Edição 159 - Setembro/2014
Em vigor desde dezembro de 2011, a norma NBR 15.930 - Portas de Madeira para Edificações estabeleceu os parâmetros necessários para a adequada especificação do produto, deixando mais claros os critérios técnicos a serem adotados pelos projetistas. Até que a norma fosse aprovada, não havia padronização dos requisitos a serem atendidos, o que aumentava o risco de patologias. O principal gargalo era relativo às portas resistentes à umidade.
Segundo o engenheiro Claudio Mitidieri, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o requisito de resistência às portas sujeitas à umidade já era previsto na norma antiga, mas não com a clareza e a precisão que passou a ter com a nova norma. Com a NBR 15.575 - Edificações Habitacionais - Desempenho, a tendência é que boas práticas sejam cada vez mais adotadas por projetistas e fabricantes.
Agora, as portas podem ser compradas com certificação e de acordo com o tipo de ocupação, localização e uso do material. Isso evita, por exemplo, que as portas sejam danificadas pela presença de umidade ou pela frequência de uso inadequada.
A certificação envolve aprovação de amostras do produto em ensaios laboratoriais, sendo seis mecânicos e três sobre análise de variação dimensional, além de outros ensaios específicos. Os procedimentos de fabricação também são verificados.
A norma diferencia os cinco tipos principais de portas de madeira para uso residencial, corporativo, hoteleiro, hospitalar, comunitário e institucional. Veja as aplicações indicadas para cada tipologia.

1. PIM
As portas tipo PIM são recomendadas para os ambientes internos sem incidência de umidade. Há modelos indicados para tráfego de uso moderado, regular e intenso. Possuem padrão dimensional leve, médio e pesado, respectivamente. Em residências, são indicadas para armários, closets, dormitórios e passagens. Em empreendimentos de uso coletivo, são indicadas para passagens e shafts.
As portas tipo PIM são recomendadas para os ambientes internos sem incidência de umidade. Há modelos indicados para tráfego de uso moderado, regular e intenso. Possuem padrão dimensional leve, médio e pesado, respectivamente. Em residências, são indicadas para armários, closets, dormitórios e passagens. Em empreendimentos de uso coletivo, são indicadas para passagens e shafts.
2. PIM-RU
As portas PIM-RU são indicadas para ambientes internos com incidência de umidade, como lavabos, banheiros, cozinhas e áreas de serviço. Os modelos são diferenciados para tráfegos de uso moderado ou regular e possuem padrão dimensional leve ou médio, respectivamente.
As portas PIM-RU são indicadas para ambientes internos com incidência de umidade, como lavabos, banheiros, cozinhas e áreas de serviço. Os modelos são diferenciados para tráfegos de uso moderado ou regular e possuem padrão dimensional leve ou médio, respectivamente.
3. PEM
As portas de entrada - tipo PEM - são dimensionadas para tráfegos regular, intenso e extremo sem incidência de umidade. As de uso regular possuem padrão dimensional médio e são indicadas para entradas de apartamentos e escritórios. As de uso intenso possuem padrão dimensional pesado e são recomendadas para hotelaria. Já as de uso extremo são de padrão dimensional superpesado, recomendadas para salas de aula e auditórios. São elementos de segurança, com maior robustez.
As portas de entrada - tipo PEM - são dimensionadas para tráfegos regular, intenso e extremo sem incidência de umidade. As de uso regular possuem padrão dimensional médio e são indicadas para entradas de apartamentos e escritórios. As de uso intenso possuem padrão dimensional pesado e são recomendadas para hotelaria. Já as de uso extremo são de padrão dimensional superpesado, recomendadas para salas de aula e auditórios. São elementos de segurança, com maior robustez.
4. PEM-RU
Assim como as portas tipo PEM, as portas de entrada resistentes à umidade (PEM-RU) são dimensionadas para tráfegos de tipo regular, intenso e extremo. As de uso regular possuem padrão dimensional médio e são indicadas para varandas, áreas de serviço e banheiros coletivos. As de uso intenso possuem padrão dimensional pesado e são recomendadas para centros cirúrgicos e cozinhas industriais. Já as de uso extremo são de padrão dimensional superpesado, recomendadas para banheiros públicos.
Assim como as portas tipo PEM, as portas de entrada resistentes à umidade (PEM-RU) são dimensionadas para tráfegos de tipo regular, intenso e extremo. As de uso regular possuem padrão dimensional médio e são indicadas para varandas, áreas de serviço e banheiros coletivos. As de uso intenso possuem padrão dimensional pesado e são recomendadas para centros cirúrgicos e cozinhas industriais. Já as de uso extremo são de padrão dimensional superpesado, recomendadas para banheiros públicos.
5. PXM
As portas externas (PXM) diferenciam-se das portas de entrada (PEM) pelos tráfegos de uso - que são intensos ou extremos - e também pela resistência à umidade. São indicadas para entradas sujeitas às intempéries. Para uso intenso, as portas possuem padrão dimensional pesado e são instaladas em entradas de casas, escritórios, lojas e hotelaria. Para tráfegos de uso extremo, como em depósitos e oficinas, o padrão dimensional é superpesado.
As portas externas (PXM) diferenciam-se das portas de entrada (PEM) pelos tráfegos de uso - que são intensos ou extremos - e também pela resistência à umidade. São indicadas para entradas sujeitas às intempéries. Para uso intenso, as portas possuem padrão dimensional pesado e são instaladas em entradas de casas, escritórios, lojas e hotelaria. Para tráfegos de uso extremo, como em depósitos e oficinas, o padrão dimensional é superpesado.
Via : Roberto Pimentel, diretor-técnico do comitê de portas da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci); Caetano Balvedi Neto, vice-presidente coordenador do comitê de portas da Abimci; e Claudio Mitidieri, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
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