Em meio à busca incessante por projetos cada vez mais sustentáveis e digitais, parece não existir um discurso coerente de forma e linguagem no Brasil. Tente responder à seguinte pergunta: quais são as principais características da arquitetura brasileira contemporânea? Difícil encontrar uma resposta imediata.
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Há pelo menos três décadas estamos em busca de uma nova identidade. Enquanto muitas escolas de arquitetura continuam defendendo ideias corbusianas de 1930, o mundo ultrapassou o modernismo, o pós-modernismo e a hipermodernidade. Mas o próprio conceito do hipermoderno exposto há doze anos por Gilles Lipovetsky (1944-) parece estar superado. Vivemos a cultura do excesso, do sempre mais, e esse aspecto da supermodernidade, termo usado pelo próprio filósofo para definir os dias de hoje, verifica-se de maneira clara na arquitetura. No entanto, o fator Brasil, de entraves de acesso à tecnologia e mão de obra de formação empírica nos impõe, mais uma vez, a um fenômeno peculiar, todo nosso.
Supermoderno é agora. É o que está sendo produzido ao mesmo tempo que você lê este breve editorial. E as páginas desta edição são a prova de que esta nova identidade da arquitetura brasileira, pós-Niemeyer, é cibernética, conectada, sustentável e integra nossas raízes - modernas, é claro - a um cenário onde o efêmero e 0 mutante devem ser incorporados aos projetos. O entrevistado do mês é Guto Requena, um dos exemplos dessa nova geração de arquitetos que não dispensa a base científica da academia, mas consegue com maestria incorporar sentidos, sustentabilidade e tecnologia às suas criações. É o arquiteto ciborgue.
Fonte e artigo completo: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/273/supermoderno-e-agora-376955-1.aspx
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