João A. Bazolli
A tendência global ao uso do modelo moderno dominante de expansão urbana horizontal dispersa e linear de baixa densidade, fundado no transporte individual e baseado em centralidades, limites difusos e na elevada pressão sobre o mercado imobiliário, está em confronto com a sustentabilidade das cidades. Este modelo gera deseconomias pela inviabilidade financeira na dotação de infraestrutura, pelos custos sociais em diluir os serviços e a infraestrutura em áreas pouco densas e pelos impactos ambientais, causados essencialmente pela demanda de transporte automotivo individual ou coletivo que percorre longas distâncias entre o centro e a periferia (1).
Ressalta-se que se define a sustentabilidade urbana pela eficiência no uso dos recursos econômicos, ambientais e sociais, considerando-se um limite de tamanho compatível com as características do sítio urbano e a capacidade de distribuir equitativamente os benefícios e ônus da experiência urbana, oferecendo níveis de qualidade de vida a todos os habitantes, no presente e futuro (2).
Instigar o debate sobre o perímetro urbano é mister, pelas ocorrências constantes de mudanças neste limites nas cidades, fundadas em interesses privados e políticos, que denotam fragilidade dos gestores municipais.
Estudo realizado em Palmas, capital do Estado do Tocantins, cidade planejada que apresenta sérios problemas urbanos resultantes do crescimento desordenado e dos vazios urbanos, com reflexos diretos no custo de urbanização, mostrou que a dispersão e os vazios urbanos revelaram contradições em relação à proposta dos planejadores, de urbanização concentrada e adensada, ao longo do seu processo de ocupação.
Fonte e matéria completa: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/12.135/4088
0 comentários:
Postar um comentário