O papel do Arquiteto

modelo humano

Segundo Vítruvio a arquitetura baseia-se em três princípios fundamentais: a beleza (Venustas), a construção (Firmitas) e a função (Utilitas).

Pode definir-se ARQUITETURA como a arte de conceber e organizar o espaço.

Segundo Vítruvio a arquitetura baseia-se em três princípios: a beleza (Venustas), a construção (Firmitas) e a função (Utilitas).

Arquiteto e engenheiro romano, Vítruvio é autor do tratado De Architectura, escrito em 27 a.C., o primeiro tratado de arquitetura conhecido e que serviu de referência aos arquitetos renascentistas. Subdivide-se em dez cadernos:

De architetura

1: conhecimentos necessários à formação do arquiteto

2: materiais e a arte da construção

3 e 4: edifícios religiosos

5: edifícios públicos

6: edifícios privados

7: acabamentos

8: hidráulica e distribuição da água

9: gnomónica nas edificações (construção de relógios de sol)

10: mecânica e os princípios das máquinas.

Vitruvio

Em De Architectura, Vitrúvio fala sobre a proporcionalidade do corpo humano e afirma que o projeto das edificações, em especial os templos, os recintos dos deuses imortais, devem basear-se nas proporções do homem, uma vez que este é um modelo de perfeição.

Nas suas ilustrações, representa um homem cuja proporcionalidade permite que o seu corpo de braços abertos se insira simultaneamente num círculo, cujo centro é o umbigo, e num quadrado.

Este conceito foi reinterpretado e ilustrado, durante o renascimento, por Leonardo da Vinci no seu famoso Homem de Vitrúvio, que faz parte da colecção da Gallerie dell’Accademia, em Veneza, Itália.

Homem de Vitruvio

Contudo, a arquitetura, para além da sua componente artística, envolve várias dimensões ou áreas de conhecimento: uma vertente técnica, capaz de se adequar à regulamentação; uma dimensão construtiva, através da concretização com materiais e técnicas construtivas adequadas às exigências de uso e conforto dos espaços; uma dimensão humana preenchendo as expectativas dos seus utilizadores; e, uma dimensão local, uma vez que um mesmo objeto sofre adaptações ao sítio/lugar onde se insere.

Encontra-se permanentemente em evolução, uma vez que a história nos mostra que cada civilização determinou uma forma de conceber e organizar os espaços públicos e privados.

Cabe ao ARQUITETO projetar um objeto esteticamente harmonioso atendendo a todas estas condicionantes.

O seu trabalho abrange várias escalas: desde um objeto, como por exemplo um móvel ou equipamento (arquitetura de interiores), passando pelos edifícios públicos e privados, até urbanizações ou planeamento de cidades (urbanismo).

Segundo a legislação atual, é função do arquiteto elaborar

“estudos, projectos, planos e actividades de consultadoria, gestão e direcção de obras, planificação, coordenação e avaliação, reportadas ao domínio da arquitectura, a qual abrange, a edificação, urbanismo, a concepção e desenho do quadro espacial da vida da população, visando a integração harmoniosa das actividades humanas no território, a valorização do património construído e do ambiente”.

Na prática o arquiteto é responsável pelo projeto de arquitetura de um edifício ou conjunto edificado e coordenada e integra no seu projeto as várias especialidades (executadas por outros profissionais): estabilidade (betão), águas e esgotos, térmica, projeto elétrico, gás, acústica, entre outros.

É o técnico que acompanha desde o primeiro risco no papel até o meter a chave na porta…

Fonte: http://www.arquiteturaportuguesa.pt/o-papel-do-arquiteto/?fb_ref=7ecd3c08f4dc404aa514f5cba076fddc-Facebook

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