Tornando cidades mais inteligentes – pesquisadores do MIT criam ferramentas que coletam e sintetizam dados para urbanistas melhorarem a qualidade de vida urbana

MIT-BlogImagine como pode ser sua cidade em um futuro não tão distante. O transporte na cidade é abundante, prazeroso e de baixo impacto. Existem ciclovias seguras e eficientes, e qualquer um pode pedir um taxi que é barato, autônomo e de emissão mínima. Como menos pessoas dirigem, e quase ninguém fica parado no trânsito, a qualidade do ar é excelente. Existem muitos parques e espaços públicos abertos, já que o carro não é mais tão importante. A vida na sua cidade é feliz, saudável e sustentável. A cidade é, acima de tudo, inteligente.
A cidade inteligente, assim como a casa inteligente, se baseia na “internet das coisas”, onde produtos conectados à rede coletam, armazenam e compartilham dados dos usuários, enquanto se comunicam entre si para criar ambientes melhores e altamente eficientes. Em uma cidade inteligente, a internet das coisas se expande para além da residência em uma infinidade de dispositivos urbanos conectados e automatizados. A comunicação entre estes dispositivos permite que vastas quantidades de informações municipais possam ser coletadas e eventualmente organizadas. A cidade inteligente usa estes dados coletados para aprender sobre seus residentes, gradualmente auxiliando pesquisadores entender redes vastas e complexas.
Porém, diferentes cidades inteligentes podem ser descritas ou definidas, mas subjacente a todas elas estão um conjunto de redes sociais e sistemas interconectados, um entendimento que permite o planejamento urbano, aliado a grandes quantidades de dados, melhorar muito a qualidade da vida urbana. Sarah Williams, professora do MIT e diretora do Laboratório de Projetos de Dados Cívicos – um centro de pesquisas urbanísticas que utiliza visualização e coleta de dados para entender melhor as complexidades da vida urbana e ter melhor base para tomada de decisões. “Quando dados se tornam compreensíveis para um grande número de pessoas, estas se tornam bem posicionadas para impulsionar mudanças sociais. Criar ferramentas que sintetizam e coletam dados transforma nossa percepção de mundo, nos mostrando os efeitos de políticas públicas enquanto provê informações essenciais para desenvolver novas estratégias de urbanismo”, diz Williams.
Ao mesmo tempo, outros pesquisadores estão desenvolvendo novas tecnologias que irão alimentar as cidades do futuro, como veículos autônomos e medidores inteligentes de energia, usando uma abordagem de sistemas para construir soluções efetivas para o melhoramento da vida urbana e a solução de problemas da sociedade.

Transporte em Cidades Inteligentes
O transporte é um dos maiores problemas, e uma das áreas mais essenciais para inovações na cidade inteligente – particularmente a promessa de veículos autônomos. Pesquisadores do SMART (Aliança Singapura-MIT para Pesquisas e Tecnologia – Singapure-MIT Alliance for Research and Technology) testaram durante seis dias carrinhos de golf autônomos, em um grande parque público, onde passageiros podiam solicitar os veículos, através de um aplicativo, marcando viagens de e para locais pré-determinados. Os pequenos carros, uma versão minimalista de um veículo autônomo, com uma velocidade máxima de apenas 25km/h, habilmente navegaram o parque, cuidando para evitar colisões com pedestres e ciclistas. “Se implementado de forma mais ampla, veículos autônomos tem o potencial de mudar como pensamos mobilidade individual, especialmente em ambientes urbanos. Carros que podem se guiar de maneira autônoma para buscar clientes, leva-los seus destinos, e se estacionar (ou atender o próximo cliente) podem oferecer um serviço de mobilidade que é quase tão conveniente quanto carros particulares, com a sustentabilidade do transporte público”, diz Emilio Frazzoli, pesquisador do departamento de Aeronáutica e Astronáutica, também parte do SMART.
Outra contribuição de Frazzoli para a tecnologia de veículos autônomos foi um modelo matemático, desenvolvido com Carlo Ratti (diretor de um laboratório de Urbanismo do MIT), que remove a necessidade de semáforos, permitindo que veículos autônomos, agindo em conjunto como parte da internet das coisas, se comuniquem, melhorando o fluxo e velocidade do tráfego.
Fonte e artigo completo: http://blog.gbcbrasil.org.br/?p=2250

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