Arquitetos defendem a volta de concursos para obras públicas

Além de valorizar os profissionais da área, este tipo de processo normalmente premia o melhor trabalho apresentado

                                                                                                                                                        Falta de transparência, desperdício de dinheiro e pouca criatividade. Essas são algumas das características presentes nas obras públicas atualmente e que, segundo alguns arquitetos, pode virar coisa do passado. Alguns representantes da classe têm defendido a volta dos concursos de projetos de arquitetura e urbanismo, muito comuns nas décadas de 70 e 80 no Brasil.
Segundo Orlando Ribeiro, vice-presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura no Paraná (AsBEA-PR), a realização de concursos só traria ganho, tanto para o poder público, como para os profissionais. “O poder público teria uma diversidade de visões, projetos com qualidade e que poderiam atender melhor suas expectativas e de toda a sociedade. Já os profissionais teriam esse incentivo a mais e também aprenderiam com os colegas que apresentassem projetos concorrentes”, explica.
Atualmente, no Paraná, tanto as administrações municipais quanto a estadual possuem suas equipes próprias responsáveis pela concepção de um projeto e a licitação ou concorrência pública é feita somente na etapa seguinte, a de desenvolvimento desse projeto. Para Ribeiro, a estratégia não funciona.

A parte de concepção do projeto é extremamente importante, segundo ele, e acaba sendo feito por uma equipe de profissionais que ganham cargos comissionados por afinidade política ou até mesmo por grau de parentesco. “Não vemos grandes nomes da arquitetura sendo responsáveis por esses projetos que são feitos nas Prefeituras”, afirma Ribeiro.
Somado à falta de opções e até mesmo de qualidade, o arquiteto ainda diz que a parte de desenvolvimento dos projetos, que é licitada, fica restrita a cerca de quatro empresas no Paraná. “Ninguém quer pegar um trabalho pela metade. Desenvolver um projeto mal feito, que pode não ter a melhor solução e ainda vários problemas estruturais”, fala.
Financeiramente, segundo o vice-presidente da AsBEA-PR, a realização de concursos de projetos também é viável. “Paga-se o preço de mercado pelo projeto e pelo seu desenvolvimento. Não há riscos de escolher o ganhador ou beneficiar determinada empresa”, explica.
Além do que, em alguns casos o custo fica bem abaixo. Em Blumenau, por exemplo, foi lançado um concurso para o projeto de uma ponte e passarela. A premiação total para os três primeiros classificados era de R$ 70 mil.

Fonte: http://www.bemparana.com.br/index.php?n=185125&t=arquitetos-defendem-a-volta-de-concursos-para-obras-publicas

1 comentários:

Claudio Sanchez on 2 de setembro de 2011 às 14:14 disse...

todo projeto de interese publico, e inclusive de incorporação devia ser objeto de concurso publico; fato é que sendo una competição aberta e auspiciada pelo IAB , deixa os participantes preparados a desemvolver ideias e anteprojetos bastante aprimorados; veja-se todos os concursos que aconteceram no decorrer do ano e as soluções apresentadas......
não tenho duvidas que a Arquitetura se fas por gente que visa um futuro melhor para a coletividade veja-se os projetos de urbanização do RENOVA SÃO PAULO....

 
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