Programas de eficiência energética podem crescer no Brasil devido a nova lei que prioriza recursos para indústria

Brasil - Com base na proposta, a Aneel, principal reguladora do governo, também ficará responsável por decidir as áreas em que serão realizados os investimentos necessários

Bernard Viegas, para o Procel Info

Brasil - O projeto de lei, aprovado no fim do ano passado, que obriga as distribuidoras de energia a priorizar a indústria no momento de aplicar os recursos dos programas de eficiência energética, pode começar a dar resultados ainda neste primeiro semestre de 2014. Com todas as mudanças previstas após a aprovação, quem sairá ganhando é o próprio cidadão brasileiro, que poderá contar ainda mais com programas que incentivam a redução do consumo de energia e, assim, economizar na conta de luz, é o que garante Marco Aurélio, gerente da Divisão de Eficiência Energética no Setor Privado da Eletrobras Procel.
“A eficiência energética certamente é de grande importância para todos os seguimentos da sociedade, pois é uma das vertentes que, se adequadamente trabalhada, conduz a sustentabilidade em todas as suas dimensões. Alguns desses programas são voltados especialmente para a melhoria da vida do brasileiro, a respeito de consumo de energia e sua redução” afirma.
A indústria brasileira atualmente conta com diversos tipos de programas de eficiência energética, que incentivam a redução do desperdício e de custos nos processos de produção, o que aumenta sua produtividade e competitividade, segundo Marco Aurélio. Ele afirma que priorizar investimentos para o setor no segmento industrial é de certa forma, estratégico para o Brasil. Com a aprovação do projeto de lei, a Eletrobras espera que os programas voltados para a gestão de energia possam se estruturar ainda mais e multiplicar por todo o Brasil.
“A Eletrobras, por meio do Procel Indústria, tem atuado há cerca de 28 anos no mercado brasileiro. Atualmente esta atuação ocorre por meio de uma metodologia estruturada para implementar potenciais de conservação de energia elétrica em sistemas motrizes. Certamente esta ação poderá acelerar o processo e multiplicar os resultados, isso é o que nós esperamos” explica.
Em meio as expectativas, a Eletrobras destaca um projeto importante que desenvolve na área de eficiência energética. Trata-se da implantação de Sistemas de Gestão de Energia em plantas industriais brasileiras. Esse processo, ainda pouco explorado no Brasil, é realizado com base na norma NBR-ISO 50001, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que tem como um dos principais objetivos permitir que as organizações possam ter sistemas e processos de melhoria contínua de desempenho energético, ou seja, obter maior conhecimento e autonomia para a gestão de energia em uma empresa.
“Os benefícios da implantação da NBR-ISSO 50001 são enormes para a empresa. Além de gerenciar o uso de energia na indústria e reduzir a exposição aos custos crescentes, espera-se que o programa possa ajudar também na melhoria contínua do uso energético, assim como causar impacto positivo nas mudanças climáticas. Porém é preciso cada vez mais de investimentos na área, para que programas como esse possam ser mais estruturados e explorados daqui pra frente no país” explica Marco Aurélio.

De fato, o Brasil ainda caminha passo a passo rumo às melhorias no setor energético. Para se ter uma ideia de como ainda é possível crescer, apenas quatro empresas brasileiras implantaram de fato a NBR-ISO 50001, enquanto alguns países europeus já provam estar bem mais avançados. É o caso da Alemanha, por exemplo, que já conta com mais de 1.300 implantações dos Sistemas de Gestão de Energia.
“Acreditamos que o Brasil ainda vai crescer mais nesse sentido, principalmente com esses projetos que vem sendo aprovados. A indústria nacional tem um interesse mais sistêmico e sistemático nas soluções de eficiência energética, porém em muitas situações são despriorizadas em processos de tomada de decisão na hora de investir, frente a projetos de ampliação de plantas ou até mesmo de fusões e aquisições” garante.
A principal expectativa das Indústrias agora é com relação ao crescimento desses programas que valorizam a eficiência energética, que certamente vão melhorar a vida do cidadão brasileiro. O projeto de lei original PL 3672/12 foi idealizado em meados de 2012 pela Senadora Ana Amélia (PP-RS) e aprovado no último dia 6 de novembro pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. No texto aprovado, os autores argumentam que apesar de a lei determinar a destinação dos recursos a instituições nacionais de pesquisa e desenvolvimento, ela não menciona a necessidade de aplicação no que se refere à eficiência energética.
Atualmente, as distribuidoras são obrigadas a aplicar no mínimo 0,25% por ano, de sua receita operacional líquida em programas de eficiência energética no uso final. Em regime de prioridade e em caráter conclusivo, o projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser oficialmente implementado.

Fonte: http://www.procelinfo.com.br/main.asp?ViewID=%7B8D1AC2E8-F790-4B7E-8DDD-CAF4CDD2BC34%7D&params=itemID=%7BE9AD3894-7165-4E69-8F56-F3A49D56A471%7D;&UIPartUID=%7BD90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898%7D

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