Arquitetura Sustentável do Amazonas

                                                                                                                                                             
Materiais ecológicos e consciência são fundamentais
 Passarim-provocou-poucos-residuos-tecnologia_ACRIMA20110324_0029_23 Passarim é exemplo de obra limpa, que provocou poucos resíduos por usar mais tecnologia ( Divulgação).
                                                                                                                                                                 O conceito sustentável na arquitetura tem dimensões práticas e poéticas, para estabelecer uma relação de respeito, harmonia, convivência e interação de corpo, mente e alma. Assim define o arquiteto Roberto Moita, que pensa que a relação com o meio ambiente, a construção e o design não é fria, envolvendo apenas a preocupação com a geração de carbonos, mas que também deve gerar empatia com a natureza. “É preciso trocar práticas prosaicas pela consciência de sustentabilidade urbana. A arquitetura precisa emocionar, além de promover o de materiais ecológicos. É necessário ter uma relação melhor com a natureza do que simplesmente buscar selos. Hoje, mais de 90% das pessoas promovem supressão vegetal antes de fazer qualquer obra. Isso indica necessidade de se refazer os paradigmas de qualidade de moradia”, diz Moita.
Para ele, temos o privilégio de morar numa cidade, uma grande capital, com fragmentos florestais urbanos. “Mas a população não deseja isso agora. Temos que ativar sua consciência, que é latente, para colocá-la em prática”.
Para isso, o arquiteto confia na promoção de campanhas de educação permanentes e constantes, como separar o lixo, não parar em lugar reservado para deficientes (se não for um), racionalizar a água, entre outros. O ser sustentável tem muitas dimensões dentro de várias modalidades, sejam econômicas, ambientais, sociais, de design, moda, entre outras. Na arquitetura, na busca pelo design limpo, existe a questão climática, do uso do condicionamento ambiental natural, como ventilação cruzada e sombra.
Uma construção limpa, que gere pouco resíduo e promova menor desperdício, se faz com industrialização, parafusos e obra fora do sistema convencional de pedra, reboco e tijolo. Aí entram em cena as paredes acartonadas, o drywall, leves e acústicas. “Isso confere leveza também no peso. Uma casa assim pesa a metade de uma construída no sistema convencional. Isso é um item inicial de sustentabilidade, onde se tem ainda menos matéria-prima embarcada e imobilizada”. Assim é o sítio Passarim, de propriedade de Roberto Moita, no Tarumã, construído sobre estrutura metálica (em vermelho), com piso e forro de madeira, e paredes de drywall.
Ali, a dimensão da paisagem se integra ao sítio e vice-versa. A arquitetura frondosa convive com o meio. “O telhado toca nas copas das árvores, gerando a continuação do ambiente sombreado. A sombra gera conforto e economia, porque reduz a carga térmica na edificação”.
Na obra, o chão é forração natural do solo, as folhas, que formam uma espécie de carpete. A forração serve de nutriente para o bosque, desacelera a descida da água da chuva e reduz a erosão no solo.
O Passarim é particular e mostra ser possível construir de forma limpa, reduzindo resíduos no meio ambiente, diminuindo impactos e sem ser um conceito fora dos padrões do mercado, ou seja, caríssimo. É factível, real, desde que se queira.
Exemplos existem, falta massificar
O arquiteto cita como obras verdes o Parque do Mindu, cuja construção começou em 1994, o campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), entre outras, que apresentam preocupação com a floresta. Os exemplos existem, falta a massificação do conceito.

Fonte : Portal Acrítica
http://acritica.uol.com.br/amazonia/Arquitetura-Sustentavel-Amazonas_0_449955132.html

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