Usina de Energia Solar está sendo implantada no Tecnovates - Gabriela Quevedo
Quantidades imensas de energia solar chegam, diariamente, ao nosso planeta, de forma limpa e gratuita. Além de proporcionarem luz e calor, os raios de sol também podem ser aproveitados para a geração de eletricidade. Com um projeto inovador, a Univates está na vanguarda da geração de energia fotovoltaica entre as instituições de ensino do Brasil. Localizado em Lajeado, no Rio Grande do Sul, o centro universitário passa a contar, a partir do mês de abril, com uma Usina de Energia Solar.
Os materiais estão sendo instalados sobre os prédios que compõem o Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari – Tecnovates e serão capazes de suprir toda a demanda de energia do local, que possui 5.200 m² de área construída e abriga laboratórios, auditório, salas de capacitação, salas de reunião, espaços de convivência e lanchonete. A instalação está sendo feita por técnicos da empresa Ralux, da Alemanha, país pioneiro na utilização da energia solar fotovoltaica.
Usina de Energia Solar está sendo implantada no Tecnovates - Gabriela Quevedo
Para o pró-reitor Administrativo da Univates, professor Oto Moerschbäecher, o investimento busca promover o desenvolvimento e a difusão de energias limpas, atendendo também aos objetivos do Tecnovates. “Além de colaborar com o meio ambiente, o projeto também proporcionará economia para a Instituição, a longo prazo, no quesito de consumo de energia”, comenta.
Conforme o coordenador do Laboratório de Biorreatores da Univates, professor doutor Odorico Konrad, as discussões sobre o assunto surgiram ainda em 2012. Um ano depois, realizou-se visita à empresa alemã para iniciarem as negociações. Como a Univates já tinha experiência com outras dez placas, havia a certeza da eficiência dos materiais. “Nossa experiência em escala menor proporcionou que pensássemos em escala maior”, explica Konrad.
Há alguns anos, dez painéis fotovoltaicos instalados no câmpus já atendiam à geração de energia e também à área de pesquisa da Instituição. Com isso, a Univates já possuía cadastro na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como gestora de energia. No entanto, neste mês de março, essas dez placas multiplicaram-se para cerca de mil, resultando em capacidade total de geração de energia de 237,12 Kwp – o que representa, em média, a geração de energia necessária para cerca de 100 famílias compostas por quatro pessoas.
Com a instalação dos painéis, o professor destaca que a Univates está partindo da teoria estudada em sala de aula para a prática do cotidiano. “Hoje, a energia renovável é prioridade para a Univates. Este é o compromisso de uma universidade: fazer com que as tecnologias e os serviços sejam pesquisados e experimentados para que, depois, sejam utilizados pela sociedade”, ressalta Konrad.
Usina de Energia Solar está sendo implantada no Tecnovates - Gabriela Quevedo
De acordo com o professor, a referência internacional de energia solar fotovoltaica é a Alemanha, e o melhor potencial solar do país é equivalente, ou até menor, do que o pior potencial do Brasil. No Rio Grande do Sul, segundo ele, não há nenhum outro lugar que utilize esse tipo de energia de forma tão intensa quanto será utilizado pela Univates. “A energia solar fotovoltaica vai ‘explodir’ no Brasil. O que temos hoje de potência instalada será insignificante daqui a cinco ou dez anos, e a Univates será responsável por isso. Nosso foco é: Univates 100% energia renovável”, completa Konrad.
Saiba mais sobre energia solar fotovoltaica
Painéis solares fotovoltaicos são dispositivos utilizados para converter a energia da luz do sol em energia elétrica. Os painéis são compostos por células que contam com o efeito fotovoltaico para absorver a energia do sol e, dessa forma, fazem a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas.
O efeito fotovoltaico acontece quando a luz solar, por meio de seus fótons, é absorvida pela célula fotovoltaica. A energia dos fótons da luz é transferida para os elétrons que, então, ganham a capacidade de movimentar-se. O movimento dos elétrons, por sua vez, gera a corrente elétrica.
2015: o Ano Internacional da Luz
Em dezembro de 2013, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou o ano de 2015 como o Ano Internacional da Luz e das Tecnologias Baseadas na Luz (IYL 2015). Com foco na ciência da luz e suas aplicações, foi reconhecida a importância de se aumentar a percepção sobre como tecnologias baseadas na luz promovem o desenvolvimento sustentável, provendo soluções para os desafios globais nas áreas de energia, educação, agricultura e saúde.
A iniciativa é resultado de um consórcio de grupos de cientistas que, juntamente com a Unesco, envolverá grande número de atores, incluindo sociedades científicas, sindicatos, instituições educacionais, plataformas tecnológicas, organizações sem fins lucrativos e também parceiros do setor privado.
De acordo com uma declaração do presidente do Comitê Diretivo do IYL 2015, John Dudley, a data é uma grande oportunidade que pode garantir que legisladores, assim como os diversos atores da sociedade mundial, possam ter uma melhor percepção sobre o potencial da tecnologia da luz, na solução de problemas a nível internacional.
Texto: Tuane Eggers
Fonte:http://www.univates.br/noticias/15341-univates-na-vanguarda-da-energia-renovavel
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