SindusCon-SP lança publicação sobre gestão ambiental de resíduos da construção civil

Livro mostra avanços desde a publicação da Resolução 307/202 do Conama e do Sigor, além de resultados de um levantamento realizado em 12 canteiros de obras

Kelly Amorim, do Portal PINIweb

Reprodução

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) lançou, por meio do Comitê de Meio Ambiente (Comasp), na última quarta-feira (26), durante a 9ª edição do Concrete Show South America, em São Paulo, o livro Gestão Ambiental de Resíduos da Construção Civil - Avanços Institucionais e Melhorias Técnicas, que apresenta os avanços e desafios no processo de gestão de resíduos construtivos.

A publicação dividida em duas partes trata dos avanços na gestão de resíduos desde a publicação da Resolução 307/202 do Conama e do Módulo Construção Civil do Sistema de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos (Sigor).

Além disso, reúne os resultados de um levantamento realizado em 12 canteiros de obras de edifícios residenciais e comerciais, onde foram identificados indicadores de geração de resíduos e alternativas para a criação de sistemas de reúso e reciclagem.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato, Francisco Vasconcellos, "o objetivo foi elaborar um conjunto de orientações sobre uso de resíduos em canteiros com base nas práticas de reuso e reciclagem, considerando critérios de desempenho, como qualidade do material, especificação de projeto e técnicas de execução, e gerenciamento dos riscos associados a essas práticas".

Para acessar a publicação, clique aqui.

Confira entrevista com o vice-presidente do SindusCon-SP, Francisco Vasconcellos:

A gestão de resíduos na construção civil já é prática comum nos canteiros de obras ou ainda se encontra muita dificuldade nesse tema?
Se falarmos do Estado de São Paulo ou outras grandes cidades, é uma prática comum, mas no interior e em cidades menores pode ser que haja dificuldade de encontrar. Em São Paulo, a maioria das empresas já usa a metodologia de gestão de resíduos nos canteiros de obras.

Quais os avanços que o Sigor pode trazer para São Paulo?
As três principais vantagens são o fato do sistema do Governo do Estado ser on-line, o que facilita a gestão macro, quantificando e qualificando os resíduos, e identificando quais os problemas com a gestão e em quais cidades ocorrem os problemas; a transparência da informação, porque vai ser possível acompanhar e controlar o encaminhamento dos resíduos até o destino final; e a criação de uma base de dados para que o governo crie políticas públicas relacionadas ao tema.

Quais foram essas atualizações na classificação de resíduos da construção?
A primeira diz respeito ao gesso. Antes, ele era considerado inviável para a reciclagem por questões econômicas, porque é um material muito barato e o custo da reciclagem podia superar o de produção. Com as mudanças na Resolução da Conama, o gesso passa a ser um resíduo reciclável porque muitas fábricas de gesso já recebem as sobras para serem reaproveitadas. A segunda mudança foi com relação às latas de tinta imobiliária. Havia uma discussão há algum tempo de que a tinta a base de solvente, que é um produto perigoso, que sobrava nas latas, devia ser enviada a um aterro específico para resíduos perigosos. Agora, se entende que a lata com a tinta endurecida não é mais perigosa porque o solvente se desprende da tinta e vai para a atmosfera, eliminando a periculosidade do resíduo.

O que mais chamou a atenção durante esse levantamento em 12 canteiros de obras?
O fato de muitas empresas estarem engajadas na gestão de resíduos, tentando alternativas e soluções para que os resíduos sejam reutilizados nos próprios canteiros de obras. As empresas médias, pequenas e grandes mostram preocupação em investir em programas internos de viabilização da reciclagem.

Fonte: http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/gestao/sinduscon-sp-lanca-publicacao-sobre-gestao-ambiental-de-residuos-da-construcao-363591-1.aspx

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