Livro sobre a criação de Brasília é lançado

 

O Relatório do Plano Piloto de Brasília, escrito por Lucio Costa em 1956, será publicado no livro Brasília, cidade que inventei – Relatório do Plano Piloto de Brasília, editado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com Secretaria de Cultura do Distrito Federal. O lançamento foi no dia 18 de dezembro, na Sede do Iphan na capital federal.

A publicação traz o documento, na íntegra, que explica os conceitos que o arquiteto pensou e utilizou ao projetar a nova capital do país e que foi apresentado ao júri do Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital do Brasil, em 1956. A seleção foi lançada com o intuito de avaliar diversas propostas que trouxessem uma concepção moderna de cidade.

Das 26 propostas, os jurados, entre eles Oscar Niemeyer, congratularam, em 15 de março de 1957, a de Lucio Costa, que estava afinada às correntes vanguardistas da arquitetura mundial, na época, e que pretendia ser monumental não só no sentido de ostentação, mas no sentido de expressão palpável, por assim dizer, consciente daquilo que vale e significa (Lucio Costa, trecho do relatório).

Nas páginas do livro são reproduzidos desenhos originais do projeto, textos de apresentação, ou seja, importantes documentos históricos sobre a arquitetura moderna no Brasil e a arrancada econômica no País. Brasília refletia esse momento de desenvolvimento e de transformação, tanto, que esse valor foi reconhecido ao ser o primeiro conjunto urbanístico moderno a receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco, em 1987.

Ao longo do texto, ainda, nota-se o caráter humanista que o criador de Brasília imprimiu em sua maior obra. Assim, nascia a nova capital do país, tecida entre as memórias e histórias de todos os lugares e, finalmente, inaugurada em 21 de abril de 1960. Uma cidade [...] própria ao devaneio e à especulação intelectual, capaz de tornar-se, com o tempo, além do centro de governo e administração, num foco de cultura dos mais lúcidos e sensíveis do país (Lucio Costa, trecho do Relatório).

O projeto valorizava uma caminhada conjunta entre à industrialização/modernidade e a preocupação social. Este ponto é ressaltado na descrição das superquadras, que pretendiam contemplar o bem estar e uma rotina que compreendia o acesso democrático da população às escolas, clubes, bibliotecas, garantindo a interação harmônica do indivíduo com o espaço urbano.

Seja como for, as diferenças de padrão de uma quadra a outra serão neutralizadas pelo próprio agenciamento urbanístico proposto, e não serão de natureza a afetar o conforto social a que todos têm direito (Lucio Costa, trecho do Relatório).

Agora, a história da construção de Brasília poderá ser revisitada a partir desta publicação e estará disponível para acesso, sendo distribuída às escolas, universidades e disponível ao público, a partir de janeiro de 2015.

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do;jsessionid=013D6B4AB046388656C76EC4CAB417AA?id=18755&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia

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