Arquitetos revelam detalhes da criação do projeto de Palmas

Por Samuel Lima 

Duas palestras recheadas de histórias, detalhes inéditos sobre a escolha do local e também do projeto de construção da capital, Palmas, a última capital planejada do século XX. Os arquitetos Luiz Fernando Cruvinel Teixeira e Walfredo Antunes de Oliveira Filho participaram na manhã desta terça-feira do II Seminário de Arquitetura Moderna na Amazônia (II Sama), no auditório do Centro Universitário Integrado de Ciência, Cultura e Arte (Cuica), no Câmpus de Palmas.
Antunes e Teixeira (e p/ d) contaram detalhes da criação da Capital (Fotos: Samuel Lima)Antunes e Teixeira (e p/ d) contaram detalhes da criação da Capital (Fotos: Samuel Lima)
Teixeira destacou, em sua fala, a parte histórica da criação de Palmas, desde os contatos iniciais com o então deputado federal José Wilson Siqueira Campos (que seria eleito o primeiro governador do Estado) até o detalhamento sobre a ocupação do espaço urbano - foco da palestra de Antunes.

Numerologia teria influenciado o nome da capital
Teixeira frisou que, de início, foram escolhidas quatro áreas no centro do Tocantins, mas que a apontada pelo corpo técnico como ideal é a que hoje é ocupada pelo distrito de Luzimangues (município de Porto Nacional). "O então governador Siqueira Campos, entretanto, preferiu a segunda melhor área (Canela), por uma questão de geopolítica - para privilegiar o lado direito do rio Tocantins, historicamente sempre relegado ao segundo plano quanto ao desenvolvimento", revelou Teixeira.
Outra revelação veio em tom bem humorado, e diz respeito ao nome da Capital, que entre outras sugestões passou por Nova Palma, Palma e, por fim, Palmas - "porque a numerologia apontava como o melhor nome", disse Teixeira, entre risos dele e dos presentes.
Auditório do Cuica durante a palestra com os arquitetos Antunes e Teixeira (Foto: Samuel Lima)Auditório do Cuica durante a palestra com os arquitetos Antunes e Teixeira (Foto: Samuel Lima)
Ele ressaltou ainda que eventos como o Sama servem para que haja uma reflexão sobre o processo de ocupação no norte do país. "Esses encontros são ótimos para a ciência, por meio da comunidade científica, fazer uma avaliação, e com isso traçar novos rumos no processo de desenvolvimento", pontuou. Ele frisa que, diferentemente de quando Palmas foi criada, os novos arquitetos têm hoje, à disposição, um aporte tecnológico que permite a aplicação de mais técnica. "Mas a criatividade é a mesma", finalizou.

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