Pampulha, em MG, é declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco

Carlos Eduardo Cherem
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte
  • Divulgação/Belotur
O Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, foi oficialmente declarado neste domingo (17), em Istambul, na Turquia, o 13º sítio do país considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco (Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Se considerados também os bens naturais considerados pela Unesco, a Pampulha passa a ser o 20º bem brasileiro inscrito na lista do patrimônio mundial.

A conquista do título foi aprovada após o referendo dos representantes de 21 países que participaram da 40ª reunião do Comitê de Cultura da Unesco na madrugada deste domingo (17), após ser adiada por 24 horas por causa da tentativa de golpe de Estado no país.
A Pampulha é o quarto sítio em Minas Gerais que recebe o título, que ainda tem a cidade de Ouro Preto, o centro histórico de Diamantina e o santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas, declarados patrimônio.

Criada na década de 1940 pelo então prefeito de Belo Horizonte, o ex-presidente Juscelino Kubistchek (1902-1976), para ser um centro de lazer e turismo, foram construídos na Pampulha quatro prédios de formas arredondadas, linhas simples e cores claras, a Igreja São Francisco de Assis, o Iate Tênis Clube, a Casa do Baile e o Museu de Arte, concebidos pelo arquiteto pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com jardins do paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994) e pinturas de Cândido Portinari.

De acordo com a assessoria do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico), além de patrimônio cultural, o conjunto da Pampulha foi o primeiro sítio no mundo a receber o título de Paisagem Cultural do Patrimônio Moderno, que começou a ser concedido este ano pela Unesco.

Por meio de nota, logo após a decisão da Unesco, o governo brasileiro afirmou que  "a Unesco, ao reconhecer o valor universal excepcional da Pampulha, considerou o conjunto como símbolo de uma arquitetura moderna distante da rigidez do construtivismo e adaptada de forma orgânica às tradições locais e às condicionantes ambientais brasileiras".

A nota ainda informa também que "a decisão recomenda também que o Brasil restaure elementos do complexo, amplie o plano de gestão para incorporar os compromissos assumidos no processo de avaliação da candidatura, estabeleça uma estratégia de turismo para a área e adote medidas para melhorar a qualidade da água da lagoa. Essas providências exigirão a ação conjunta dos governos federal, estadual e municipal, em harmonia com a comunidade local".

De acordo com o Iphan, os dois títulos trazem benefícios que ajudarão os três níveis de governo (União, Estado e prefeitura) a cumprirem compromissos de preservação desses bens. Além disso, esses títulos podem representar um grande incremento ao turismo e pode também viabilizar verbas de fundos internacionais para cultura e turismo.
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