Lançamento: Oswaldo Arthur Bratke Arquiteto, no Instituto Tomie Ohtake

Por:  Redação Cesar Giobbi

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Quando Oswaldo Arthur Bratke (1907–1997) terminou o livro que reunia a sua obra, com textos de Hugo Segawa e edição de Vicente Wissenbach, não teve tempo de assistir ao seu lançamento, pois faleceu, um mês antes, em julho de 1997. Agora após 15 anos, a obra é reeditada com versão em inglês (PW Editores, 404 págs., R$ 100) e será lançada nesta quinta-feira (dia 23), às 20h, no Instituto Tomie Ohtake.

Um dos principais nomes da arquitetura moderna brasileira, Oswaldo Bratke notabilizou-se pela contínua experimentação de técnicas construtivas e, sobretudo, por sua arquitetura residencial. Foi autor de mais de 500 casas, mas antes de tudo - afirma Segawa - era um inventor capaz de criar de uma cidade a uma cadeira. Assim, entre seus projetos estão duas cidades no Amapá – a Vila Amazonas e a Vila Serra do Navio (1955-60) e uma cadeira em madeira (1948), cujo protótipo, entre outros projetos do arquiteto, está no acervo do Centre Pompidou em Paris.

O livro reúne muitas de suas casas reconhecidas pela moldura estrutural, de lógica construtiva racional, mas flexibilizada pelos espaços fechados, abertos, semi-abertos e pelos materiais com diferentes texturas e efeitos de luz e sombra. Um dos exemplos de sua marcante linguagem está na moradia original da família e hoje Fundação Oscar Americano, aberta à visitação.

Muitas de suas residências, consideradas referências da arquitetura moderna paulista e posteriormente demolidas, têm sua memória preservada no livro. É o caso da casa de Ciccillo Matarazzo, em Ubatuba (1959/60), e da própria residência do arquiteto, no Morumbi (1951), destacada com menção especial na 1ª Bienal de São Paulo (1951), e na qual Bratke recebeu figuras ilustres, como Kenzo Tange, Walter Gropius e Alvar Aalto, Siegfried Giedion, além do convívio com muitos colegas brasileiros, entre os quais, José Zanini Caldas.

Entre os projetos de destaque reunidos na publicação estão ainda o Balneário em Águas de Lindóia (1952-59), com jardins desenhados por Burle Marx e murais e pisos criados por Lívio Abramo; Estações da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro (1960); Escola de Minas e Metalurgia da USP (1960/67); e seus três edifícios situados na confluência das ruas Major Sertório e Araújo em São Paulo. Em um deles, no Edifício ABC (1949), Bratke mantinha seu escritório, assim como muitos outros colegas, entre eles, Paulo Mendes da Rocha.

O livro traz também mais uma faceta do arquiteto, seu talento artístico, seu apurado desenho para cada projeto, além de suas obras em grafite, guache e lápis de cor sobre papel, feitas em diferentes cidades do mundo. Desde a publicação da primeira edição, os desenhos, as fotos originais e os demais registros gráficos profissionais de Oswaldo Arthur Bratke pertencem à Biblioteca da FAU-USP.

Serviço:

Lançamento livro Oswaldo Arthur Bratke
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201, Pinheiros, tel. 2245-1900
Dia 23, às 20h

Fonte: http://www.taste.com.br/cesar-giobbi/item/7941-oswaldo-arthur-bratke.html

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