Matéria-prima renovável reduz custos da construção civil em até 60%
Gabriela Flores
Brasília – Bonito e renovável, o bambu tem tudo para ser a madeira do século 21 e contribuir para uma arquitetura mais sustentável. Pelo menos essa é a opinião do arquiteto Frederico Rosalino, da Bioestrutura Engenharia, empresa que nasceu sob o signo da sustentabilidade. “Meu desafio é mostrar às pessoas que é preciso repensar o consumo de materiais de construção e que o bambu é um ótimo substituto para vários deles”, explica.
A Bioestrutura atua no Distrito Federal há dois anos, com a criação e execução de projetos de baixo impacto ambiental. O bambu é a estrela da empresa, que também promove o conhecimento e a técnica da utilização de materiais de construção menos agressivos ao meio ambiente em seminários e oficinas.
A empresa comercializa ainda ferramentas para o trabalho com o bambu e oferece capacitação para quem quer fazer construções sustentáveis. “Nossa estratégia foi buscar parcerias para promover palestras e cursos que tratam de construção com bambu e muitos dos nossos clientes surgem desses encontros”, resume Frederico. Apesar de estar no mercado há pouco tempo, a empresa já ganhou um prêmio na CasaCor Brasília, em 2011.
De crescimento rápido, o bambu pode ser cortado pela primeira vez aos seis anos de idade. Após esse período, os caules podem ser colhidos, indefinidamente, a cada ano. Apenas 40 varas de bambu são suficientes para montar a estrutura de uma casa de 100 m². A resistência da planta da família das gramíneas também surpreende. “De frágil, não tem nada. Amplamente testado, o bambu tem durabilidade superior a 40 anos”, informa Frederico.
O material pode reduzir em até 60% o custo de uma construção, além de trazer vantagens para o meio ambiente – é renovável e os seus resíduos não são poluentes. “É o material de construção mais sustentável que existe. Matéria-prima ecologicamente correta, também possui beleza natural peculiar”, opina Rosalino.
A ideia de criar a Bioestrutura Engenharia surgiu em visitas a comunidades rurais e pequenos assentamentos no Brasil e no exterior. Os olhos treinados do arquiteto observaram que, em agrupamentos com pouca oferta de madeira para construção, as comunidades recorriam ao bambu. Na Colômbia, no Equador, no Peru e na Indonésia, a planta é amplamente utilizada. “Acabei me interessando pelo assunto e sobre as possibilidades de uso no Brasil”, conta.
A Bioengenharia nasceu depois de cinco anos de estudo e pesquisa. Nesse período, Frederico se preparou para deixar o emprego fixo. Procurou o Sebrae e participou do Empretec, ciclo de seminários cujo objetivo é desenvolver nos participantes o espírito de empreendedorismo. “O curso foi importante para eu descobrir que tinha esse talento”, enfatiza.
Ele planta bambu em 20 hectares de uma chácara, no Distrito Federal. A produção mensal é de 100 varas. Atualmente, o arquiteto está à frente de quatro obras residenciais cuja matéria-prima é o bambu. O vegetal pode ser usado tanto na estrutura das construções como em móveis, pisos e revestimentos. Com oito funcionários fixos e 30 empregados terceirizados, a Bioengenharia também vende mudas e ripas.
Rio+20
Há 40 anos, o Sebrae promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável das micro e pequenas empresas. Sustentabilidade é empreendedorismo, eficiência, inovação, gestão, lucro e responsabilidade social e ambiental. Por isso, a instituição é parceira oficial da Rio+20.
O Sebrae é uma agência de fomento e assistência técnica aos pequenos negócios, que correspondem a 99,1% das empresas brasileiras, mais de 2,4 milhões de Empreendedores Individuais (EI) e 4,4 milhões de agricultores familiares. Isso equivale a mais de 37 milhões de pessoas comprometidas com o empreendedorismo no país.
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