O estúdio de arquitetura DesignBuildBLUFF é uma organização sem fins lucrativos que constrói casas ambientalmente corretas para moradores da comunidade Navajo, nos EUA. Os voluntários são alunos de arquitetura, engajados com as causas sociais e que estão abertos a ajudar as comunidades necessitadas.
A casa possui pouco menos de 92 metros quadrados e foi construída dentro de padrões sustentáveis, que a tornam eficiente e cooperam para uma melhor qualidade de vida dos moradores. | Imagem: DesignBuildBLUFF
Em 2009 o projeto construiu uma casa que ajudou uma família composta por cinco pessoas: a mãe e seus quatro filhos, que haviam conseguido fugir de um marido alcoólatra, mas não encontravam moradia ou emprego. Durante muito tempo eles moraram em uma cabana apertada, com apenas 4,5 metros de largura. Neste espaço havia as camas, um pequeno fogão e uma geladeira.
A realidade desta família foi transformada através da disposição de 18 estudantes voluntários, do curso de Arquitetura e Planejamento da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.
A nova casa possui pouco menos de 92 metros quadrados e foi construída dentro de padrões sustentáveis, que a tornam eficiente e cooperam para uma melhor qualidade de vida dos moradores. O fogão a lenha instalado na casa possui sistema de reaproveitamento do calor para o aquecimento da residência, já que ela está localizada no deserto e por lá os invernos são rigorosos.
Para reduzir o consumo energético, os estudantes usaram sistemas de obtenção energética limpa para toda a casa. Painéis solares, por exemplo, foram instalados para esquentar a água e armazenar o calor do sol.
Toda a casa foi construída a mão pelos voluntários, que estudaram a sua disposição, de modo a tornar a residência mais eficiente diante das condições climáticas locais. Por isso, a construção não conta com aparatos tecnológicos e todo o seu projeto contou apenas com estudos sobre o sol, o uso da madeira e brises.
A estética da casa foi pensada seguindo os padrões culturais da Reserva Navajo, assim ela tem a aparência rústica de um celeiro. Outro cuidado dos arquitetos foi em relação ao nível entre a construção e o chão. Por isso, a residência possui um vão, de pouco mais de um metro, que permite a passagem da areia, ao invés de deixá-la sendo acumulada ao redor da parede quando os fortes ventos do deserto sopram. Esse espaço também incentiva a ventilação natural.
O exterior da casa conta com materiais de origem reciclada, como é o caso dos postes de madeira, do revestimento em folhas de alumínio e dos pallets reconstruídos. Para finalizar, a pintura foi feita utilizando tinta natural feita de barro. Com informações do ArchDaily.
Redação CicloVivo
Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/3277
0 comentários:
Postar um comentário