Tecnologias de fiscalização são apresentadas em Plenária do CAU/BR

Ferramentas disponíveis para os CAU/UF foram apresentadas na 31ª Reunião Plenária do CAU/BR. Encontro também debateu acordo com o Ministério da Educação e seminário com o CONFEA


Fiscais do CAU usam tablets para orientar as ações de fiscalização

Desde sua criação, o CAU/BR e os CAU/UF investem na busca de soluções tecnológicas que apoiem o melhor atendimento aos arquitetos e as ações de fiscalização do exercício da Arquitetura e Urbanismo no Brasil. O resultado desses investimentos, que permitem uma atuação inteligente e preventiva, foi apresentado na 31ª Reunião Plenária do CAU/BR, realizada em Brasília nos dias 5 e 6 de junho. “As novas tecnologias serão usadas na melhor organização das cidades e na melhoria da profissão, que são nossos grandes objetivos”, afirmou o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro.
Por meio do Sistema de Inteligência Geográfica do CAU (IGEO), os CAU/UF em todo o Brasil podem planejar missões de fiscalização a partir do cruzamento de Registros de Responsabilidade Ténica (RRTs) com emissões de alvarás e termos de habite-se. Com o aplicativo MobiArq – Protagonista, as equipes podem receber fotos georreferenciadas de possíveis irregularidades, enviadas pelos arquitetos e urbanistas. Existe ainda a possibilidade de executar missões com o uso de drones – aviões-robô que fazem fotos e filmagens aéreas de obras pela cidade – e facilitar a verificação e emissão de documentos por meio de certificação digital e uso de QR-Code.
A integração de todas essas tecnologias vem sendo realizada em diversas reuniões entre os presidentes dos CAU/UF, a Comissão de Exercício Profissional e a Gerência Técnica do CAU/BR. Esses encontros geraram 53 mudanças de processos e 38 inovações no Sistema de Informação e Comunicação do CAU (SICCAU).


Tela do IGEO mostra informações de Arquitetura e Urbanismo em Ribeirão Preto (SP)

APLICATIVOS MÓVEIS – Mais de 150 fiscais dos CAU/UF já foram treinados desde 2013 para utilização do IGEO no planejamento da fiscalização. A ferramenta permite cruzar dados de RRTs com informações de emissão de alvarás e termos de habite-se (informações fornecidas pelas prefeituras). Caso haja incompatibilidade nessas informações, pode-se criar rotas de verificação que são enviadas aos tablets usados pelos fiscais. Essa integração de dados do CAU com as prefeituras já foi testada em parcerias estratégicas em grandes cidades como Curitiba (PR), Goiânia (GO), Ribeirão Preto (SP) e Jaraguá do Sul (SC). “O sistema possibilita uma fiscalização planejada, distribuindo as demanda de maneira inteligente”, afirma Edson Mello, gerente técnico do CAU/BR.
Esse planejamento conta também com a colaboração ativa de arquitetos e urbanistas. Nas próximas semanas, será lançado o aplicativo de celular MobiArq – Protagonista. Com ele, profissionais que observarem indícios de irregularidades podem enviar fotos georreferenciadas de possíveis irregularidades direto ao sistema de fiscalização, permitindo aos CAU/UF integrar essas informações à sua rotina de trabalho. O aplicativo está em fase de aprovação para ser disponibilizado para iPhone, iPad e sistemas Android.


Aplicativo MobiArq – Protagonista permite ao arquiteto enviar informações para averiguação do CAU
Outra inovação é a possibilidade do arquiteto imprimir, por meio do SICCAU, um adesivo de QR-Code tamanho A4 para ser colado em placas de obras. O QR-Code é uma imagem que, se fotografada, pode ser convertida para um arquivo com todas as informações de RRT daquela obra. As fotos podem ser tiradas de uma distância de até cinco metros, reduzindo custos e economizando tempo nas ações dos fiscais, além de possibilitar a verificação das informações por qualquer arquiteto e urbanista. “Essa ideia surgiu também para divulgar a presença da fiscalização do CAU”, diz o presidente do CAU/BR.
Os testes com drones também está avançando, com aperfeiçoamentos que permitem uso das imagens aéreas nos processos de fiscalização. O CAU/RS e o CAU/PR já fizeram vários testes com os aviões-robô, mas ainda é necessário adequar algumas questões legais, já que o uso de drones é regulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Haroldo Pinheiro destaca que o drone seria ainda uma tecnologia intermediária, já que o ideal seria usar imagens geradas por satélites. Porém, os serviços disponíveis ainda são muito lentos e caros. “Quando tivermos imagens geradas em até 24 horas, elas já nos serviriam para atividades de fiscalização”, diz o presidente.

Veja abaixo um teste do CAU/BR com drones, em Curitiba (PR):
 https://www.youtube.com/watch?v=FHRO_uzZcC4#t=14


ENSINO – Na Reunião Plenária, os conselheiros federais aprovaram a celebração de um termo de cooperação técnica com o Ministério da Educação. O objetivo é compartilhar experiências e bancos de dados a fim de produzir estudos que contribuam para o aperfeiçoamento dos cursos de Arquitetura e Urbanismo. “Esse acordo vai permitir ao CAU/BR promover uma ação mais efetiva na política de regulação do ensino”, afirma o conselheiro federal Fernando Diniz (PE), coordenador da Comissão de Ensino e Formação. “O Ministério da Educação está muito interessado nas informações que o CAU/BR dispõe, principalmente no IGEO”.
O IGEO contém todas as informações sobre a localização de empresas, profissionais e instituições de ensino de Arquitetura e Urbanismo no país, além dos RRTs que indicam onde os trabalhos são realizados. Com isso é possível calcular qual a demanda de serviços em cada município do País e os locais onde novos profissionais seriam mais necessários. Pelo acordo, o CAU/BR repassará ao MEC estudos sobre regulação e avaliação do ensino de Arquitetura e Urbanismo, sobre a distribuição dos profissionais pelo território nacional e as empresas capazes de empregar estagiários, além do banco de dados do IGEO sobre cursos da área. Já o MEC informará ao CAU as solicitações para abertura de novos cursos e dará acesso aos seus bancos de dados, além de estudos e pareceres produzidos pelo governo.
“A ideia é que o CAU/BR forneça informações que ajudem o Ministério da Educação a decidir sobre a abertura de novos cursos”, afirma o conselheiro José Roberto Geraldine Junior, representante das instituições de ensino superior. Hoje, segundo dados do IGEO, o Brasil possui hoje 325 cursos de Arquitetura e Urbanismo.

CONFEA – Também ficou acertada a participação do CAU/BR e dos CAU/UF em um seminário conjunto com o sistema CONFEA-CREA para discutir as atribuições profissionais de arquitetos e engenheiros. O objetivo é definir com clareza quais atividades podem ser exercidas por cada profissão, assunto que entrou na pauta nacional após a edição da Resolução nº 51 do CAU/BR, que define as atribuições privativas de arquitetos e urbanistas. Hoje a resolução está temporariamente suspensa por uma liminar concedida pela Justiça Federal.
O seminário, inicialmente marcado para os dias 24 e 25 de julho, deve reunir cerca de 200 pessoas, entre especialistas e representantes dos conselhos nacionais e estaduais de Arquitetura e de Engenharia. O presidente Haroldo Pinheiro destaca a grande importância do evento. “Não podemos deixar essa questão das atribuições profissionais seja resolvida por meio de decisões judiciais”, afirma.

Fonte: http://www.caubr.gov.br/?p=25813

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