Mas agora que temos o CAU, uma nova etapa se inicia, mais desafiadora que a própria conquista recente. Temos um conselho democrático, que depende de nossas escolhas. Como iremos fazê-lo? Como iremos aproveitar ao máximo o potencial dessa organização? Se os arquitetos vivem uma situação profissional penosa de desvalorização de seu trabalho, devem procurar reverter a situação, demonstrando à sociedade como a arquitetura e urbanismo são necessários para o Brasil crescer como nação civilizada.
Outras alterações na profissão acompanham a criação do CAU. A expansão e interiorização do ensino de arquitetura e urbanismo, a mudança do perfil etário e social dos profissionais são realidades novas cujos efeitos ainda serão percebidos. As novas gerações rapidamente se transformarão em maioria, mas como unir em uma ação política de defesa da profissão tantos jovens criados em um contexto de individualismo e competição por migalhas? Como fazer para que o arquiteto recupere o prestígio que a profissão tem em qualquer país que reconhece o valor do conhecimento como gerador de progresso? A criação do CAU em si não garante esses progressos, é apenas o ponto de partida de uma construção complexa.
Carlos Alberto Sant’Ana - Arquiteto e urbanista, presidente do IAB/RS
Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=77051
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