CAU implanta Ouvidoria

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) convidou para implantar a Ouvidoria Geral o arquiteto e urbanista José Eduardo de Castro Bicudo Tibiriçá, que fica responsável, a partir de agora, por zelar pelo aperfeiçoamento constante do Conselho.

“Estamos implantando uma ouvidoria dentro dos princípios da independência e autonomia. O Tibiriçá terá trânsito livre a reuniões de qualquer instância do CAU, além de acesso a todos os documentos, sejam de ordem administrativa, técnica ou política”, destaca o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro. “Para cumprir sua função de controle social, terá também espaço nos nossos canais de comunicação sempre que quiser, sem necessidade de autorização de ninguém”, completa. O ouvidor terá mandato de um ano, com até duas prorrogações.

Tibiriçá falou à Assessoria de Comunicação do CAU/BR:

Eu queria convidar os colegas a comigo pensar o que poderia ser uma ouvidoria dos arquitetos e urbanistas. A gente sabe que historicamente no mundo a forma como a ouvidoria é entendida, ou seja, como um instrumento de identificação dos anseios e necessidades de uma população a ser atendida por um organismo, é antiga. Ela nasceu no mundo em 1809, na Suécia, mas entre nós, ela é muito recente, coisa de 10-15 anos, apareceu em Curitiba. De lá pra cá, as nossas experiências com ouvidoria foram se enriquecendo, se multiplicando, mas a gente pode dizer que ela ainda está em formação.

Entre nós arquitetos e urbanistas, isso é uma total novidade. É a primeira vez que um conselho de Arquitetura e Urbanismo passa a existir na nossa história. E este fato é de uma importância tamanha para o aperfeiçoamento da nossa profissão, que a nossa ouvidoria também não poderia ser uma coisa como sempre foi – mais do mesmo – não pode ser. Então, a nossa proposta de trabalho é uma ouvidoria voltada para o futuro, ou seja, uma ouvidoria pró-ativa, que caminhe junto com os arquitetos e urbanistas, uma ouvidoria que saiba identificar o que que realmente o arquiteto e urbanista está precisando para exercer, da melhor forma possível, a sua profissão, esteja ele aonde estiver. Nós não vamos privilegiar eixos de concentração de adensamento profissional. Absolutamente. O nosso CAU vai buscar entender e atender os nossos arquitetos e urbanistas, estejam eles em São Paulo ou no interior de Minas Gerais, no interior do Acre, ou em qualquer ponto deste país.

Está sendo feito um esforço extraordinário para que a gente tenha um canal direto de comunicação e entendimento com todos os arquitetos. Hoje nós já temos tecnologia que possibilita esse tipo de sonho. Eu posso dizer para vocês que isso não é mais sonho, já está bem avançado e certamente ainda dentro deste ano de 2012 nós vamos poder anunciar para vocês uma ferramenta de aproximação de todos nós. Acredito que esta forma de entender ouvidoria vai ajudar a fortalecer o CAU, a nos unirmos em torno desta ideia, deste novo conselho, que nasceu após uma luta de mais de 52 anos, uma luta árdua em que infelizmente muitos dos que começaram não estão mais entre nós, e por isso mesmo aumenta nossa responsabilidade em fazer com que este Conselho seja realmente aquele conselho dos sonhos de todos nós.

Nesse sentido, a Ouvidoria vai buscar entender, escutar, identificar as necessidade e anseios de todos nós profissionais, do Brasil todo, no sentido de poder formular propostas de projetos, de políticas, etc, de forma a auxiliar o aperfeiçoamento do nosso CAU. A nossa ouvidoria vai ser um instrumento importante no desenvolvimento e aperfeiçoamento deste Conselho, que estamos começando a fazer agora. E quando eu digo “nós estamos fazendo”, somos nós todos, nós aqui e cada um no seu posto de trabalho – veja que hoje não falamos mais em prancheta, são nossos postos de trabalho, que muitas vezes não tem mais nem a nossa antiga régua T –, mas é este o futuro que temos que olhar. Quero que o nosso CAU, e que a ouvidoria, seja um instrumento importante nessa busca. Que o nosso CAU seja o conselho realmente de todos os arquitetos. E seja um conselho que esteja ao nosso lado, estejamos aonde estejamos. Esta é a nossa ideia, é a nossa vontade e vou precisar muito do apoio de todos vocês.

Mini Currículo

  • Vice-presidente nacional da ASBEA;
  • Vice-presidente nacional do IAB;
  • Vice-presidente nacional do Sinaenco;
  • Foi conselheiro do Conselho de Habitação e Urbanismo da Federação do Comércio do Estado de São Paulo;
  • É membro do Conselho de Legislação Urbana do Secovi;
  • Foi membro do Conselho Metropolitano de Política Urbana e da Comissão Normativa de Legislação Urbana da Prefeitura de São Paulo;
  • Foi agraciado com a personalidade do ano em Arquitetura e Urbanismo em 2006, pelo Sinaenco.

Confira a galeria de vídeos.

11 de julho de 2012

Fonte: http://www.caubr.org.br/entrevista2.html

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