Urbanismo I - Os problemas nos BRICS

Alexei Lazarev, Agência Rússia

Recentemente estive no BRICS Policy Center, onde assisti uma palestra única. Pois falando das atividades deste grupo internacional, normalmente, analisamos temas políticos e econômicos, mas desta vez surgiu um tema social da extrema importância, o urbanismo.

Todos nós queremos viver bem e confortável. Para isso, antes de tudo, precisamos que as nossas cidades sejam bem planejadas, que sirvam para o bem de todos. Então, foram mesmo estes padrões que foram analisados na palestra no BRICS Policy Center.

Abrindo o evento Adriana Abdenur, Coordenadora Geral do BRICS Policy Center, disse:

"É o primeiro de uma série de colóquios que vai começar a se montar aqui, no BRICS Policy Center, sobre a questão urbana. A gente tem lidado aqui, no Center, sobretudo com as questões da política externa e de multilateralismo, mais especificamente, e está entrando agora em uma nova fase a partir desse ano de análise comparada de diversos temas.

"Então, o nosso propósito é fomentar a pesquisa comparada e multidisciplinar para fornecer, inclusive, insumos para formulação de políticas públicas inovadoras. Então, nós temos um trabalho que não tem sido muito fácil, inclusive para mim, de fazer uma ponte entre o meio acadêmico e o meio de políticas públicas, inclusive, em termos de políticas municipais."

A Dra. Cristina Patriota de Moura, pós-graduação em Ciências Sociais em Antropologia pela UnB, mestrado em Atropologia Social pelo Museu Nacional e doutorado também pelo Museu Nacional, atuou como pesquisadora-visitante em Berkeley, no Instituto de Ciências Sociais na Universidade de Lisboa.

Atualmente é professora do Departamento da Antropologia da UnB, onde coordena um grupo de pesquisa "Urbanidade e Estilo de Vida" e participa também do observatório estudantil com uma equipe dessa Universidade junto ao Globo Public Search.

Tem experiencia na área da antropologia social, com ênfase na antropologia urbana. Tem linha antropológica e antropologia do Estado, obras publicadas acerca da cadeira Diplomata no Brasil."

E aqui tomou a palavra Dra. Cristina Patriota de Moura:

"Obrigada pela presença de todos. Bom! Na verdade, esse de que que vou falar hoje tem a ver com o livro que saiu o ano passado. Não é um livro pensado em BRICS, ou problemática BRICS."

O livro da Dra. Crisitina trata de um tema muito importante. É verdade que não fala diretamente dos países do BRICS, mas sobre a vida das pessoas. Sendo especialista em antropologia ela examinou urbanismo deste ponto de vista.

Como é que deveriam ser as cidades para fazer mais confortável a vida nossa. Os exemplos que a Doutora examinou foram Brasília, capital do Brasil, cidade construída nos anos 50 do século passado, e Goiânia, capital do estado Goiás.

A enciclopédia Itaú Cultural diz que Goiânia combina as funções administrativas e as de mercado distribuidor, de modo a contribuir para o desenvolvimento econômico do estado. O projeto original da cidade foi encomendado ao urbanista Attílio Corrêa Lima em 1933.

Ele previu uma cidade de, inicialmente, 15 mil habitantes que poderia atingir uma população máxima de 50 mil pessoas. A concepção central assentava na divisão do espaço urbano em zonas de atividades, de modo a obter uma melhor organização dos serviços públicos.

Attílio Corrêa Lima se formou nos cursos de artes e arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes - Enba e depois nas aulas de urbanismo na Sorbone, Paris. Ele se notabilizou pela preocupação com a ligação estreita entre cidade e topografia natural, assim como pelo planejamento racional das funções urbanas.

O seu projeto foi elaborado segundo as normas da arquitetura racionalista moderna, aliando simplicidade de concepção à coerência funcional. E, nós acrescentamos, deixam marcos que hoje chamamos de traços de globalização que se verificam no urbanismo mundial.

E disso falou Dra. Cristina Patriota de Moura:

"Quero esses processos que eles chamaram de globalização. E aí é um termo americano da ciência de communities. E daí que eu parti um pouco na pesquisa de doutorado justamente para pensar o que era colocado como um fenômeno global. Acho que tem um pouco essa discussão de globalização: o que é a globalização, é adoção de um modelo, e no caso é um modelo norte-americano para várias partes do mundo, vários lugares, inclusive, Ásia, Europa, África.

"Simultaneamente, nos anos 90 começam, também surgem e disseminam esses novos empreendimentos em muitas outras partes do mundo. Estudos, principalmente, na área de geografia que vão colocar, que existem aí. E junto ao ponto da discussão sobre a globalização que vai se estabelecer como a grande discussão acadêmica, ciências sociais, principalmente, na geografia, a antropologia vai entrar nesses estudos, problematizar a globalização também. Justamente, no final dos anos 90 começa, nessa virada do século."

VEJA A CONTINUAÇÃO NA MATÉRIA ABAIXO: http://www.asbea.org.br/escritorios-arquitetura/noticias/urbanismo-ii-o-brasil-e-um-caso-limite-291613-1.asp

Fonte:http://www.asbea.org.br/escritorios-arquitetura/noticias/urbanismo-i-os-problemas-nos-brics-291614-1.asp

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