Para Gabriela Celani, os futuros arquitetos têm de aprender como funciona o processo de criação de um projeto
"O ensino de arquitetura no Brasil tem que fazer com que o aluno aprenda a arquitetura digital", afirma a professora da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Gabriela Celani. De acordo com Gabriela, que coordena o Laboratório de Modelos e Maquetes e o Laboratório de Prototipagem Rápida Para Arquitetura e Construção (LAPAC) da Unicamp, a informática não faz parte dos cursos de arquitetura no País e o aluno a imagina somente como instrumento de representação de seus projetos.
A professora defende que os alunos entendam como funciona a criação de um projeto virtual e acompanhe toda a evolução do processo, até mesmo de uma maquete feita a laser. A Unicamp conta com um dos maiores laboratórios de arquitetura digital no país e, segundo Celani, outras faculdades têm interesse em apresentar esse conceito a seus alunos.
O tema foi discutido no segundo dia do Seminário Internacional AsBEA sobre Arquitetura Digital, realizado em 13 e 14 de junho na capital paulista. Durante o evento, o arquiteto Affonso Orciuoli, professor da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona, afirmou que a arquitetura digital é essencial para o arquiteto, pois "o profissional tem de saber que a arquitetura já não é mais imóvel".
Tanto Orciuli quanto o arquiteto José Pinto Duarte, professor associado na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, afirmaram que o ambiente digital permite que um produto seja feito em série, mas de modo diferente, possibilitando uma configuração através de algoritmos pré-ajustados que se adapte em diferentes locais mantendo a mesma especificação.
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