
Em 2030, cerca de 9% da população mundial viverá em megacidades, isto é, áreas urbanas com 10 milhões de habitantes ou mais, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Até lá, estes 9% se concentrarão em 41 megacidades, das quais 29 estarão em solo asiático, seguido pela América com 8. Enquanto isso, a África manterá o acelerado crescimento urbano dos últimos anos e também terá megacidades.
No caso do Brasil, continuará havendo apenas duas megacidades, São Paulo e Rio de Janeiro, que concentrarão quase 38 milhões de pessoas.
A seguir, apresentamos uma cronologia sobre a urbanização no mundo (entre 1950 e 2030) representada em mapas elaborados pela publicação inglesa The Economist com dados da ONU, que mostram a classificação das cidades segundo suas populações.
Antes de examinar os mapas, é necessário mencionar as sete categorias e as faixas de população utilizadas para cada uma, que permitiram classificar as cidades.
1. População rural.
2. Áreas urbanas: Menos de 300 mil habitantes.
3. Cidades muito pequenas: Entre 300 mil e 500 mil habitantes.
4. Cidades pequenas: Entre 500 mil e 1 milhão de habitantes.
5. Cidades medianas: Entre 1 e 5 milhões de habitantes.
6. Cidades grandes: Entre 5 e 10 milhões de habitantes.
7. Megacidades: 10 milhões de habitantes ou mais.
Cronologia da urbanização no mundo
- 1950
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Há 65 anos a população rural representava 70,4% do total global e só existiam duasmegacidades: Nova Iorque e Tóquio.
Embora se possa pensar que já naquela época a cidade asiática era a que tinha mais habitantes, não era o que ocorria, já que naquele período Nova Iorque era a cidade mais populosa, com 12,3 milhões, enquanto Tóquio alcançava os 11,3 milhões de habitantes.
De forma geral, a população se concentrava em cidades medianas, correspondentes às que possuem entre 1 e 5 milhões de habitantes.
Essa categoria abrangia, na época, São Paulo e Rio de Janeiro, com 2,3 milhões e 3 milhões de habitantes respectivamente.
- 1960
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Nesta década, Osaka se consolida como a terceira megacidade do mundo, com 10,6 milhões de habitantes e Tóquio supera Nova Iorque com 16,7 milhões contra os 14,2 milhões da cidade estadunidense.
No Brasil o Rio de Janeiro e São Paulo continuam ocupando os dois primeiros lugares, porém, Recife aparece como terceira cidade mediana, com 1,1 milhão de pessoas.
- 1970
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Nesta década a mudança mais notável se refere às cidades grandes, que antes eram 9 e passam então a ser 14: Bombay, Buenos Aires, Calcuta, Chicago, Cidade do México, El Cairo, Los Angeles-Long Beach-Santa Ana, Londres, Moscou, Paris, Rio de Janeiro, São Paulo, Xangai e Seul.
Em 1970 São Paulo já é a maior cidade brasileira, com 7,6 milhões de habitantes, superando o Rio de Janeiro, com 6,8 milhões. Recife continua em terceiro lugar, com 1,6 milhão, e Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre entram para a lista de cidades medianas.
- 1980
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Durante os anos 80, a Cidade do México se consolidou como megacidade, deixando de ser uma cidade grande com 8,8 milhões de habitantes para tornar-se uma com 13 milhões de pessoas. O mesmo ocorre com a categoria de São Paulo, que deixa de ter 7,6 milhões de habitantes e alcança os 12,1 milhões.
Nesta década o Rio de Janeiro contava com 8,8 milhões de habitantes e surgiram outrascidades medianas no Brasil: Fortaleza, Brasília e Curitiba.
- 1990
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Na América do Sul, Buenos Aires passou a integrar a lista de megacidades, com 10,5 milhões de habitantes, uma posição atrás de São Paulo, com 14,8 milhões de pessoas e seguida de perto pelo Rio de Janeiro, que ainda nesse momento seguia como uma cidade grande (menos de 10 milhões de habitantes).
No Brasil, Belém, Vitória e Goiânia entram para a lista de cidades medianas. Belo Horizonte atinge os 3,5 milhões, sendo a terceira maior cidade brasileira.
- 2000
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Às 10 megacidades existentes em 1990 se somam Pequim, Cairo, Karachi, Daca, Deli, Moscou, Rio de Janeiro, Xangai, entre outras.
No Brasil as grandes cidades já estabelecidas continuam a crescer, e passam a fazer parte da lista de cidades medianas Manaus e São Luís.
- 2010
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Nesta década as cidades da América do Norte e África são as que protagonizam maior crescimento, o que faz surgir no mapa diversas novas cidades medianas.
No caso do Brasil, a mudança mais notável ocorreu em Belo Horizonte, que ultrapassou a marca de 5 milhões de habitantes, passando a ser classificada como uma cidade grande.
- 2020
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É estimado pela ONU que dentro de 5 anos Bogotá e Lima integrarão a lista demegacidades sul-americanas. A nível global, Kinsasa, a capital da República Democrática do Congo, também se transformará em uma megacidade junto a Yakarta na Indonésia.
- 2030
Na última etapa da cronologia da urbanização no mundo, estima-se que a população rural corresponderá ainda a 40% da população mundial. Em contraste a isso, haverá 41megacidades, das quais 29 serão asiáticas.
Durante o período entre 2020 e 2030, Lagos, capital da Nigéria, passará de 16,2 milhões a 23,4 milhões de habitantes, igualando-se a São Paulo.
Veja o mapa elaborado pelo The Economist neste aqui. No canto superior direito é possível buscar os dados de cada uma das cidades.
Este artigo foi originalmente publicado em Plataforma Urbana.
Fonte:Gaete, Constanza Martínez. "Mapa da urbanização no mundo entre 1950 e 2030" [Mapas: La urbanización en el mundo entre 1950 y 2030] 09 Mar 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Julia Brant) Acessado 10 Mar 2015. http://www.archdaily.com.br/br/763172/mapas-a-urbanizacao-no-mundo-entre-1950-e-2030
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