Encontro premia trabalhos de graduação para habitação de interesse social

Vencedores foram anunciados durante a terceira edição do Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono, em São Paulo

Maryana Giribola
2/Outubro/2015


Transformar um terreno isolado por altos e extensos muros, ocupado por imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida, em um espaço relacionado com o entorno, com novas quadras, mais espaços livres, novos blocos comerciais e mistos e expansão da habitação mínima. A proposta, chamada “Mais que uma casa, uma vida: recomposição urbana de Senador Camará”, da arquiteta Evelyn da Silva Corrêa, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi a vencedora do concurso de trabalhos finais de graduação para habitação de interesse social, promovido na terceira edição do Congresso Internacional da Habitação no Espaço Lusófono (Cihel).
Ao todo, foram 30 trabalhos inscritos no concurso que visava a incentivar soluções criativas e inovadoras para as demandas de habitação para a população de baixa renda. Foram aceitas propostas desenvolvidas durante os trabalhos de conclusão de curso nos anos de 2013 e 2014 de egressos das escolas de arquitetura e urbanismo dos países membros do Cihel.
O congresso, que sempre foi sediado em Portugal, aconteceu pela primeira vez em São Paulo entre os dias 8 e 11 de setembro. Organizado pelas faculdades de arquitetura e urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP) e da Universidade Presbiteriana Mackenzie (FAU Mackenzie) e pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAUUSP), o mote dessa edição foi “Habitação: urbanismo, cultura e ecologia dos lugares”.
A comissão julgadora, composta por Artur Simões Rozestraten (FAUUSP), Caio Santo Amore de Carvalho (FAUUSP), Eduardo Alberto Cusce Nobre (FAUUSP), Helena Ayoub (FAUUSP), Paulo Emílio Buarque Ferreira (FAU Mackenzie), Renata Milanesi (COHAB-SP), Luiz Guilherme Rivera de Castro (FAU Mackenzie), Renato Mário Daud (CDHU) e Tomas Moreira (IAUUSP) avaliaram critérios como grau de contribuição para o avanço dos estudos sobre habitação de interesse social, coerência na relação proposta versus custos e adequação ao contexto do projeto. Os vencedores ganharam assinaturas e livros da Pini.
Conheça os outros vencedores:
2º lugar: “A habitação e a cidade”, de Marcelo Feher Pestana, da FIAMFAAM
A proposta sugere a construção de um conjunto habitacional com 127 apartamentos distribuídos em três blocos no bairro do Belenzinho, zona Leste de São Paulo, para realocar moradores dos cortiços no centro expandido da cidade. 
3º lugar: “Habitação de interesse social, servindo à comunidade: instrumento de apoio a processos participativos”, de Stefane Saraceni Kaller, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
O trabalho sugere a construção de espaços com capacidade de adaptação e arquitetura mais humanizada, elaborados por processos colaborativos com a comunidade do bairro Campo Belo, em Campinas, São Paulo.
Menções honrosas
Foram concedidas ainda menções honrosas aos projetos “Habitação social na Gamboa: estudo e alternativa à produção do programa Minha Casa, Minha Vida” e “Ocupação Solano Trindade – Movimento Nacional de Luta pela Moradia: inovação nas formas associativas de trabalho e de produção de moradia”, de Suzane Serrão da Cunha e Fernanda Petrus, respectivamente, ambas formadas pela UFRJ.   

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