Investigar o passado, procurando conhecer as suas origens, e definir ou fixar o presente, é de todos os tempos, de todos os povos, desde que atingem estes a um certo grau de cultura na escala da civilização” – lembrava José Ribeiro do Amaral, o venerável mestre da História maranhense, em obra comemorativa dos trezentos anos de fundação de São Luís do Maranhão.
A velha capital prepara-se, já agora, para comemorar o seu IV centenário, em 8 de setembro de 2012. Retorna um momento dos mais oportunos para que se proceda a outro balanço dos tempos, de modo a encontrar-se neles o “grau de cultura” – de realizações materiais e espirituais, na mais diversa ordem – tomada “a escala da civilização” que lhes foi acrescentada no correr de quatro séculos.
São Luís tem peculiaridades que sobremodo a distinguem no conspecto das cidades brasileiras, à vista do que é a sua geografia, do que tem sido a sua história, do que foi o cabedal de empreendimentos de quantos aqui nasceram ou aqui se estabeleceram, a pulsação de sua vida, seus modos de ser e viver, a riqueza de suas tradições, sua contribuição específica para o patrimônio comum da Nação e da Humanidade, com méritos reconhecidos pela UNESCO, entre pouquíssimas cidades no mundo.
Singularmente, também, a esta cidade, às vésperas de seus quatrocentos anos, falta-lhe ainda um estudo abalizado e individualizado de sua História, que evidencie os variados aspectos de sua evolução no tempo e no espaço e assinale, num traço avaliativo, iniciativas, direções, alcance e significado do que se pode compendiar como passagem e permanência do humano sobre o seu chão.
De fato, não sendo poucos os autores e as obras que tratam da História do Maranhão, a História da cidade de São Luís aí se inclui, não decerto como um acréscimo ou apêndice, mas, sem dúvida, somando-se e confundindo-se com os passos do povoamento e ocupação da Conquista, da Colônia, assim como da Província e do Estado. Não por acaso, Maranhão é como se designava, indistintamente, o Estado ou sua capital, até ainda por volta da primeira década do século que passou. E embora, nessa simbiose, ressalte a preeminência da capital como centro e cérebro de decisões que dirão interesse para o amplo raio – geo-físico, político-econômico ou sócio-cultural – que se projeta como território da gente maranhense, podem ocultar-se, na mesma perspectiva, aspectos que, exalçando a cidade de La Ravardière em estudo à parte, reafirmariam o valor de seus feitos, tanto quanto a razão de seus defeitos, seus caminhos e descaminhos, promessas e possibilidades a alcançar.
O Instituto Geia identifica, nas celebrações do IV Centenário de São Luís, uma oportunidade especial para promover o melhor conhecimento e maior divulgação do valor histórico da capital maranhense. Com esse objetivo, lança o PRÊMIO IV CENTENÁRIO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO
Maiores informações:
http://www.geia.org.br/premioliterario/
Prêmio IV Centenário de São Luís do Maranhão
Autor: iabtocantins
| Publicado em: segunda-feira, março 14, 2011 |
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