que projetam e constroem, existe uma analise crítica que oriente, questione, debata e cobre resultados que permitam o natural desenvolvimento da disciplina e o melhoramento da cidade. Se não for assim, a evolução da arquitetura local fica sujeita aos interesses comerciais do mercado imobiliário, ao consumo de materiais de construção, à especulação do uso e ocupação do solo, à vaidade de decoradores e à influência de modelos externos, relegando os valores culturais da sociedade e os interesses sociais dos seus habitantes a níveis de sub-desenvolvimento e chatice provinciana.

Criticar significa "colocar em crise", submeter uma determinada produção artística ou arquitetônica a variáveis de analise determinadas por ideologias que permitem comprovar até onde essa produção resiste às complexas exigências da cultura e da vida contemporânea. A arquitetura não remete só à teorias e métodos de produção. Como experiência criativa, existem posicionamentos conscientes ou inconscientes que orientam as decisões de projeto e comprometem o resultado social. A consciência ideológica profissional resulta imprescindível para entender os caminhos que os projetos devem seguir e as conseqüências urbanas e sociais das decisões. Os grandes arquitetos, aqueles que construíram obras transcendentes, tinham muito claro seus posicionamentos e em virtude deles desafiavam e transformavam a cidade e a sociedade através da arquitetura. A passividade ideológica, aquela que produz arquitetura consumindo modelos de moda, leva à produção de obras intranscendentes e culturalmente inócuas. Neste ponto, uma cultura de crítica arquitetônica torna se indispensável para transferir uma visão supra- metódica ao cotidiano do ato de projetar. Sem uma cultura de debate e provocação, a produção arquitetônica de uma sociedade cai numa inércia de mesmice que beneficia só a uma pequena parte dos seus integrantes.

A crítica de arquitetura jamais poderá ser objetiva. Além da inexistência da objetividade, a subjetividade é sua essência. O confronto entre as subjetividades de quem produz e de quem julga é o condimento que torna a crítica instigante e aberta: confronto de ideologias que faz evoluir a condição do homem que pensa e constrói. Construir, habitar, pensar, atividades que segundo Martin Heidegger (1) marcam o sentido do homem na terra, precisam ser constantemente re-pensadas e discutidas para o desenvolvimento genuíno da cultura que define o presente e o futuro de nossas cidades como manifestações físicas e de nossas sociedades como a constituição essencial que lhes dá sentido.

No campo das artes e da arquitetura, a crítica inicia se de fora para dentro, como um julgamento estético baseado em critérios de valoração individuais. Numa segunda instancia considera-se um processo metodológico, especialmente na arquitetura, devido a sua implicância social e a quantidade de fatores que intervém na definição de um projeto e na construção de uma obra. Por tanto, segundo considera J. M. Montaner (2), se produz uma mistura entre método de analise e sensibilidade, intuição e gosto. Situado entre o raciocínio e a intuição, o crítico de arquitetura assume um compromisso ético que permite transmitir à sociedade a compreensão da arquitetura como fenômeno cultural.

O objeto de analise crítica da arquitetura é a obra construída. J. M. Montaner esclarece a necessidade de visitar para conhecer, compreender e sentir a obra. A arquitetura possui um componente emotivo que só pode ser apreciado na vivencia concreta, tanto do próprio crítico quanto no intercambio de experiências com as pessoas que utilizam cotidianamente os espaços projetados. Numa sociedade mediática, sujeita à constantes bombardeios de imagens e apelos de consumo, o estímulo à analise critica resulta essencial se queremos garantir um desenvolvimento digno da cultura arquitetônica.

1- HEIDEGGER, Martin, Construir, pensar, habitar, texto exposto em Darmstad, 1951, como reflexão crítica dos programas de habitação massiva do governo alemão.

2- MONTANER, Josep Maria. Arquitetura e critica. Editorial Gustavo Gilli, SL, Barcelona, 2007.

Roberto Ghione Roberto Ghione, arquiteto

Palestra: Desdobre as suas ideias

Discurso de posse de Sérgio Magalhães (Presidente do IAB)


Desejo saudar a todos, autoridades, colegas, dirigentes de entidades co-irmãs, meus caros colegas integrantes da DN, amigos de várias partes do país que se fazem presentes e prestigiam este encontro.
1. O IAB está inaugurando uma nova etapa de sua história de mais de noventa anos, fundado que foi em 1921.
Nos primeiros tempos, privilegiou a defesa da nova arquitetura, a arquitetura moderna.
Vitorioso o modernismo com Brasília, o IAB abraçou a bandeira da reforma urbana, dentre o conjunto de reformas de base na ocasião consideradas essenciais para o desenvolvimento nacional.
Esta bandeira foi abalada com a eclosão da ditadura. Então, com outras entidades profissionais e da sociedade, o IAB integrou-se à luta pela democracia.
Nas últimas décadas, nosso IAB empenhou-se medularmente na guerra pela independência profissional dos arquitetos do sistema CREA / CONFEA.
Com as demais instituições de arquitetos - todas elas, de algum modo, gestadas no próprio IAB- –FNA, ABEA, ASBEA e ABAP festejamos a aprovação da lei que criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, sancionada pelo presidente Lula no último dia de seu mandato. Hoje, o CAU é uma vitória e uma realidade.
A energia de nossa entidade se encontra revigorada, sabendo-se que o exercício da profissão terá um tratamento institucional adequado.
Faço uma homenagem, com meus colegas desta Direção Nacional, aos que nos precederam, às gerações de colegas arquitetos que dirigiram
este Instituto nessas várias etapas de sua história, que batalharam pela arquitetura e pela cultura –destacando o nome de Benito Sarno, aqui presente. Homenageio especialmente meu antecessor Gilson Paranhos e sua Direção, pelo trabalho hercúleo que realizaram.
Nesta nova etapa, o IAB reafirma suas bandeiras históricas, dentre as quais duas que integraram sua ata de fundação: o concurso de projetos e a habitação popular.
Mas, igualmente, ciente que a arquitetura é a edificação e é o conjunto construído, ou seja, a própria cidade.
2. Lá em 1921, quando o IAB foi fundado, as cidades brasileiras somavam pouco mais de 4 milhões de habitantes. Equivale a uma cidade como Belo Horizonte, um pouco mais que Porto Alegre. Os urbanos eram apenas 15% da população do país.
Hoje, somos 170 milhões morando em cidades, 85% da população brasileira. Temos 18 metrópoles. Duas megacidades, Rio e São Paulo.
Estes números nos dizem sobre a fabulosa realidade que o nosso país construiu. Nos dizem, também, das possibilidades materiais de nosso território e, sobretudo, da gigantesca capacidade de nosso povo.
Em poucas décadas, o Brasil passou de “eminentemente agrário” para “sexta economia do mundo”.
Reconhecemos os esforços feitos pelo país para promover a industrialização, o agro-negócio, o sistema financeiro, a energia, as comunicações, entre outros setores essenciais para se alcançar o desenvolvimento.
Porém, nessas décadas em que a urbanização foi explosiva, no caso da habitação, tratou-se de desestimular a produção de moradia, a fim de que os capitais nela aplicáveis pudessem se destinar ao incipiente setor industrial.
No transporte urbano, desconstruiu-se o modo sobre trilhos, bondes e trens urbanos, em benefício da indústria automobilística. Estimulou-se a emigração do campo, oferecendo mão de obra barata à indústria e inchando as cidades. Para a ocupação das cidades hiper-demandadas, resultou uma expansão sem infraestrutura de saneamento, sem transporte, sem moradia e sem regulação urbanística: um “vale tudo”, um “farwest doméstico”, que caracteriza boa parte das grandes cidades.
É possível avaliar que as cidades subsidiaram o crescimento brasileiro.
Desse modo, elas hoje evidenciam um importante passivo sócio-ambiental que se coloca como um desafio fundamental a ser enfrentado nos próximos anos.
Paradoxalmente, elas também se constituem como um patrimônio sócio-cultural e espacial de enorme diversidade e riqueza.
3. Mas agora as coisas mudam.
A demografia nos informa que a população tende à estabilidade.
Neste século 21, o desenvolvimento se dará a partir do conhecimento e da inovação, cujo lugar de produção e de difusão é a cidade.
Tanto por essa razão como por exigências da evolução de nossa democracia, o Brasil precisará voltar atenção ao seu sistema urbano.
Temos hoje alguns bons fundamentos institucionais. Temos o Estatuto das Cidades, que oferece instrumentos de gestão urbanística. Temos o Ministério das Cidades, criado depois de décadas sem órgão federal voltado ao urbano. Os municípios, desde a Constituição, dispõem de melhores meios. Falta o arcabouço para as metrópoles.
De fato, o país dispõe de recursos financeiros destinados às cidades em volume jamais alcançado antes.
Mas nossas cidades não têm projeto.
Não debatemos se elas podem continuar expandindo ou se devem ser mais compactas. É possível universalizar os serviços públicos com expansão?
Ainda não decidimos sobre a mobilidade urbana: continuaremos dando prioridade ao rodoviário? Será valorizado o transporte coletivo de alto rendimento?
E o grande esforço que as famílias fizeram construindo suas moradias, em loteamentos e em favelas, será complementado pelos investimentos coletivos na produção das infraestruturas e dos espaços públicos?
Como alcançar a equidade urbana, indispensável exigência democrática?
São perguntas que não tem resposta padrão.
4. Em aula magna que proferiu na FAU USP pouco antes de ser cassado pela ditadura, o arquiteto Vilanova Artigas lembrou a correlação semântica entre “desenho”, “desígnio” e “projeto” –como intenção, objetivo. Logo, escolha, isto é, política.
Senhor Ministro, Senhor Prefeito,
certamente todos concordamos que nossas cidades não devem continuar como consequência das circunstâncias, mas promovidas segundo o nosso desejo, o desejo coletivo, construído no debate.
O desenho da cidade brasileira é um dos grandes desafios estratégicos para o país neste início de século.
O IAB e os arquitetos felizmente já não rezamos o credo da arquitetura mágica –que tudo resolveria. Pensamos que o processo é necessário.
Defendemos o concurso público de projetos para as edificações públicas, certos de que se alcança uma melhor resposta e sobretudo se alicerça uma cultura qualificada sobre o espaço da cidade.
Defendemos a elaboração de projetos completos não por razões corporativas. Sabemos que obras bem projetadas serão melhor construídas.
Defendemos a urbanização dos assentamentos populares, loteamentos e favelas, como condição para a democratização da cidade. O país já tem experiência exitosa nesse trabalho, em conceito e em escala, reconhecida internacionalmente. Defendemos a assistência técnica, como instrumento importante para a melhora das moradias e da própria cidade.
 

Defendemos que a habitação popular esteja inserida plenamente na cidade -a valorizar a diversidade espacial e social.
Defendemos a qualificação do espaço público, lugar da interação –essência da cidade.
Senhoras e senhores, ministro, prefeito, autoridades, colegas, O IAB e os arquitetos estamos convictos que a arquitetura pode oferecer contribuição essencial à cultura, à cidade, à democracia, ao bem estar dos cidadãos, ao desenvolvimento da nação.
Sobretudo, defendemos a construção de uma agenda política nacional que inclua o debate sobre o urbano como uma tarefa necessária.
O IAB que luta pela cultura e pela arquitetura é o mesmo que sempre lutou pela justiça social, pelo desenvolvimento, pela liberdade.
Esta é uma instituição comprometida –e assim prosseguiremos.
É este o desejo dos arquitetos brasileiros. É esta a diretriz do seu Conselho Superior. E é esta a tarefa da Direção Nacional. Muito obrigado

Fotos da Posse da Nova Diretoria do IAB Nacional.



  
Gilson Paranhos
Ex-presidente do IAB
e
Sérgio Magalhães
Atual Presidente do IAB

Auditório da Sede do IAB do Rio de Janeiro


O prefeito Eduardo Paes compareceu à posse do IAB Nacional. Destacou a atuação do Instituto em programas como o Morar Carioca. “Sabemos da importância do IAB, sob todos os aspectos. Cada vez mais, o papel político da instituição se fortalece”, disse o prefeito, que se comprometeu a estabelecer normas para convocar o IAB para organizar todos os concursos públicos para projetos de edificações municipais. 



Arq. Rafael Mano (IAB - TO),  Claudemir Andrade ( Presidente do IAB - AM), Patricia Orfila (Presidente do IAB - TO) e Paulo Henrique Paranhos ( Presidente do IAB - DF)

Posse de diretoria nacional inicia nova etapa no IAB

Sérgio Magalhães: "IAB reafirma suas bandeiras em defesa de habitações populares e concursos"

Eleito para presidir o Instituto de Arquitetos do Brasil no biênio 2012-2014, o arquiteto Sérgio Magalhães tomou posse em cerimônia realizada no  dia 20 de julho, na sede do IAB-RJ. Líder de uma chapa que conta com outros representantes do Rio de Janeiro e de vários estados do país, Sérgio apontou alguns dos objetivos do grupo e fez breve análise dos principais problemas urbanos de nosso país.
“O IAB inicia uma nova etapa em sua história, e reafirma duas de suas principais bandeiras: os concursos de projetos e a defesa da habitação popular”, disse o novo presidente. “A arquitetura compreende a habitação e também o conjunto construído, ou seja, a cidade”.
O novo presidente destacou os desafios da classe no que diz respeito ao crescimento e importância dos meios urbanos para a sociedade brasileira. Em 1921, quando o IAB foi criado, eram 4 milhões de pessoas vivendo nas cidades, um total de 15% da população do Brasil. Hoje são 170 milhões, ou seja, 85% dos brasileiros vivem nas cidades.  “Nosso povo transformou um país agrário na sexta economia do mundo em poucas décadas, mas isso trouxe problemas, como a ocupação desordenada. O desenho das cidades é um dos grandes desafios neste início de século”, concluiu.
Magalhães homenageou o arquiteto Gilson Paranhos, do Distrito Federal, a quem substitui e em cujo mandato foi concretizado um antigo objetivo: a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). Assim, destacou todos os colegas que o antecederam  “em defesa da arquitetura e da cultura”.
Paranhos lembrou que, nos últimos anos, o IAB “organizou um debate em busca de um país rico, ou seja, um país sem pobreza. E isso é impossível sem assessoria técnica pública e gratuita”. O ex-presidente reforçou a importância da organização da classe. “Conseguimos uma conquista histórica, a criação do CAU. Todos querem, precisam e vão trabalhar para acertar”.

Gilson Paranhos entregou o cargo de presidente do IAB a Sérgio Magalhães

Fonte: http://www.iabrj.org.br/posse-de-diretoria-nacional-inicia-nova-etapa-no-iab

CONCURSO NACIONAL PARA ESTUDANTES DE ARQUITETURA E URBANISMO PRÊMIO SOLUÇÕES PARA CIDADES 2012

 
 
A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), entidade promotora, juntamente com o Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento São Paulo (IAB/SP), entidade organizadora, com o apoio do Instituto Geológico - Secretaria Estadual do Meio Ambiente, institui a presente seleção de projetos destinado a premiar 3 (três) propostas elaboradas por estudantes de graduação em Arquitetura e Urbanismo, regularmente matriculados em faculdades brasileiras, orientados por professor(a) arquiteto(a), sobre o tema Habitação de Interesse Social em Áreas de Risco, usando sistemas construtivos à base cimento portland.

Apresentação 
Esta terceira edição do Prêmio é mais uma iniciativa do Programa Soluções para Cidades desenvolvido pela ABCP. O objetivo do Programa é apoiar os municípios na efetivação de intervenções que qualifiquem e acelerem o desenvolvimento urbano nas áreas de Habitação, Mobilidade e Saneamento. Este ano foi priorizado o tema da Habitação de Interesse Social, pela atualidade da discussão que coloca de um lado o déficit habitacional brasileiro e por outro a política habitacional em vigor no país. 

Tendo em vista que a qualidade do projeto arquitetônico e urbanístico de Habitação de Interesse Social é fundamental na produção e desenvolvimento sustentável das cidades, esse Concurso Nacional para Estudantes de Arquitetura e Urbanismo visa contribuir tecnicamente, apresentando soluções inovadoras e viáveis dentro do contexto sócio econômico e ambiental apresentado.

Propõe-se para essa edição um exercício projetual para o reassentamento de 133 famílias (considerando a media de quatro pessoas por família) residentes em áreas de risco, localizado no Sertão da Sesmaria, Município de Ubatuba, litoral norte de São Paulo (ver Bases do Concurso). 

Alem da proposta de implantação das habitações deverão ser contempladas estruturas de contenção e manejo de águas, e equipamentos de apoio aos moradores como esporte, lazer e comercio.

Bases do Concurso



XXIV CONGRESSO PANAMERICANO DE ARQUITETOS!

ÚLTIMOS DIAS!!!

Segundo lote de inscrições promocionais
XXIV CONGRESSO PANAMERICANO DE ARQUITETOS!
Valores promocionais até 30 de julho!

Acesse o site oficial
www.xxivcpa.com.br
e faça hoje mesmo sua inscrição promocional!
Várias formas de pagamento:
boleto, cartão(à vista ou parcelado), pay-pal
Sócios do IAB tem desconto ainda maior!

Participe do maior congresso de arquitetos das Américas!
Esperamos por você!

...

Organização XXIV CPA
Instituto de Arquitetos do Brasil
Departamento de Alagoas
www.iabal.com.br

CONTATO

E-mail: iabtocantins@gmail.com

Endereço: O IAB está funcionando temporariamente na sede do CAU Tocantins
Quadra 103 SUL RUA SO 5 LOTE 12 SALA 04 E 05 (Em cima da Center Ótica).

Cadastro IAB - Tocantins

Convite - Posse da nova Diretoria Nacional do IAB.

2º Colóquio Ibero-americano Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto

Paisagem Cultural

CHAMADA DE TRABALHOS

Em 2012 quando se comemoram os vinte anos de inclusão da categoria "paisagem cultural" na Convenção do Patrimônio Mundial da UNESCO acontece o "2º Colóquio Ibero-americano Paisagem Cultural, patrimônio e projeto", promovido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Instituto de Estudos de Desenvolvimento Sustentável (IEDS), contando ainda com o apoio da Universidad Politécnica de Madrid (UPM) e da Universidade Federico II de Nápoles.

Nesse colóquio vão se aprofundar as discussões iniciadas na primeira edição, fazendo-se uma avaliação desse conceito e das implicações que ele tem tido nas políticas de patrimônio, especialmente sob a ótica do mundo ibero-americano, no qual nos últimos anos tem se criado instrumentos para a tutela da paisagem.

TEMÁRIO

O 2º Colóquio Ibero-americano Paisagem Cultural, patrimônio e projeto abrirá espaço para comunicações, que poderão ter o caráter teórico ou apresentar estudos de casos. Os trabalhos deverão se enquadrar num dos três eixos temáticos do Colóquio. A seleção das comunicações se fará a partir de resumo.

Eixo temático 1 - Paisagem cultural: um conceito em construção - Neste eixo vão se discutir as contribuições das diversas áreas para a formação do conceito de paisagem cultural, e seus desdobramentos teóricos e práticos.

Eixo temático 2 - Paisagem e paisagem cultural: tipologias e instrumentos - Neste eixo vão se discutir os diversos tipos de paisagem cultural e as formas de sua descrição e análise.

Eixo temático 3 - Paisagem cultural: estratégias de preservação e intervenção - Neste eixo vão se discutir as propostas de preservação e intervenção na paisagem, em suas diferentes escalas.


CALENDÁRIO

Envio de resumos: até 15 de agosto de 2012

Informe da seleção de resumos: 30 de agosto de 2012

Envio dos trabalhos completos para publicação: até 20 de outubro de 2012

Abertura do evento: 19 de novembro de 2012

MAIORES INFORMAÇÕES

http://www.forumpatrimonio.com.br/paisagem2012/

Telefone: 31.3409.8820

Treinamento REVIT 2012

CAU/BR - Carta aberta aos Senadores da República

Brasília, 25 de junho de 2012.


Assunto: Proposta de Emenda à Constituição nº 02, de 2010.

Senhor Senador,

Com nossos cordiais cumprimentos, vimos a presença de Vossa Senhoria apresentar o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil. Autarquia dotada de personalidade jurídica de direito público, o CAU possui a função de "orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de arquitetura e urbanismo, zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem como pugnar pelo aperfeiçoamento do exercício da arquitetura e urbanismo" (§ 1º do Art. 24º da Lei 12.378/2010).
Neste intuito, nos colocamos a disposição para qualquer assunto referente à tramitação da PEC 02 de 2010 que estabelece como princípio do sistema remuneratório do servidor público a observância do piso salarial nacional das diversas categorias, nos termos da lei federal, uma iniciativa louvável de vários membros desta Casa.
Defendemos que o trabalhador deve receber um salário condigno com sua formação de nível superior. Acreditamos que a PEC02/2010, pretende superar uma injustiça decorrente do fato de existir um piso salarial mínimo fixado em lei e não cumprido pelo Poder Público.


Atenciosamente,

HAROLDO PINHEIRO VILLAR DE QUEIROZ
Presidente do CAU/BR

Fonte:  http://www.caubr.org.br/poderes.html

Três projetos brasileiros na 8.ª Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo / Espanha

biau8_1-530x106 Divulgação

Foram 152 projetos inscritos e apenas 26 selecionados sendo três projetos desenvolvidos por escritórios brasileiros que irão representar o Brasil na 8.ª Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo (Biau), em setembro, na Espanha. Os projetos: uma casa – projetada há dois anos e construída em São Paulo no ano passado -, um edifício residencial também paulistano e a Sede Nacional do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Brasília.

Sede Sebrae                                                                    Sede do SEBRAE / gruposp © Nelson Kon

Os arquitetos Álvaro Puntoni, João Sodré e Jonathan Davies, do gruposp, tiveram dois dos três projetos brasileiros selecionados: a  Sede do Sebrae, em Brasília e o Edifício Habitacional na Rua Simpatia, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo.

 

vista_rua_simpatia_530x795-300x450                                                                                           Edifício Habitacional na Rua Simpatia © Nelson Kon

A Casa 4×30 é  o terceiro projeto brasileiro construída na zona sul de São Paulo, projeto parceria dos escritório FGMF Arquitetos e CR2Arquitetura.

Casa 4 x30 Casa 4 x 30 © Fran Parente

Fonte: Helm , Joanna . "Três projetos brasileiros na 8.ª Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo / Espanha" 29 Jun 2012. ArchDaily. Accessed 01 Jul 2012. http://www.archdaily.com.br/56889/tres-projetos-brasileiros-na-8-a-bienal-ibero-americana-de-arquitetura-e-urbanismo-espanha/

 
IAB Tocantins Copyright © 2009 Blogger Template Designed by Bie Blogger Template
Edited by Allan