Corpo e Mente – As gestões municipais em xeque

Há uma necessidade urgente se colocar como o pilar principal de todo plano diretor O cidadão usuário da cidade.
De acordo com as análises de vários organismos, sendo eles ligados a Urbanismo ou a Instituições de Pesquisa , há dados alarmantes sobre as consequências negativas quando Observados a aplicação dos recursos em áreas não emergenciais.
As zonas de gestão, conhecimento e riqueza ainda estão centralizadas, e os tão chamados Subcentros ainda não alcançaram seu objetivo maior – a descentralização dos serviços e a criação de núcleos regionais vivos e com uma dinâmica de crescimento orgânico.
A velocidade do crescimento das periferias de forma desordenada, como uma consequência do êxodo rural, da imigração de brasileiros de outros centros e ainda a chegada de estrangeiros, impacta o transporte urbano .
E além disso a Gestões Municipais não estão preparadas para este impacto direto nas contas,
Por também não terem investido recursos na descentralização das cidades, na gestão de calamidades e no planejamento do êxodo e fluxo migratório.
Segundo dados do Ipea:
O crescimento mais acelerado das periferias das regiões metropolitanas brasileiras tem agravado as condições de mobilidade no país. Essa constatação está no Comunicado do Ipea nº 102 - Dinâmica populacional e sistema de mobilidade nas metrópoles brasileiras, divulgado nesta quinta-feira, 28, durante coletiva pública na sede do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília.
Sobre a ótica do Urbanismo,
Conforme o Artigo Publicado no site de Arquitetura e Urbanismo - 25 de junho de 2013 – por Romulo Baratto:
http://www.archdaily.com.br/…/da-urbanizacao-selvagem-aos-e…
“..Os despejos em massa são sucedidos por extensas demolições a fim de construir obras faraônicas de uma voracidade econômica desencarnada, em detrimento de espaços verdes, aéreos; não levam em conta os limites de densidade populacional flutuante e a infraestrutura de serviços necessária, tampouco respeitam as características da paisagem urbana e natural.”....
Pior é quando isso acontece em áreas urbanas consolidadas e de boa funcionalidade, com o único propósito de resolver grandes negociações e desenvolvimentos não sustentáveis.
“ Este é o momento de nos mobilizarmos socialmente dizendo: é preciso fazer algo com o já construído e com as grandes densidades existentes para as quais nossas estruturas urbanas não estavam preparadas...”
“....E há ainda pessoas e famílias inteiras à margem do sistema, tornando-se exilados urbanos que não tem sequer acesso a estes assentamentos. Essas áreas irregularmente ocupadas são geridas por grupos de indivíduos que produzem mercados informais da terra ou das edificações ocupadas, cobrando também uma renda para acessar as mesmas, em troca de proteção e de uma futura continuidade do assentamento...”
Essas pessoas vivem nas ruas, sujeitos às intempéries, cobrindo-se com plástico e papelão, comendo o que lhes é dado, não tem vida ou espaço próprios: são exilados urbanos ou não-cidadãos, excluídos da sociedade.
Já que a cidade nos muda - e ultimamente é mais para mal que bem - devemos ter o direito de mudá-la, mudando a nós mesmos.
O direito à cidade é um dos mais negligenciadas e isso é algo que temos que reverter, reconquistando a cidade para seus habitantes.
Capacitação Humana
Há outro fator não menos importante e decisivo para o estabelecimento de uma dinâmica de crescimento orgânico positivo : o investimento pesado na capacitação das populações carentes e especialmente nas famílias e no seu eixo que é a Mulher.
Segundo dados o IBGE - Censo de 2010 a 2012:
O Censo 2010 mostrou que a maioria das unidades domésticas (87,2%) são formadas por duas ou mais pessoas com laços de parentesco. As pessoas que vivem sozinhas representam 12,1% do total e as pessoas sem parentesco são 0,7%. Na comparação entre 2000 e 2010, houve um crescimento na proporção pessoas morando sozinhas, que passaram de 9,2% para 12,1%. Também houve um aumento de famílias tendo a mulher como responsável (de 22,2% para 37,3%).
Estes dados confirmam um situação critica e que deve ser corrigida através de ações pragmáticas e encorajadas pela sociedade:
- A promoção da equidade social;
- A promoção da igualdade de direitos entre homens e mulheres
- A Valorização das Familias e a proteção da Infância
Como mudar o Futuro?
 
Artigo de  Amir Samad Shafa Amir Samad Shafa    

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