No Brasil, área é vinculada ao urbanismo
No Brasil, diferentemente de países como os EUA, a arquitetura é lecionada em conjunto com o urbanismo. “São indissociáveis. É necessário pensar a cidade em todas as escalas e de forma conjunta”, diz Fábio Mariz, presidente da comissão de graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
Outro diferencial da graduação é a integração do conhecimento técnico com as áreas de humanidades. “A arquitetura é uma ciência social aplicada, além de ser considerada uma das belas artes”, explica Mariz.
“É preciso ter muita dedicação ao estudo da técnica, curiosidade e sensibilidade artística e social”, afirma Valter Caldana, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, sobre o perfil do estudante.
Formada em 2012, a arquiteta Paula Hori, 26, vive na prática a diversidade da área.
Desde o início de 2013, ela trabalha em um escritório no centro de São Paulo responsávelpor setores que envolvem desde a reforma das calçadas da avenida Paulista até a construção de um conjunto habitacional em articulação com movimentos sociais.
Paula faz parte da equipe responsável por projetos corporativos –sua função é desenhar o ambiente interno dos edifícios empresariais.
“Escolhi o curso por ser amplo. Quando estava prestando vestibular, nem gostava tanto de projetos e não pensava em trabalhar no ramo, mas mudei de ideia durante a faculdade.”
APTIDÃO
O estudante que estiver interessado pela carreira deve ficar atento para as especificidades da seleção.
Por envolver questões técnicas, grande parte das faculdades exige uma prova de habilidades, que avalia as capacidades de desenho e conhecimento de geometria. É o caso da USP, do Mackenzie, da Unicamp e da UFRJ.
Na Unesp, que oferta o curso em dois campi, Presidente Prudente e Bauru, só no último há prova desse tipo.
Caldana explica que o objetivo da avaliação é conhecer “a aptidão e o potencial para desenvolver o desenho, e não o virtuosismo técnico que o vestibulando tem no momento da prova.”
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