Só a sociedade pode barrar a aberração dos vereadores na área urbana de Palmas

A sociedade palmense, que a partir desta sexta-feira, 11, na Escola de Tempo Integral Padre Josimo, opinará sobre a revisão do Plano Diretor de Palmas deveria repetir a pressão ocorrida nas férias de julho e  impedir a expansão da área urbana da Capital na forma pretendida pela Câmara dos Vereadores.
Em julho, os vereadores trabalhavam a revisão e só recuaram da manobra após pressão popular. Oxalá se repita e barre esta aberração apropriadamente nominada “EXPANSÃO ESPECULATIVA DOS VEREADORES” em carta aberta na qual especialistas em arquitetura e urbanismo se mostram contrários à alteração. Por razões simples: a taxa de ocupação da atual área está aquém, muito aquém do limite.
Não se conhecem os interesses ocultos dos vereadores que, em despeito à proposta do Executivo de Palmas, que não prevê a expansão, querem a todos custo, inclusive o de desprezar recomendação do MPF (Ministério Público Federal), IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) no Tocantins, ampliar a área com a falácia de que só assim se regularizará loteamentos populares.
Sem dúvida estão entrelaçados os interesses políticos e os eleitoreiros dos árduos defensores dessa revisão que está sendo feita em total desrespeito às normas vigentes, como bem ponderou o MPF ao recomendar a suspensão das audiências públicas anunciadas em 27 de outubro pela Câmara dos Vereadores e, desde a quinta-feira, após questionamento do MPF passaram a ser chamadas de “reuniões públicas”.
Uma mudança sutil que mostra toda a desfaçatez do legislativo municipal com os habitantes palmenses ao lidar com tema de vital importância para o futuro da capital.
O prefeito Raul Filho, por sua vez, tem se mantido pianinho na questão. Se é contrário à medida e como a proposta de expandir a área urbana não consta em seu projeto, por ser uma bandeira de alguns vereadores, deveria se manifestar.
Assim, prefere recolher-se a uma postura de omissão do que ter de enfrentar um desgaste com sua base, afinal é seu líder na Câmara o mais ferrenho defensor da proposta que chegou a mudar de partido para calhar nos interesse políticos futuros. Tudo entrelaçado.
E não fosse a iniciativa do MPF, seriam sim audiências públicas nas quais não seria surpresa os vereadores seguissem com o mesmo argumento para ludibriar a população: sem a expansão urbana, nos moldes por eles defendidos, nada de regularização dos atuais loteamentos irregulares.
Quem sabe a partir de agora a revisão, necessária do ponto de vista social, seja feita respeitando-se as normas pertinentes e seja focada na melhoria das condições de vida da população. Para isso, sabe-se, é preciso que instituições e a população esteja vigilante e proativa.

Texto de Lailton Costa, publicado em: http://www.lailtoncosta.com.br/

Veja também outras informações sobre a expansão urbana de Palmas:
http://sobreexpansaourbana.blogspot.com/

0 comentários:

 
IAB Tocantins Copyright © 2009 Blogger Template Designed by Bie Blogger Template
Edited by Allan